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Saúde

Apneia do Sono em Crianças: Sinais, Diagnóstico e a Importância dos Pais

Aprenda sobre os impactos da apneia do sono em crianças e a importância da detecção precoce pelos pais. Sintomas, diagnóstico e tratamentos. Confira!

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Geralmente associada a adultos, a apneia é um distúrbio do sono que também pode afetar crianças. A apneia infantil provoca pausas respiratórias durante o sono em crianças pequenas e atinge entre 1% e 3% das crianças no país, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Muitos casos de apneia infantil no Brasil ainda não foram diagnosticados, portanto a condição pode afetar o sono de mais crianças do que o registrado anteriormente e, consequentemente, seu desenvolvimento físico, psicológico e bem-estar.

O que é apneia do sono?

Amanda Schneider, Fisioterapeuta e Especialista em Produtos Healthcare pelo VitalAire explica: “Essas pausas respiratórias ocorrem quando as vias aéreas superiores se fecham parcial ou totalmente, impedindo o fluxo normal de ar para os pulmões da criança. Essas interrupções na respiração podem durar alguns segundos ou até minutos, repetindo-se várias vezes ao longo da noite.

Isso compromete a qualidade do sono, impactando na saúde e no bem-estar da criança. No entanto, apesar de ser uma condição relativamente comum, a apneia infantil é muitas vezes subdiagnosticada, o que pode resultar em outros problemas de saúde a longo prazo”.

Sintomas e riscos

Quando a apneia infantil não é tratada corretamente, as crianças afetadas podem sofrer consequências que impactam diretamente na sua qualidade de vida. Se o sono não for de boa qualidade, por exemplo, ocorre fadiga crônica diurna, que causa dificuldade de concentração e afeta o desempenho acadêmico das crianças.

Além disso, as crianças podem desenvolver hiperatividade, dificuldades de socialização, atrasos cognitivos e de crescimento e problemas cardíacos potencialmente graves. “Embora afete adultos e crianças, existem diferenças entre os impactos dos dois tipos de apneia. Nos adultos, a sonolência diurna é a característica predominante, enquanto nas crianças são comuns problemas comportamentais”,  explica Amanda Schneider.

Os sintomas da apneia infantil variam e podem ser diferentes entre a noite e o dia. Os mais comuns à noite incluem sono agitado ou dormir em posições incomuns, roncos, suores noturnos, tosse ou asfixia. Durante o dia, as consequências da apneia podem ser cansaço excessivo, dificuldade em acordar, baixo ganho de peso, hiperatividade ou dificuldade de concentração, levando a problemas comportamentais ou acadêmicos.

“A apneia infantil reduz a qualidade do sono das crianças, o que é muito importante para o seu desenvolvimento. As consequências do sono deficiente nesta fase da vida são graves e podem afetar, por exemplo, o seu desempenho acadêmico, crescimento, sociabilidade, entre outras áreas”, explica o especialista da VitalAire.

Além desses problemas, as crianças que sofrem de apneia infantil apresentam um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, acidentes vasculares cerebrais e depressão. “Muitos pais negligenciam os sintomas, acreditando que o ronco, por exemplo, é comum.

Porém, quando é algo crônico, ainda mais na vida das crianças, essa condição pode trazer sérios impactos na saúde delas a médio prazo, já na adolescência com depressão, por exemplo, e também a longo prazo, com doenças graves. É fundamental que os pais de crianças que apresentam sinais de apneia procurem orientação médica o mais rápido possível”, alerta.

Diagnóstico e tratamento

Através do diagnóstico precoce é possível prevenir consequências que interferem no bem-estar diário das crianças. Para isso, o médico analisa os sintomas e o histórico familiar do paciente e realiza um exame físico para detectar quaisquer problemas que levem à origem do quadro.

Seu profissional de saúde também pode solicitar exames mais aprofundados, como a polissonografia, que registra a atividade das ondas cerebrais durante o sono, bem como padrões de respiração, ronco, níveis de oxigênio, frequência cardíaca e atividade muscular.

Há também a possibilidade de ser utilizada a oximetria, que calcula os níveis de oxigênio e a frequência cardíaca, e o eletrocardiograma, que mede os impulsos elétricos do coração.

