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MS contribui para elaboração do Plano Juventude Negra Viva

Os jovens apresentaram problemas específicos de suas comunidades.

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Com objetivo de construir o Plano Nacional da Juventude Negra, o Ministério da Igualdade Racial e a Subsecretaria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, ligada a Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), realizou uma plenária para colher proposições dos jovens negros, com os problemas que enfrentam dentro de suas realidades e encaixá-los em eixos temáticos como segurança pública, saúde, educação, cultura e esporte, entre outros. Todas as propostas para os eixos foram com o recorte do jovem negro em Mato Grosso do Sul, a partir do que foi proposto aqui será desenvolvido o Plano Nacional da Juventude Negra Viva. A Caravana Participativa em Campo Grande, encerrou nesta terça-feira (25) e segue para as outras capitais do Brasil.

A plenária contou com a participação de mais de 50 jovens, foram coletados depoimentos que possibilitam acessar um pouco a realidade a partir da perspectiva de cada um, por exemplo, o jovem negro LGBTQIA+, de terreiro, quilombola. As principais reivindicações contaram com problemáticas sobre mobilidade urbana em Campo Grande, com impacto ainda maior para os moradores das comunidades quilombolas, preconceito religioso, falta de liberdade de religiões de matriz africana e falta de serviços psicossociais.

Para a subsecretária de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, Vania Lucia, o processo de escutar os jovens é muito importante, porque eles podem levantar seus questionamentos e posicionamentos. “Eles já relataram os problemas e agora vão propor as soluções, as demandas estão sendo alocadas em suas devidas áreas, educação, saúde, cultura, a escuta é aberta a todos para que possam propor suas sugestões”, relata.

Propostas

Os jovens apresentaram problemas específicos de suas comunidades. Uma das reivindicações mais recorrentes foi o problema da mobilidade urbana. A dificuldade de pegar ônibus nas comunidades quilombolas e bairros da periferia, além da insegurança para mulheres no ponto de ônibus.

Para promover a empregabilidade, por exemplo, é necessário pensar também na mobilidade urbana. Para Maria Madalena, 19 anos, auxiliar administrativa e moradora da comunidade quilombola São João Batista a falta de mobilidade urbana prejudica diretamente na busca por emprego.

“Se está chovendo, eu não posso sair para fazer uma entrevista de emprego, vou molhar meu pé na lama, andar duas horas de ônibus. Quando eu chegar vou ter dez pontos a menos do que quem teve acesso, quem mora no centro, pegou ônibus e chegou em dez minutos. Eu gosto de sair de bolsa, mas isso é impossível, porque eu tenho que sair com o sapato na mochila para não chegar suja e informal para uma entrevista de emprego. Por isso é necessário melhorar a acessibilidade de locomoção”, frisa.

A falta de incentivo na educação e como isso aflige diretamente pessoas negras, também é um problema. Vitória Santos, 18 anos, é da comunidade quilombola Furnas do Dionísio, e relata que desde que saiu do ensino médio não teve acesso às informações de como acessar o ensino superior. Segundo ela, o conteúdo ensinado também não a preparou para o Enem e vestibulares.

“Eu terminei o ensino médio e eu não sabia como me inscrever no Enem, como entrar no Fies, Sisu, ProUni e muitos jovens da minha idade também não sabem. Eu acho que no ensino médio dentro das escolas públicas deveriam mostrar isso, como se inscrever para o Enem, como ter acesso às cotas, como entrar numa faculdade e ter acesso aos meus direitos, muitos dentro das comunidades não têm acesso a essas informações,” expressa.

Outra proposta feita na plenária foi a titularização de comunidades quilombolas que ainda não são regularizadas. Daniela Araújo, 31 anos, mulher preta descendente de tia Eva, explica que gostaria de melhorias principalmente na infraestrutura da comunidade quilombola urbana Eva Maria de Jesus. “Hoje a comunidade quilombola não tem titularização, então a nossa luta é para isso, principalmente porque não adianta a gente lutar por lazer se não tem onde colocar uma praça e um campo. Participar desse evento é importante para mim, porque ser mulher negra quilombola, é luta e resistência diária.”

