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Educação

Oito doutorandos indígenas farão intercâmbio na França

Programa de bolsas foi desenvolvido pelo governo francês

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Guatá ou gwata, na língua guarani, tem, entre outros sentidos, o de viajar, de se movimentar. Tradicionalmente, entre os indígenas brasileiros, a viagem era feita a pé, por isso o termo guatá também pode ser traduzido como andar, caminhar. Nas décadas mais recentes, com novos meios de transporte, o sentido foi ampliado para incluir viagens de avião.

E isso permitiu que cada indígena possa guatá para mais longe, cruzando, inclusive, um oceano. Em setembro, oito doutorandos indígenas brasileiros viajarão para a França, para um intercâmbio que durará de seis a dez meses, em universidades daquele país: dois guarani (nhãndeva e kaiowá), dois terenas, além de integrantes dos povos pipipã, xokleng, tupinambá de Olivença e trumai.

A estudante guarani nhãndeva Maristela Aquino (foto de destaque), de 44 anos, vive na região de Dourados (MS), é falante de guarani e português, mas já se arrisca na língua com a qual terá que conviver pelos próximos meses, quando participará do intercâmbio na Universidade Paris 8. “Je m’appelle Maristela… Ça va? [Me chamo Maristela. Como vai?]”, faz questão de dizer, ao se encontrar com uma comitiva francesa.

“Eu falo português, guarani e hablo [falo] um pouco de espanhol. A gente está fazendo um cursinho de francês há uns três meses, desde que fui aprovada, mas não é fácil. Mas a gente vai conseguir aprender. A gente já está pegando coisas, como se apresentar, pedir alimentos. A gente vai conseguir, tem que se dedicar, tentar escrever, tentar falar”, conta a estudante.

Dourados (MS), 29/08/2024 - Projeto Guata: Oito doutorandos indígenas farão intercâmbio na França. 
A estudante guarani kaiowá Maristela Aquino, de 44 anos, contemplada pelo Projeto Guatá, em visita à aldeia Guapoi Miri, nas cercanias da reserva indígena de Dourados. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Estudante guarani kaiowá Maristela Aquino, de 44 anos, participante do projeto Guatá – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Maristela nasceu e cresceu nas aldeias guarani da parte meridional de Mato Grosso do Sul. Estudou, deu aulas nas escolas indígenas quando ainda nem tinha entrado na faculdade e finalmente se formou em pedagogia, com muito esforço.

“O que me amparava era ser conhecedora da cultura, do povo, da luta, e eu estava amparada por um documento indígena que é o referencial curricular nacional para as escolas indígenas. A partir daí, comecei a estudar mais e dar a devida importância aos estudos. Mas sempre com muito desafios, porque eu não nasci no berço da intelectualidade, dos estudos”, diz Maristela, que teve que trabalhar cozinhando e limpando a casa de um fazendeiro, enquanto estudava.

A conclusão da graduação não foi o suficiente para ela, que decidiu emendar um mestrado na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), na área de antropologia, explorando os conhecimentos guarani a fim de propor alternativas de agroecologia para combater a insegurança alimentar nas aldeias onde vivem esses povos.

“Eu nunca aceitei a precariedade do território, sem água, sem roça, sem plantas nativas. As crianças, com fome o tempo todo, iam para a escola para ter um prato de comida”, afirma Maristela, destacando as dificuldades na vida dos indígenas que vivem em áreas que, muitas vezes, passaram por uma degradação prévia, fruto de uma ocupação colonial destrutiva.

Ao concluir o mestrado, Maristela passou a trabalhar em um projeto para garantir a segurança alimentar e nutricional das comunidades guarani de Mato Grosso do Sul, por meio do uso de sementes crioulas (desenvolvidas por comunidades tradicionais e pequenos agricultores). E esse trabalho levou a estudante a seguir adiante no caminho acadêmico, com um doutorado na mesma universidade.

“Em dois territórios onde vivi, Passo Piraju e Guyraroka, fiz um trabalho com as mulheres, com produção agroecológica, sem venenos. Essa luta contra os agrotóxicos é muito forte. Literalmente a gente está consumindo veneno e as famílias guarani são mais afetadas. Isso fere seus direitos de soberania alimentar e nutricional.”

