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Operação Pantanal 2024

Para preservar fauna do Pantanal, grupo técnico atua em ações de fuga e aporte nutricional dos animais

Para garantir a fuga dos animais para áreas seguras a equipe acompanha a progressão do fogo e cria rotas de saída.

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As ações de combate aos incêndios florestais no Pantanal, iniciadas em abril deste ano em Mato Grosso do Sul, envolvem mais de 1 mil bombeiros e outros militares, além de brigadistas, e ganha reforço constante de estados parceiros.

E além da atuação no controle e extinção do fogo, é realizado o trabalho para garantir a sobrevivência da fauna, por meio dos voluntários do Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) que fazem ações específicas para o afugentamento dos animais de locais de risco e também o aporte nutricional em diferentes áreas atingidas pelas chamas.

“Essa é uma das nossas agendas prioritárias. O Gretap foi criado em 2020 em decorrência dos grandes incêndios florestais. E hoje a atuação acontece em duas grandes frentes, uma delas é o aporte nutricional e o afugentamento de fauna”, explicou o secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Arthur Falcette.

Para garantir a fuga dos animais para áreas seguras a equipe acompanha a progressão do fogo e cria rotas de saída. O trabalho é potencializado com o uso dos aceiros, que são faixas sem vegetação, confeccionados de forma preventiva – e também para confinar e isolar os incêndios –, inclusive pelos fazendeiros.

“É importante ressaltar a importância dos aceiros, que são feitos tanto pelo Corpo de Bombeiros, e também pelos proprietários rurais. Eles são grandes corredores que permitem que essa fauna escape, conforme o grupo vai aplicando a técnica de afugentamento”, explicou Falcette.

Além disso, em locais já atingidos pelas chamas, é realizado o aporte nutricional base. “O fogo consome toda a biomassa que existem ali e aí os animais acabam ficando com a alimentação prejudicada. Então o Gretap faz esse aporte nutricional básico para que esses animais possam continuar se alimentando até que essas áreas se regenerem e toda a dinâmica do ecossistema retorne. O que ‘aporte nutricional básico’ é muito diferente de ceva de fauna silvestre. É realizado em regiões atingidas pelo fogo, onde esses animais não têm alimento disponível, então a gente disponibiliza e monitora. A ceva de animais silvestres é crime ambiental, e não deve ser realizada. O Gretap é o único grupo oficial, criado por decreto, do Governo do Estado e também de terceiro setor, que aplica essas técnicas e faz este trabalho”, afirmou o secretário-executivo.

Após a realização do aporte, os animais são monitorados pelo grupo. Em uma ação de monitoramento foram observados cervos pantaneiros, aves e roedores que se alimentaram nos locais destinados para o atendimento da fauna.

Emergência

Os municípios de Aquidauana, Bodoquena, Bonito, Corumbá, Coxim, Deodápolis, Douradina, Dourados, Naviraí, Nioque, Porto Murtinho e Sidrolândia tiveram situação emergência decretada e reconhecida pela União, em relação aos incêndios florestais.

Na semana passada, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, recebeu – pela segunda vez em menos de 30 dias – em Corumbá, a comitiva ministerial formada pelas ministras Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e pelo ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), para acompanhar os trabalhos de combate aos incêndios florestais no Pantanal.

Também foi oficializado a entrega de mais recursos, de aproximadamente R$ 137,6 milhões, para manutenção dos trabalhos que podem se estender até outubro devido a temporada de forte calor e seca severa, prevista para durar todo este período no Estado, em especial na região pantaneira. Os recursos se somam aos R$ 50 milhões já aplicados pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul no combate aos incêndios.

Previsão

No boletim semanal da Operação Pantanal divulgado hoje (25), durante transmissão ao vivo pela internet (clique aqui e saiba mais) foram atualizados os dados sobre o combate ao fogo, com ações concentradas na região da Nhecolândia, onde um caminhão de transporte de gado atolado pegou fogo e as chamas se propagaram.

Também foi divulgada a previsão do tempo, que segue com altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e sem previsão de chuva. A partir desta quinta-feira até domingo (28), o tempo segue firme com sol e poucas nuvens, as temperaturas seguem estáveis e acima da média – com máximas entre 34°C e 37°C e mínima entre 21°C e 23°C –, e umidade entre 10% a 30%.