Participantes do evento durante encontro na terça-feira (Foto: Bel Manvailer/Setescc)

Participação

Os jovens vieram das cidades de Três Lagoas, São Gabriel do Oeste, Campo Grande, Maracaju, Bataguassu, Nova Andradina, Deodápolis, Jardim, Ladário e Jaraguari. Entre os participantes estiveram representantes da Comunidade Quilombola Urbana São João Batista, Comunidade Quilombola Tia Eva, Comunidade Quilombola Rural Furnas do Dionísio, além de jovens de religiões de matriz africana, Secretaria Municipal da Juventude, Coordenadorias Municipais da Igualdade Racial, Fórum Permanente das Entidades do Movimento Negro MS e Coletivo Geni.

O Ministério finaliza as caravanas por todo o País no dia 15 de setembro. A previsão é de que o lançamento do Plano Nacional da Juventude Negra Viva seja em 20 de novembro de 2023, Dia da Consciência Negra.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Espetáculo Musical CEAM em Cena: estudantes celebram arte e cultura com 15 apresentações

Nesta edição de 2024, o espetáculo promete encantar a todos com uma proposta inovadora que celebra o legado dos musicais.

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Na próxima quarta-feira, 11 de dezembro, no Teatro Glauce Rocha, em Campo Grande, às 19 horas, a SED (Secretaria de Estado de Educação) por meio do CEAM/AHS (Centro Estadual de Atendimento Multidisciplinar para Altas Habilidades/Superdotação), realiza uma noite especial de arte e cultura com o “Espetáculo Musical CEAM em Cena”.

Este evento gratuito, que acontece anualmente, tem como principal objetivo valorizar e aprofundar as reflexões dos estudantes sobre a diversidade artística musical, étnica e cultural, oferecendo uma plataforma para que os talentos da música, canto, teatro e corpo e movimento se destaquem.

Nesta edição de 2024, o espetáculo promete encantar a todos com uma proposta inovadora que celebra o legado dos musicais. Os estudantes irão apresentar uma seleção que inclui clássicos da Disney, sucessos da Broadway e também renomados musicais brasileiros. A escolha do repertório reflete a riqueza cultural que permeia a história dos musicais, permitindo que cada performance não apenas entretenha, mas também eduque e inspire o público presente.

Com a participação de 29 estudantes, incluindo talentos das cidades de Dourados e da Aldeia Lagoinha de Aquidauana, o espetáculo contará com 15 apresentações que vão muito além da música.

O público poderá apreciar performances diversificadas, como acrobacias na Lira Acrobática, dança contemporânea, shows de banda, grupos vocais e peças teatrais. Cada número é cuidadosamente elaborado para proporcionar uma verdadeira imersão artística e cultural.

A interconexão entre as áreas de Música, Corpo e Movimento e Teatro permite que os alunos não apenas desenvolvam suas habilidades técnicas, mas também explorem os contextos históricos e sociais que cercam cada obra apresentada. Essa abordagem multidisciplinar não só enriquece a experiência dos estudantes como também proporciona ao público um espaço para refletir sobre a pluralidade cultural que nos rodeia.

O “Espetáculo Musical CEAM em Cena” promete ser uma noite inesquecível, onde a arte se transforma em um poderoso meio de expressão e conexão entre os jovens artistas e a comunidade. Não perca essa oportunidade única de prestigiar o talento local e celebrar a diversidade cultural do nosso Estado.

Serviço:

“Espetáculo Musical CEAM em Cena” (gratuito)

Dia: 11/12/2024

Horário: 19 horas

Local: Teatro Glauce Rocha (R. Ufms, S/N – Universitário, Campo Grande-MS)

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Tradição, público cativo e conscientização marcam desfile da Independência em Campo Grande

O governador Eduardo Riedel acompanhou todo o desfile no palanque das autoridades ao lado do comandante do CMO (Comando Militar do Oeste), o general do Exército Fernando Estorrilho Baganha.

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Com muita tradição e participação da população, o desfile de 7 de Setembro, que comemora os 202 anos da Independência do Brasil, reuniu 15 mil pessoas em Campo Grande. Foram duas horas de cerimônia com a presença de instituições civis e militares.