Maristela é uma das selecionadas para participar, neste ano, do programa de bolsas Guatá, realizado pela Embaixada da França no Brasil. A experiência permitirá que ela aprofunde seus estudos na Europa, troque experiências com estudantes e pesquisadores daquele continente e faça uma imersão em uma cultura bem diferente da sua.

“Quero estudar um pouco mais e também dar um pouco de visibilidade do que acontece aqui no território de Mato Grosso do Sul. E quero voltar fortalecida para continuar a luta, porque a luta é grande e ela que me faz viver minha vida”, destaca a estudante guarani.

Dourados (MS), 29/08/2024 - Projeto Guata: Oito doutorandos indígenas farão intercâmbio na França. 
O doutorando Idjahure Kadiwel, de 34 anos, contemplado com o projeto Guatá, de intercâmbio do governo francês, na casa da sua avó, Margarida Terena, em Campo Grande. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O doutorando Idjahure Kadiwel, contemplado pelo projeto Guatá, na casa da avó, Margarida Terena – Tânia Rêgo/Agência Brasil

O doutorando Idjahure Kadiwel, de 34 anos, tem uma trajetória um pouco diferente da de Maristela. Filho do ator Mac Suara Kadiwel, um dos pioneiros indígenas no cinema brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro. Aos 18 anos, decidiu retomar o contato com suas origens terena e kadiwéu e viajou para Mato Grosso do Sul, a fim de conhecer sua família.

“Quando conheci minha avó [Margarida Terena, hoje com 93 anos], ela cantou para mim. Um canto improvisado, movido pela emoção de conhecer seu neto”, lembra Idjahure, que, em sua tese de doutorado, pela Universidade de São Paulo (USP), pensa em escrever sobre esse canto terena, associando-o a uma tradição semelhante de outro povo aruak, os baniwa, do norte da Amazônia, a que pertence sua companheira. “Os povos terena e baniwa são da mesma família linguística, então têm uma ancestralidade, uma história comum.”

Guatá para lugares distantes não é novo para Idjahure. No meio de seu curso de graduação, decidiu fazer um intercâmbio de cinco meses na França. Foi uma adaptação difícil para um jovem de 22 anos, que teve que enfrentar diferenças linguísticas e climáticas. “Era frio, estranho. Eu não conhecia nada.”

Isso não impediu que ele viajasse outras vezes. Recentemente, esteve com a namorada e o pai dela na Europa, participando de conferências e eventos culturais na Inglaterra, Alemanha e em Portugal. “Fiquei com vontade de ser, pelo menos por algum período, professor no exterior”, conta Idjahure.

O acadêmico espera aproveitar a viagem para avançar em sua tese, escrever artigos em francês e também contribuir para que os pesquisadores europeus tenham uma compreensão melhor da realidade dos povos indígenas no Brasil.

“Há um florescimento da produção intelectual, cultural e acadêmica indígena no Brasil. Tem muita coisa nova acontecendo por aqui, inclusive com antropólogos indígenas. Acho que a tradição francesa [na antropologia] não se conecta muito com o que está acontecendo aqui hoje. Quem sabe eu possa compartilhar um pouco disso?”, diz o estudante, que também está enveredando pelo meio musical e recentemente gravou um disco.

O programa Guatá começou no ano passado, enviando quatro alunos indígenas para o intercâmbio na França. Cinco universidades participaram em 2023. Neste ano, 11 universidades brasileiras participaram do processo seletivo, e oito alunos foram selecionados.

Dourados (MS), 29/08/2024 - Projeto Guata: Oito doutorandos indígenas farão intercâmbio na França. 
A adida para Ciência e Tecnologia do Consulado da França em São Paulo, Nadège Mézié, explica como o programa Guatá funciona. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A adida para Ciência e Tecnologia do Consulado da França em São Paulo, Nadège Mézié, fala sobre o projeto Guatá – Tânia Rêgo/Agência Brasil

A adida para Ciência e Tecnologia do Consulado da França em São Paulo, Nadège Mézié, explica que o programa funciona como um doutorado sanduíche, sem a obrigatoriedade de cursar disciplinas nas universidades francesas.

