Connect with us

Operação Pantanal 2024

Parceria entre governos federal e de MS garante resposta rápida e recursos contra incêndios no Pantanal

Para o governador Eduardo Riedel a publicação das medidas provisórias veio ao encontro da urgência de preservar o bioma, um dos mais ricos do planeta em biodiversidade.

Publicado

on

Pela segunda vez em menos de um mês o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, recebeu uma importante comitiva ministerial, composta pelas ministras Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e pelo ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), para acompanhar de perto em Corumbá os trabalhos de combate aos incêndios florestais no Pantanal.

Dessa vez, além do acompanhamento da situação, também foi oficializado a entrega de mais recursos, na casa dos R$ 137 milhões, para manutenção dos trabalhos que podem se estender até outubro devido a temporada de forte calor e seca severa, prevista para durar todo este período no Estado, em especial na região pantaneira.

Em coletiva, o trio ministerial e o governador ressaltaram a importância dos recursos, que se somam aos R$ 50 milhões já aplicados pelo Governo de Mato Grosso do Sul no combate aos incêndios. Os R$ 137,6 milhões são oriundos de crédito extraordinário.

Por meio da MP (Medida Provisória) 1.241, foram destinados R$ 72,3 milhões para o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (R$ 38,2 milhões para o Ibama e R$ 34,1 milhões para o ICMBio), R$ 59,7 milhões para o Ministério da Defesa e R$ 5,7 milhões para o Ministério da Justiça e Segurança Pública (R$ 3,7 milhões para a PF e R$ 2 milhões para a FNSP).

Após sobrevoar o Pantanal ao lado do governador Eduardo Riedel, as ministras Marina e Simone e o ministro Waldez detalharam a MP 1.241 e as MPs 1.239 e 1.240, para acelerar a contratação de brigadistas e facilitar o uso de aeronaves no combate aos incêndios, respectivamente.

Para o governador Eduardo Riedel a publicação das medidas provisórias veio ao encontro da urgência de preservar o bioma, um dos mais ricos do planeta em biodiversidade.

“Acho importante que a gente tenha noção da dimensão do que aconteceu aqui. Nós, quando estamos falando aqui de 200 milhões de reais, [cerca de] 150 milhões do governo federal, até agora, e mais R$ 50 milhões do Governo do Estado desde 2019, não é um volume de recursos desprezível. E eu acho que o recado e a mensagem que a Marina Silva coloca aqui são muito válidos. Somos uma potência ambiental. Isso tem valor na diversidade, tem valor na contenção e na mitigação de crédito de carbono. Isso tem valor na nossa cultura, assim como tem as nossas atividades econômicas tradicionais. E o que nós estamos investindo aqui é na manutenção desse status e na mensagem que a gente deixa para todo o Brasil e para o mundo”, disse.

A coletiva à imprensa ocorreu no quartel do Corpo de Bombeiros de Corumbá, e lá a ministra Simone Tebet explicou porque utilizou as medidas provisórias para o repasse.

“Essa é a vantagem de nós termos um instrumento, pelo menos o Governo Federal tem um instrumento, que os governos estaduais não têm, que são as medidas provisórias. A medida provisória só pode ser editada diante de uma urgência, de uma calamidade pública, desde que haja um interesse público e seja realmente relevante. Esse é o caso do Pantanal. Então diante disso, as três medidas provisórias já foram editadas, elas têm efeito imediato”, afirma Simone.

A ministra acrescenta ainda que o orçamento necessário está na conta dos ministérios e a resposta final é muito clara. “O presidente Lula disse o seguinte: contrate o número de brigadistas que for suficiente, gaste o que tiver que gastar para preservar o meio ambiente do Pantanal, que não é um patrimônio pessoal de Mato Grosso do Sul, é um patrimônio do Brasil”.

Já a ministra Marina Silva elogiou o trabalho em conjunto contra os incêndios, fruto de uma parceria com constante diálogo entre os governos Federal e de Mato Grosso do Sul.

“Eu gostaria só de agradecer pelos resultados. É um trabalho conjunto, é um trabalho em parceria. Muito obrigada governador, que inclusive fez uma lei [se referindo à Lei do Pantanal]. A equipe tem trabalhado de forma muito parceira. O presidente Lula, eu, a ministra Simone Tebet, o Waldez, todos aqui agradecemos por essa parceria e mais esse crédito extraordinário de R$ 173 milhões. Sem o trabalho das pessoas que estão na ponta, os resultados que alcançamos até aqui não seriam alcançados”, agradece Marina Silva.

Por fim, o ministro Waldez Góes também fez elogios a atuação do Governo de Mato Grosso do Sul em parceria com o Governo Federal na prevenção e combate ao fogo no Pantanal.

“Então, parabéns a todos, muito obrigado pelo grande trabalho que estão fazendo em prol de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e do Pantanal brasileiro, que é preservar o nosso bioma, a vida humana, a vida da fauna, da flora, e logicamente continuar deixando o Brasil na condição de que deve sempre estar o maior protagonista de uma boa política de proteção ao meio ambiente”.

