Um debate entre os principais líderes do Brasil sobre oportunidades de financiamento com as maiores entidades de fomento econômico do mundo, acessando assim recursos específicos para investir em serviços públicos como infraestrutura, saúde e educação. Esse foi o cenário do Lide Brazil Development Forum, evento no qual o governador Eduardo Riedel participa nesta sexta-feira (1º) e sábado (2) em Washington, capital dos EUA.
Ao todo, 18 governadores, vices e prefeitos dos principais estados e municípios do país se encontraram para conhecer novas perspectivas, discuti-las e buscar as oportunidades que podem ampliar a capacidade de investimentos locais, em uma verdadeira ponte entre esses líderes e os executivos das instituições financiadoras internacionais.
“Hidrovias talvez sejam o nosso grande diferencial. Estive recentemente com o presidente recém eleito do Paraguai, Santiago Peña, e ele vai colocar foco total na Hidrovia do Paraguai. Conseguimos também R$ 100 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para melhorar a capacidade de escoamento. Fizemos a concessão de um porto que já escoou 3 milhões de tonaladas de grãos, e um segundo está vindo dentro dessa esteira”, conta Riedel.
O governador foi o sexto a subir no púlpito para mostrar os potenciais sul-mato-grossenses em evento internacional. “Falar de Mato Grosso do Sul é fácil. A gente construiu um enfrentamento e tem feito o dever de casa para se chegar a ter Capag A [capacidade de pagamento], reformas duras para chegar a ter capacidade de investimento”, frisa, completando.
“Esse é o Estado de Mato Grosso do Sul com seus 306 milhões de hectares, quase 3 milhões de habitantes, um crescimento da indústria de transformação muito rápido. Vamos universalizar o saneamento em seus anos e nos últimos 10 anos estamos entre os 10 maiores PIBs (Produto Interno Bruto) em crescimento do Brasil. Tudo fruto da industrialização”, conclui.
Riedel também aproveitou o momento para destacar os índices relevantes do Estado, como ser o terceiro em capital humano, quinto em transparência, sexto em qualidade e sexto em maior renda média do Brasil. A taxa de desocupação na casa dos 4% também foi lembrada. “Isso significa praticamente pleno emprego. O grande desafio é investir cada vez mais em educação”.
Quanto a projetos em andamento, o governador aponta ações em infraestrutura e logística que resultaram em 600 km de estradas já concedidas pelo Estado e 900 km de rodovias em estudo de pré-viabilidade. Com atualmente seis aeroportos, além de 11 aeródromos, três deles já estão concedidos à iniciativa privada através do Governo Federal, enquanto os outros três (Bonito, Dourados e Ponta Porã) estão sob análise para concessão.
“Isso significa R$ 10 bilhões nos últimos oito anos em internalização de recursos do capital privado e nos próximos três anos mais R$ 18 bilhões em concessões a serem realizadas”, comenta o governador, se referindo a todos os projetos, fora os citados.
Rota Bioceânica e Pantanal
O governador Eduardo Riedel também mostrou ao público a Rota Bioceânica e o que ela pode mudar na lógica geopolítica e econômica da América do Sul, focando em Mato Grosso do Sul como o grande eixo de ligação da produção nacional com o mercado da Ásia.
“Boa parte da produção sul-mato-grossense de produtos com valor mais agregado não vão mirar mais para Santos, e isso não é nenhum prejuízo a São Paulo, até por que o volume de carga cresce muito. Mas vamos sair pelos portos do Chile. Hoje 60% do nosso mercado é a Ásia e a gente pode chegar de uma maneira mais competitiva lá, com 12 dias a menos de navio, e isso passa por essa rodovia”, destaca o chefe do Executivo de Mato Grosso do Sul.
Riedel comenta ainda que a Rota deve estar operando já em 2025, contando atualmente com 30% da ponte sobre o rio Paraguai – ligando Porto Murtinho a paraguaia Carmello Peralta – pronta e com o indicativo de que o Paraguai entrega até o fim do ano 500 km de estradas pavimentadas.
