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Saúde

Complicações causadas por vírus sincicial respiratório crescem em 2024

Sintomas mais comuns são coriza e tosse, semelhante um resfriado

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Bronquiolite é uma palavra que dá arrepios em muitas mães e pais. Um dia, o bebê começa a apresentar coriza, tosse, e tudo parece não passar de um resfriado. Mas, de repente, a respiração fica difícil, com um chiado no peito. Esses são os principais indicativos de que os bronquíolos, as vias mais estreitas dos pulmões, estão inflamados, uma condição que pode se agravar rapidamente.

Apesar de ser mais frequente no inverno, a bronquiolite não é causada pelo frio, como muita gente pensa, mas por agentes infecciosos, que circulam mais nesse período. E um deles, de nome difícil, se destaca: o vírus sincicial respiratório, ou VSR. Atualmente, o VSR é a principal causa de internação e morte de crianças pequenas por complicações após sintomas gripais no Brasil, a chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave.

De acordo com dados da plataforma Infogripe, da Fiocruz, até o dia 20 de julho, foram mais de 22 mil casos em pequenos de até 2 anos de idade. E, infelizmente, quase 200 deles morreram. A pesquisadora do Infogripe, Tatiana Portella, destaca que houve aumento este ano. No mesmo período de 2023, foram registrados cerca de 1500 casos a menos nessa faixa etária. Mas Tatiana pontua, que apesar da bronquiolite ser uma velha conhecida das famílias e dos pediatras, só a partir da pandemia de covid-19, é que a testagem viral mais ampla em pacientes com síndrome respiratória, passou a ser frequente. Aí o VSR começou a aparecer com números mais expressivos.

“Se você olha a série histórica nos casos hospitalizados do VSR, parece que tinha poucos casos. Mas a verdade é que não importava e ninguém sabe dizer quantos casos tinha naquela época. E também durante a pandemia, de várias doenças, equivale a um conhecimento era muito baixo e como tudo mundo ficou anulado isso acabou quebrando o ciclo de outras doenças, inclusive do VSR.”

Por enquanto, não existe vacina infantil para o vírus VSR. Mas a Anvisa já autorizou o uso no Brasil de uma vacina destinada a gestantes, justamente para proteger os bebês, já que os anticorpos são repassados ao feto. E no começo de julho, a farmacêutica Pfizer pediu que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS avalie a inclusão da vacina no Programa Nacional de Imunizações. O Ministério da Saúde não informou quando esse pedido será analisado. A Pfizer também informou que a vacina deve chegar às clínicas particulares neste semestre.

A diretora médica da Pfizer no Brasil, Adriana Ribeiro, explica que a vacina apresentou eficácia de 82% de prevenção contra formas graves de adoecimento em bebês de até 3 meses.

“A vacina continua protegendo até os seis meses de idade em 69%. Ela tem uma sustentabilidade ao longo do tempo. Foram mais de 7 mil gestantes de 18 centros de pesquisa ao redor do mundo e quatro deles foram aqui no Brasil. Não teve efeitos adversos colaterais inesperados e os eventos adversos mais comuns, de super fácil manejo, foram dor no local da infeção, dor de cabeça e dor muscular

A vacina da Pfizer também foi autorizada para aplicação em idosos. E os dados do Infogripe mostram que o VSR é uma infecção importante também nesta faixa etária: somente este ano, foram quase 800 casos de síndrome respiratória aguda grave com diagnóstico positivo para VSR entre pessoas acima de 65 anos. A quantia já supera os casos de todo o ano passado. E até 20 de julho, 202 idosos não resistiram às complicações. Para esse público, já há outra vacina disponível no Brasil, mas, por enquanto, apenas no sistema particular. Lessandra Michelin, líder-médica da farmacêutica GSK, diz que a prevenção neste público pode evitar também outros problemas, além da síndrome respiratória.

“78% da população acima de 60 anos têm uma comorbidade. Então, geralmente, quando pegamos infecção por VSR, descompensa essa comorbinade. Se a pessoa que é diabética, discompensa o diabetes. Quem tem insuficiência cardíaca, descompensa. Então, o virus não afeta somente o pulmão, hoje ele acaba descompensando o organismo como um todo e afeta outros orgãos por tabela.”

A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levy, explica que a análise para inclusão de vacinas no Calendário do SUS coloca na balança não só o risco da doença, mas também o custo-benefício do imunizante e o impacto da sua aplicação na saúde pública. Por isso, ela acredita que a prevenção dos bebês será discutida com mais prioridade. Mas outros grupos também devem ser considerados.

“Dentro dos idosos existem aqueles que têm um risco muito maior. que são os cardiopneumopatas crônicos. Isso sim, aumenta em muito o risco do VSR levar ao óbito.”

Mônica também complementa que o SUS oferece outra opção de prevenção para casos de grande vulnerabilidade: os chamados anticorpos monoclonais, que ajudam o corpo a combater o vírus, em caso de infecção. No entanto, no SUS, eles só são aplicados em prematuros extremos e bebês com algumas doenças específicas. O remédio também pode ser solicitado aos planos de saúde, ou comprado com prescrição médica especial.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Saúde

Hospital da Vida recebe 25 bombas de infusão para atender ala vermelha e UTI

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Equipamentos foram entregues na manhã desta sexta-feira durante vistoria técnica do prefeito Marçal e do secretário de saúde Márcio Figueiredo – Foto: A. Frota

O Hospital da Vida recebeu um reforço importante para o atendimento de pacientes em estado crítico. Foram adquiridas 25 bombas de infusão com recursos próprios da Prefeitura de Dourados. Os equipamentos foram entregues na manhã desta sexta-feira (25) pelo prefeito Marçal Filho e pelo secretário municipal de Saúde, Márcio Figueiredo, durante vistoria à unidade hospitalar que recebe pacientes de 33 municípios da região da Grande Dourados.