Nos combates no Pantanal Sul-mato-grossense já foram usados 885 homens e mulheres tanto em ações de campo contra o fogo como nas de retaguarda, sendo 472 do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, além de 95 viaturas e 12 aeronaves que estão sendo utilizadas.

A íntegra da entrevista coletiva pode ser vista logo abaixo:

Fora os recursos já citados, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional fez a liberação de R$ 13,4 milhões para execução de ações de resposta da Defesa Civil de Mato Grosso do Sul no enfrentamento aos incêndios florestais no Pantanal. A portaria foi publicada nesta terça-feira (16) no Diário Oficial da União.

O recurso é destinado a atender instituições oficiais ou ONGs do Estado que estejam envolvidos no trabalho contra o fogo no Pantanal. Serão repassados R$ 13.422.870,49 para serem utilizados na aquisição de combustível, EPIs, ajuda humanitária às comunidades ribeirinhas, locação de veículos e equipamentos para combate à incêndios florestais.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Continue Lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Operação Pantanal 2024

Operação Pantanal: planejamento para 2025 já começou, com a manutenção de equipamentos

Com a desmobilização do trabalho no Pantanal, todos os equipamentos podem passar pela manutenção e assim continuar empregados nas ações de combate a incêndios em qualquer época do ano.

Publicado

on

A redução dos focos de incêndios florestais no Pantanal neste último trimestre permitiu também a redução das equipes em campo pela Operação Pantanal, iniciando o monitoramento da situação na região e o planejamento para o ano de 2025, em um trabalho contínuo e que tem como primeiro passo dessa nova fase a manutenção dos equipamentos usados no combate ao fogo no decorrer deste ano pelo Corpo de Bombeiros, que encabeçou a ação.

Seguindo o planejamento anual, a equipe dos Bombeiros de Mato Grosso do Sul está retirando materiais e equipamentos das áreas de combate para realização de manutenção em Campo Grande, os preparando para os trabalhos que podem ocorrer no próximo ano.

“A Operação Pantanal não é só combate a incêndios, são várias atividades que a gente executa durante o ano inteiro para que quando haja necessidade, não importa a época, se está em estiagem ou não, a gente tenha condições e estrutura para combater os incêndios florestais”, explicou a diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Tatiane Inoue.

No prédio onde são feitos o controle e a manutenção dos materiais que chegam de diferentes áreas do Pantanal, várias ferramentas e equipamentos diversos – roçadeira, pinga-fogo, motobomba flutuante, soprovarredor – passam por avaliação, recuperação e conserto. Além de garantir que os materiais retornem para as áreas onde são necessários, o trabalho também gera economia e possibilita a realização de um inventário para o emprego adequado de cada item.

“Quando os materiais chegam são listados e inseridos numa planilha, para o controle dos mais de 400 equipamentos, de sapa (para escavar) e motomecanizados. Tudo que é empregado na Operação Pantanal é controlado por aqui, e com isso a gente pode saber o local onde estão, quando houve manutenção e o controle do quantitativo”, disse o subtenente Evandy Segarini.

Com a desmobilização do trabalho no Pantanal, todos os equipamentos podem passar pela manutenção e assim continuar empregados nas ações de combate a incêndios em qualquer época do ano. “A desmobilização é uma das etapas da Operação Pantanal, que é contínua no nosso Estado. A atividade de combate a incêndio florestal exige muito de cada equipamento. Por isso precisamos estar com tudo pronto, tudo em ordem, a qualquer época e para atender qualquer situação”, afirmou a tenente-coronel.

O trabalho de manutenção ocorre durante todo o ano, mesmo quando a Operação está em andamento. Mas é concentrado de forma mais intensa nesta época, quando as chuvas na região pantaneira começam a favorecer de forma mais eficiente o controle e redução dos focos, impedindo a propagação dos incêndios.

“É um período que a gente traz todo o material, inclusive os estão nas bases avançadas, para darmos manutenção nos nossos motomecanizados e demais materiais que utilizamos durante os incêndios. É o momento ideal para dar continuidade, logo mais os materiais voltam para a operação. Todo o material utilizado na operação pantanal a gente começa a recolher para poder deixar em condições para as próximas atividades”, disse Segarini.

No mesmo prédio onde os materiais passam por manutenção, também existe um espaço para confecção de abafadores, um dos principais itens utilizados no trabalho de combate a incêndios. “Separamos um local para confeccionar os abafadores, que é um dos materiais que a gente utiliza. A gente vai fazendo e deixando eles todos prontos. É feito aqui mesmo, a gente adquiri a matéria prima e confecciona na unidade”, finalizou o subtenente.

Operação Pantanal

Para atuar de maneira eficiente e garantir resposta rápida em caso de incêndios florestais na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado, por meio do CBMMS, iniciou o trabalho preventivo no início do ano, com atuação presencial dos bombeiros e em maio a instalação de bases avançadas no bioma.

