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Analfabetismo entre quilombolas é 2,7 vezes maior que média do Brasil

Censo do IBGE mostra que o Índice chega a 18,99%

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A taxa de analfabetismo entre a população quilombola é 2,7 vezes maior que a média do Brasil. Enquanto em todo o país o índice é 7%, na população quilombola alcança 18,99%. A revelação faz parte de um suplemento do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa quilombola representa 192,7 mil pessoas com 15 anos ou mais de idade que não sabem ler e escrever nem ao menos um bilhete simples. De acordo com o levantamento censitário, o país tem 1,330 milhão de pessoas quilombolas, sendo 1,015 milhão com 15 anos ou mais de idade.

O Censo 2022 foi o primeiro em que o IBGE coletou informações específicas da população quilombola – descendentes de comunidades que resistiam à escravização. Para classificar uma pessoa como quilombola, o IBGE levou em consideração a autoidentificação dos questionados, não importando a cor de pele declarada.

Na avaliação da coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais, Marta Antunes, a taxa de alfabetização, ou seja, que mede quem sabe ler e escrever, funciona como um indicador de resultado dos investimentos na educação básica e de jovens e adultos (EJA) nas últimas décadas. Marta observa que a taxa mostra como os investimentos se traduzem no processo de alfabetização ou não da população.

“Há uma distância entre a população quilombola e a população residente no país em relação às oportunidades educacionais das últimas décadas em relação aos investimentos em acesso à educação”, diz a pesquisadora.

Localização

O Censo diferencia ainda a taxa dos quilombolas por local de moradia – se é dentro ou fora de território oficialmente reconhecido. Entre os que vivem nesses territórios, o índice é de 19,75%, já nos que vivem fora de áreas reconhecidas, 18,88%.

De acordo com Marta Antunes, a pequena diferença detona que o analfabetismo das pessoas quilombolas não é tão marcado pela localização dos domicílios, “e sim pela sua etnicidade, a forma como elas têm tido acesso a processos educacionais, ou seja, estar dentro ou fora dos territórios não é o grande marco diferenciador do acesso a oportunidades educacionais”.

De toda a população quilombola, apenas 12,61% (167.769 pessoas) vivem em territórios oficialmente reconhecidos.

Idade

A análise dos dados revela que, assim como acontece com o conjunto da população brasileira, entre os quilombolas o analfabetismo é crescente a partir da faixa etária de 18 e 19 anos. Entre esse grupo de idade, o índice é de 2,91%. Para o estrato de 50 a 54 anos, a taxa chega a 28,04%, enquanto entre os com 65 anos ou mais alcança 53,93%.

Brasília (DF), 18.07.2024. Quilombolas alfabetização.
Crédito: Arte/Agência Brasil
Arte/Agência Brasil

A coordenadora do IBGE destaca que até os 24 anos de idade, as taxas de analfabetismo dos quilombolas e da população brasileira como um todo variam cerca de dois pontos percentuais a mais para o primeiro grupo. Mas à medida que as faixas etárias vão crescendo, aumenta também a distância entre quilombolas e a média nacional. Na população com 65 anos ou mais, a relação é de 20,25% na população brasileira e 53,93% na quilombola.

“Para endereçar o analfabetismo nesse grupo [quilombola], a gente tem que olhar para essa faixa de idade também”, sugere Marta Antunes.

Gênero

Em relação ao gênero, acontece entre os quilombolas comportamento semelhante ao da população brasileira, em que o analfabetismo dos homens é maior que o das mulheres. A taxa dos homens quilombolas é de 20,89%, superior à das mulheres quilombolas (17,11%). Essa diferença de 3,78 pontos percentuais é maior do que a observada na população total do país, que foi de um ponto percentual (6,52% das mulheres e 7,51% dos homens).

Regiões

Das cinco regiões do país, o Nordeste tem taxa de analfabetismo de quilombolas (21,60%) acima da média nacional para essa população (18,99%). Em seguida aparecem o Sudeste (14,68%), Centro-Oeste (13,44%), Norte (12,55%) e Sul (10,04%).

“A gente tem taxas de alfabetização mais baixas para as pessoas quilombolas em todas as grandes regiões, então é uma situação que se repete independentemente da localização regional da população”, assinala a pesquisadora.

