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Educação

Sesi inaugura oficinas culturais nas escolas com artesão da viola de cocho

O programa de oficinas culturais para os alunos e apresentou como primeiro convidado o artesão Sebastião de Souza Brandão

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Aprender através de histórias, do processo de criação de artistas e despertar um sentimento de identidade são alguns dos benefícios que o contato com a arte pode trazer. Visando fortalecer o processo de ensino dos alunos, o Sesi inaugurou, na última terça-feira (20), na Escola Sesi de Campo Grande, o programa de oficinas culturais para os alunos e apresentou como primeiro convidado o artesão Sebastião de Souza Brandão, reconhecido nacionalmente pela fabricação da viola de cocho.

Para o superintendente do Sesi, Régis Borges, trazer a cultura regional para dentro das escolas é uma forma de valorizar as raízes do Pantanal sul-mato-grossense e ir além no processo de aprendizagem. “São os jovens aprendendo questões de comunicação, de física e de matemática através de um processo manual e artesanal e não necessariamente através de tecnologia de ponta”.

Borges pontua que as escolas do Sesi são extremamente tecnológicas e focadas no desenvolvimento de habilidades e competências exigidas no mundo do trabalho, porém, o contato com a cultura apresenta ferramentas básicas para o desenvolvimento humano.  “Integrar cultura com educação é nosso objetivo nessa primeira de várias oficinas que pretendemos realizar”, explicou.

Da região de Corumbá, Sebastião é um artesão reconhecido nacionalmente pela produção de instrumentos musicais e por contribuir com a tradição do cururu, dança típica da região pantaneira e marcada pela batida da viola de cocho. Atualmente, Sebastião vive e trabalha em Ladário, onde aproveita madeiras como ximbuva, imburana e seriguela para transformá-las em diferentes peças artesanais e musicais.

Além de ensinar a confeccionar o instrumento, o artista impressionou os alunos do 3º ano do ensino médio com histórias, como a de uso de tripa de macaco para confeccionar as cordas dos primeiros instrumentos do tipo. Segundo ele, a viola é de tradição indígena, mas é marcada por animar festas religiosas de São Sebastião e São João.

A viola teria origem na divisa entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e a confecção se perpetua de pai para filhos, para netos, como é o caso de Sebastião com o neto Bruno Brandão, que o ajuda nas oficinas. “Esta cultura é nossa e de mais ninguém. Está registrada como patrimônio nacional. É um patrimônio pantaneiro que foi registrado como nacional”, ressaltou.

A previsão é realizar as oficinas com estudantes das sete unidades da Escola Sesi em Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Naviraí, Aparecida do Taboado e Maracaju.

A ação é de caráter contínuo e está em sintonia com o item 4 de Educação de Qualidade dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). As metas representam um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Educação

Escolas buscam soluções para regular o uso de celular pelos alunos

Brasil busca uma norma nacional para tecnologias na sala de aula

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Caixas para guardar celulares e perda de pontos em avaliações são algumas das estratégias usadas para que estudantes não se distraiam nas salas de aula com os celulares pela Escola Estadual de Educação Profissional Jaime Alencar de Oliveira, em Fortaleza. A escola recebeu nesta quinta-feira (31) a visita dos ministros da Educação que participaram dos encontros do G20 nesta semana.

Apesar de alguns estados e municípios já restringirem o uso dos aparelhos nas escolas, o Brasil busca uma norma nacional para regular o uso de smartphones e outros aparelhos eletrônicos.

Para a estudante Débora de Paula, do 1º ano do ensino médio da escola, a restrição é bem-vinda. “O celular para fins educativos pode ser muito bem utilizado, mas a gente tem que ter certos cuidados para que a gente não distorça um pouco o uso dele. Até porque a gente tem que estar atento ao que o professor está falando. A gente quer prestar atenção ao conteúdo que está sendo dado, que é aquilo que a gente vai usar para a nossa vida”.

Débora cursa na escola produção audiovisual. Ela conta que no curso a estratégia é tirar nota de quem usa o aparelho indevidamente. “Tem essa outra nota, que é a nota de perfil, que a gente começa com 10 pontos e, dependendo de alguns pontos a gente vai perdendo. Um deles é o uso indevido do celular. Então aqui a gente tem esse incentivo de não usar o celular durante a sala de aula, a não ser quando o professor está pedindo”.

Isso ajuda a própria estudante a controlar o uso também fora da escola. Na casa dela, ela instituiu até para os pais a regra de usar o celular só até as 22h.

