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Consumo

Em Portugal, empreendedores de MS criam soluções e exploram mercado europeu

O polo tecnológico a que Victor Hugo se refere é o PCI Creative Park, situado em Aveiro, cidade a 250 km ao norte da capital, Lisboa

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Há quatro meses, empreendedores sul-mato-grossenses embarcaram em uma jornada rumo ao Velho Continente para fazer negócios em escala global. O grupo representa quatro startups ou empresas de base tecnológica que foram selecionadas para uma experiência imersiva em Portugal durante um ano. Graças ao Programa Startup Global MS e o apoio de parceiros-chave, como a Startup Sesi, esses empresários já estão explorando o mercado europeu para desenvolver produtos e serviços inovadores.

Victor Hugo Corvalan é representante da MGD Consultoria, uma fábrica de software que cria soluções em inteligência artificial e machine learning. Ele conta que a mudança de ares tem proporcionado várias oportunidades de crescimento para a startup.

“A gente sai de uma realidade no Brasil e chega em um polo tecnológico, com várias empresas e startups angariando recursos privados para se financiarem. É um mundo bem mais aberto, mais tecnológico, porém, culturalmente é muito diferente. Por exemplo, eles têm acesso a todas as tecnologias, mas não utilizam tanto no dia a dia como nós brasileiros, em especial com internet e equipamentos eletrônicos. Em certo modo, eles estão antiquados, porém a tecnologia deles é de ponta”, descreveu.

O polo tecnológico a que Victor Hugo se refere é o PCI Creative Park, situado em Aveiro, cidade a 250 km ao norte da capital, Lisboa. Esse é o local de incubação das startups sul-mato-grossenses que fazem parte do Programa Startup Global MS. O PCI é um projeto liderado pela Universidade de Aveiro que promove a economia do conhecimento e tem como missão fomentar a inovação, o conhecimento e o empreendedorismo na região.

A parceria com a instituição portuguesa abre várias portas para as startups de MS, como conta Evelin Mello, fundadora da Digna Engenharia, iniciativa que executa reformas e construções a preços acessíveis para pessoas de baixa renda.

“O suporte do PCI está sendo incrível, tanto em infraestrutura como as portas que estão se abrindo através deles. São muitos eventos, mentorias, acesso a investidores e mapeamento de editais, sem falar na credibilidade que o PCI empresta como referência em inovação. Também recebemos todo o apoio na parte de documentação, para trazer a família. Ou seja, eles foram além do suporte à empresa”, diz a empreendedora.

Para o diretor de tecnologia da Agrointeli, Virmerson Bento dos Santos, a transição para a Europa foi diferente em relação aos colegas do Programa Startup Global MS. Como ele já residia em Portugal e trabalhava pela empresa, a adesão ao programa serviu para acelerar os negócios no Velho Continente.

“Abrimos uma empresa aqui, já temos um CNPJ, que em Portugal se chama NIF, e começamos a prospectar o futuro, buscando parceiros comerciais e investimentos na Europa. A tendência é que a Agrointeli cresça, com clientes da Europa, onde nós vamos primeiro atender Portugal para conhecer o mercado europeu, regras e leis, e começar as conexões internacionais com países vizinhos”, relatou Virmerson.

Tempo de aprendizado e crescimento acelerados

O Programa Startup Global MS tem duração de 12 meses. Por ser um tempo relativamente curto, cada dia importa na formatação de um negócio. A MGD Consultoria tem se dedicado a estudar a necessidade dos clientes e a realidade do mercado português para desenvolver novos produtos e soluções.

“A fase de pesquisa é essencial. Somos uma software factory, então, nossa análise de requisitos tem que ser muito bem feita para saber se a gente realmente vai fazer aquele produto. Pode ser uma energia gasta de forma errônea, ou então pode ser que a gente crie um produto que não seja adaptável ao mercado europeu”.

Da mesma forma, a Digna aproveitou os primeiros meses de vivência no programa para conhecer a fundo a realidade local.

“Não se pode pegar a nossa atuação no Brasil e fazer da mesma forma em Portugal, porque são outros problemas, é um outro território. Entendemos que, assim como no Brasil, o problema da habitação é global. Aqui também existem vários problemas, porém, em outros contextos. É necessário criar tecnologias com possibilidade de escala para toda a Europa. Está sendo incrível desenvolver uma tecnologia na área da habitação, estamos em fase de validação das nossas ideias”, concluiu Evelin.

Sobre o Programa Startup Global MS

Em 2023, quatro startups e empresas de base tecnológica foram selecionadas por meio de edital para uma experiência imersiva em Portugal, onde poderão permanecer por até 12 meses para desenvolver produtos e serviços inovadores, além de estabelecer conexões globais.