As comunidades quilombolas estão em 25 das 27 Unidades da Federação (UF). Apenas Acre e Roraima não registram essa presença. Ao observar o analfabetismo pelas UF, o IBGE verificou que oito estados têm taxas gerais acima do total quilombola (18,99%): Maranhão (22,23%), Piauí (28,75%), Ceará (26,38%), Rio Grande do Norte (24,08%), Paraíba (26,87%), Pernambuco (25,93%), Alagoas (29,77%) e Sergipe (23,76%).

A menor taxa é a do Distrito Federal, 1,26%, que chega ser menor que a média da população geral da UF (2,77%).

Municípios

Dos 1,7 mil municípios com população quilombola, foi possível verificar a taxa de alfabetização em 1.683. O Censo constatou que em 81,58%, o não letramento de pessoas quilombolas é acima da média do local. Em 20,26% a diferença supera 10 pontos percentuais.

O gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas do IBGE, Fernando Damasco, explica que isso caracteriza uma “disparidade significativa” entre as duas populações na maior parte dos municípios. Ele detalha que entre os municípios com diferenças superiores a 10 pontos percentuais, há concentrações no Vale do Rio Amazonas, no Maranhão e no Semiárido.

“Todos os estados nordestinos têm uma concentração expressiva de municípios nessa situação”, pontua.

Marta Antunes considera que a diferença encontrada dentro dos municípios, com quilombolas vivenciando maiores taxas de analfabetismo, chama “muita atenção”. Ela adiantou que no fim do ano, o IBGE divulgará dados semelhantes, diferenciando a escolaridade das comunidades, levando em consideração se estão em área rural ou urbana.

Para ela, será uma forma de analisar melhor as disparidades. De acordo com a pesquisadora, os dados iniciais já sinalizam que há uma atenção desigual para os quilombolas em termos de investimento de políticas públicas ao longo das últimas décadas.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

 

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Invista na sua Vitrine: um guia completo para o varejista inteligente em 2024

Investir na sua vitrine é um investimento em resultados. Ao seguir essas dicas, você estará mais próximo de conquistar novos clientes e fidelizar os já existentes.

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A vitrine: seu principal vendedor silencioso

Em um mundo cada vez mais visual, a vitrine de sua loja é a sua maior aliada para atrair clientes e impulsionar as vendas. Pensando nisso, preparamos um guia completo e prático para te ajudar a criar vitrines impactantes e que gerem resultados reais.

6 dicas para uma vitrine de sucesso em dezembro de 2024:

1.Aposte na Sazonalidade: Dezembro é sinônimo de festas e celebrações! Aproveite essa época para renovar sua vitrine e criar um clima natalino. Use elementos decorativos típicos da data, como árvores de Natal, guirlandas e presentes. Além disso, pense em temas específicos como “Natal em família”, “Réveillon na praia” ou “Presenteie quem você ama”. Essa personalização irá conectar emocionalmente o seu cliente com a sua marca. Quer regionalizar? Aproveite as características sul-mato-grossenses e abuse da criatividade, criando um clima de fim de ano com elementos e a cultura do nosso Estado. Isso conecta, aproxima e atrai um público bem “nichado”.

2. Cuide da Iluminação: A iluminação é fundamental para criar um ambiente agradável e destacar os produtos. Use luzes quentes e aconchegantes para também criar esse clima natalino e convidativo que tanto falamos aqui. Direcione os focos de luz para os produtos mais importantes, criando um efeito de destaque.

3. Conte uma história: Transforme sua vitrine em um convite para uma viagem dos sonhos. Crie cenários que despertem a imaginação do seu cliente e o convide a entrar em seu mundo. Por exemplo, se você vende roupas, monte uma vitrine com um cenário de praia, com roupas leves e acessórios coloridos. E por que não já dar opções de looks para vários momentos do dia do seu cliente ou mesmo para toda a família? Em tempos “instagramáveis” muita gente adora ter a mesma paleta de cores, o mesmo estilo para “também” contarem histórias em seus perfis sociais. Ah… deixe a proposta clara nas suas propagandas.

4. Aposte nas cores: As cores têm o poder de transmitir emoções e influenciar as decisões de compra. Use cores vibrantes como vermelho e verde para criar um clima natalino. Mas não se esqueça de equilibrar as cores, utilizando tons neutros para destacar os produtos.

5. Menos é mais: Evite sobrecarregar a vitrine com muitos produtos. Selecione os itens mais importantes e destaque-os. Crie um layout clean e organizado, que facilite a visualização dos produtos.

