O lançamento oficial da 1º caminhada “ Passos pela Vida – Juntos pela Doação de Órgãos e Córneas”, realizado quarta-feira (4) na CET/MS (Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul), reuniu dezenas de apoiadores da causa para reforçar a importância da doação de órgãos.
A caminhada, que será realizada no dia 15 de setembro, às 8h, com início no Centro de Múltiplo Uso – Arquiteta Zuleide Simabuco Higa, próximo ao Quartel do Corpo de Bombeiros do Parque dos Poderes, em Campo Grande, contará com dinâmica interativa e orientações sobre doação de órgãos e córneas, avaliação física, participação dos heróis da Liga do Bem, entre outras atividades.
Durante o evento de lançamento, a coordenadora da CET/MS, Claire Carmen Miozzo, reforçou a importância da parceria em prol das doações e agradeceu o apoio dos parceiros. “Esse ano estamos fazendo uma mobilização nunca vista antes, muitos parceiros e amigos da causa unidos para conscientizar as famílias sobre a importância do sim a doação de órgãos. Gratidão a todos que participam conosco desta iniciativa”.
Para o diretor-presidente da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), Paulo Ricardo Martins Nuñez, a parceria é fundamental. “Vamos participar de todo apoio logístico e estaremos com acadêmicos de universidades presentes para a realização de atividades com todos os participantes, será um dia para a família toda”.
Segundo a superintendente de Gestão do Hospital São Julião, Jéssica Mendes, que na ocasião representava o presidente da instituição Dr. Carlos Melke, o evento reforça o trabalho realizado por toda rede. “É uma campanha de grande importância para nós, um trabalho que realizamos todos os dias juntos as famílias. Hoje, o São Julião realiza cerca de 90% de todos os transplantes de córnea do Estado”, reforça.
Esperança
A professora aposentada Neila Mara Flores veio de Jardim para prestigiar o lançamento da caminhada. Diagnosticada com câncer fígado, ela está na fila de transplante e diz que positividade e fé fazem toda a diferença. “Faz um ano e seis meses que eu estou aguardando. Precisamos falar disso em todos os lugares, nós temos que conscientizar nossas famílias que somos doadores. Hoje, eu sei quão importante é doar por estar nessa condição, mas tenho muita fé em Deus e positividade para enfrentar esse desafio”, destaca.
O autônomo Roberto Pino conhece bem a espera pela doação, diagnosticado com uma comorbidade em 2012, ele aguardou cerca de quatro anos pelo sim. “Agora, dia 13 de agosto, fez oito anos da minha cirurgia. Antes da doença, eu não falava sobre doação, não era algo comum para mim, mas depois de viver tudo que vivi, sei da importância em falarmos a respeito da doação. Um sim pode salvar muitas vidas”.
O evento é uma realização da SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da CET/MS, Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), SETESC (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura) e Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, e apoio da OPO Santa Casa, OPO Hospital da Vida de Dourados, Hospital São Julião, Fratello, Hemosul, Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, Banco de Olhos da Santa Casa de Campo Grande, Jeito de Cuidar Unimed, deputado estadual Renato Câmara, Instituto Sangue Bom, Faccilita Inteligência Contábil, AVC Center, Instituto da Visão de Mato Grosso do Sul, Estação Sul, Hospital dos Olhos Dourados, Santa Casa Campo Grande, Hospital Adventista do Pênfigo, Unimed Campo Grande, Cassems, Pró Oftalmo Clínica de Olhos, Hospital Proncor, Hospital Santa Marina, Laboratório Sabin e Bio Molecular.
Doe órgãos, salve vidas
A doação de órgãos é um gesto de solidariedade e amor ao próximo, que permite que muitas pessoas possam ter uma nova chance de vida. Para ser doador, basta comunicar essa vontade aos familiares, pois a autorização para a doação deve ser feita pela família no momento oportuno. Eventos como a Caminhada “Passos pela Vida” são fundamentais para reforçar a importância dessa decisão.
O Hospital Regional Dr. Álvaro Fontoura Silva, em Coxim, foi o mais recente a receber a equipe da SES (Secretaria de Estado de Saúde), com visita do secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, da Superintendente de Gestão Estratégica, Maria Angélica Benetasso, e do titular da Assessoria Técnica Médica da SES, Dr. João Ricardo Tognini, na última quinta-feira (12).
A visita faz parte da série de encontros para apresentar o Plano de Regionalização Hospitalar, uma iniciativa do Governo do Estado para ampliar o acesso a procedimentos e atendimentos de média e alta complexidade no interior de Mato Grosso do Sul.
Acompanhados por gestores municipais e profissionais de saúde, a equipe da SES destacou o papel estratégico de Coxim como sede de uma das regiões de saúde do Estado, integrada ao plano de regionalização que prevê a criação de “cinturões de saúde”. O objetivo é descentralizar o atendimento em blocos, como cirurgia geral, ortopedia, urologia e oftalmologia, garantindo que os pacientes sejam tratados em suas regiões sempre que possível.
“Estamos mapeando as principais demandas e identificando onde o Estado pode apoiar com recursos financeiros e técnicos. Coxim é uma cidade-chave, e o Hospital Regional tem potencial para oferecer uma gama maior de serviços, desafogando os grandes centros e beneficiando diretamente a população local e de municípios vizinhos”, afirmou Maria Angélica.
Avanços em Coxim e o impacto regional
O Hospital Regional de Coxim já se destaca como referência para atendimentos da região norte do Estado. A inclusão no Plano de Regionalização Hospitalar visa fortalecer a capacidade da unidade, ampliando a estrutura para realizar procedimentos mais complexos. Além disso, a SES está ouvindo as demandas específicas de cada unidade hospitalar visitada.