As startups selecionadas programa são: Agrointeli Tecnologia Ltda, Digna Engenharia Social, MGD Consultoria e ENG Soluções Tecnológicas. Para cada empreendedor, o Governo do Estado disponibiliza bolsas de 14,3 mil euros, em 11 parcelas, mais 1,3 mil euros de auxílio instalação.

O Programa Startup Global é realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em parceria com o Governo do Estado, por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), e conta com apoio do Sistema Fiems, por meio da Startup Sesi.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Consumo

MS Ativo Municipalismo: adesão ao programa deve ser feita pelos municípios até o dia 10 de maio

Os 79 municípios de Mato Grosso do Sul podem aderir ao programa MS Ativo Municipalismo até o dia 10 de maio, com a indicação de profissional para coordenar as ações.

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As prefeituras que não aderirem ao programa até o prazo determinado, poderão aderir futuramente, porém vão entrar nos próximos ciclos do calendário de ações e com isso perdem algumas etapas do plano de trabalho.

“A ideia é não deixar nenhum município de fora do programa, por isso o Governo do Estado tem uma metodologia flexível para atender a todos os municípios, sem que afete o cronograma planejado”, esclareceu Thaner Nogueira, secretário-executivo da Segem (Secretaria Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo), que coordena o programa.

A programação de atividades para execução do plano de trabalho terá início no dia 22 de maio, com a capacitação para o uso da plataforma, ambiente virtual onde o programa será operacionalizado.

Até o momento 58 municípios já confirmaram a adesão para participar do MS Ativo Municipalismo. Após o período de adesão dos municípios ao programa e indicações dos pontos focais, terá início a jornada de capacitação para o uso da plataforma que termina no dia 12 de junho.

MS Ativo Municipalismo

O programa do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul apresenta um novo conceito de cooperação entre estado e municípios, e visa instituir um novo modelo de gestão pública orientada a resultados, baseada em dados e metas a serem atingidas de modo a garantir entregas melhores para a população. Com isso, o Governo e as prefeituras participam ativamente da construção de políticas personalizadas, que atendam as demandas locais e específicas de cada município.

Nesse primeiro ciclo, as áreas definidas como prioritárias são educação, infraestrutura, saúde e assistência social. Com previsão do municipalismo em diferentes fases. A primeira, conhecida como ‘municipalismo baseado em demandas’, refere-se ao repasse de recursos para os municípios a partir das demandas individuais. Na segunda, ‘municipalismo baseado em programas’, é o modelo no qual o repasse de recursos para os municípios se dá via acesso a programas estaduais.

Por fim, na terceira fase, o ‘municipalismo baseado na cooperação’, há a pactuarão de resultados, desenvolvimento de capacidades e compartilhamento de ações entre estado e municípios.

A operacionalização do programa apoia-se em uma plataforma on-line de planejamento, execução e monitoramento dos planos adotados que serão construídos a partir de um guia de ações relevantes para o enfrentamento dos desafios nos municípios.

A Segem coordena o programa MS Ativo Municipalismo, auxilia as secretarias estaduais a gerenciarem as ações e articula as políticas públicas junto aos municípios, por meio da Superintendência de Fomento ao Municipalismo.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Consumo

Churrasco está entre os pratos mais consumidos pelos brasileiros

O consumo per capita de carnes no Brasil atingirá recorde em 2024, totalizando quase 103 kg por habitante

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O churrasco não é apenas uma forma de cozinhar carne. Para muitos, ele é uma celebração da convivência e da boa comida. Reunir amigos e familiares em torno da churrasqueira é uma tradição que atravessa gerações no Brasil. O aroma da carne grelhando sobre brasas ardentes garante uma experiência gastronômica inigualável.

Segundo uma projeção da Consultoria Cogo Inteligência Agro, o consumo per capita de carnes no Brasil atingirá recorde em 2024, totalizando quase 103 kg por habitante. A produção brasileira de carnes também está projetada para alcançar 30,8 milhões de toneladas na safra 2023/2024, representando um aumento de 2,7% em relação à produção anterior.

A paixão é tanta que o churrasco ganhou uma data para celebrá-lo. O dia 24 de abril surgiu no Rio Grande do Sul em homenagem à data de fundação do primeiro Centro de Tradições Gaúchas, em 1948, e se tornou o Dia do Churrasco em todos os estados brasileiros.

O país oferece uma ampla variedade de cortes de carne para satisfazer todos os paladares. Os apreciadores desfrutam da riqueza de opções que vão desde cortes mais suculentos, como a alcatra, aos mais gordurosos, como a tradicional picanha, até as mais magras e saudáveis, como o filé mignon.

A verdade é que o brasileiro é exigente nesse assunto e a qualidade da carne influencia nas boas lembranças que os churrascos em família e com os amigos proporcionam. Por isso, é recomendado optar sempre por estabelecimentos de boa procedência e que ofereçam produtos de alta qualidade ao consumidor. Para o gerente nacional de Operações Carne Fresca, do Fort Atacadista, Elton Martin, o primeiro passo para saborear um churrasco é entender um pouco sobre os cortes de carne.