Com os exames realizados, o distúrbio será categorizado no paciente. A apneia é dividida em dois tipos distintos e a categoria mais prevalente em crianças é a apneia obstrutiva do sono, que ocorre devido a obstruções na parte posterior da garganta ou nariz. O outro tipo é a apneia central do sono, na qual uma parte do cérebro responsável pela respiração não funciona adequadamente.

“A principal diferença está na origem da obstrução respiratória. A apnéia obstrutiva é desencadeada por uma obstrução física das vias aéreas. A apneia central surge devido a uma falha na regulação da respiração pelo cérebro. Ambas as condições podem ser prejudiciais à saúde e requerem avaliação médica e tratamento adequado para mitigar os riscos associados”, afirma Amanda.

Principais causas

Várias causas podem contribuir para o desenvolvimento do distúrbio. Amígdalas e adenóides aumentadas em crianças podem ser a causa da doença. Excesso de peso e a obesidade também podem ser fatores causadores de apneia em crianças, já que o acúmulo de gordura no pescoço pressiona as vias aéreas, tornando-as mais suscetíveis ao problema.

Outros fatores que podem levar as crianças a desenvolver o transtorno são: histórico familiar de apneia, pois a presença de casos na família sugere predisposição genética; uso de certas medicações, que relaxam os músculos da garganta e facilitam o colapso das vias aéreas.

Crianças com Síndrome de Down também têm maior probabilidade de desenvolver apnéia, assim como aqueles com paralisia cerebral. Crianças com problemas nasais, como congestão crônica ou desvio de septo, que podem dificultar a respiração pelo nariz, também correm maior risco de desenvolver apneia.

Quando os pais devem procurar ajuda médica?

Caso os pais suspeitem que seus filhos sofrem de apneia do sono, é fundamental procurar ajuda profissional, que inclui clínicos gerais, pneumologistas, otorrinolaringologistas, neurologistas e fisioterapeutas. O primeiro passo é agendar uma consulta, preferencialmente com um especialista em Medicina do Sono, que fará uma avaliação detalhada e, se necessário, encaminhará a criança para um estudo aprofundado do sono.

“O diagnóstico preciso da apneia infantil tem papel fundamental na avaliação da gravidade do quadro e na abordagem terapêutica mais adequada. Os exames para detectar apneia em crianças podem incluir a polissonografia, procedimento que monitora diversas funções fisiológicas durante o sono, além de exames complementares”, afirma Amanda. “Dispositivos de última geração para detecção de distúrbios do sono, como o PolyWatch, já estão disponíveis no mercado. Essa tecnologia permite que as crianças realizem o exame no conforto de suas casas, permitindo que pais e profissionais de saúde identifiquem alterações do sono no ambiente e quando elas ocorrem”, completa.

Qual é o tratamento mais eficaz?

Após a avaliação, o médico especialista escolherá a melhor abordagem para o cuidado da apneia infantil, que pode incluir acompanhamento para detectar possível melhora do caso sem interferência médica, uso de medicamentos apropriados, retirada de amígdalas e adenóides e uso de aparelhos dentários. A atividade física durante o dia também é uma opção bem-vinda na vida das crianças.

“O profissional de saúde avaliará o caso e sua gravidade, e assim oferecerá a melhor opção para a criança. O tratamento deve ser acompanhado rigorosamente pelos pais, que devem estar atentos a qualquer sinal de melhora ou piora do quadro de seus filhos” , comenta Amanda.

Para os casos de apneia infantil moderada e grave, um dos tratamentos mais recomendados e prescritos é o uso de CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas). CPAP é um dispositivo médico projetado para fornecer um fluxo constante de ar nas vias aéreas, evitando obstruções e garantindo uma respiração regular durante o sono.

“O CPAP demonstrou ser altamente eficaz no tratamento da apneia do sono. É fundamental que os pacientes sigam rigorosamente as orientações médicas e utilizem o aparelho conforme recomendado. risco de complicações associadas ao transtorno e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente”, finaliza Amanda.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Saúde

Equoterapia em Mato Grosso do Sul une saúde, inclusão e reabilitação para pessoas com deficiência

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Parceria entre SES e Polícia Militar oferece atendimento gratuito e acompanhamento especializado a pessoas com deficiência

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) tem reforçado ações que unem saúde, inclusão e reabilitação por meio de parcerias estratégicas, como o Programa de Equoterapia da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul). Localizado no Parque dos Poderes, em Campo Grande, o projeto oferece atendimento gratuito a crianças com deficiências físicas, intelectuais e transtornos do desenvolvimento, promovendo ganhos significativos nos âmbitos físico, emocional e social.

