Implementadas em cinco presídios de Mato Grosso do Sul, telas sobre pavilhões e solários se mostraram eficazes bloqueando o arremesso de aparelhos de telefone celular para dentro das penitenciárias. Por isso a medida será estendida a mais unidades da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).
A confirmação foi feita pelo diretor-presidente da Agência, Rodrigo Rossi Maiorchini, durante entrevista no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, popularmente conhecido como Máxima, na tarde desta terça-feira (21) em Campo Grande.
Na unidade está sendo construído o primeiro de quatro muros que serão usados como base para as telas de proteção, assim como foi feito em outras penitenciárias do Estado – Naviraí, Caarapó, Bataguassu, Ivinhema e São Gabriel do Oeste. Nestes locais houve um levantamento para comprovar a eficácia da medida através de números.
Entre as unidades onde o telamento já é realidade, a apreensão de celulares praticamente zerou, indicando assim a efetividade dessa barreira física. Na Penitenciária de Naviraí, um dos maiores presídios do Estado, desde 2021 que não há registro de apreensão de celulares em poder dos detentos.
“Quando você tem nos pavilhões todo telamento do solário, você evita arremessos que hoje são o principal meio de entrada de ilícitos”, explica Maiorchini. “São particularidades que estamos desenvolvendo que também envolvem a utilização de equipamentos de raio-x para inspeções na entrada do presídios, entre outras tecnologias”, complementa.
Na Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas, três dos quatro pavilhões já estão telados, tendo sido iniciada a obra no espaço restante. A medida praticamente zerou os lançamentos por drones que eram quase que diários na unidade. No Estabelecimento Penal de Amambai, onde o telamento também já está instalado, a segurança foi bastante reforçada.
Atualmente, a PED (Penitenciária Estadual de Dourados) está em processo de levantamentos para início das obras. O investimento também está previsto para o Instituto Penal de Campo Grande.
Com o trabalho da Polícia Penal nas muralhas e a intensificação da vigilância, as tentativas manuais de lançamento de ilícitos praticamente desapareceram, cedendo espaço para o uso de drones, que devido ao longo alcance torna difícil sua interceptação. A instalação das telas é uma medida justamente para coibir essa nova modalidade.
De acordo com o diretor-presidente da Agepen, o telamento e o uso de outras tecnologias são necessários diante da comprovada ineficácia de equipamentos de bloqueio de sinal de celulares, devido aos vários pontos dentro do presídio onde o sinal não é bloqueado, os chamados pontos de sombras.
Além disso, existe a interferência na vizinhança e o fato de a tecnologia tornar-se obsoleta rapidamente, apesar do alto custo previsto. A Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) esclareceu que não há contrato prevendo o funcionamento de bloqueadores nas unidades prisionais do Estado.
Combate à corrupção
Os trabalhos de enfrentamento à corrupção nas unidades da Agepen são realizados por meio da Corregedoria e suporte da GISP (Gerencia de Inteligência do sistema Penitenciário), com ações desenvolvidas também em conjunto com outros órgãos de segurança.
Ações rigorosas têm sido implementadas para identificar e punir casos de corrupção, seja através de investigações internas ou em colaboração com órgãos de controle externos. “Esse compromisso em manter a integridade e a transparência não apenas fortalece a confiança no sistema prisional, mas também contribui para a segurança”, argumentou o Maiorchini, reforçando que denúncias de casos de corrupção podem ser feitas na Ouvidoria da Agepen em um processo totalmente sigiloso.
Presídio de Naviraí
Presídio de Três Lagoas
Além disso, a administração penitenciária vem adotando providências avançadas de segurança para revistar visitantes, policiais penais e profissionais terceirizados que entram nos presídios. Entre essas, destacam-se o uso de tecnologias de raio-x para inspeções corporais e os pertences de todas essas pessoas, permitindo uma análise detalhada dos itens trazidos por visitantes e servidores, identificando qualquer objeto suspeito ou proibido que possa ser utilizado para atividades criminosas dentro da prisão.
As medidas voltadas para o combate à entrada de materiais ilícitos e para desarticular organizações criminosas são constantes, como a realização de inspeções e de operações pente-fino para a captura de materiais proibidos. Trabalho que resultou na apreensão de 3.883 celulares entre o ano passado e o primeiro trimestre de 2024, somando interceptações de arremessos, flagrantes com visitantes ou capturas em celas.
Como forma de enfrentamento ao crime organizado também são realizadas transferências e isolamento, de indivíduos relevantes no contexto criminal, para as unidades do Complexo da Gameleira, consideradas atualmente as de maior segurança e de rigor na rotina de disciplina no Sistema Prisional do Estado.
Na manhã da ultima terça feira (22), no plenário da Camara de vereadores de Itaporã, foi empossada a diretoria do Conselho da Comunidade e Defesa Social da Comarca de Itaporã.
O Conselho tem por finalidade promover a participação da sociedade na execução penal, dar assistência aos presos, egressos e seus familiares da Comarca de Itaporã, bem como auxiliar o Poder Judiciário e o Ministério Público na execução e fiscalização das penas privativas de liberdade, das penas restritivas de direito, da pena de multa, do livramento condicional, da suspensão condicional da pena, da suspensão condicional do processo e das transações penais.
O CONDEF é integrado por representantes de entidades comunitárias e culturais, de clubes prestadores de serviço, de lojas maçônicas, da Câmara de Dirigentes Lojistas, da Ordem dos Advogados do Brasil, das Associações Industriais e Comerciais, de Instituições de Ensino, do Conselho Municipal de Assistência Social, do Conselho Municipal de Saúde e de Associações de Políticas Ambientais
Sua estrutura organizacional é formada por Diretoria Executiva, Conselho Fiscal.