O governador Eduardo Riedel acompanhou todo o desfile no palanque das autoridades ao lado do comandante do CMO (Comando Militar do Oeste), o general do Exército Fernando Estorrilho Baganha.

“O desfile é muito importante porque é o momento da gente celebrar os 202 anos da nossa Independência. Um evento que tem a presença das crianças e dos cidadãos que vêm prestigiar. Sempre com a participação das escolas e diferentes instituições, cada ano com suas próprias características”, afirmou o governador.

O evento começou às 8h com a tradicional revista à tropa feita pelo governador e pelo comandante do CMO. Depois, já no local do desfile na rua 13 de Maio, houve o hasteamento da bandeira e foi acesa a Pira com Fogo Simbólico da Pátria.

O desfile teve duas horas de duração, terminando por volta das 11 horas. Participaram mais de 2 mil estudantes de escolas públicas e projetos sociais. Cerca de 23 organizações civis e militares desfilaram pelas ruas da cidade, com 4 mil integrantes.

O sol e o tempo seco ao longo da manhã não afastaram o público cativo, entre crianças, adultos e idosos que foram conferir todas as apresentações.

Mensagens importantes também foram passadas ao longo do desfile, como as policiais penais que levaram uma bandeira do “Todos Por Ela” – uma iniciativa que visa combater, prevenir e erradicar o feminicídio no Mato Grosso do Sul.

As fanfarras e bandas levaram músicas e apresentações de qualidade ao público. Passaram pelo local alunos das escolas estaduais Neyder Suely, São Francisco, Teotônio Vilela, 26 de Agosto, e das cívico-militares Marçal de Souza e Professor Tito, e integrantes do projeto Florestinha, da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, do Projeto Bom de Bola, da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e estudantes do Colégio Militar de Campo Grande.

Assim como as instituições civis, Forças Armadas e forças de segurança do Estado realizaram belos desfiles. Foi montada estrutura com arquibancada ao longo do percurso ao público, com bebedouros para hidratação.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Governo de MS sanciona lei que trata de ações sobre honorários dos advogados

O ato teve a participação da direção da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de MS), já que a mudança na legislação foi uma reivindicação da entidade.

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O governador Eduardo Riedel sancionou nesta quinta-feira (08), no Gabinete do Receptivo, a lei estadual que permite ao advogado sul-mato-grossense ajuizar uma ação destinada a cobrar seus honorários e não ter que pagar as custas judiciais iniciais, mas apenas no final do processo.

O ato teve a participação da direção da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de MS), já que a mudança na legislação foi uma reivindicação da entidade. “Satisfação em sancionar esta lei, que é importante para toda sociedade. Esta semana vamos publicar a nova lei no Diário Oficial do Estado, que vai passar a valer no Estado. Parabéns a OAB e a todos os advogados”, descreveu Riedel.

O presidente da OAB-MS, Bitto Pereira, afirmou que é um dia histórico para advocacia do Mato Grosso do Sul. “A lei que o governador acaba de sancionar neste momento muda por completo a relação da advocacia para o seu recebimento dos seus honorários. Era uma antiga reivindicação da classe, que agora se torna realidade”.

Ele explicou a nova legislação possibilita ao advogado sul-mato-grossense ajuizar a ação destinado a cobrar seus honorários, sem que ele tenha que pagar as custas judiciais inicialmente. “Uma lei importante. O governador tem sido ao longo do seu mandato um parceiro institucional importante para advocacia. Tudo que se faz pela advocacia, se faz também em prol da cidadania”, completou.

O projeto de lei é de autoria do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul e foi enviado em julho para Assembleia Legislativa. A proposta foi aprovada pelos deputados estaduais e depois encaminhada ao Governo do Estado para sua sanção.

O Poder Judiciário destacou que a antecipação das custas processuais, nas ações para recebimento dos honorários, significa uma dupla oneração aos profissionais, que são indispensáveis à justiça, e que nestes casos já tiveram suas remunerações frustradas. Por esta razão a mudança para que tais custos sejam pagos no final do processo.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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