Na quinta-feira (31), o governador esteve ao lado do secretário de Desenvolvimento e Inovação, Jaime Verruck, e da secretária-especial de Parcerias Estratégicas), Eliane Detoni, na sede do Banco Mundial e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para discutir com executivos dessas instituições projetos que envolvem infraestrutura e investimentos no Pantanal.
“Duas agendas importantes. No Banco Mundial discutimos mais questões de infraestrutura e projetos estruturantes dentro de uma nova modelagem. No BID, além de PPPs (Parcerias Público-privadas), a pauta foi avançar em algo estruturante para o nosso principal bioma”, explica.
Durante sua fala no Lide Brazil, Riedel abordou a situação do Pantanal. “Estamos levando a diante o projeto Pro-Pantanal junto ao BID e Ministério da Agricultura. Que a gente resolva de uma vez por toda a questão do assoreamento do Taquari. São 200 milhões de dólares para uma ação muito forte no planalto, para que a gente possa ter impacto e influência na planície pantaneira, da inundação que teve fruto do assoreamento do rio Taquari”.
Lide Brazil nos EUA
O Lide Brazil Development Forum deste ano teve como tema central o ‘Potencial de investimentos multilaterais no Brasil’, sendo dividido em cinco partes no Willard Hotel. Na abertura, foi feito uma apresentação dos debates, indo em seguida para o primeiro painel do dia, entitulado ‘Fatores que promovem o desenvolvimento sustentável’.
Na sequência, o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Ilan Goldfajn, fez uma apresentação especial, sendo o seguido pelo segundo painel do dia, que trouxe ao debate entre líderes nacionais a temática ‘Como obter melhor acesso aos fundos multilaterais: sabeamento, energias renováveis, meio ambiente, saúde e educação’.
Já o período da tarde foi aberto pela palestra do presidente do Banco do Brasil, Roberto Campos Neto, sobre ‘Perspectivas Econômicas para o Brasil’. Em seguida foi realizado o painel ‘Oportunidades de Financiamentos para infraestrutura e serviços públicos no estados e nos municípios brasileiros’. Este contou com a presença dos executivos internacionais.
Logo depois, foi aberto o espaço para um quarto painel, sob a mesma temática, mas dessa vez com espaço para o discurso dos governadores e prefeitos ali presentes poderem destacar os potenciais de seus estados e municípios, projetos e outras situações.
O Teatro Aracy Balabanian, no Centro Cultural José Octávio Guizzo, em Campo Grande, foi palco na terça-feira (19) do 2º Encontro Estadual de Economia Criativa – MS+CRIATIVO. O evento, organizado pela Superintendência Estadual de Economia Criativa e Políticas Integradas, vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), reuniu gestores e profissionais de diversos setores para discutir ideias e estratégias que fomentem a economia criativa no Estado.
Com o objetivo de fomentar a troca de experiências entre gestores e criativos de áreas como turismo, esporte, cultura, educação, meio ambiente, gastronomia, moda e tecnologia, o encontro se consolidou como um espaço de construção coletiva. Estiveram presentes secretários municipais, artistas, empreendedores, designers, professores, produtores culturais, entre outros profissionais que atuam nas áreas criativas de Mato Grosso do Sul.
Titular da Setesc, Marcelo Miranda destacou que a economia criativa é a grande saída para universalizar o acesso à renda e à produção.
“A gente parte de um momento em que houve a elaboração de um Plano, muito bem preparado, muito bem discutido de forma democrática, ampla, plural. Estabelecemos um Plano Estadual de Economia Criativa e agora este grande desafio que é a gente fazer entregas para a população. O governador Eduardo Riedel tem uma expectativa muito grande na Superintendência, nesse Estado em que grandes processos de desenvolvimento econômico e industrial estão acontecendo, a gente precisa gerar renda para a população”.