Assembleia Geral, reuniu os fundadores do Conselho da Comunidade da Comarca de Itaporã, para deliberar sobre a sua Constituição, Estatuto e Eleição por Aclamação na diretoria.
A diretoria ficou assim definida: Presidente: Sra. Ana Paula Monteiro Ortega Spessoto,
Vice-Presidente Sra. Elen Franco Amaral José
Secretária Sra.Fernanda Mauricio Spessoto,
2º Secretário Sra. Danielle Ayr Tavares de Almeida
Tesoureira Sra. Luciane Cardoso da Cunha
2º Tesoureiro Sr. Marciano Wolff,
CONSELHO FISCAL: 1° Conselheiro Sr. Robson Augusto da Silva,
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da SAD (Secretaria de Administração) e Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), em conjunto com a Delegacia-Geral da Polícia Civil, publicou, nesta quarta-feira (16), no Diário Oficial do Estado, o edital do concurso público com 400 vagas no cargo de Agente de Polícia Judiciária. As oportunidades são destinadas às funções de Investigador de Polícia Judiciária (300 vagas) e Escrivão de Polícia Judiciária (100 vagas).
As inscrições poderão ser feitas de 16 de julho até 7 de agosto de 2025, exclusivamente pelo site do Instituto Avalia, responsável pela execução do certame. O valor da taxa de inscrição é de R$ 210,48, com possibilidade de isenção para candidatos que atendam aos critérios estabelecidos no edital.
“Concurso público importante para o Estado na área de segurança pública. Nós temos demonstrado melhorias de índice de maneira permanente. Estado com ordem e seguro, que atrai investimentos privados, fruto desta confiança na segurança pública. O certame era necessário porque estamos precisando de novos servidores na Polícia Civil. Apesar das dificuldades que atravessamos, não podemos deixar de contar com este profissional que é essencial”, afirmou o governador Eduardo Riedel.
O concurso será realizado em duas etapas, compostas por diversas fases, incluindo prova escrita objetiva, prova de títulos, avaliação psicológica, avaliação médico-odontológica, teste de aptidão física, investigação social e curso de formação policial. A primeira fase será iniciada com a prova objetiva, prevista para o dia 14 de setembro de 2025, em Campo Grande.
A remuneração inicial para ambos os cargos é de R$ 6.569,53, para jornada de 40 horas semanais, com possibilidade de trabalho em escalas, inclusive em finais de semana e feriados. As vagas estão distribuídas entre ampla concorrência e cotas destinadas a candidatos negros, indígenas e pessoas com deficiência (PCD). Para concorrer como cotista, o candidato deverá observar os critérios e apresentar a documentação exigida durante o processo de inscrição.
“Serão 300 vagas para investigadores, 100 para escrivães, que serão distribuídos para todo Estado e na Capital. Nós teremos mais 70 vagas vagas para as medidas socioeducativas, sendo 50 a socioeducadores, 10 de assistente social e mais 10 para psicólogos, que atenderão todas as unidades de internação de Mato Grosso do Sul”, ponderou o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira.
Entre os requisitos para investidura no cargo estão: ter nacionalidade brasileira, idade entre 21 e 45 anos, possuir diploma de ensino superior em qualquer área reconhecido pelo MEC, estar quite com as obrigações eleitorais e militares, além de portar CNH de, no mínimo, categoria B.
Todas as informações e atualizações sobre o concurso estão disponíveis no link abaixo e também nos sites www.avalia.org.br e www.imprensaoficial.ms.gov.br. Os interessados devem acompanhar atentamente os editais e publicações oficiais.
Inspetor Cabral apresentou requerimento na Câmara Municipal. (Foto: F. Grott)
Na sessão ordinária da Câmara Municipal desta segunda-feira (10), o vereador Inspetor Cabral (PSD) apresentou um requerimento solicitando informações sobre a aplicação da Lei Ordinária nº 4.695/2021, que proíbe a nomeação de agressores de mulheres e meninas para cargos públicos em Dourados.
O parlamentar cobrou esclarecimentos da administração municipal sobre os mecanismos adotados para verificar o histórico dos candidatos, os critérios utilizados nas nomeações e eventuais casos em que a lei foi aplicada para impedir contratações.
“Não podemos permitir que agressores sigam ocupando cargos públicos, vivendo impunes, enquanto suas vítimas permanecem presas ao medo”, enfatizou.
Durante a fala, o vereador mencionou um caso ocorrido no município, no qual uma mulher relatou ter sido agredida pelo ex-companheiro após atender a um pedido de socorro.
Segundo a vítima, depois de levá-lo para atendimento médico, ele tentou forçá-la a manter relações sexuais, agredindo-a fisicamente e ameaçando sua vida. “Hoje eu vivo escondida e presa em meus medos e minhas atividades de trabalho”, afirmou a denunciante.
Diante da gravidade da situação, Cabral reforçou a necessidade de fiscalização rigorosa e de medidas concretas para garantir o cumprimento da lei. “O compromisso com a justiça e a proteção das vítimas exige que essa legislação seja efetivamente aplicada”, declarou.
O parlamentar também fez um apelo à Secretaria de Administração para que revise nomeações e contratos, assegurando que indivíduos com histórico de violência contra mulheres não ocupem funções de poder e decisão no município.