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Boca de Cena é aberta com diversas atrações e homenagens que marcam a Semana do Teatro

A Mostra Boca de Cena continua ao longo de toda esta semana, com espetáculos de teatro e circo gratuitos para todos os públicos.

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A 15ª ostra Boca de Cena – Semana do Teatro e Circo de Mato Grosso do Sul, foi aberta oficialmente na noite desta segunda-feira (13.05) no Teatro Aracy Balabanian, com vários espetáculos e noite de homenagens aos trabalhadores do teatro e circo que se destacaram ao longo de sua trajetória.

As apresentações tiveram início às 18 horas, com a Performance: “Querô – Índia Mendiga”, na Sala Rubens Corrêa do Centro Cultural José Octávio Guizzo, com a atriz Alessandra Tavares. Alessandra explicou um pouquinho a inspiração para a sua performance.

“Plínio Marcos é sempre marcante, infelizmente sempre atual, ele sempre aborda essa questão dos excluídos, que são os menores abandonados, as prostitutas, os indígenas, que foi feita essa adaptação, porque na minha cidade [Amambai] não tem moradores de rua, as pessoas que vivem ali na rua são indígenas que têm problemas muitas vezes com álcool, então eu adaptei esse texto do Plínio Marcos para a minha realidade, sendo então a Querô, que é o texto original, e índia mendiga, que é essa adaptação desta indígena que mora na rua. Foi extremamente importante, fiquei feliz com o pessoal vir, assistir, embora a abertura oficial ainda ia demorar, achei super importante, uma oportunidade muito bacana para nós, artistas do interior, e assim, estar abrindo aqui a Mostra foi fantástico, passar a mensagem para o pessoal foi muito bacana”.

Logo depois, às 18h20, na calçada do Centro Cultural, foi a vez do teatro de rua com o Espetáculo Teatral “Tekoha – Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno”, do Teatro Imaginário Maracangalha. O ator Fernando Cruz, que também foi um dos homenageados da noite, falou sobre a emoção de abrir a mostra com a peça.

“Para nós foi uma emoção porque a gente conta a história de um lutador, e a nosso teatro é de luta, de resistência, como toda a arte ao longo da história da humanidade e retomar o teatro hoje reformado, bonito, com um ambiente agradável para receber o público e uma calçada dedicada à arte de rua em homenagem à Bia Marques. Foi um dia emocionante, esta parceria, circo, com a lona, a calçada para o teatro de rua, o palco para o teatro de palco, e a parceria com o Colegiado Setorial do Teatro e a Secretaria de Estado de Cultura, usando investimento público para a arte e ouvindo a categoria. Isso abre caminhos, é uma perspectiva positiva para a cultura e para a arte sul-mato-grossense e para o teatro e circo de Mato Grosso do Sul”.

Às 19h30, foi a vez da cerimônia oficial de abertura, no Teatro Aracy Balabanian. Anderson Lima, da Comissão Organizadora da Mostra Boca de Cena, falou sobre a importância de se ter uma organização plural para o evento.

“É até injusto a gente subir aqui representando a Comissão Organizadora porque essa Comissão é tão plural, tudo que nós fizemos até aqui a gente dividiu com o Colegiado, em assembleias, tentando reproduzir o que o colegiado construía de demandas, então somos muitos, muita gente do teatro, muita gente do circo, todos sintam-se aqui representados. Esta 15ª Mostra Boca de Cena marca um momento muito especial porque para quem trabalha com circo, nós tivemos a oportunidade de fazer um edital para selecionar uma lona e ganhar um circo completo, um circo de verdade. A gente agradece a parceria instituída com a Fundação de Cultura, com a Secretaria e com o Centro Cultural, o tempo todo nos ouvindo, nos atendendo da melhor maneira, fazendo tudo sem medir esforço algum para que a gente chegasse aqui em parceria, construindo junto, tudo que a gente pegava do Colegiado a gente levava para a Fundação de Cultura e nos orientavam para que caminho seguir, para seguir um caminho de tentar fazer uma mostra bonita, sobretudo valorizando a cena sul-mato-grossense de teatro e de circo”.

Fernanda Kunzler, do Colegiado de Teatro e Circo, disse que a Mostra Boca de Cena é resultado da luta, resistência e reivindicação da classe artística.