“Tem a inscrição em uma universidade ou em um laboratório, mas não dá créditos nem tem um trabalho de finalização. Ou seja, eles chegam lá e têm uma certa liberdade para escolher seminários e aulas. Mas também poderão conhecer museus, outros espaços acadêmicos, participar de colóquios na Alemanha, na Europa toda. É muito mais amplo do que ficar sentado numa sala de aula. Então eles voltam e terminam o doutorado aqui, no Brasil.”

Os indígenas contarão com a ajuda de um professor supervisor, falante de português ou espanhol, que fará o acompanhamento dos estudantes durante a estada na França. Além de contar com a passagem aérea, eles recebem uma bolsa de 1.700 euros por mês enquanto estiverem no programa.

Em relação à língua francesa, o programa sugere que as universidades brasileiras providenciem um curso de francês básico enquanto eles ainda estão no Brasil. Quando chegarem à França, poderão frequentar as aulas do idioma oferecidas pelas universidades daquele país.

“Vimos no ano passado que eles adquirem a língua na rua, com amigos e participando das aulas, aos poucos. No ano passado, por exemplo, dois estudantes não quiseram entrar [no curso de francês] e aprenderam na rua. Mas teve uma outra que seguiu até o fim [no curso de francês] e fez a prova para saber o nível de proficiência”, explica Nadège.

Dourados (MS), 29/08/2024 - Projeto Guata: Oito doutorandos indígenas farão intercâmbio na França. 
Professores da Universidade Paris 8 visitam a Reserva indígena de Douradas. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Professores da Universidade Paris 8 visitam a Reserva indígena de Douradas – Tânia Rêgo/Agência Brasil

A professora da Universidade Paris 8 Delphine Leroy será a supervisora de Maristela e mais dois doutorandos indígenas provenientes da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

“É importante receber esses estudantes indígenas. Há o reconhecimento e valorização de outros tipos de saberes. Não apenas o saber acadêmico europeu consolidado, mas de outros tipos de saber que são ignorados”, afirma Delphine. “Programas de mobilidade [intercâmbio] servem como uma efervescência de ideias”, completa a professora.

O grande ganho para a Paris 8, por exemplo, é levar esse conhecimento, de outros povos para os alunos da universidade, que, por seu perfil socioeconômico, não costumam viajar para outros países.

“Trazer estudantes de fora é uma forma de dar uma sacudida nesses estudantes [franceses], de mostrar para eles que é importante viajar. A gente quer incomodar nossos estudantes, sacudi-los. Eles estão um pouco parados”, acrescenta Christiane Gilon, outra professora da Paris 8.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

 

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Educação

Vestibular de Medicina 2025 da UniCesumar está com inscrições abertas

Provas presenciais acontecem no dia 23 de novembro em quatro cidades; Moradores de Corumbá e Ladário, no MS, podem concorrer a bolsas sociais integrais

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O edital do Vestibular de Verão de Medicina da UniCesumar acaba de ser oficialmente lançado pela instituição. As inscrições para o processo seletivo 2025 começam dia 16 de setembro e seguem até 18 de novembro. As provas presencias serão realizadas no dia 23 de novembro em quatro cidades: Maringá (PR), Curitiba (PR), Campo Grande (MS) e Corumbá (MS). A instituição vai oferecer 186 vagas do curso na unidade de Maringá e outras 50 vagas na unidade de Corumbá. As inscrições podem ser feitas no site www.venhaparaunicesumar.com.br/graduacao/medicina, pelo telefone 0800 604 4422 ou pelo WhatsApp (44) 99139-9006. O edital está disponível aqui: https://www.unicesumar.edu.br/vestibular/processo-seletivo-de-verao-2025/

 

A novidade desse processo seletivo é que os novos alunos que ingressarem no campus de Corumbá já irão estudar no novo campus, inaugurado recentemente. A estrutura da sede Instituição de Ensino Superior (IES) possui mais de 5 mil metros quadrados distribuídos em dois grandes blocos, 12 salas de aula, 8 salas de tutoria, 6 laboratórios e auditório com 233 lugares. Com a nova estrutura, será possível que alunos de todas as séries do curso de Medicina tenham aulas práticas e interativas, com todo o padrão e modernidade exigidos pela instituição.

