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Assistência Social

Marcado por homenagens e apresentações culturais, festival reúne 1,2 mil idosos no Parque Ayrton Senna

Atualmente os idosos inscritos no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da SAS têm acesso a atividades socioeducativas, esportivas, culturais, além de cursos diversos.

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A alegria da aposentada Lucimar Gonzalez, que aguardava ansiosa o momento de subir ao palco era um reflexo da animação estampada no rosto dos 1,2 mil idosos que participaram, nessa quarta-feira (23), da segunda edição do Fest Suas-Festival do Idoso no Suas, que aconteceu no Parque Ayrton Senna, no Aero Rancho. O evento destacou o trabalho desenvolvido nos 29 Cras, Centros de Convivência e Centros de Convivência do Idoso que integram a Rede de Assistência Social do município e, pela primeira vez, também contou com a participação de OSC’s que atendem o público da terceira idade, cofinanciadas pela Prefeitura.

Organizado pelas equipes da Superintendência de Proteção Social Básica da SAS (Secretaria de Assistência Social), o evento teve a proposta de contribuir para a dinamização e efetivação do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos voltado ao público idoso, nas unidades de Rede de Proteção Social Básica. “Ficamos na expectativa, mas depois que chegamos e vemos essa alegria tudo se transforma.  Não existe rivalidade, todos se respeitam”, garantiu Lucimar Gonzalez, que há oito anos participa do grupo de dança Fantasia, do CCI Vovó Ziza.

O secretário municipal de Assistência Social, José Mário Antunes, ressaltou que o evento só foi possível devido ao empenho das equipes e do olhar humanizado da administração municipal da capital para com os usuários atendidos pela Secretaria de Assistência Social. “É motivo de alegria estarmos todos juntos, participando desse momento de união pós pandemia. Este evento foi um pedido da nossa prefeita, que sempre olhou com carinho para os idosos. Nosso objetivo era reunir todos vocês para confraternizar e trocar experiências, por isso agradeço o empenho de todos para realizar essa festa”, ressaltou.

A festa, aliás, teve um significado especial para a dona-de-casa Maria Rosângela Hipol, do CCI Piratininga. Ela conta que ficou viúva há dois anos e meio e, aconselhada pela irmã, passou a frequentar a unidade. “Não saio mais de lá. Vou cinco vezes na semana e faço Educação Física, participo dos bailes e bingo. É maravilhoso, mudou minha vida e me tirou da tristeza”, disse.

Taísa Mendes, assistente social da Fundação Manoel de Barros, Organização da Sociedade Civil cofinanciada pela Prefeitura para atender 30 idosos nos diversos projetos da entidade, acredita que o evento foi uma oportunidade para enriquecer a parceria. Entre os projetos que a OSC desenvolve está o Ativa Idade, que tem a proposta de fortalecer o vínculo familiar por meio de ações recreativas e culturais. “É a primeira vez que nós viemos e estamos adorando porque eles estão fazendo novas amizades e conhecendo um novo espaço”, frisou.

Para Jorge Franco, coordenador do CCI Piratininga, que nesta quinta-feira (24) completa 16 anos, o Fest Suas é uma oportunidade para troca de experiências. “Eles voltam para casa mais felizes e motivados. É um evento que contribui muito com a saúde mental do idoso”, pontuou.

Autoestima

Toda a programação do Festival do Idoso no Suas foi pensada para elevar a autoestima e promover o empoderamento dos usuários, segundo o superintendente da Proteção Social Básica da SAS, Artêmio Versoza. “A ideia é que se sintam valorizados, mostrando para a sociedade que ainda têm muito a oferecer com base na experiência acumulada de vida. Além disso, são pessoas ativas e criativas”, destacou.

E criatividade não faltou na passarela durante o desfile que elegeu a Senhora e o Senhor Simpatia e Senhora e Senhor Criatividade. As apresentações e trajes elaborados pelos próprios concorrentes arrancaram aplausos do público e animou a torcida das unidades. Veterana em concursos de beleza e representando o CCI Elias Lahdo, a aposentada Maria Tereza Bittencourt mostrou que aos 91 ainda é possível levantar o público, conquistando a faixa de Miss Simpatia. “É divertido participar dessas ações porque precisamos conviver com as pessoas e fazer amizades, não importa a idade”, ensinou a professora de corte e costura aposentada.

Já no quesito criatividade, a aposentada Marilza José da Silva, do Cras Zé Pereira, foi imbatível na sua estreia. Com uma fantasia homenageando o tereré, ela produziu, em apenas uma semana, uma verdadeira indumentária carnavalesca. Além da roupa com muito brilho e plumas, ela entrou na passarela com uma estrutura toda em lantejoulas, tecidos e plumas com aplicações retratando elementos do preparo do tereré. “Foi a primeira vez que participo porque estou no Cras apenas há um ano e adorei”, contou.

Um dos momentos mais emocionantes do Fest Suas foi a homenagem preparada ao coordenador do Cras Los Angeles, Messias Benites, que atuou na Assistência Social por mais de 20 anos e faleceu na semana passada. A equipe da unidade marcou presença e comoveu o público com a animação no momento da homenagem.

