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Economia

Bancos terão que ensinar educação financeira e o campo-grandense precisa disso

Cidade acumula índices crescentes de endividamento e chegou a 198 mil pessoas em novembro

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A partir do dia 1° de julho, os bancos terão que ensinar educação financeira aos clientes e empresários individuas. A regra foi criada por meio de uma resolução conjunta entre o BC (Banco Central) e o CMN (Conselho Monetário Nacional). Só aqui em Campo grande, são quase 200 mil endividados, conforme dados de janeiro da PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor)

Conforme o último estudo, o índice de famílias endividadas atingiu 61,2% em novembro, contra 60,3% em outubro. O resultado representa 198.049 pessoas endividadas.

O objetivo é que cada instituição promova ações de organização e planejamento do orçamento pessoal e familiar; sobre a formação de poupança e resiliência financeira; e sobre a prevenção de inadimplência de operações e ao superendividamento. Cada uma terá o seu modelo de ação, desde que envolva esses itens e ofereça informações úteis.

O Banco Central informou que é necessário disponibilizar conteúdo e ferramentas frente às características e às necessidades de educação financeira dos clientes e usuários, considerando o perfil do público-alvo. A ação também envolve orientação para empresas.

Depois de implantada as medidas, os bancos terão que fazer acompanhamento para assegurar a efetividade das ações e indicar ao Banco Central um diretor responsável pelo cumprimento das obrigações.

Hábito – Na visão do economista Eugênio Pavão, isso deveria ser ensinado desde a infância.

“A educação financeira deveria ser implantada desde o início do ensino das crianças, para resolver boa parte dos problemas de endividamento, inadimplência, descontrole econômico. Essa é uma iniciativa muito importante do Banco Central, pois a vida financeira interfere na vida inteira da pessoa. Economia e psicologia são conhecimentos que devem andar juntos”, destacou.

Ainda de acordo com o profissional, ser organizado com as conta ajuda o consumidor até a se tornar um investidor futuramente. “A educação financeira ajuda a sair da fase vermelha; atingir o equilíbrio, que é a fase amarela; e na fase verde se tornar investidor com aplicações em fundos, ações, tesouro direto, ouro”, explicou.

O estudante de Medicina João Felipe Terribile, de 23 anos, demonstra não ter muita cautela quando o assunto é gastar.

Ao ser questionado se tem o costume de se organizar financeiramente, ele logo responde: “Não tenho isso, eu gasto mesmo. Já fui um pouco organizado com o dinheiro, mas não deu muito certo” disse.

Como estuda em tempo integral, não consegue trabalhar, então os pais mandam dinheiro. “Eu não tenho renda fixa, dependo dos meus pais mandarem. Minha mãe manda dinheiro para eu pagar as contas e meu pai paga meu cartão”, explicou. No cartão, ele conta que gasta cerca de R$ 1,3 mil por mês para compras de uso pessoal.

Por outro lado, há quem tem mais cautela. É o caso da aposentada Estela Moreira, de 49 anos. “Eu me organizo, tenho tudo agendado. Primeiro, separo o dinheiro para pagar o principal, se sobrar, eu compro algo para mim”, disse.

Ela conta que sempre teve o hábito e acredita que o programa nos bancos vai ajudar os filhos a também serem mais organizados.

“Eu sou muito ansiosa para contas, se eu tiver devendo eu nem durmo. Esse programa vai ser bom para meus filhos, porque nenhum é organizado, compram o que quer, gastam como quer e não colocam prioridades nas contas”, finalizou.

(Fonte: Campo Grande News. Foto: Reprodução)

Economia

Taxa de desemprego atinge menor patamar desde 2012

Índice ficou em 6,2% no trimestre encerrado em outubro

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A taxa de desocupação no país, também conhecida como taxa de desemprego, ficou em 6,2% no trimestre encerrado em outubro deste ano. A taxa é a menor registrada desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, em 2012.

O trimestre anterior, encerrado em julho deste ano, havia registrado taxa de 6,8%. Em outubro do ano passado, havia ficado em 7,6%.

A população ocupada (103,6 milhões) também atingiu recorde, ficando 1,5% acima da média do trimestre encerrado em julho e 3,4% superior a outubro.

A população desocupada recuou para 6,8 milhões, ou seja, 8% a menos (menos 591 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 17,2% inferior a outubro de 2023 (menos 1,4 milhão de pessoas). É o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.