6. Inove com tecnologia: Utilize QR Codes para conectar sua vitrine ao mundo digital. Crie promoções exclusivas, ofereça descontos para quem seguir suas redes sociais ou incentive os clientes a participarem de concursos culturais. Essa interação vai gerar engajamento e fortalecer o relacionamento com a sua marca.

As vantagens de investir na sua vitrine:

  • Aumenta o tráfego na loja: Uma vitrine atrativa chama a atenção dos passantes e os convida a entrar na loja.
  • Impulsiona as vendas: Uma vitrine bem elaborada ajuda a vender os produtos expostos e aumenta o ticket médio.
  • Fortalece a marca: Uma vitrine bem cuidada transmite uma imagem positiva da sua marca e a diferencia da concorrência.
  • Melhora a experiência do cliente: Uma vitrine bonita e bem organizada proporciona uma experiência de compra mais agradável.

Conclusão:

Investir na sua vitrine é um investimento em resultados. Ao seguir essas dicas, você estará mais próximo de conquistar novos clientes e fidelizar os já existentes.

 

 

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Prefeito Nelson Cintra participa do XV Fórum de Representantes do Gran Chaco Americano na Bolívia

A comitiva brasileira foi composta por Regina Heyn, vereadora; pela vice-prefeita eleita, Dra. Andreara Castro

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O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, esteve em Villa Montes, Bolívia, para participar do XV FORO DE REPRESENTANTES DO GRAN CHACO AMERICANO. A comitiva brasileira foi composta por Regina Heyn, vereadora; pela vice-prefeita eleita, Dra. Andreara Castro; e pelos vereadores eleitos Marcela Quinones, Elisangela Corrêa e Kleber Loubet.

O evento, liderado pela governadora executiva do Desenvolvimento Regional de Villa Montes, Karen Sánchez, reuniu autoridades da Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil, além de convidados especiais e representantes de organismos internacionais. Durante o fórum, Karen Sánchez transferiu a presidência do Gran Chaco Americano para Jorgelina Rolón, de Filadélfia, Paraguai.

Propostas debatidas e aprovadas

A plenária aprovou diversas propostas estratégicas para a integração e desenvolvimento do Gran Chaco Americano, entre as quais:

• A criação de um novo Corredor Bioceânico Central, com Villa Montes – Bolívia, como parte do trajeto, constituindo uma alternativa ao Corredor Bioceânico de Capricórnio.

• A solicitação ao Governo do Paraguai, por meio do Governador de Boquerón, para a construção do trecho Cruce Don Silvio – InfanteRivarola.

• A elaboração de um Plano Trinacional para a restauração do leito principal do rio Pilcomayo, com ações de dragagem e a participação dos países membros.

Além disso, foram discutidos temas prioritários para o desenvolvimento regional, como:

• Gestão da água

• Turismo sustentável

• Mudanças climáticas e meio ambiente

• Conservação do rio Pilcomayo

• Corredores bioceânicos

• Explorações sísmicas

• Intercâmbio comercial

Compromisso com a integração regional

O fórum reafirmou o compromisso dos países membros em promover a cooperação regional e impulsionar iniciativas que beneficiem o Gran Chaco Americano.

Nelson Cintra destacou a relevância da presença de Porto Murtinho no evento, afirmando que iniciativas como essas fortalecem a integração internacional e geram novas oportunidades de desenvolvimento econômico e social para o município e a região.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Colaborador do Sesi integra seleção brasileira campeã pan-americana de futsal de surdos

Marcos Paulo trabalha como técnico de suporte na unidade do Sesi em Dourados.

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O colaborador do Sesi Marcos Paulo de Aguiar fez parte da seleção brasileira que conquistou o tricampeonato nos Jogos Pan-americanos de Surdos 2024, modalidade futsal. A competição reuniu equipes de 17 países e foi disputada entre os dias 10 e 16 de novembro, em Canoas (RS).

A campanha do time de futsal contou com vitórias sobre Colômbia, Uruguai, Jamaica e Venezuela. Na decisão pela medalha de ouro, a seleção brasileira derrotou a Argentina por 4 a 0.

Marcos Paulo trabalha como técnico de suporte na unidade do Sesi em Dourados. Ele foi o único representante da cidade na seleção brasileira de futsal de surdos.

“Para nós, douradenses é motivo de muito orgulho termos participado dessa vitória. Agradeço de modo especial à Escola Sesi de Dourados, um dos principais apoiadores e parceiros. Agora, aguardo ser selecionado para representar o Brasil no campeonato internacional na Itália em 2025”, disse Marcos Paulo.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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