“Nós começamos a mostra numa energia tão bonita ali na lona da Mostra, ressaltando a importância deste momento para a gente enquanto categoria, pra gente do teatro, pra gente do circo, em especial pra gente que trabalha com isso. Sempre quando a gente consegue realizar a Mostra Boca de Cena tem um sentimento de ‘conseguimos juntos’, porque conseguir junto, conseguir coletivamente uma coisa é muito difícil, é desafiador. Este ano em especial a gente conseguiu um formato diferente, esse ano isso se abriu como possibilidade de a gente gerir os recursos que a gente mesmo vai demandar para as coisas que são necessárias para a realização da Mostra, e isso tudo feito nesses diálogos com os coletivos, com os colegiados, e a partir das demandas vindas de cada setor. A Mostra Boca de Cena é nossa, é resultado da nossa luta, da nossa resistência, da nossa reivindicação, do nosso querer coletivo”.

Luciana Kreutzer, cordenadora do Centro Cultural José Octávio Guizzo, estava muito emocionada, pois o teatro e o Centro Cultural ficaram fechados por mais de 8 anos e reabriram recentemente, depois de uma grande reforma.

“Além de coordenadora do Centro Cultural José Octávio Guizzo, já há oito anos, eu sou atriz também e também sou uma trabalhadora do circo. Dediquei a minha vida inteira, 25 anos da minha vida para isso. E precisei abrir mão disso para estar deste lado. Eu estou super emocionada que o Centro Cultural chegou neste momento, que a gente está conseguindo realizar esta Mostra. O Centro Cultural é este espaço que só existe porque vocês existem, porque existe público, porque existe a produção cultural, existem produtos bons e que estão cada vez melhores, existem os artistas apaixonados, resistentes. É uma alegria gigante estar de novo neste palco com este tanto de gente, com este tanto de coisas acontecendo. Estamos de volta e é daqui para o infinito e além”.

Eduardo Mendes, diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, em sua fala ressaltou a importância do Centro Cultural José Octávio Guizzo para as artes sul-mato-grossense.

“É um prazer estar aqui no nosso Teatro Aracy Balabanian, nosso Centro Cultural José Octávio Guizzo, foram anos de muita luta para hoje estarmos aqui, nós estávamos acompanhando a obra todos os dias, conseguimos inaugurar no começo de abril, mas a grande inauguração do teatro é hoje, é tendo vocês aqui, é tendo a classe artística unida, representada. A gente sabe o quanto o nosso governador Eduardo Riedel e sua esposa Monica gostam de cultura e entendem a necessidade de termos uma cultura forte. Eu acho que o Centro Cultural José Octávio Guizzo pode ser um centro de excelência na questão das artes, e hoje aqui a gente está falando de circo e também de teatro, e a gente tem muito a desenvolver”.

Marcelo Miranda, secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, salientou que esta edição do Boca de Cena eu acho que é um grande avanço.

“Construir junto com o colegiado é a cara desta gestão do Edu [Eduardo Mendes], que ouve o Fesc [Fórum Estadual de Cultura], que ouve todos os colegiados, atendendo a uma recomendação do governador Eduardo Riedel, ele fala muito isso, quem ouve mais erra menos. Eu acho que a gente precisa, para democratizar o acesso ao recurso público, a gente se aproximar cada vez mais dos colegiados que é realmente quem está lá no chão fazendo a arte. Contem com a gente, estamos abertos a ouvir e a construir juntos este novo momento da cultura”.

Após a fala das autoridades foi realizada uma homenagem aos trabalhadores do teatro e circo que se destacaram com seu fazer artístico nestas áreas. Fernando Cruz, Lu Bigatão, Malu Morenah, Laila Pulchério receberam suas merecidas homenagens e um certificado para ficar gravado como lembrança este momento tão especial em que seus trabalhos foram reconhecidos frente ao público sul-mato-grossense.

Logo após as homenagens o público pôde conferir a peça teatral “Os Corcundas”, de Breno Moroni. Ao final da apresentação, Breno, que também é um dos apresentadores da Mostra, falou sobre a montagem da peça.