 

Bolsas sociais

Como contrapartida social ao município de Corumbá e parceria com o Programa Mais Médicos, que abrange ações conjuntas entre os Ministérios da Saúde e da Educação, anualmente, a IES oferece bolsas sociais a moradores da cidade de Corumbá e Ladário. Para ter acesso à bolsa integral, o aluno precisa atender a uma série de critérios socioeconômicos que são divulgados em edital do vestibular. Dessa forma, a instituição reafirma seu compromisso com o conhecimento, com a aprendizagem e com a transformação da sociedade.

 

Laboratório de Simulação Realística

Atualmente, o curso de Medicina de Maringá ocupa o 5º lugar do país no ranking entre as instituições particulares, considerando o Conceito Preliminar de Curso (CPC 2019). Dentre os aspectos que o colocaram nessa posição está a metodologia PBL (Problem Based Learning), que prepara o estudante para a vivência profissional. Além da parte teórica, os estudantes são inseridos em atividades nas comunidades desde o primeiro ano, para que, além do conhecimento, desenvolvam habilidades técnicas e comportamentais, como lidar com as emoções por conta do alto nível de estresse. A mesma metodologia é aplicada na unidade de Corumbá.

De acordo com a coordenadora geral do curso, Ana Maria Silveira Machado de Moraes, a metodologia aplicada nos cursos de Medicina da Unicesumar é um dos grandes diferenciais do curso, sobretudo, as práticas simuladas realizadas no Laboratório de Simulação Realística, é considerada a mais inovadora do país. “Nele, são realizadas práticas simuladas de situações clínicas reais, praticadas nos consultórios, casas simuladas e salas de emergências do laboratório, onde os professores utilizam manequins robôs e corpo cênico de atores para promover vivências realísticas que tornam o aprendizado muito mais significativo e seguro. Enquanto alunos praticam a situação real, outros assistem pelo outro lado do vidro”, explica.

 

Diferencial

Para aproximar ainda mais os alunos da população, a instituição mantém convênios com instituições de saúde vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e Secretarias Municipais de Saúde, como Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e hospitais, tanto no campus de Maringá, quanto no campus de Corumbá. Dentro do campus de Maringá, inclusive, há uma UBS onde os alunos podem atuar em várias especialidades médicas. Atualmente, também já há um modelo de implantação de Saúde Coletiva reconhecido pelo Ministério da Saúde (MS) que vem sendo escolhido para ser levado a outras cidades do Estado do Paraná.

 

Enem

Além do vestibular, a UniCesumar possibilita ingressar no curso via nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de provas realizadas entre 2014 e 2023. Quem se inscrever com a nota do exame ainda pode optar pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), programa de financiamento do Governo Federal que financia parte ou integralmente as mensalidades. A cada semestre, a instituição renova a parceria com o programa e oferta novas possibilidades. A instituição também oferece vagas com bolsas de estudo via Programa Universidade para Todos (Prouni), cujo número varia semestralmente.

 

Transferência e Portador de diploma

Aqueles já iniciaram o curso de Medicina em outra instituição e pretendem cursar a 2ª e 3ª séries de Medicina na UniCesumar, ou são portadores de diploma na área da Saúde, também têm a oportunidade de estudar na UniCesumar. O interessado precisa escolher a forma de ingresso “Transferência” ou “Portador de Diploma” e realizar a prova presencial, também, no dia 23 de novembro. O ingresso na instituição vai variar conforme a classificação do estudante diante do número de vagas disponíveis.