“Ontem, Corumbá registrou 14% de unidade. Então todas essas condições previstas são favoráveis para a ocorrência de incêndios florestais. O perigo de fogo, de acordo com o mapa da Lasa, está entre muito alto e extremo sendo os seus piores dias entre 27 a 28 de julho”, explicou a meteorologista Valesca Fernandes, do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).

Em relação a previsão nos próximos dias, entre segunda e terça-feira, dias 29 e 30 de julho, há previsão de avanço em uma frente fria, que deve favorecer o aumento de nebulosidade e provocar uma leve queda nas temperaturas. Mesmo assim existe probabilidade de chuvas apenas para a região de Porto Murtinho, e as temperaturas devem ficar um pouco mais amenas, com máximas entre 27°C e 33°C.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Pantanal de MS tem quatro focos de incêndios ativos e trabalho de combate no bioma completa 198 dias

Um dos principais focos está na divisa com o Mato Grosso.

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Com quatro focos ativos de incêndios florestais no Pantanal sul-mato-grossense, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, com o apoio das demais forças de segurança nacionais e estaduais empenhadas na Operação Pantanal 2024 há 198 dias, mantém ações de combate ao fogo nas regiões do Paiaguás e Abobral (Passo do Lontra).

Um dos principais focos está na divisa com o Mato Grosso. O incêndio já registrou, ontem, uma linha de fogo de aproximadamente 40 quilômetros de extensão. As chamas passaram para o Mato Grosso do Sul vindas do estado vizinho, iniciada no Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense.

Também estão em monitoramento focos em Corumbá (nas regiões pantaneiras do Paiaguás, Nabileque, Paraguai-Mirim, Forte Coimbra, Serra do Amolar, Albuquerque), Rio Negro (Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro), Costa Rica, Aparecida do Taboado, São Gabriel do Oeste, Dourados, Coxim, Inocência, Paranaíba, Naviraí (Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema), Miranda, Porto Murtinho, Nioaque e Aquidauana.

Um novo ciclo de trabalho na temporada de incêndios florestais teve início ontem (15), inclusive com a troca de dez bombeiros militares do Rio Grande do Sul, estado que continua a apoiar as ações de controle e extinção do fogo no Pantanal.

As ações contam com o apoio do GOA (Grupamento de Operações Aéreas), que auxiliam os militares que fazem o combate direto em solo. As equipes continuam a realizar o monitoramento nas áreas impactadas e nas localidades onde estão instaladas as 12 bases avançadas, que contribuem para uma resposta mais ágil para o início do combate, em caso de ocorrência de fogo.

As chuvas que ocorreram desde o fim de semana passada contribuíram para aliviar a situação, especialmente após o período de seca. Porém o Pantanal ainda enfrenta condições climáticas adversas, principalmente em relação as altas temperaturas e variação dos ventos, que elevam os riscos de incêndios florestais.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Operação Pantanal: ações contra incêndios florestais continuam com força máxima em MS

Na terça-feira (24), mais dez bombeiros do Rio Grande do Sul chegaram ao Estado para contribuir no trabalho.

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A situação climática no Pantanal de Mato Grosso do Sul continua extrema, com temperaturas altas, umidade relativa do ar baixa e fortes ventos, o que facilita a ocorrência de incêndios florestais. Mesmo com previsão da chegada de uma frente fria entre hoje (26) e sábado (28) – o que deve provocar chuva e queda de temperaturas – a situação não terá mudança significativa.

O Governo do Estado transmitiu as informações dos combates e também a previsão do tempo para os próximos dias, nesta quinta-feira (26), ao vivo pela internet (veja na íntegra no final do texto), no boletim semanal da Operação Pantanal 2024, que a partir de agora será realizado a cada 15 dias (o próximo está marcado para acontecer no dia 10 de outubro).

A estrutura de combate aos incêndios florestais permanece ativa em todos os biomas – Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica – e continua a receber reforços das forças de segurança nacional e dos demais estados parceiros. A situação climática interfere de maneira direta nas ações de controle e extinção dos incêndios, no Pantanal e também nos demais biomas presentes no Estado.