“É um orgulho muito grande fazer a abertura, de qualquer mostra, de qualquer festival, é uma honra, é um privilégio. Esta peça eu escrevi a partir de vivências, eu morei em lugares que tinham feiras medievais, eu dirigia feiras medievais, ao mesmo tempo juntando com meus estudos de mínima, pantomima, expressão corporal no geral, e aí eu fui juntando as coisas e descobri aqui o Mauro e a Aline, assim que eu cheguei em Campo Grande e eu fiz uma proposta. Montamos a peça em duas semanas, tudo, da leitura do texto, à feitura de figurinos, os objetos de cena, e eu acho que o Circo do Mato está de parabéns, porque é uma companhia de repertório, tem vários espetáculos, e este talvez seja um dos mais antigos, já tem 12 anos deste a estreia”.

A Mostra Boca de Cena continua ao longo de toda esta semana, com espetáculos de teatro e circo gratuitos para todos os públicos. Confira AQUI a programação completa e participe!

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Venda de veículos aumenta 14,3% em agosto

Crescimento foi verificado na comparação com mesmo mês de 2023

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A venda de veículos no país em agosto apresentou uma alta de 14,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com 237,4 mil unidades emplacadas, informou nesta quinta-feira (5) a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O número representa o melhor mês no ano em média diária de vendas, com 10,8 mil unidades comercializadas. No período de janeiro a agosto, mais de 1,6 milhão de unidades foram emplacadas, melhor desempenho desde 2019.

No acumulado do ano, a produção de veículos até agosto ficou em 259.613 unidades, um crescimento de 5,2% em relação a julho e de 14,4% na comparação com agosto de 2023. Considerando o período acumulado, é o melhor resultado desde outubro de 2019.

Segundo o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, a produção conseguiu manter um ritmo constante, mesmo sendo afetada pela paralisação de fornecedores em razão das enchentes no Rio Grande do Sul.

“É uma produção importante que nos coloca em um ritmo de crescimento consistente e isso é motivo de celebração”, disse Leite durante coletiva de imprensa para apresentar os números do mês passado.

Segundo a Anfavea, o maior ritmo de vendas e os lançamentos de novos modelos ajudaram a impulsionar as atividades das fábricas. “Não adianta vender muito sem ter uma produção equilibrada e isso é um termômetro importante para o setor”, continuou.

Em agosto, o setor manteve a recuperação em relação ao volume de exportações, registrando 38,2 mil unidades vendidas (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), ante 39 mil em julho. Leite explicou que o resultado se deve ao fato de agosto ter tido um dia útil a menos, o que impactou nas vendas. No mesmo mês do ano passado, o resultado ficou em 34,5 mil unidades.

Ele também destacou que, apesar da retração das exportações, em razão da diminuição do mercado interno de alguns países, os embarques em agosto tiveram o segundo maior volume do ano. O resultado se deve ao fato de que a Argentina, Chile, Colômbia e México registraram crescimento em seus respectivos mercados. Porém, no acumulado do ano, a queda nas vendas externas é de 17,9%.

Os números ainda mostram que foram importadas 41 mil unidades em agosto. A participação acumulada no ano dos veículos importados continua elevada, representando 17,2% do mercado interno. Essa participação é impulsionada sobretudo por produtos de origem chinesa, especialmente veículos elétricos.

A estimativa da associação é que há no país um estoque de cerca de 81 mil unidades chinesas. Na avaliação, da Anfavea, o crescimento do estoque começou a ocorrer após o governo anunciar, em novembro do ano passado, o retorno progressivo do Imposto de Importação de veículos elétricos, híbridos e híbridos plug-in comprados fora do país. A decisão estabelece uma retomada gradual das alíquotas até 35% em 2026 e cria cotas iniciais para importações com isenção até 2026.

Dados da Anfavea mostram que, em dezembro do ano passado, após o anúncio da retomada da tributação, o estoque era de em torno de 13,2 mil unidades. Em abril, já estava em 24 mil, unidades, chegando ao pico de 86,2 mil unidades em junho, enquanto a média de emplacamento ficou em 9,4 mil unidades no período.

“Está se criando um volume muito grande de estoque para se beneficiar dessa alíquota reduzida. É um excesso de produção na China, em razão do arrefecimento do mercado local. A China tem uma capacidade instalada de produção de 50 milhões [de veículos] e está produzindo 30 milhões. Essa demanda caiu e esse estoque tem vindo para o Brasil principalmente se beneficiando da alíquota mais baixa de imposto”, opinou Leite.