 

Serviço: 

Vestibular de Medicina 2025

Data das inscrições: de 16 de setembro a 18 de novembro

Data das provas: 23 de novembro

Local das provas: Maringá (PR), Curitiba (PR), Campo Grande (MS) e Corumbá (MS)

Inscrições: www.venhaparaunicesumar.com.br/graduacao/medicina

 

Sobre a UniCesumar 

Com mais de 30 anos no mercado educacional e desde 2022 como uma das marcas integradas ao grupo Vitru Educação, a UniCesumar conta com uma comunidade de mais de 400 mil alunos. Atualmente, possui uma robusta estrutura de Educação a Distância (EAD), com mais de 1,3 mil polos espalhados por todas as regiões do país, além de três unidades internacionais localizadas em Dubai (Emirados Árabes), Genebra (Suíça) e Joso (Japão). No ensino presencial, destaca-se o curso de Medicina, oferecido nos campi de Maringá (PR) e Corumbá (MS), juntamente com outros quatro campi localizados em Curitiba, Londrina, Ponta Grossa (PR) e Campo Grande (MS). Como um dos maiores grupos educacionais privados do Brasil, a UniCesumar oferece um portfólio diversificado com mais de 350 cursos, abrangendo graduação, pós-graduação, técnicos, profissionalizantes, mestrado e doutorado. Sua missão é promover o acesso à educação de qualidade e contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional de seus alunos, preparando-os para os desafios do mercado de trabalho. 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Educação

Projeto Tornematicando 2024 é realizado na EE Castro Alves, em Dourados

O escopo é inserir alternativas lúdicas como elementos de motivação para o enriquecimento do processo ensino-aprendizagem e socialização, oportunizando interações entre os estudantes do EF.

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A Escola Estadual Castro Alves, em Dourados, realizou no dia 30 de agosto, o projeto Tornematicando 2024 – com ênfase nos descritores do Ideb e Obmep, sob orientação da professora Juciani Alves de Oliveira Camacho.

A proposta foi inserir algumas alternativas lúdicas como elementos de motivação para o enriquecimento do processo ensino-aprendizagem e para a socialização, oportunizando assim, interações entre os estudantes do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental.

A metodologia proposta no projeto é fazer o uso de atividades que contenham vários desafios matemáticos, mudando deste modo a rotina de sala de aula e possibilitando aos estudantes a aquisição das habilidades e/ou competências essenciais à construção do processo de leitura, escrita e conhecimento lógico-matemático.

Jogos e desafios

Tendo em vista que os conceitos e fundamentos da matemática têm origem no mundo real e encontram muitas aplicações em inúmeros aspectos práticos da vida cotidiana, o desenvolvimento do Projeto Tornematicando visa envolver os estudantes com jogos e desafios para serem resolvidos e/ou construídos. Várias habilidades matemáticas são contempladas no projeto, estimulando os estudantes a utilizarem conhecimentos prévios na construção de sua estrutura de pensamento.

A professora de matemática Juciani Camacho, responsável pelo projeto, juntamente com os demais docentes da disciplina de matemática, reforçam que o projeto também cumpre uma função lúdica e educativa, através de um trabalho interdisciplinar com diferentes ramos do conhecimento científico como Arte, Educação Física, Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa, entre outros.

“Aliando as atividades que contemplam os descritores do IDEB e da OBMEP, promovendo tanto o desenvolvimento do conhecimento científico quanto o desenvolvimento afetivo, cognitivo, físico, social e moral, implícitas em um grande número de competências como a escolha de estratégias, as ações sensório motoras, a observação, o respeito a regras e as interações entre docentes e discentes num trabalho coletivo de equipes”, menciona Juciani.

A professora coordenadora de práticas inovadoras Sirléia Vieira Portilho destaca que, para o aluno, as atividades práticas, jogos e resolução de problemas despertam o interesse, tornando as aulas mais dinâmicas e menos passivas, “além do conhecimento matemático em si, os alunos desenvolvem habilidades como: pensamento crítico, criatividade, trabalho em equipe, resolução de problemas, aprendizagem significativa, autonomia”.

A PCPI salienta que as metodologias ativas incentivam a autonomia do aluno, que se torna protagonista da sua própria aprendizagem. “A utilização de elementos de jogos em atividades matemáticas pode tornar o aprendizado mais divertido e motivador. O tornematicando usa princípios da gamificação em projetos, com aplicação de mecânicas de jogos”.