Luciana Azambuja, superintendente de Economia Criativa, ressaltou a relevância do encontro para fortalecer as ações do Plano Estadual.
“É mais uma oportunidade para a gente discutir cultura, turismo, economia criativa, pra gente discutir como fazer mais e como fazer melhor. Como a gente vai implementar as mais de 500 ações que constam no nosso Plano Estadual de Economia Criativa. A gente precisa conversar sobre o Plano, sobre o planejamento estratégico da Superintendência de Economia Criativa, das nossas parcerias com a Fundação de Cultura, com o Turismo. Acredito que no âmbito da Setesc a gente trabalhar o Turismo, a Cultura e a Economia Criativa, a gente tem um tripé plural, super transformador, que vai mexer todo o ambiente de troca de ideias e conexões para transformar a vida de muitas pessoas. Nosso Estado é muito rico, e a gente tem na economia criativa um potencial imenso para crescer ainda mais”.
A reitora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Camila Ítavo, reafirmou o compromisso da instituição com o setor.
“Estamos prontos para qualificar e apoiar os empreendedores por meio de iniciativas como o Mercado Escola e o autocine. Sem ciência, não conseguimos avançar. Nosso papel é ajudar a transformar talento em oportunidades”.
O secretário municipal de Cultura de Maracaju, Rafael Fernandes Jara, buscou inspiração no evento para inovar na gestão local. “Queremos levar o aprendizado para nossa classe cultural, sempre em parceria com a Setesc.”
Já Gonzaga Fernandes de Oliveira, servidor de Rio Verde de Mato Grosso, destacou a diversificação do artesanato local e o papel transformador da economia criativa. “Estamos vendo pequenos empreendedores se tornarem médios, o que é essencial para o município”.
Coordenadora administrativa na Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Rio Verde de Mato Grosso, Rillary Duarte da Silva, explicou que em seu município tem sido realizada uma série de implementações no setor da educação, nas escolas.
“A nossa secretaria é responsável pela Feira do Produtor e a gente tenta criar oportunidades para o pequeno produtor, para os artesãos, inclusive ano passado nós ganhamos o prêmio do Sebrae Prefeitura Empreendedora com o tema Empreendedorismo a partir da Cultura Pantaneira, a gente pega os artesãos, as crianças nas escolas para implementar esta parte criativa envolvendo o pantanal, a biodiversidade e o meio ambiente”.
Gestor de Cultura de Bonito, Lelo Marchi disse que a economia criativa é responsável por uma parcela significativa do PIB (Produto Interno Bruto) e acredita que a economia criativa, tanto no campo conceitual, quanto a gerar e circular o capital, de forma sustentável, é algo democrático porque todos podem fazer.
“Cada um com suas capacidades, com seus dotes, é algo que está ao alcance de todos. Eu estou acompanhando desde o começo a elaboração do projeto nosso do Estado, o nosso Plano de Economia Criativa do Estado, e eu quero acompanhar e aproveitar o que eu consigo ouvir aqui de bom e aplicar na minha cidade”.
Gerente de Competitividade e Inovação no Sebrae Mato Grosso do Sul, Isabela Montelo enfatizou que a economia criativa é capaz de gerar muitas oportunidades e trazer novos recursos muitas vezes onde a gente nem via chance de geração de renda.
“A partir da criatividade a gente consegue fazer conexões, integrações entre setores, gerando novas oportunidades de trabalho, de renda e de empreendedorismo, que é com o que o Sebrae trabalha. Foi feita uma grande mobilização no ano de 2023, o Sebrae foi um grande parceiro da Setesc. É importante a gente ter eventos como este para que a gente mantenha viva a discussão sobre a economia criativa, sobre esse Plano recém elaborado no ano passado, a gente tem muita coisa para fazer e construir para que o nosso Estado possa ser cada dia mais criativo”.
Novo polo: MS aprimora defesa fitossanitária da citricultura diante do crescimento da produção
O evento aconteceu na Famasul, e contou com as palestras do pesquisador da Fundecitrus, Rafael Silvestre, e da gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da Iagro, Glaucy Ortiz.