A programação contou ainda com apresentações de dança e música dos CCI’s Jacques da Luz, Piratininga e Elias Lahdo, que animaram o evento com coreografias e um repertório que valorizou a cultura sul-mato-grossense.

Importância do trabalho

Além de promover a integração, socialização e troca de experiências entre os participantes, o Fest Suas destacou as ações para fortalecimento de vínculos que a Prefeitura de Campo Grande promove nas unidades da Proteção Social Básica.

Atualmente os idosos inscritos no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da SAS têm acesso a atividades socioeducativas, esportivas, culturais, além de cursos diversos.

A rede que integra os Cras, Centros de Convivência e Centros de Convivência do Idoso realiza anualmente cerca de 16,7 mil atendimentos às pessoas idosas, por meio das unidades distribuídas nas sete regiões de Campo Grande.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Dourados realiza a 15ª Conferência Municipal de Assistência Social

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Conferência de Assistência Social reúne mais de 200 pessoas, entre delegados, convidados e observadores. Divulgação/Assecom

Desde ontem (03/), está sendo realizada, no anfiteatro do Bloco 10 da Unigran, a 15ª Conferência Municipal de Assistência Social de Dourados, que reúne mais de 200 participantes, entre delegados, convidados ou observadores.

Com o tema “20 anos do SUAS: construção, proteção social e resistência”, o evento discute políticas públicas e fortalece a participação popular na definição de propostas para a área. Delegados têm direito a voz e voto, enquanto convidados e observadores podem contribuir com debates. A Conferência segue até o início da tarde desta sexta-feira (04).

As discussões da conferência estão organizadas em torno de cinco eixos estratégicos, alinhados aoII Plano Decenal do SUAS, o Sistema Único de Assistência Social. Entre os temas em pauta estão a universalização do acesso aos serviços, com equidade e respeito à diversidade; o aperfeiçoamento da gestão e a valorização dos trabalhadores; a integração de benefícios e serviços para ampliar a inclusão social; o fortalecimento da gestão democrática e da transparência; e a busca por um financiamento sustentável e equitativopara o sistema.

As propostas aprovadas nesta conferência municipal serão consolidadas e enviadas para a etapa estadual, que ocorrerá entre 11 de agosto e 17 de outubro de 2025. O processo participativo, iniciado nas cidades, segue então para a Conferência Nacional em Brasília, de 6 a 9 de dezembro, quando serão estabelecidas as diretrizes que orientarão as políticas do SUAS em todo o país.

O presidente do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) de Dourados, Ruan Jacob Bianchi Aguiar, afirmou que a conferência reforça a resistência do SUAS diante dos desafios e retrocessos dos últimos dez anos. “Trabalhadores do sistema, tanto do setor governamental quanto das organizações da sociedade civil, seguem na luta pela garantia dos direitos sociais”, diz ele. “Lidamos com vidas humanas e mantemos a esperança de uma transformação social efetiva, capaz de melhorar a qualidade de vida da população”, completou.

A conferência municipal de Dourados foi organizada pelo Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, Unigran, OAB 4ª Subseção de Dourados e Itaporã, Centro de Integração do Adolescente “Dom Alberto” (Ceia), Ação Familiar Cristã, Instituto Fuzzyi e Uniasselvi.

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Dourados discute políticas públicas para refugiados, migrantes e apátridas

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Reunião do comitê municipal vai discutir política de atendimento a refugiados e migrantes. Divulgação

A Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) começa, na segunda-feira, dia 9 de junho, a discutir políticas públicas para aprimorar o atendimento a refugiados, migrantes e apátridas que vivem no município. A primeira reunião ordinária do Comitê Municipal para Refugiados, Migrantes e Apátridas será às 8 horas, no auditório do Creas – Rua João Pedro Gordim, nº 55, Vila Santa Catarina.

Nesta primeira reunião, serão tratadas as demandas iniciais para consolidação do Comitê como a definição da mesa diretora e elaboração do regimento interno, para dar inicio à definição de prioridades para o aprimoramento das políticas públicas locais para o segmento.

O Comitê local foi instituído por meio do Decreto nº 246 de 09 de maio de 2025, sob a coordenação geral da Secretaria de Assistência Social e tem como objetivo principal realizar diagnóstico municipal e estabelecer parâmetros de coleta e análise dos dados para subsidiar elaboração do Plano Municipal de Políticas para Migrantes, Refugiados Apátridas.

Também são objetivos, a articulação da rede intersetorial na promoção de políticas públicas, para atendimento das demandas dos migrantes refugiados, promovendo acesso e acolhida nos serviços ofertados nas áreas de saúde, habitação, educação, assistência social, cultura, esporte, lazer, trabalho e renda; e, ainda, viabilizar a pactuação do Plano Municipal de Políticas para Migrantes, Refugiados Apátridas.

A secretária municipal de Assistência Social, Shirley Flores Zarpelon considera que a criação do Comitê vem ao encontro das metas de certificação do MigraCidades, bem como da Conferência MigraCidades, realizada em outubro do ano passado. “O Comitê é um importante dispositivo para a estruturação e fortalecimento da Política Municipal de Atendimento ao Refugiado, Migrante a Apátrida no nosso município, envolvendo segmentos governamentais e sociedade civil”, afirma.