Benefícios da Gamificação

Aumento do engajamento: As mecânicas de jogos tornam o trabalho mais divertido e motivador, reduzindo a resistência a novas tarefas. Melhora na colaboração: A gamificação incentiva o trabalho em equipe, a troca de ideias e a busca por soluções conjuntas. Aumento da produtividade: Ao transformar tarefas em desafios, a gamificação estimula os participantes a buscarem resultados mais rapidamente e com maior qualidade.

Desenvolvimento de habilidades: A gamificação pode ser utilizada para desenvolver habilidades específicas, como resolução de problemas, tomada de decisões e pensamento crítico.

“O trabalho foi realizado de forma interdisciplinar, onde cada turma conta com um professor responsável em organizá-los e incentivá-los durante o evento. Toda a equipe escolar estará envolvida no desenvolvimento deste projeto: direção; coordenação pedagógica; PCPI; professores; professores apoio (ANEE); acadêmico estagiário de matemática; agentes de portaria, limpeza, cozinha, secretaria e biblioteca. As atividades foram desenvolvidas com a dinâmica de gincana solidária e rotação de estações”, relata diretora Márcia Regina da Silva Wider.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Educação

Semana Nacional do Trânsito: Detran-MS realiza ações educativas e debate impacto dos sinistros

O evento será realizado no auditório da Sede do Detran-MS, em Campo Grande, e transmitido pelo canal do órgão no Youtube

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De 18 a 24 de setembro, o Detran-MS realizará uma série de eventos para debater os sinistros de trânsito e o impacto em diversos setores da sociedade. Além do debate, o órgão irá desenvolver uma ação educativa voltada para moto entregadores, que são o principal público afetado por esses sinistros.

A abertura da Semana Nacional de Trânsito será com um simpósio com o tema “Segurança Viária e seus Impactos no Setor da Saúde”, que terá a participação do oficial técnico em Segurança Viária e Prevenção de Lesões Não-intencionais da Organização Pan-Americana da Saúde – Opas/OMS, Victor Pavarino e da coordenadora geral de Vigilância de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde, Naíza Nayla Bandeira de Sá.

O evento será realizado no auditório da Sede do Detran-MS, em Campo Grande, e transmitido pelo canal do órgão no Youtube. “Esse é um evento muito importante para aos gestores, técnicos que trabalham com trânsito em todo o Estado, por isso abrimos para a transmissão pelo Youtube, já que muitos não conseguem vir participar em Campo Grande”, explica a diretora de Educação para o Trânsito do Detran-MS, Andrea Moringo.

O debate se expande com profissionais e estudantes da área de comunicação e de saúde, em dois encontros realizados em universidades. O primeiro vai debater a importância dos meios de comunicação em ações de redução de sinistros de trânsito. O segundo debate será a crise da saúde pública impactada pelos sinistros de trânsito.

Ação para motociclistas

Com o tema “Paz no trânsito começa por você”, a mensagem educativa proposta pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para este ano visa conscientizar a população sobre a importância de atitudes responsáveis no trânsito. O foco é mobilizar toda a sociedade para adotar comportamentos que promovam um trânsito mais pacífico, consciente e seguro, porém o Detran-MS, escolheu como público-alvo os motociclistas, que são a maioria das vítimas de sinistros de trânsito no Estado.

Nos dias 21, 27 e 28 de setembro, uma ação educativa para moto entregadores será realizada nos shoppings e no centro da cidade, com objetivo de sensibilizar os motociclistas para um comportamento seguro no trânsito. Além da ação de rua, o Detran-MS fará uma campanha nas redes sociais, internet e televisão.

Confira o vídeo da campanha:

Ações permanentes

Além das ações pontuais, o Detran-MS continua com ações permanentes que terão programação especial durante a Semana Nacional do Trânsito. O atendimento às pessoas da 3ª idade, com o Programa Educação, Mobilidade, Acessibilidade para Idosos terá cursos de primeiros socorros em Campo Grande e cidades próximas à Capital.

Com crianças, o Detran-MS terá uma programação especial na Cidade Escola de Trânsito, com apresentação cultural e gincana com alunos de escolas cadastradas para visitar do Detranzinho. Ainda voltada para estudantes, uma equipe de técnicos de Educação está percorrendo escolas de Campo Grande, para uma ação educativa em parceria com o Icas (Instituto de Conservação de Animais Silvestres).