O convênio firmado no início do ano passado entre a SES e a PMMS destina R$ 1,13 milhão para custeio de profissionais especializados, garantindo o acompanhamento clínico e terapêutico dos praticantes.

Para a gerente da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da SES, Juliana Medeiros, o serviço representa um avanço significativo na consolidação da Rede.
“O Centro de Equoterapia da PMMS é um exemplo concreto de como o cuidado pode transformar vidas quando une técnica, sensibilidade e propósito. A equoterapia promove ganhos expressivos na reabilitação global das pessoas com deficiência, ampliando suas possibilidades de autonomia, integração social e dignidade. Essa parceria fortalece a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e reafirma o compromisso de Mato Grosso do Sul com políticas públicas efetivas, que fazem diferença real na vida das pessoas”, afirmou Juliana.

À direita, Capitão Lorensetti, coordenador do programa. (Foto: Divulgação PMMS)

O coordenador do programa, Capitão Lorensetti, explica que o projeto, desenvolvido pela Polícia Militar e mantido pelo Governo do Estado, é executado por uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, psicólogos, profissionais de serviço social, educação física, enfermagem, pedagogia e fonoaudiologia. A iniciativa visa promover o desenvolvimento global dos praticantes, combinando os benefícios do movimento do cavalo com o acompanhamento clínico e terapêutico.

“A equoterapia é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como uma ferramenta eficaz de reabilitação. O movimento tridimensional do cavalo estimula o equilíbrio, a coordenação, a postura e a concentração, além de gerar ganhos emocionais e cognitivos significativos. É uma terapia que trabalha corpo, mente e vínculo afetivo”, explica o oficial.

O cavalo como parceiro terapêutico

De acordo com a psicóloga e pedagoga Lilian Martins, o cavalo atua como mediador natural de estímulos físicos e emocionais. Seu andar se assemelha ao movimento humano, proporcionando respostas corporais e neurológicas que dificilmente seriam alcançadas em terapias convencionais. “Durante uma sessão de 30 minutos, o praticante realiza cerca de 9 mil ajustes musculares para manter o equilíbrio sobre o cavalo. Isso fortalece a musculatura, melhora o tônus e o controle postural, além de estimular a coordenação e a concentração”, explica Lilian.

Ela destaca ainda que cada atendimento é planejado de forma personalizada, considerando o tipo de cavalo, o ritmo da montaria e os objetivos terapêuticos. “Se o foco é reduzir a agitação, trabalhamos o relaxamento. Cada sessão tem intencionalidade e propósito. Além da parte física, a equoterapia desperta afetividade, autoconfiança e integração social”, afirma Lilian.

Histórias que inspiram

Ana Vitória participa do projeto há 14 anos.

Entre as histórias marcantes que passam pelo Centro está a de Ana Vitória Silva, de 20 anos, que nasceu com paralisia cerebral. Desde os dois anos de idade, ela participa da equoterapia e, há 14 anos, faz parte do projeto.

Moradoras de Chapadão do Sul, Ana e sua mãe, Rosaine Aparecida da Silva, viajam todas as semanas até Campo Grande para as sessões. “A evolução dela foi enorme, tanto física quanto emocionalmente. O que o cavalo faz na equoterapia, nenhum fisioterapeuta consegue reproduzir dentro de uma clínica. A Ana adora vir, é um momento de liberdade e felicidade”, relata Rosaine.

Outra história de superação vem do pequeno Davi, de 8 anos, diagnosticado com autismo nível 3, epilepsia e TDAH. Ele participa do programa há cerca de dois anos e meio e já apresenta grandes avanços. “Depois que começou a equoterapia, o Davi recuperou a fala, melhorou a coordenação e ganhou confiança. Hoje ele até participa das Paralimpíadas internas do projeto, adora competir e se sente muito feliz”, conta a mãe, Daniele Barilli.

Integração, inclusão e resultados concretos

Fundado em 3 de setembro de 2002, o Centro de Equoterapia da PMMS é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, sendo um serviço de referência em Mato Grosso do Sul. Atualmente atende cerca de 200 crianças, com expectativa de ampliar esse número para 300 até 2026. Além de fortalecer habilidades motoras, a equoterapia melhora a socialização, o autocontrole e a autoestima dos praticantes.