Fortaleza (CE), 31/10/2024 - Ministro da Educação Camilo Santana durante visita à Escola Estadual de Educação Profissional Jaime Alencar de Oliveira. Foto: Ângelo Miguel/MEC
Fortaleza (CE), 31/10/2024 – Ministro da Educação Camilo Santana durante visita à Escola Estadual de Educação Profissional Jaime Alencar de Oliveira. Foto: Ângelo Miguel/MEC

A estudante Lua Clara também está no 1º ano de produção audiovisual e, da mesma forma, tenta controlar o uso do aparelho. “Justamente para não sugar a sua energia. Porque às vezes uma adolescente fala ‘nossa, eu estou tão cansado, com dor de cabeça’. Porque foi dormir às 2h da manhã e estava jogando um jogo. Então, é controlar, mas se adaptar também”, defende.

Já no curso profissional de eletromecânica, a estratégia é guardar os aparelhos dos estudantes, conta Allan Sousa, estudante do 2º ano do ensino médio.

“Eu uso o celular quando o professor permite, inclusive na minha sala de aula”, diz. “O nosso diretor de turma, ele conversou com os pais e eles aceitaram fazer uma caixinha onde a gente coloca os nossos celulares. E a gente só pega se o professor permitir, quando a gente for usar para poder fazer atividade mesmo”.

Ele também apoia a restrição do aparelho. “O celular é um dos principais motivos para distrair o aluno em sala de aula. Imagina, o aluno está tendo uma aula sobre alguma coisa, aí aparece uma notificação do celular que, às vezes, pode ser mais interessante do que a aula que ele está tendo em si”, diz o estudante.

O diretor da escola, Kamillo Silva, diz que a instituição busca um equilíbrio. “A ideia é usar as tecnologias com sabedoria”, diz. “Se há uma competição muito grande com a questão relacionada à atenção, que o celular seja diminuído. Se a gente pode utilizar como recurso para a resolução de problemas, como é o caso da educação profissional e do ensino médio, que ele seja mais liberado. Então, talvez o desafio seja encontrar esse equilíbrio. Para nós, para o ensino híbrido, é mais um espaço, é mais uma ferramenta para a resolução do problema, para a aprendizagem, para a devolutiva das atividades também”.

Tecnologia no mundo

O uso da tecnologia nas escolas é tema de debate nos encontros internacionais que ocorrem essa semana em Fortaleza. Foi discutido tanto nos encontros de educação do G20, que terminaram nessa quarta-feira (30), quanto na Reunião Global de Educação (GEM, na sigla em inglês), organizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que começou nesta quinta-feira (31).

O relatório de Monitoramento Global da Educação (GEM) 2024, aponta que o uso da tecnologia é muito desigual entre os países. Em países de alta renda, oito em cada 10 adultos conseguem enviar um e-mail com um anexo, mas em países de renda média, como é o caso do Brasil, apenas 3 em cada 10 adultos são capazes de fazer isso.

Segundo o diretor do relatório GEM, Manos Antoninis, uma das mensagens mais impactantes do relatório é a queda na aprendizagem dos estudantes em todo o mundo. De acordo com ele, essa queda começou a ser observada em 2010, antes mesmo da pandemia. Entre as razões para que isso ocorra, sobretudo em países de renda alta e média, como o Brasil, está o uso de tecnologia nas escolas.

“É irônico porque todos esses que vendem a tecnologia, prometem que a tecnologia melhora a aprendizagem. A realidade é que quando há um melhoramento é só para muito poucos. Para a maioria dos alunos há um efeito negativo”, disse.

Regras nacionais

Nesta quarta-feira (30), a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 104/2015, que proíbe o uso de celular e de outros aparelhos eletrônicos portáteis nas salas de aula de escolas públicas e particulares, inclusive no recreio e nos intervalos entre as aulas.O projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça.

Pelo PL, o celular pode ser usado apenas para atividades pedagógicas, ou seja, orientadas pelos professores, nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano e no ensino médio. Já nos anos anteriores, na educação infantil e nos anos iniciais do fundamental, do 1º ao 5º ano, o uso fica proibido. O texto, no entanto, permite ainda o uso do aparelho para fins de acessibilidade, inclusão e condições médicas.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Educação

Ministro diz que Pé-de-Meia impulsionou as inscrições no Enem

Exame deste ano superou em 10% os confirmados em 2023

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O programa Pé-de-Meia impulsionou as inscrições no Exame Nacional do Ensino Médio 2024 (Enem), segundo o ministro da Educação, