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Saúde

Procura pela vacina contra dengue segue longe da meta em Dourados

Metade do prazo estipulado no começo da campanha já se passou e até agora menos de 20% das 150 mil doses foram aplicadas

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Metade do prazo para aplicação das doses da vacina contra a dengue em Dourados já se passou e menos de 20% das 150 mil doses foram aplicadas, conforme dados divulgados pela prefeitura da cidade no último sábado, dia em que a administração ofertou a vacina em seis locais e comemorou o fato de ter vacinado quase duas mil pessoas.

A vacinação em massa, gratuita e inédita no mundo, começou no dia 3 de janeiro e a meta anunciada naquele dia foi de que o programa seria concluído até o começo de abril, com meta de aplicar uma média de 1,5 mil doses diariamente, o que demandaria cem dias de campanha.

Porém, até agora já se passaram 47 dias e apenas 27.500 pessoas entre 4 e 59 anos foram atendidas, o que representa média inferior a 600 atendimentos diários. Neste ritmo, a aplicação da primeira dose da Qdenga terminará somente em agosto. Porém, a doses perdem a validade em maio.

Nos primeiros dias das, a procura chegou a uma média diária de duas mil pessoas, mas com o passar dos dias o interesse caiu, apesar de o assunto dengue ter ganhado destaque em todo o noticiário nacional, por conta a explosão no número de casos e também de mortes.

A previsão é de que o País enfrentará em 2024 a pior epidemia de dengue da história. No primeiro mês e meio, o país já contabilizou 524 mil pessoas doentes — o que equivale a 12 mil infecções a cada dia. Diferentes estados e municípios decretaram estado de emergência.

No mesmo período do ano passado, como comparação, foram perto de 129 mil notificações. Isso significa que o número de casos até agora é quatro vezes maior que o de 2023, que já havia sido um dos piores anos.

BUASCA ATIVA

E para tentar melhorar os números, as autoridades de saúde de Dourados vão reforçar a estratégia de levar a vacina aos douradenses. Nesta segunda-feira (19), equipes estão ofertando a primeira dose nos frigoríficos da JBS e Seara.

Na terça-feira (20) e na quarta-feira (21), alunos, professores e funcionários da UFGD e UEMS, na Cidade Universitária podem receber a primeira dose. No dia seguinte (22), a ação acontece na Unidade 1 da UFGD e Fadir.

De acordo com o infectologista Júlio Croda, especialista da Fiocruz que assessora o programa de vacinação, a lentidão nas primeiras seis semanas deve-se, principalmente, ao fato de a imunização ter começado em um período de férias escolares e período em que muitas empresas também estão em ritmo de férias.

A partir de agora, com a vacinação itinerante, acredita ele, o ritmo tende a ser mais acelerado. Croda  descarta a possibilidade de a baixa procura ser resultado de alguma rejeição ou faknews semelhante à sofrida pela vacina contra covid.

CHANCE ÚNICA

Por meio de uma parceria da Secretaria Municipal de Saúde com o laboratório japonês Takeda, que produziu a vacina Qdenga, Dourados recebeu 150 mil unidades para a primeira dose, cuja data de validade acaba em 22 de maio.

A imunização só é alcançada depois da segunda dose, que deve ser aplicada 90 dias depois da primeira. No caso de Dourados, já existe a garantia de que o laboratório vai doar outras 150 mil vacinas.  Dourados é a primeira cidade do mundo com a aplicação gratuita da Qdenga. Em laboratórios, a dose custa em torno de R$ 450,00.

Conforme as pesquisas iniciais, ela reduz em 84% as internações por dengue e ao contrário de outras vacinas, que precisam ser tomadas ao menos uma vez por ano, ela protege por até quatro anos e meio, segundo Júlio Croda.

Para o restante do Estado, o Ministério da Saúde incluiu a vacina Qdenga no Plano Nacional de Imunizações (PNI), mas somente para crianças. O Estado recebeu 69.570 doses, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Ses).

Destas, pouco mais de 24 mil foram destinadas a Campo Grande, onde a vacina está sendo ofertada para crianças de 10 e 11 anos.

(Fonte: correiodoestado. Foto:Reprodução)

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Saúde

Leitos de UTI crescem 52% em 10 anos; distribuição é desigual

SUS oferece menos disponibilidade do que sistema privado

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O número de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) cresceu 52% no Brasil na última década, passando de 47.846 em 2014 para 73.160 em 2024. A alta mais expressiva se deu em 2021 e 2022, durante a pandemia de covid-19.

Os dados fazem parte do estudo A Medicina Intensiva no Brasil: perfil dos profissionais e dos serviços de saúde, divulgado nesta terça-feira (19) pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).

Em nota, a entidade avalia que, apesar do aumento considerado significativo, a distribuição permanece “gravemente desigual”, tanto pelo aspecto territorial, quanto pelo social.

“Uma análise crítica sobre as informações do estudo demonstra a necessidade de adoção de políticas públicas que promovam uma distribuição mais justa da infraestrutura hospitalar e de profissionais intensivistas pelo país”.

De acordo com a Amib, a disparidade começa pela comparação entre a oferta de leitos para a rede pública e para rede privada de saúde. Em 2024, do total de leitos de UTI existentes no Brasil, 51,7% ou 37.820 são operados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os demais 48,3% ou 35.340 estão no sistema suplementar.

“Apesar da proximidade dos números de leitos de cuidados intensivos disponíveis entre as redes pública e privada, a diferença entre a população atendida pelos dois universos evidencia o problema”, completou a associação.