Ela observa que desde 2019, o crescimento migratório em Dourados, impulsionado pela Operação Acolhida, resultou na chegada de aproximadamente 5.400 venezuelanos ao município. “Hoje, Dourados ocupa o quinto lugar entre os municípios que mais acolheram no país, contudo, há afirmação de que esse número pode ser o dobro, considerando o deslocamento espontâneo, embora não possua um número exato para comprovação”, ressalta, apontando a necessidade da realização de um censo municipal para identificação mais consistente quanto ao número de migrantes residentes em Dourados.

FLUXO MIGRATÓRIO

De acordo com o Observatório de Migrações Internacionais (2024), nos últimos 14 anos, o Brasil vivenciou um expressivo aumento no fluxo migratório, abrangendo ao menos 117 nacionalidades distintas. Impulsionados por crises econômicas, ambientais humanitárias decorrentes de guerras civis em busca de melhores condições sociolaborais, número de solicitações de residência disparou de 345.626, em 2010, para impressionantes 2,3 milhões, em 2024.

Com a crescente diversificação dos fluxos migratórios tem exigido adaptações significativas nas políticas públicas, uma vez que envolve uma ampla gama de indivíduos, incluindo famílias com crianças adolescentes, idosos, pessoas com deficiência aquelas com diferentes identidades de gênero. Diante desse perfil cada vez mais heterogêneo, torna-se essencial que as esferas governamentais federal, estadual e municipal revisem e aprimorem os mecanismos de integração, inclusão social garantia de direitos.

MIGRACIDADES

A Plataforma MigraCidades foi criada para contribuir com a construção e gestão de políticas migratórias de forma qualificada e planejada e, em outubro do ano passado, realizou encontro virtual com representantes de 15 governos estaduais e municipais. No encontro foram debatidos o acesso à saúde, à educação, à assistência social e proteção social e ao mercado de trabalho das pessoas migrantes, além de acesso e acolhimento nos serviços de proteção e combate a violências baseadas em questões de gênero, raça e sexualidade.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre Agência da ONU para as Migrações (OIM) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com apoio da Escola Nacional de Administração Pública.

Com assessoria.

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Casa da Acolhida opera com capacidade máxima para proteger do frio intenso

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Prefeito Marçal Filho esteve na Casa da Acolhida na manhã mais fria do ano em Dourados – Foto: Assecom

Na manhã mais fria do ano, registrada nesta quinta-feira (29), o prefeito Marçal Filho esteve na Casa da Acolhida Elena Efigênia Pereira, em Dourados, que atualmente funciona com capacidade máxima para proteger do frio intenso aqueles que estão em situação de rua. O espaço abriga 37 pessoas, embora a estrutura tenha sido projetada para receber até 36 acolhidos. “Também estamos percorrendo as ruas durante a noite para entregar cobertores às pessoas que se recusam ao recolhimento à Casa da Acolhida, mas o trabalho realizado neste espaço é indispensável para a proteção daqueles que estão vulneráveis”, enfatizou o prefeito.

Localizada na Rua Jandaia, nº 1765, no Jardim Vista Alegre, região sul da cidade, a Casa da Acolhida é uma instituição pública municipal de acolhimento temporário voltada a adultos e famílias em situação de vulnerabilidade social. Crianças menores de idade só são aceitas acompanhadas pelos pais. O local está sob coordenação da Secretaria Municipal de Assistência Social, que não tem medido esforços para levar proteção aos desassistidos.

Durante a passagem pelo local, Marçal conversou com os acolhidos e elogiou o trabalho humanizado da equipe. Segundo ele, mesmo com o frio intenso, a movimentação na unidade segue constante, com a chegada e saída diária de duas a três pessoas. Caso necessário, a Prefeitura está preparada para criar novas vagas e atender à alta demanda nesse período de frio.

A coordenadora da instituição, Marli Maria Morgenrotti, informou que a maioria dos abrigados é composta por homens vindos de outros estados, principalmente do Paraná e São Paulo. Atualmente, há também uma mulher com três filhos na unidade. A Casa oferece acolhimento por períodos que variam de três dias a até seis meses, dependendo da situação de cada pessoa. “O perfil predominante é de pessoas que já romperam vínculos familiares”, explicou. “Aqui, além do abrigo, recebem refeições diárias como café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar”, ressaltou Marli.

Ela destacou ainda que muitos dos acolhidos desejam fixar residência em Dourados. Nesse sentido, a equipe trabalha para garantir a emissão de documentos, inserção no mercado de trabalho e encaminhamentos sociais, promovendo autonomia para que essas pessoas possam recomeçar suas vidas e conquistar independência.

A Casa da Acolhida tem como missão garantir proteção integral aos usuários, respeitando sua dignidade, promovendo o resgate de vínculos familiares e comunitários e a construção de novos projetos de vida. Além disso, a instituição busca inserir os acolhidos nas políticas públicas municipais, estaduais e federais, oferecendo suporte para sua reintegração social.

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