O Icas também fará parceria com o Detran-MS em uma ação voltada para crianças, com oficinas e apresentações, no Shopping Bosque dos Ipês, no dia 21 de setembro.

 

PROGRAMAÇÃO SEMANA NACIONAL DE TRÂNSITO

 

Dia 18/09/2024

ABERTURA DA SEMANA NACIONAL DE TRÂNSITO

I Simpósio sobre Segurança Viária e seus Impactos no Setor da Saúde.

Painel 1.  O papel da OMS e da OPAS em iniciativas de segurança viária – Roberto Victor Pavarino Filho – Oficial Técnico em Segurança Viária e Prevenção de Lesões Não-intencionais da Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS/OMS

Painel 2.  Panorama dos impactos de sinistros de trânsito no setor da saúde – Naíza Nayla Bandeira de Sá – Coordenadora Geral de Vigilância de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde (transmissão)

Painel 3.  Educação para o Trânsito no MS: importância e perspectivas – Andrea Moringo Silva – Diretora de Educação de Trânsito do DETRAN-MS

Local: Auditório do DETRAN-MS

Horário: 14h

Transmissão ao vivo pelo YouTube do DETRAN-MS

Inscrição pelo link: https://box.detran.ms.gov.br/apps/forms/YQgDFdKbsRQ5AWH2

 

Dia 19/09/2024

ENCONTRO DE COMUNICADORES

Segurança de Trânsito: uma pauta urgente para os comunicadores

Mesa Redonda 1 – Comunicação como base de uma mudança de cultura no trânsito

  • Roberto Victor Pavarino Filho – Oficial Técnico em Segurança Viária e Prevenção de Lesões Não-intencionais da Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS/OMS
  • Frederico Fukagawa Hozano de Souza – Secretário-executivo de Comunicação do Estado de Mato Grosso do Sul
  • Dra. Rose Mara Pinheiro – Diretora da Agência de Comunicação Social e Científica da UFMS e Coordenadora Geral do Programa de Rádio e TV de Educação e Conscientização do Trânsito

Mesa Redonda 2 – Segurança no Trânsito – Uma oportunidade de comunicação

  • Priscilla Trauer – Diretora de programação do Programa “Tá na Rua”
  • Sami Naief – Diretor de arte da Rádio Blink e criador do programa Horário de Pico

Local: Complexo EaD e Escola de Extensão – Setor 2 – Bloco 6 na Cidade Universitária da UFMS –Av. Costa e Silva, s/nº, Bairro Universitário

Horário: 19h

Inscrição pelo link: https://box.detran.ms.gov.br/apps/forms/YWZgbFr3DqfEnQr2

 

Dia 20/09/2024

 Seminário: A crise de saúde advinda de sinistros de trânsito

Mesa Redonda 1 – O importante papel das ligas de trauma frente à violência no trânsito

  • Dra Laura Beatriz Debesa Torres e Prof. Me. André Luiz Hoffmann – Uniderp
  • Dra. Elaine Cristina Fernandes Baez Sarti – UFMS
  • Me. Ursulla Vilella Andrade – UCDB

Mesa Redonda 2 – Atenção emergencial e pós-atendimento das vítimas de sinistros de trânsito

  • Rodrigo Quadros – Médico Emergencista da Santa Casa
  • Hamilton Marciano dos Santos Júnior – ST BM Enfermeiro do Corpo de Bombeiros
  • Daniela Ávila de Souza – Enfermeira especialista em Urgência, Emergência e UTI – SAMU

Local: UNIDERP – Av. Ceará, 333 – Auditório 05

Horário: 08h30

Inscrição pelo link: https://box.detran.ms.gov.br/apps/forms/2TF5CCYfnrGrwGq3

 

Dia 21/09/2024

Abordagem educativa e oficinas – Trânsito e meio ambiente

Parceria com ICAS

Público Alvo: Crianças

Local: Bosque dos Ipês

Horário: 14h às 17h

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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