As 12 bases avançadas do CBMMS foram instaladas neste ano nas diversas regiões do Pantanal e contribuíram para garantir combate rápido e eficiente durante a temporada de incêndios florestais. As bases foram uma novidade implantada pela Operação Pantanal e parte delas serão mantidas permanentemente para atendimento às ocorrências de incêndios em todas as épocas do ano.

O Pantanal de Mato Grosso do Sul tem 9 milhões de hectares, correspondendo a 65% do total da região pantaneira que ainda se estende ao Mato Grosso, ao Paraguai e à Bolívia. O bioma passa pela pior estiagem dos últimos 70 anos.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Continue Lendo

Operação Pantanal 2024

Focos de incêndios na região do Alto Pantanal são controlados e área é monitorada pelos Bombeiros

O local segue sendo monitorado pelos profissionais que ficam na base avançada da Serra do Amolar.

Publicado

on

Os focos de incêndio na região do Alto Pantanal, próximo a Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo São Lourenço, foram controlados após ação das equipes do Corpo de Bombeiros, que contaram com o auxílio da chuva que caiu na região nos últimos dias. O local segue sendo monitorado pelos profissionais que ficam na base avançada da Serra do Amolar.

Segundo o Corpo de Bombeiros, as imagens de satélite que mostravam vários focos de calor na região nos últimos dias, contam com outro cenário no momento (sem foco), no entanto duas equipes estão no local fazendo o serviço de monitoramento e captação de imagens (drones) para avaliar a situação.

A base do Corpo de Bombeiros na Serra do Amolar fica a 9 km da Escola do Polo São Lourenço, tendo 8 militares disponíveis para combate a incêndios, quando for necessário.

A região do Pantanal Sul-Mato-Grossense continua com condições climáticas adversas, devido altas temperaturas e variações constantes nos ventos, o que favorecem os incêndios florestais. Nos últimos dias houve chuvas pontuais na região, que contribuíram de forma momentânea, mas não extinguiram todos os focos.

Segue o combate aos incêndios no Parque Estadual Pantanal do Rio Negro, que fica próximo aos municípios de Miranda e Corumbá. Duas equipes chegaram ao local com apoio do helicóptero da Força Aérea Brasileira, por se tratar de local de difícil acesso. Através das ações foi possível confinar as chamas que se concentram entre a BR-262 e o Rio Miranda.

Também tem equipes na região do Passo do Lontra, onde a preocupação é em relação a proximidade (incêndios) com residências da comunidade local. Os focos tinham sido controlados no final de semana, mas houve reignição, por isso os trabalhos continuam no local.

Continua o monitoramento das regiões do Paiaguás, Serra do Amolar, Nhecolândia (a oeste do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro) e Abobral. Atualmente a Operação Pantanal possui um efetivo de 132 militares do Corpo de Bombeiros Militar.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Continue Lendo

Operação Pantanal 2024

Pantanal de MS tem quatro focos de incêndios ativos e trabalho de combate no bioma completa 198 dias

Um dos principais focos está na divisa com o Mato Grosso.

Publicado

on

Com quatro focos ativos de incêndios florestais no Pantanal sul-mato-grossense, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, com o apoio das demais forças de segurança nacionais e estaduais empenhadas na Operação Pantanal 2024 há 198 dias, mantém ações de combate ao fogo nas regiões do Paiaguás e Abobral (Passo do Lontra).

Um dos principais focos está na divisa com o Mato Grosso. O incêndio já registrou, ontem, uma linha de fogo de aproximadamente 40 quilômetros de extensão. As chamas passaram para o Mato Grosso do Sul vindas do estado vizinho, iniciada no Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense.

Também estão em monitoramento focos em Corumbá (nas regiões pantaneiras do Paiaguás, Nabileque, Paraguai-Mirim, Forte Coimbra, Serra do Amolar, Albuquerque), Rio Negro (Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro), Costa Rica, Aparecida do Taboado, São Gabriel do Oeste, Dourados, Coxim, Inocência, Paranaíba, Naviraí (Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema), Miranda, Porto Murtinho, Nioaque e Aquidauana.

Um novo ciclo de trabalho na temporada de incêndios florestais teve início ontem (15), inclusive com a troca de dez bombeiros militares do Rio Grande do Sul, estado que continua a apoiar as ações de controle e extinção do fogo no Pantanal.

As ações contam com o apoio do GOA (Grupamento de Operações Aéreas), que auxiliam os militares que fazem o combate direto em solo. As equipes continuam a realizar o monitoramento nas áreas impactadas e nas localidades onde estão instaladas as 12 bases avançadas, que contribuem para uma resposta mais ágil para o início do combate, em caso de ocorrência de fogo.

As chuvas que ocorreram desde o fim de semana passada contribuíram para aliviar a situação, especialmente após o período de seca. Porém o Pantanal ainda enfrenta condições climáticas adversas, principalmente em relação as altas temperaturas e variação dos ventos, que elevam os riscos de incêndios florestais.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Continue Lendo

Mais Lidas

Copyright © 2021 Pauta 67