Com a previsão de quase 30 mil hectares em projetos de citricultura para os próximos quatro anos, o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, tecnologia e Inovação) e em parceria com o Sistema Famasul, começa a realizar a capacitação da assistência técnica para aprimorar a sanidade vegetal na produção de citros.
Hoje (18) foi realizada a primeira reunião para técnicos agropecuários do Senar-MS, fiscais agropecuários da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e técnicos extensionistas da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário de Mato Grosso do Sul) para falar sobre a Prevenção e Controle Sanitário da Citricultura.
O evento aconteceu na Famasul, e contou com as palestras do pesquisador da Fundecitrus, Rafael Silvestre, e da gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da Iagro, Glaucy Ortiz. A reunião foi comandada pelo secretário-executivo de Desenvolvimento Sustentável, Rogério Beretta, e pelo diretor-presidente da Agraer, Washington Willeman, e contou com a participação da coordenadora de Citricultura, Karla de Nadai.
Segundo Beretta, o objetivo do encontro foi fazer um alinhamento de ações entre as assistências técnicas de órgãos governamentais do Estado como a Semadesc, Agraer e Iagro e dos parceiros como o Senar-MS.
“Hoje é um dia de alinhamento institucional e técnico. Vocês vão ver uma série de eventos, de cenários, Agraer atuando junto ao Iagro. É uma coisa que estamos construindo, porque os órgãos precisam estar alinhados para que a gente consiga potencializar o conhecimento e não sombrear. Então a nossa meta, que é uma vontade do governador Riedel e o secretário Jaime é potencializar a ação dessas instituições. Isso é importante para o Estado, e assim vai ser construído”, destacou.
Beretta ressaltou que o Estado tem hoje cerca de 10 mil hectares de citricultura, mas pode chegar a aproximadamente 30 mil nos próximos quatro anos.
“Hoje nós temos uma oportunidade para virar realidade, mas para isso precisamos fazer as coisas bem feitas. Por isso, hoje estamos aqui fazendo um alinhamento para que as pessoas não olhem determinadas ações com um viés errado. Nós estamos fazendo isso para que a oportunidade vire realidade. Porque nós estamos trazendo para o Estado a citricultura, e Mato Grosso do Sul não é a única alternativa de citricultores importantes. Além de Mato Grosso do Sul eles têm oportunidade de ir para Minas Gerais ou Goiás. Então o conjunto de garantias que a gente puder dar para eles, para que essa doença, não entre ou que entre o mais tarde possível, que a gente consiga mantê-la sob controle, é que vai fazer com que determinados grupos que estão saindo de São Paulo, porque o índice de infestação do greening em São Paulo já é de 44%, e estão procurando novas áreas para fazerem os seus investimentos, investimentos que são altíssimos, venham para o MS”.
O diretor-presidente da Agraer, Washington Willeman reforçou a parceria da assistência técnica da Agraer neste trabalho de atuação e conscientização junto as comunidades e os pequenos produtores.
“Nós, como a empresa técnica pública de assistência técnica e extensão rural, estamos ouvindo as recomendações e vamos participar do manejo adequado na atividade. Então, estamos aqui para colaborar, e sempre que formos demandados. Nós estamos nos 79 municípios do Estado e podemos contribuir com essa atividade e diversificar cada vez mais a base econômica do MS, que passa por um momento muito bom economicamente. Acredito que a citricultura vai ser uma atividade muito próspera aqui no Estado. E eu tenho certeza, como sempre, com o apoio da nossa empresa”, afirmou.
Palestras
O engenheiro do Fundecitrus Rafael Silvestre, abordou o tema Greening em sua palestra explicando o que é a doença e como ela afetou mais de 44% dos laranjais de SP. O greening, também conhecido como huanglongbing e HLB, ataca todos os tipos de citros e não há cura para as plantas doentes.