“A equoterapia vai muito além da reabilitação física. É um trabalho que transforma a forma como o praticante se relaciona com o próprio corpo, com os outros e com o mundo. Cada sorriso e cada conquista são vitórias compartilhadas entre a família, os terapeutas e o cavalo”, resume o Capitão Lorensetti.

André Lima, Comunicação SES
Fotos: André Lima

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Saúde

Hemosul alerta que estoques de sangue estão em nível crítico

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Doadores podem comparecer durante a manhã ou a tarde, conforme horários estabelecidos pela unidade – Crédito: Hemocentro/ Divulgação

O Hemosul de Dourados está alertando a população para a necessidade de reposição do estoque e faz um apelo para que as doações normalizem. De acordo com o órgão, os estoques de sangue estão em nível de alerta e a doação de todos os tipos sanguíneos se faz urgente — especialmente dos tipos O+ e O-, que são os mais utilizados em emergências.

Conforme a direção, os níveis do estoque se encontram em situação preocupante e diversos comunicados estão sendo publicados nos canais da instituição para alcançar os doadores já cadastrados e novos doadores.

“Não existe substituto para o sangue. Ele é insubstituível em cirurgias, acidentes, partos e tratamentos de doenças graves. Cada doação pode salvar até quatro vidas”, reforça a equipe do Hemosul.

Para ser doador, é simples: basta estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos (menores de idade precisam de autorização dos responsáveis) e pesar mais de 51 quilos. É obrigatório apresentar um documento oficial com foto, e no dia da doação o voluntário deve estar bem alimentado.

Durante a reforma da sede oficial do Hemosul, na Vila Industrial, o atendimento está acontecendo temporariamente na Rua Oliveira Marques, nº 2.535 – Jardim Central. Os horários de funcionamento são: às segundas, quartas e sextas-feiras: das 7h às 12h30; e às terças e quintas-feiras: das 7h às 11h30 e das 13h às 17h.

O Hemosul reforça o convite para que novos e antigos doadores compareçam o quanto antes. Um pequeno gesto pode fazer uma enorme diferença — doar sangue é compartilhar vida.

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Prefeitura entrega novos equipamentos na Unidade de Saúde do Izidro Pedroso

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Equipamentos entregues vão beneficiar principalmente o setor da odontologia, que recebeu equipamentos completos nas três salas de consultório. Foto: A. Frota

A Prefeitura de Dourados entregou nesta quarta-feira (10) novos equipamentos para a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Izidro Pedroso, reforçando a estrutura de atendimento e oferecendo melhores condições de trabalho aos profissionais da saúde. O prefeito Marçal Filho acompanhou a ação e chegou a ajudar no descarregamento do caminhão que saiu do Almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde lotado de materiais.

Durante a entrega, Marçal conversou com pacientes e funcionários da unidade. “Hoje viemos trazer cadeiras odontológicas, autoclaves, compressores, televisor e máquina de lavar”, afirmou o prefeito. “Estamos fazendo as entregas em várias unidades para que as pessoas recebam serviços de saúde de qualidade ainda melhor”, completou.

Além dos equipamentos gerais, a UBS também recebeu bebedouro e um conjunto completo de itens para o atendimento odontológico, como equipo com braço mecânico, refletor, mocho, cuspideira e fotopolimerizador. A unidade do Izidro Pedroso conta com três equipes de saúde e atende aproximadamente 10 mil moradores da região.

A moradora do bairro, Luciana Vieira, comemorou as melhorias. “Tenho acompanhado o trabalho de entrega de equipamentos nos bairros da cidade e em distritos”, enfatizou. “Isso é muito bom porque os profissionais precisam de melhores condições de trabalho e, com isso, o atendimento melhora e fica melhor pra gente”, destacou Luciana Vieira.

Durante a entrega, o prefeito também conversou com as dentistas Cleane, Rosângela e Natália, que aguardavam ansiosas pelos novos equipamentos. As profissionais agradeceram os investimentos, ressaltando que os materiais vão melhorar o desempenho dos serviços prestados.Os equipamentos fazem parte de um investimento de R$ 2 milhões, fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Dourados e o Governo do Estado, com o apoio de emendas parlamentares de deputados estaduais. Diversas unidades de saúde do município já foram beneficiadas e as entregas irão continuar no município.

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