Os números mostram que no SUS, sistema do qual dependem 152 milhões de pessoas, há 24,87 leitos por 100 mil habitantes. Já na rede privada, que tem 51 milhões de beneficiários de planos de saúde, a disponibilidade de leitos de UTI é de 69,28 por 100 mil beneficiários.

Outra disparidade é verificada entre as regiões brasileiras. Enquanto o Norte apresenta 27,52 leitos de UTI por 100 mil habitantes, o Sudeste registra 42,58 leitos. Em todo o país, a densidade de leitos por 100 mil habitantes é de 36,06. Entretanto, 19 dos 27 estados da federação estão abaixo desse patamar – os extremos vão de 20,95, no Piauí, a 76,68, no Distrito Federal.

Intensivistas

O estudo destaca ainda que, enquanto o número total de médicos, com ou sem especialidade, cresceu 51% entre 2011 e 2023 em todo o país, a quantidade de médicos especialistas em medicina intensiva cresceu 228% no mesmo período – foram contabilizados 8.091 intensivistas em 2023, e 2.464 em 2011.

De acordo com a Amib, a maior parte dos médicos intensivistas em atividade no Brasil se formou há mais de 10 anos, sendo que mais de 75% acumulam entre 10 e 39 anos de prática profissional.

Dentre os intensivistas, a maioria é do sexo masculino (60%) e a faixa etária predominante fica entre 35 e 64 anos, com uma idade média de 52 anos. As mulheres estão as médicas mais jovens, “sugerindo uma possível tendência de aumento da participação feminina na especialidade ao longo do tempo”.

Apesar do crescimento geral da especialidade, Norte e Nordeste registram uma média inferior de intensivistas por habitante quando comparadas às demais regiões, acompanhando a tendência apresentada pela presença menor de leitos de UTI. O Sudeste soma 6.239 registros profissionais, enquanto o Centro-Oeste tem 899 registros. Já o Norte conta com 348 registros.

O Distrito Federal responde pela maior densidade de médicos intensivistas no país, com 14,06 especialistas para cada 100 mil habitantes. O índice representa quase o dobro da densidade do Sudeste (7,35) e quase três vezes a densidade do Mato Grosso do Sul (4,9), que tem base populacional semelhante.

No outro extremo, o Amapá conta com cinco intensivistas, “o que gera uma densidade praticamente nula de especialistas para cada 100 mil habitantes”.

“Nas capitais, a probabilidade de encontrar esse profissional é significativamente maior. A densidade de intensivistas nas 27 capitais brasileiras (14,28) é cinco vezes maior do que a encontrada na soma de todos os outros municípios (2,84)”, concluiu a Amib.

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Saúde

Mpox: OMS aprova primeira vacina para uso emergencial em crianças

Foram notificados casos da doença em pelo menos 80 países em 2024

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a inclusão da vacina LC16m8 contra a mpox à lista de insumos de uso emergencial. Este é o segundo imunizante aprovado pela entidade para controle e prevenção da doença, declarada emergência global em agosto.

Dados da entidade revelam que, em 2024, foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 países, incluindo 19 nações africanas. A República Democrática do Congo, país mais atingido, responde pela maioria de casos suspeitos.

Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a vacina LC16m8 é a primeira aprovada para uso em crianças menores de 1 ano que vivem em localidades onde se registra surtos de mpox.

“Este é um passo vital para proteger populações vulneráveis, principalmente crianças, à medida em que a mpox continua a se espalhar”, escreveu.

Segundo Tedros, ao longo dos últimos dois meses, metade dos casos suspeitos contabilizados na República Democrática do Congo foram identificados entre menores de 12 anos. “O número total de casos suspeitos ultrapassou 40 mil este ano, com 1,2 mil mortes reportadas”.

No post, o diretor-geral da OMS alertou que os surtos da doença no Burundi e em Uganda estão em plena expansão. A entidade convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Saúde

Boletim Epidemiológico: MS registra 16.012 casos confirmados de dengue

Segundo o documento, 30 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.

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Mato Grosso do Sul já registrou 19.429 casos prováveis de Dengue, sendo 16.012 casos confirmados, em 2024.  Estes dados foram apresentados no boletim referente à 45ª semana epidemiológica, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) nesta terça-feira (19). Segundo o documento, 30 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.

Nos últimos 14 dias, Porto Murtinho, Amambai, Caarapó e Itaquiraí tiveram casos confirmados para doença. Já os óbitos registrados ocorreram nos municípios de Maracaju, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Dourados, Laguna Carapã, Naviraí, Sete Quedas, Amambai, Paranhos, Ponta Porã, Iguatemi, Itaquiraí, Aparecida do Taboado, Mundo Novo, Campo Grande e Bonito. Entre as vítimas, 15 delas possuíam algum tipo de comorbidade.

Vacinação

Ainda conforme o boletim, 100.999 doses do imunizante já foram aplicadas para idade permitida em bula na população. Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 189.910 doses do imunizante contra a dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

Chikungunya

Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 3.280 casos prováveis, sendo 917 confirmados. Não há óbitos registrados. A SES alerta que as pessoas devem evitar a automedicação. Em caso de sintomas de dengue ou Chikungunya, a recomendação é procurar uma unidade de saúde do município.

Confira os boletins:

Boletim Epidemiológico Dengue SE 45 – 2024 (1)

Boletim Epidemiológico Chikungunya SE 45 – 2024

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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