O presidente da Anfavea disse que o volume de estoque representa um desequilíbrio no mercado, já que o estoque total de veículos produzidos no Brasil (nas fábricas e concessionárias) fechou agosto em 268,9 mil unidades. A entidade defende a retomada da alíquota máxima do imposto, que atualmente gira entre 18% e 22% dependendo do tipo de eletrificação do veículo.

“Nós defendemos a recomposição imediata da alíquota, porque esse volume de importação começa a ser muito danoso para a nossa indústria, tanto no volume e estoque que vão ser colocados no mercado e não sabemos em quais condições ele vai ser colocado no mercado”, disse Leite, que informou que vai pedir esta semana à Câmara de Comércio Exterior (Camex) a retomada imediata da alíquota máxima do Imposto de Importação.

Estudo COP30

Durante a coletiva, a Anfavea apresentou um estudo intitulado Avançando nos Caminhos da Descarbonização Automotiva no Brasil, com propostas para reduzir as emissões de CO² do setor automotivo no país, que deve ser apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), a ser realizada este ano no Azerbaijão, e na COP30, que será ano que vem em Belém.

Atualmente, o setor automotivo emite 242 milhões de toneladas de CO² por ano, o que representa cerca de 13% das emissões totais do Brasil. Segundo a Anfavea, se o ritmo atual de crescimento for mantido, as emissões poderão atingir 256 milhões de toneladas em 2040.

Para reverter esse quadro a entidade defende a intensificação do uso das novas tecnologias de propulsão desenvolvidas pelos fabricantes de veículos nacionais, combinadas com a maior utilização de biocombustíveis. A estimativa é que o uso combinado dessas tecnologias pode resultar em uma redução de até 280 milhões de toneladas de CO² ate 2040.

“É uma oportunidade de aproveitar novas tecnologias de propulsão e a aplicação de biocombustíveis como vetores para a descarbonização do setor automotivo”, pontuou Leite.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Influenciadores suspeitos de lavar dinheiro do narcotráfico são presos

Operação foi deflagrada pela Polícia Civil da Bahia

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A Polícia Civil da Bahia deflagrou, nesta quinta-feira (5), uma operação em conjunto com as forças de segurança do Ceará, do Espírito Santo e de Goiás, contra uma suposta organização criminosa suspeita de promover rifas ilegais para encobrir a origem ilícita de dinheiro obtido com o narcotráfico.

Ao menos 21 pessoas investigadas pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro já tinham sido presas até as 10h de hoje. Quatorze prisões foram efetuadas em Salvador; cinco no estado de Goiás e uma no Ceará. Segundo a Polícia Civil baiana, um dos alvos da ação resistiu à prisão, foi baleado e socorrido, mas morreu devido aos ferimentos.

Entre os investigados detidos em caráter temporário, estão dois influenciadores digitais baianos: José Roberto, conhecido nas redes sociais pelo apelido Nanan Premiações, e Ramhon Dias. Acusados de integrar a organização criminosa, os dois contabilizam cerca de 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais, entre os quais promovem rifas e sorteios de prêmios de valor, incluindo veículos de luxo.

Agência Brasil não conseguiu contato com José Roberto, Ramhon Dias ou seus advogados, e permanece aberta para incluir seu posicionamento no texto.

Operação Integration

A operação da Polícia Civil da Bahia foi deflagrada um dia após a Polícia Civil de Pernambuco ter realizado a chamada Operação Integration, que resultou na prisão da advogada pernambucana e também influenciadora digital Deolane Bezerra; sua mãe, Solange Bezerra, e de outras pessoas suspeitas de integrar um esquema de lavagem de dinheiro semelhante ao investigado na Bahia, mas que também envolve o uso de plataformas de apostas online – as chamadas bets – para “lavar” o dinheiro obtido com jogos ilegais.