As bombas de infusão, da marca Mindray, serão utilizadas na ala vermelha, setor de atendimento a pacientes em estado grave, e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que concentra os casos mais delicados de um hospital. Segundo a diretora-técnica da Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (Funsaud), Fernanda Eneas da Silva, a chegada dos equipamentos ocorre em um momento oportuno.

A Fundação é responsável pela administração do Hospital da Vida e da UPA. “Esses equipamentos vêm para dar suporte aos que já possuímos e são fundamentais para garantir a precisão na administração de medicamentos, soros e outros fluidos essenciais aos pacientes”, explicou. Ela destacou que alguns pacientes da UTI necessitam de até cinco bombas de infusão simultâneas, o que evidencia a importância do reforço.

As bombas de infusão permitem maior controle na dosagem de medicamentos, reduzem riscos de erros humanos e otimizam o trabalho das equipes de saúde. “É um investimento que traz segurança ao paciente e eficiência ao atendimento”, afirmou a diretora.

Durante a entrega, o prefeito Marçal Filho reconheceu os desafios enfrentados pelo município, mas reforçou o compromisso da gestão com a melhoria dos serviços de saúde. “Mesmo diante das dificuldades, estamos empenhados em garantir estrutura e condições para que a população seja atendida com qualidade”, declarou. “Sabemos que temos muito a fazer, mas não mediremos esforços para garantir que as pessoas sejam bem atendidas na rede pública de saúde”, completou o prefeito.

O Hospital da Vida é referência para 34 municípios da região e enfrenta constantes episódios de superlotação. Com a proximidade do inverno, a demanda tende a aumentar, especialmente por conta de casos de síndrome respiratória.

O secretário de Saúde, Márcio Figueiredo, reforçou o apelo à população para que se vacine contra a gripe, especialmente crianças e idosos, que são os mais vulneráveis. A vacina está disponível em todas as unidades básicas de saúde e no Pronto Atendimento Médico (PAM).

Equipamentos foram entregues no Hospital da Vida – Foto: A. Frota

 

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Saúde

Residentes em Medicina de Família e Multiprofissional têm aula magna nesta sexta

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O palestrante da aula magna será o Dr. Marcos Vinícius Soares Pedrosa- Crédito: Divulgação

A Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sems), promove nesta sexta-feira (25) a aula magna dos programas de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade e Residência Multiprofissional em Saúde da Família SeMS/ Fiocruz. A ação será às 09h30, na Unigran.

O palestrante da aula magna será o Dr. Marcos Vinícius Soares Pedrosa e o encontro reunirá residentes, preceptores, docentes, gestores e profissionais de saúde em um momento estratégico de acolhimento, alinhamento e integração.

A Sems destaca que a atividade tem como objetivo reafirmar os princípios e valores do Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo a articulação entre ensino, serviço e comunidade.

Com foco na Atenção Primária à Saúde (APS) como ordenadora do cuidado e coordenadora das redes de atenção, a Aula Magna aprofunda temas centrais da prática em saúde da família, como integralidade do cuidado, interprofissionalidade, vínculo com os usuários e responsabilidade sanitária sobre o território.

A Prefeitura promove tais ações para proporcionar um espaço formativo que agrega conhecimento aos profissionais sempre com ênfase de uma abordagem completa a realidade dos territórios nos quais atuam.

 

Com assessoria.

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Saúde

Dourados registra terceira captação de órgãos do ano no Hospital da Vida

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Equipe responsável pela captação dos órgãos no Hospital da Vida em Dourados – Foto: Assecom

Na tarde desta quarta-feira (23), foi realizada a terceira captação de órgãos do ano em Dourados, no Hospital da Vida. A doação partiu de um paciente de 48 anos, morador da região sul do estado, e resultou na retirada de rins, fígado e córneas. A logística da operação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que disponibilizou um helicóptero para o transporte imediato dos órgãos doados.

O fígado e as córneas seguiram para Campo Grande, onde o fígado foi transplantado ainda nesta quarta-feira no Hospital Adventista do Pênfigo. Já os rins foram encaminhados em voo direto para Porto Alegre (RS), onde irão beneficiar pacientes em lista de espera.

De acordo com o médico Gustavo Rapassi, responsável técnico pela captação e pelos transplantes renais, houve incerteza inicial sobre a viabilidade do fígado, exigindo resposta rápida da equipe. Durante o procedimento, foi observado que o órgão era utilizável, com isso foi solicitado o apoio da PRF para garantir que o órgão chegasse a tempo na capital sul-mato-grossense.

A coordenadora da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO) em Dourados, Ludelça Dorneles, destacou que esta é a terceira captação realizada em 2025. Segundo ela, o número de doações sofreu queda após a pandemia do Coronavírus: foram três em 2021, cinco em 2022, sete em 2023 e quatro em 2024.

O Hospital da Vida é referência para cerca de 1 milhão de habitantes da região sul de Mato Grosso do Sul e funciona como unidade de portas abertas. Apesar da estrutura e da abrangência, o número de captações poderia ser maior, mas esbarra na negativa de muitas famílias. A captação de órgãos é um processo complexo que ocorre somente após a constatação de morte encefálica por meio de exames rigorosos e com autorização da família. A retirada dos órgãos é feita por equipe especializada, como a que atua em Dourados.

PRF disponibilizou um helicóptero para o transporte imediato dos órgãos doados

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