Regiões como Cipolândia (Aquidauana), Coxim, Inocência e Dourados concentram atualmente os combates. Já as ações de monitoramento ocorrem em Corumbá – Paiaguás, Nabileque, Paraguai Mirim, Coimbra, Serra do Amolar, Albuquerque – e nas regiões de Porto Murtinho, Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema (Naviraí).

Nos municípios de Rio Negro, Aquidauana, Cassilândia, Costa Rica, Aparecida do Taboado, São Gabriel do Oeste, Brasilândia, e região do Areado, também passam por tal monitoramento, assim como as bases avançadas do Redário e Santa Mônica, onde o trabalho é dirigido a um foco próximo à divisa com o Mato Grosso.

“Mesmo com as condições atmosféricas de 2024 sendo mais severas, a gente conseguiu reduzir essa área queimada [em relação a 2020]. A gente está vendo a Bolívia com muitos focos de calor. Mesmo que a gente tenha registrado nos últimos dias uma redução desses focos, a gente não retroagiu a nossa estrutura, esse trabalho de operação presença, estar no local, também faz a diferença nos índices que a gente vê nos focos de calor. E não só no Pantanal, a gente tem a estrutura distribuída no Estado todo”, explicou a diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Tatiane Inoue.

Na terça-feira (24), mais dez bombeiros do Rio Grande do Sul chegaram ao Estado para contribuir no trabalho.

Atenção ao termômetro

A partir de domingo (29) e até quarta-feira (2 de outubro), as temperaturas devem voltar a subir, e podem atingir novamente em torno de 40°C, como foi registrado durante esta semana no Estado. Ontem (25) ocorreram recordes de temperatura no ano de 2024, com registro de 20 municípios com temperatura máxima acima de 40°C. O município de Água Clara registrou a temperatura mais alta do país com 43,1°C.

Enquanto nos próximos dois dias, caso as chuvas ocorram, a umidade relativa do ar deverá subir para entre 40% e 60%, e as temperaturas devem variar entre 27°C e 35°C (máximas) e 19°C e 25°C (mínimas), já no início da próxima semana as condições climáticas mudam novamente.

“Então, as temperaturas devem ficar acima da média, se espera tempo quente e seco, com sol. As máximas devem ficar entre 36°C a 43°C na região pantaneira, e as mínimas entre 23°C a 31°C, a umidade relativa do ar, novamente, deverá ter uma queda significativa de 7% a 25%. A gente observa, nos próximos dias, um elevado risco de fogo, extremo, onde as condições climáticas são favoráveis, há aumento de velocidade de propagação do fogo, difícil combate até por vias aéreas. Toda essa condição, mesmo com a entrada da frente fria, não deve se reverter na região da Bacia do Alto Paraguai”, explicou a meteorologista e coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento do Templo e do Clima), Valesca Fernandes.

O prognóstico para o trimestre – dos meses de outubro, novembro e dezembro –, mostrou pela primeira vez, em aproximadamente dez meses, que as chuvas no período podem ficar dentro da média histórica.

“Nas condições de tempo quente e seco, as temperaturas acima da média, baixos valores de umidade relativa, as condições são propícias para ocorrência de incêndios florestais, afetando também a qualidade do ar. Como a gente viu hoje em Campo Grande, estamos embaixo de fumaça”, disse a meteorologista.

Condições adversas e esperança

Em meio às condições adversas, a tenente-coronel Tatiane Inoue relata que estava no Pantanal, onde até ontem o termômetro da viatura em que estava registrada 46°C.

“Continua muito seco, a gente vê os animais disputando pequenas poças de água, pequenas lagoas, então a situação ali é ainda muito crítica. E várias pessoas também vivenciam essas condições e estão muito preocupados com essa fumaça. Mesmo com todo esse aparato de combate que temos, essa condição no bioma Pantanal, não só do lado do Brasil e Mato Grosso do Sul, persiste. O nosso Estado está muito tomado por essa fumaça, de situações que estão acontecendo em outros países, em outros estados”, explicou.

Imagem registrada pela tenente-coronel

Contudo, a esperança de melhora continua e motiva o trabalho dos Bombeiros, ainda mais sabendo a capacidade do bioma em se renovar. Essa resiliência do Pantanal também foi registrada, com uma imagem.