“Estamos investigando uma organização criminosa que tem origem através da atuação no campo dos jogos ilegais”, comentou, ontem (4), o delegado-geral da Polícia Civil de Pernambuco, Renato Rocha, durante entrevista coletiva. “A organização criminosa também operava no ramo das bets, mas o crime de origem diz respeito aos jogos não autorizados pela legislação. [Ou seja] as bets e outras empresas eram utilizadas na lavagem do dinheiro oriundo deste ramo ilegal de jogos”, acrescentou o delegado, que alegou não poder fornecer detalhes sobre as suspeitas que pesam contra cada empresa ou pessoa investigada no âmbito da Operação Integration, incluindo Deolane Bezerra.

Em uma mensagem divulgada em suas redes sociais, a influenciadora confirmou que foi detida e afirmou ser alvo de uma injustiça. “Estou sofrendo uma grande injustiça. É notório o preconceito e a perseguição contra minha pessoa e minha família, mas isso tudo servirá para provar, mais uma vez, para todos vocês, que não pratico e nunca pratiquei crimes.”

Deolane e sua mãe passaram por audiência de custódia e, por decisão da Justiça de Pernambuco, permanecerão detidas. A influenciadora está presa em uma cela separada da Colônia Penal Feminina do Recife (Bom Pastor).

Além da cooperação das polícias civis de São Paulo, Paraíba, Paraná e Goiás, a operação contou com a participação da Interpol e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em nota, o ministério destacou que, segundo as investigações iniciadas em abril de 2023, os suspeitos movimentaram cerca de R$ 3 bilhões provenientes de jogos ilegais, utilizando várias empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio e seguros para lavagem de dinheiro realizada por meio de depósitos e transações bancárias.

“O dinheiro era lavado por meio de depósitos fracionados em espécie, transações bancárias entre os investigados com o imediato saque do montante, compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias, relógio de luxo, além da aquisição de centenas de imóveis”, acrescentou o ministério, na mesma nota.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Senai MS, Fraunhofer Umsicht e a Adecoagro se unem para transformar resíduos em hidrogênio verde

A iniciativa utiliza tecnologia alemã e tem como principal motivação a economia circular com geração de valor.

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Na busca por uma matriz energética limpa e sustentável, o Instituto Senai de Inovação em Biomassa, localizado em Três Lagoas, realiza a pesquisa “H2filter” para o desenvolvimento de hidrogênio renovável a partir de resíduos da indústria sucroenergética. A iniciativa utiliza tecnologia alemã e tem como principal motivação a economia circular com geração de valor.

Os estudos são feitos em parceria com a Adecoagro, uma das maiores produtoras de energia renovável do mundo, e conta com financiamento da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), além de apoio técnico do Instituto alemão Fraunhofer Umsicht.

De acordo com a pesquisadora do Instituto Senai e a responsável pelo projeto, Vivian Vazquez Thyssen, o estudo busca produzir hidrogênio renovável a partir dos resíduos da indústria sucroenergética de forma eficiente e sustentável. “A ideia é aproveitar ao máximo os subprodutos do processo da Adecoagro e transformando-os em hidrogênio limpo.

As matérias-primas utilizadas para produção de hidrogênio renovável neste projeto são a palha; o bagaço; e a torta de filtro prensa, composta por resíduos solúveis e insolúveis, equivalentes ao precipitado (lodo) formado na etapa de clarificação do caldo de cana-de-açúcar.

Muito além de buscar eficiência energética em cada uma de suas operações, a Adecoagro desenvolveu seu negócio sob padrões de sustentabilidade e economia circular. “Apoiar iniciativas que resultam em novas formas de energia a partir de subprodutos de nossa produção faz parte de nossa política de investimento para transição energética”, destaca Mariano de Santis, Diretor da Adecoagro.

Tecnologia exclusiva de conversão de resíduos

A parceria técnica com o Instituto Fraunhofer Umsicht vai possibilitar a utilização de tecnologia avançadas, para aproveitamento integral dos resíduos, para conversão em hidrogênio renovável que pode ser utilizado tanto para produção de energia quanto como insumo industrial, contribuindo para a descarbonização industrial e sustentabilidade ambiental.