Relembrando as ações do plano
Antes de Coxim, a SES já apresentou o Plano de Regionalização Hospitalar em cidades como Nova Andradina, Paranaíba e Cassilândia. Em Nova Andradina, a iniciativa começou no Hospital Regional Francisco Dantas Maniçoba, enquanto em Paranaíba e Cassilândia, o foco esteve na Santa Casa e hospitais locais, sempre com o objetivo de criar um sistema hierarquizado e integrado, que funcione como uma grande rede de saúde estadual.
O projeto busca criar um modelo de gestão hospitalar regionalizado que garanta agilidade, eficiência e mais proximidade entre pacientes e os serviços de saúde. “Estamos construindo uma nova realidade para a saúde pública em Mato Grosso do Sul. Nosso objetivo é que o paciente possa ser atendido na sua região, com qualidade, sem precisar se deslocar para os grandes centros, salvo em casos de alta complexidade. É uma estratégia que impacta positivamente não só a saúde, mas a vida de todos”, destacou o Secretário de Estado de de Saúde, Maurício Simões.
A Prefeitura de Dourados comemorou na última quarta-feira (11) a aprovação de mais de 3 milhões (3.056.945,00) para a saúde do município. Esse montante será destinado à construção de uma nova Central de Regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), fortalecendo ainda mais a rede de atendimento de urgência e emergência na cidade.
Os recursos, provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), serão transferidos em parcela única e monitorados por meio do Sistema de Monitoramento de Obras Fundo a Fundo (SISMOB). O objetivo é garantir maior agilidade e eficiência nos atendimentos, beneficiando diretamente a população douradense.
A construção da nova Central de Regulação trará avanços significativos para o SAMU. Segundo o coordenador do órgão, Dr. Messias Vila Mendonça, o investimento é essencial não apenas para adequar as exigências estruturais do Ministério da Saúde, mas também para melhorar as condições de trabalho e atendimento. “Nossa base atual foi aprovada em vistoria, mas está longe de ser o que desejamos para Dourados. Essa nova estrutura vai trazer um espaço adequado para os servidores e garantir mais agilidade no atendimento à população”, destacou.
Entre as melhorias, estão previstas a adequação de cômodos para um melhor acolhimento aos servidores, posições estratégicas para quartos e ambulâncias que agilizam a saída para ocorrências, e a criação de salas de treinamento, reuniões e do Núcleo de Educação Permanente (NEP). “Essa estrutura permitirá ao SAMU oferecer cursos e capacitações, tanto para a equipe local quanto para outros SAMUs da região. É um salto na qualidade do ensino e na eficiência dos atendimentos”, afirmou Dr. Messias.
Outro ponto destacado é o terreno escolhido para a nova Central, localizado na esquina das avenidas Coronel Ponciano com Joaquim Teixeira Alves. “É um dos pontos mais centrais da cidade. Estar ali, a uma quadra da Marcelino Pires, vai proporcionar uma agilidade de atendimento incomparável e ampliar a cobertura”, explicou o coordenador.
Além disso, a nova estrutura prevê espaços mais amplos e funcionais para o administrativo e a sala de regulação médica. “Hoje, os atendentes estão em baias muito próximas, o que pode interferir no desempenho. Com o espaço adequado, o trabalho será muito mais eficiente e organizado”, acrescentou Dr. Messias.
Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em seis unidades federativas e em dez capitais brasileiras, de acordo com dados do novo boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (12), no Rio de Janeiro, pela Fundação Oswaldo Cruz.
A tendência de crescimento foi observada no Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Rondônia e Santa Catarina. As capitais com sinal de aumento são Aracaju, Brasília, Boa Vista, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Porto Velho, São Luís e Vitória.
O levantamento destaca que o crescimento no Ceará se deve às infecções por covid-19, principalmente entre a população mais idosa. Já no Distrito Federal, no Maranhão e em Santa Catarina, houve expansão de casos graves principalmente em crianças e adolescentes infectados por rinovírus.
A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e da plataforma InfoGripe Tatiana Portella alerta que, com o aumento dos casos de covid-19 no Ceará, é possível que o vírus se espalhe para outros estados.
“É importante que todas as pessoas dos grupos de risco, como idosos, crianças, grávidas, puérperas, indígenas, profissionais de saúde e outros grupos também recomendados pelo Ministério da Saúde estejam em dia com a vacinação”, enfatiza a pesquisadora.
Diagnóstico confirmado
Nas últimas quatro semanas, entre os casos com diagnóstico confirmado para algum vírus, 40,5% deram positivo para rinovírus e 29,6% para coronavírus. Mas entre os óbitos decorrentes de SRAG, 58,6% foram causados por covid-19. De maneira geral, as internações são mais frequentes entre crianças de até dois anos, enquanto as mortes são mais numerosas entre a população a partir de 65 anos.
Até o dia 7 de dezembro, mais de 167 mil casos de SRAG tinham sido notificados em todo o Brasil, com cerca de 10 mil mortes. O vírus sincicial respiratório foi o mais recorrente entre os casos com diagnóstico positivo para algum vírus, mas quase 60% das mortes com resultado confirmado foram provocadas por covid-19.
Por isso, a pesquisadora da Fiocruz lembra que as regras de etiqueta sanitária e a atenção aos sinais de alerta continuam valendo: “Caso apresente qualquer sinal de gripe ou resfriado, o ideal é ficar em isolamento em casa. Se não for possível fazer esse isolamento, o recomendado é sair de casa usando uma boa máscara. Diante de qualquer sinal de piora desses sintomas de síndrome gripal, é muito importante procurar um atendimento médico”, finalizou.