“Eu fiz questão de trazer essa foto, que tirei ontem na região de Miranda, nas margens da rodovia BR-262, onde a gente teve um incêndio no começo do mês de agosto, muito grave. E aí a gente vê como é a resiliência do bioma Pantanal. A gente observa aqui as árvores, a vegetação queimada, as cinzas. Estou com o cheiro das cinzas no meu EPI, mas a gente vê o lírio brotando, a vegetação ali insistindo em viver. Então é por isso que a gente trabalha tanto e se dedica para continuarmos vendo esse milagre acontecendo aqui”, finaliza Inoue.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Governo de MS faz monitoramento dos rios e intensifica combate a incêndios nos três biomas

O boletim semanal informou que no Mato Grosso do Sul de janeiro a setembro deste ano foram 7.309 focos de calor no Pantanal. Já no Cerrado no mesmo período foram 3.517 (focos) e na Mata Atlântica 937 (focos).

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Com período de estiagem intenso em Mato Grosso do Sul, os órgãos estaduais fazem o controle e monitoramento do nível dos rios, assim como intensificam o combate aos incêndios florestais nos três biomas (Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica). Outra ação é a orientação aos produtores rurais em relação ao cuidado com os animais (doméstico) e até a realização de aceiros, que também são usados rotas de passagens dos animais silvestres.

Apresentação na live Operação Pantanal

Esta situação foi apresentada durante a live da “Operação Pantanal”, que apresenta o boletim semanal do combate aos incêndios no Estado. O gerente de recursos hídricos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente do MS), Leonardo Sampaio, explicou que o órgão dispõe de 14 estações de monitoramento dos rios, e que a situação neste ano é preocupante.

“Fazemos este monitoramento desde 2014 e neste ano o nível está abaixo na maioria dos rios do Estado, inclusive tem diminuído em média 2 cm por dia. Fazemos um boletim diário para toda sociedade e enviamos informações à Defesa Civil. Esta estiagem e seca reflete diretamente nesta situação. Com menos chuva, mas dificuldade para os animais terem acesso a água. No Pantanal se a vegetação fica mais seca, favorece os incêndios florestais”, explicou Sampaio.

Neste cenário o Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) realiza o trabalho não apenas de resgate, mas de orientação para proteção da fauna. “Trata-se de um trabalho pré, durante e após o fogo, pois também orienta os proprietários rurais para que sejam feitos aceiros, que além de evitar a propagação do fogo, sirvam como rota para que os animais possam sair”, afirmou o secretário-executivo de Meio Ambiente, Arthur Falcette.

Ele destacou que os trabalhos do Gretap tiveram reforço e ajuda de fundos internacionais, com doação de medicamentos, assim como outras instituições que contribuem com alimentos e outros itens. “Importante também orientar os produtores para que não falte água principalmente ao gado na região do Pantanal”, completou.

Trabalho dos bombeiros no Pantanal (Foto: Álvaro Rezende)

Estrutura e combate

Além da região do Pantanal que conta com 13 bases avançadas do Corpo de Bombeiros, os outros dois biomas (Cerrado e Mata Atlântica) também estão com estruturas montadas para o combate aos incêndios florestais, inclusive com diversas ações nos últimos meses.

“Nossa estrutura está distribuída por todos os biomas, concentrada no Pantanal, por ser uma área de difícil acesso com bases avançadas, mas temos estruturas em outros locais, como a Mata Atlântica e o Cerrado, que é a região mais seca do Estado, por isso reforçamos nossas guarnições”, afirmou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiente do CBMMS.

Ela destacou que o Cerrado tem apresentado altos índices de focos de calor, no entanto por sua características próprias, não se propagam tanto como no Pantanal. “A estiagem prejudica inclusive a estrutura de combate aos incêndios, já que muitas vezes nosso acesso é pelos rios e a navegabilidade fica comprometida”.

O boletim semanal informou que no Mato Grosso do Sul de janeiro a setembro deste ano foram 7.309 focos de calor no Pantanal. Já no Cerrado no mesmo período foram 3.517 (focos) e na Mata Atlântica 937 (focos).

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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