De acordo com João Gabriel Marini da Silva, Diretor do Instituto Senai de Inovação em Biomassa, o laboratório localizado em Três Lagoas/MS conta com estrutura de conversão de biomassa residual que incorporam a tecnologia patenteada de Reforma Termo-Catalítica (TCR) desenvolvida pelo Fraunhofer UMSICHT. A inovação revolucionária tem a capacidade de gerar hidrogênio, combustíveis sintéticos e biofertilizantes a partir de diversos tipos de biomassa residual como resíduos de plantas de biogás, lodo de esgoto, resíduos de madeira, resíduos de biomassa industrial, grãos gastos, lodo de reciclagem de papel, palha, esterco de cavalo ou gado e outros resíduos agrícolas.

A pesquisadora Vivian Vazquez Thyssen ressalta que o uso da tecnologia permitirá os primeiros passos da pesquisa que consiste em uma série de testes e validações para fazer hidrogênio em um ambiente controlado em escala de laboratório. Em seguida, o processo passa por uma etapa de otimização para adequar a tecnologia para as condições regionais e o projeto será finalizado com a validação da inovação de produção do hidrogênio em escala piloto, para que no futuro a empresa atinja uma escala industrial, tornando a produção do hidrogênio renovável a partir de biomassa de resíduos da Adecoagro eficiente e viável para o mercado.

Benefícios

A geração de hidrogênio renovável a partir de resíduos do setor sucroenergético representa ganhos ambientais que incluem redução das emissões de carbono, pois se trata de uma fonte de energia limpa. “O processo contribui para a gestão mais sustentável dos resíduos gerados”, explica a doutora Thyssen.

Do ponto de vista econômico, o hidrogênio verde reduz a dependência de fontes não renováveis e contribui para segurança energética, além de gerar novas oportunidades de negócios e empregos na cadeia de valor do setor sucroenergético.

Sobre a Adecoagro

Com sede em Luxemburgo e acionistas em todo o mundo, a Adecoagro (NYSE: AGRO) é um dos principais produtores de alimentos e energia renovável da América do Sul, presente em três países. No Brasil desde 2004, a Companhia atua na produção de açúcar, etanol e cogeração de energia elétrica com três unidades industriais: Usina Monte Alegre (MG) e o cluster formado pelas usinas Angélica e Ivinhema, ambas no Mato Grosso do Sul. Juntas, elas possuem capacidade de moagem de 13,7 milhões de toneladas de cana por safra. Reunindo mais de 7.000 colaboradores e colaboradoras no Brasil (julho de 2024), a Adecoagro caracteriza-se por um modelo de baixo custo de produção, alta flexibilidade e processos inovadores, sendo reconhecida como uma das mais competitivas do segmento sucroenergético mundial. Para mais informações, consulte nosso site www.adecoagro.com/pt

Sociedade Fraunhofer

A Fraunhofer-Gesellschaft, sediada na Alemanha, é a principal organização de pesquisa aplicada do mundo. Seu principal objetivo é preencher a lacuna entre a produção acadêmica e a indústria, sendo a inspiração para a criação dos Institutos Senai de Inovação.

Fundada em 1949, a organização realiza pesquisas aplicadas que impulsionam o desenvolvimento econômico e servem a um benefício mais amplo para a sociedade. Possui 76 institutos em toda a Alemanha e seus serviços são solicitados por clientes e parceiros contratuais na indústria, no setor de serviços e na administração pública.

No Brasil, com a intensificação das ações do governo alemão em pesquisa, a Fraunhofer-Gesellschaft identificou várias formas de iniciar novos projetos em parceria com empresas e organizações locais. Devido à crescente demanda brasileira por tecnologias inovadoras e de ponta, a Fraunhofer-Gesellschaft viu grande potencial no mercado para a introdução de soluções tecnológicas e atividades de pesquisa.

Fraunhofer UMSICHT

O Fraunhofer UMSICHT é pioneiro em ações para um mundo mais sustentável. Com pesquisa em economia circular, gestão de carbono, hidrogênio verde e sistemas de energia locais, ele faz contribuições concretas para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.

O instituto desenvolve tecnologias, produtos e serviços inovadores e industrialmente viáveis para uma economia circular. O foco está no equilíbrio entre desenvolvimento econômico socialmente equitativos e sustentáveis.

O instituto possui três unidades na Alemanha. Em 2021, o Fraunhofer UMSICHT gerou um faturamento de mais de 57,8 milhões de euros com uma equipe de 608 funcionários.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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