As árvores novas afetadas não chegam a produzir e as adultas em produção sofrem uma grande queda prematura de frutos e definham ao longo do tempo. A ocorrência no Estado é muito baixa, segundo o agrônomo, mas o objetivo da palestra foi justamente ajudar a prevenir a ocorrência, diante da chegada de grandes projetos de citricultura ao Estado.
Silvestre passou diversas orientações aos participantes, discorrendo sobre o cenário do greening no estado de SP e no País. O agrônomo também falou sobre os psilídeos (inseto vetor da doença) que se prolifera em mudas de citrus e também murta; apresentou ferramentas da Fundecitrus como o Alerta Psilídeo, Avalia Psilídeo e Avalia Greening, além de mostrar o levantamento anual de greening.
Defesa vegetal
As ações de defesa fitossanitárias da Iagro no setor de citricultura foram destacadas na palestra da gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Glaucy Ortiz, que falou sobre a nova legislação estadual que visa garantir a segurança sanitária dos pomares do Estado.
Em agosto, o Governo do Estado sancionou a Lei nº 6.293, que altera a legislação de Defesa Sanitária Vegetal, originalmente instituída pela Lei nº 4.225 de 2012. A nova legislação introduz mudanças e reforça o combate a pragas que ameaçam a agricultura, com destaque para a proibição do cultivo, comércio, transporte e produção da planta exótica murta (Murraya paniculata).
A murta foi identificada como hospedeira da bactéria Candidatus liberibacter, transmitida pelo inseto vetor Diaphorina citri, responsável pela doença huanglongbing (HLB), conhecida como greening, uma das mais devastadoras para a citricultura. A doença causa a queda precoce de frutos e a morte das árvores, comprometendo seriamente a produtividade das plantações.
Além das medidas específicas contra a murta, a lei estabelece novas diretrizes para a fiscalização agropecuária em Mato Grosso do Sul. Entre as principais mudanças estão a ampliação das competências da Iagro, que poderá interditar, apreender e destruir produtos vegetais e insumos que não atendam às normas de sanidade. A legislação também introduz a possibilidade de conversão de multas em bens e serviços, como alternativa para infrações leves.
Glaucy ainda reforçou sobre o perigo da compra de mudas irregulares, que podem trazer graves problemas aos pomares do Estado, principalmente os urbanos e domésticos em função do greening. Por esta razão a recomendação da Iagro é para que sejam feitas as aquisições de mudas de qualidade e seja combatido a comercialização irregular, como é feita por ambulantes, que podem trazer riscos iminentes para os pomares do Estado.
A Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul) registrou a abertura de 912 empresas no mês de outubro. O número é recorde para o mês na série histórica que se iniciou no ano 2000 e supera em 8,44% o total apurado em outubro do ano passado. O setor de Serviços continua liderando as estatísticas com 631 novas empresas, seguido pelo Comércio (246) e pela Indústria (35).
No ano já foram abertas 9.526 empresas em Mato Grosso do Sul, indicando que novo recorde será quebrado em 2024. Faltando ainda dois meses, a soma já se aproxima do total apurado em 2023 – 10.117 registros, quando pela primeira vez o Estado superou a marca de 10 mil firmas abertas em um ano.
A distribuição regional mostra uma concentração dos negócios nas maiores cidades. Do total de 912 novas empresas abertas em outubro, Campo Grande responde por 412 (45,18%), seguido de Dourados (102), Três Lagoas (43), Maracaju (26), Ponta Porã (24) e Chapadão do Sul (22).
Na avaliação do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o ritmo crescente da abertura de empresas no Estado acompanha outros indicadores que refletem o vigor da economia.
“O índice de desocupação em Mato Grosso do Sul caiu novamente no segundo trimestre para 3,8%, o que evidencia pleno emprego. O esforço do Governo do Estado tem sido qualificar os trabalhadores que ainda não estão empregados para ocupar as vagas existentes e dar condições para que outros estratos da população, como as mulheres, possam sair para trabalhar”, pontuou.