O rendimento real habitual do trabalhador ficou em R$ 3.255, ficando estável na comparação trimestral e crescendo 3,9% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 332,6 bilhões) cresceu 2,4% (mais R$ 7,7 bilhões) no trimestre e 7,7% (mais R$ 23,6 bilhões) no ano.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Economia

Setor de máquinas registra crescimento em outubro, diz Abimaq

Aumento foi de 11,3% em relação ao mês anterior

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O setor de máquinas e equipamentos registrou crescimento em outubro, com a receita líquida total do setor somando R$ 26,3 bilhões, o que representa aumento de 11,3% em relação ao mês anterior e de 6,4% na comparação anual.

O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (27) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A elevação foi puxada pela melhora nas exportações e nas vendas no mercado doméstico.

As vendas no mercado externo cresceram 8,2% na comparação com o mês anterior. Em relação ao mesmo mês de 2023, houve leve queda de 0,6%, após o crescimento de 12,2% registrado em setembro de 2024. Segundo a Abimaq, a queda em relação ao mesmo período de 2023 ocorreu pela contração nos preços relativos (-5,2%).

Já em quantidade houve crescimento de 5,4%. No mês as exportações atingiram US$ 1,407 bilhão, o melhor resultado de 2024. No acumulado do ano, o resultado acumulado ficou 7% abaixo do resultado de 2023 (janeiro a outubro) mantendo a tendência de recuperação.

As importações somaram US$ 2,7 bilhões, em outubro, 6,1% a mais do que em setembro e um aumento de 32,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O consumo aparente do setor de máquinas e equipamentos – que considera o total da produção industrial doméstica e as importações, deduzidas as exportações – teve elevação de 10,5% na comparação mensal. Em relação a outubro do ano passado, houve alta de 21,6%.

Pessoal ocupado

No mês de outubro houve melhora no número de pessoas empregadas no setor, que somou 398 mil colaboradores. O crescimento foi de 0,1% em relação a setembro e de 1,5% em relação a outubro de 2023.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Economia

Pacote de corte de gastos vai atingir supersalários e grandes fortunas

Ministro do Trabalho, Luiz Marinho adiantou pontos das medidas

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O pacote de corte de gastos a ser anunciado nesta quarta-feira (27) pelo governo federal abordará supersalários no serviço público e imposto sobre grandes fortunas, disse há pouco o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Em entrevista coletiva para explicar a criação de 132,7 mil postos de trabalho em outubro, o ministro adiantou alguns pontos das medidas.

“Supersalários, imposto para super-ricos, vem tudo aí. Pacote completo”, disse Marinho. Perguntado se o pacote também envolve aumento de correção na tabela do Imposto de Renda, o ministro simplesmente disse: “Tudo”, sem entrar em detalhes.

Em relação ao seguro-desemprego, Marinho declarou que não haverá mudança de regra. Segundo o ministro, a ideia chegou a ser discutida no pacote, mas não avançou.

“Não há mudança de regra para o seguro-desemprego, por exemplo, mas vamos aguardar os detalhes. Se não eu vou furar o olho do colega [ministro da Fazenda, Fernando Haddad]. [O pacote] será muito diferente do que estava sendo desenhado até então”, disse. Em relação ao abono, Marinho nem confirmou nem negou alterações.

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Marinho confirmou que o pacote a ser anunciado às 20h30, em cadeia de rádio e TV, pelo ministro Haddad será detalhado nesta quinta-feira (28) em entrevista coletiva. Há um mês, o governo tenta enviar medidas de corte de gastos obrigatórios que impeçam, até 2027, o estouro do limite das despesas do arcabouço fiscal. Em vigor desde o ano passado, o marco fiscal restringe o crescimento real (acima da inflação) das despesas do governo a 70% do crescimento real das receitas, limitado a 2,5% acima da inflação por ano.

Debates

Em outubro, Marinho chegou a anunciar que pediria demissão se o Ministério do Trabalho não fosse ouvido na elaboração do pacote. Nesta quarta-feira, o ministro disse ter mudado de opinião porque conseguiu botar as “impressões digitais” nas medidas.

“Eu disse [em outubro] que, se não fosse ouvido, eu pediria demissão. Mas fui envolvido. Participei do debate. Hoje Haddad fará o pronunciamento. Amanhã serão anunciados os detalhes. Lá tem as minhas digitais nos debates lá colocados”, declarou.

Outras medidas

Na segunda-feira (25), Haddad confirmou que o pacote também trará medidas para reformar a previdência dos militares, reformular o Vale Gás e limitar os supersalários no funcionalismo público federal.

Na entrevista de hoje, Marinho disse que o pacote de corte de gastos é necessário para ajustar o ritmo de crescimento dos gastos ao das receitas. “A PEC [proposta de emenda à Constituição] da Transição resolveu um problema herdado do governo anterior e resolveu que a economia funcionasse por dois anos. Agora é preciso ajustar a velocidade de despesas com receitas. No ano passado, o Congresso não aprovou todo o desejado [pelo governo]”, declarou.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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