Entre os cortes mais populares estão o filé mignon, a picanha, maminha, e até uma costela, todos bem-vindos para o churrasco. “Em nosso açougue, além desses cortes tradicionais e nobres, temos três cortes que se destacam, com o T-bone, o filé americano e a alcatra com osso. Para um bom churrasco, esse é o caminho”, aponta Elton.

Nas lojas do Fort Atacadista, o cliente garante as melhores carnes com segurança e transparência. Em Mato Grosso do Sul, são nove lojas do atacadista com o Açougue Carne Fresca, um ambiente moderno, em formato de autosserviço. O Açougue Carne Fresca está sempre preparado para garantir o melhor churrasco com mais de 40 cortes bovinos e suínos disponíveis ao consumidor.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Consumo

Uso de ChatGPT no ensino exige cuidado, alerta especialista

Governo de SP pretende produzir material didático com IA

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A utilização da inteligência artificial na elaboração de materiais didáticos, como pretende fazer o governo do estado de São Paulo, demanda cuidados e não pode deslocar os professores do papel central na educação. A avaliação é de Ana Altenfelder, presidente do Conselho de Administração do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), organização da sociedade civil que promove a equidade e qualidade na educação pública brasileira.

“A inteligência artificial pode ajudar a planejar, a fazer a gestão da aprendizagem. Isso eu acredito que potencialmente pode acontecer. Mas é alguma coisa muito nova que precisa ser investigada, ser pesquisada. E o que nós não podemos esquecer, de jeito nenhum, é o papel central do professor”, destaca a pesquisadora.

A Secretaria de Educação do estado anunciou nesta semana que planeja implementar um projeto-piloto para incluir a inteligência artificial como uma das etapas do processo de “atualização e aprimoramento de aulas” digitais do terceiro bimestre dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio.

“Acho que muitas vezes comete-se um equívoco, imaginando que o professor é um simples aplicador de material didático. Nesse sentido, a decisão da Secretaria Estadual de Educação causa preocupação pelo histórico. Nós temos visto várias decisões, projetos, propostas da Secretaria de Educação de São Paulo que não consideram o papel fundamental do professor”, ressalta Altenfelder.

Ela cita a decisão da secretaria, tomada no ano passado e criticada pelos professores, de substituir os livros didáticos físicos do Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD), oferecido pelo Ministério da Educação, por materiais digitais, como a exibição de slides aos alunos. Após o protesto dos docentes e a repercussão negativa da medida, a secretaria recuou e manteve os livros físicos nas salas de aula.

“Eram materiais que foram feitos sem nenhuma qualidade, em detrimento dos livros didáticos que estão aí há muitos anos, que é um programa nacional, que tem um trabalho contínuo, elaborado e analisado por especialistas, professores, e que são de qualidade”, disse a pesquisadora.

Uso gradativo

Altenfelder chamou a atenção ainda para os cuidados que devem ser tomados no processo de implantação da inteligência artificial no ensino. Segundo ela, o correto seria passar a utilizar a tecnologia, como o ChatGPT, gradativamente.

“Quando houve esse movimento dos slides, foi na rede inteira de ensino e foi de uma vez só, sem um período de teste, sem um período de experimentação. Nós sabemos que toda estratégia, toda política pública precisa de um tempo para ser aplicada, observada, e os rumos serem corrigidos”.

Papel do professor

Em nota, a secretaria de Educação disse que os professores não serão substituídos pela inteligência artificial e que a pasta planeja implementar um projeto-piloto para inclusão da tecnologia.

“As aulas que já foram produzidas por um professor curriculista e já estão em uso na rede são aprimoradas pela IA [inteligência artificial] com a inserção de novas propostas de atividades, exemplos de aplicação prática do conhecimento e informações adicionais que enriqueçam as explicações de conceitos-chave de cada aula”.

Segundo a secretaria, o conteúdo produzido será avaliado e editado por professores curriculistas em duas etapas diferentes, além de passar por revisão de direitos autorais e “intervenções de design”. “

Se essa aula estiver de acordo com os padrões pedagógicos, será disponibilizada como versão atualizada das aulas feitas em 2023”.

Professores estaduais criticaram o projeto de uso do ChatGPT na produção de conteúdo digital. A segunda presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e deputada estadual, Professora Bebel (PT), argumenta “que as tecnologias e informação e comunicação (TICs) são ferramentas auxiliares no processo educativo e jamais podem substituir o trabalho do professor”.

Em nota, a parlamentar informou ter protocolado uma representação no Ministério Público Estadual contra a iniciativa.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto:Reprodução)

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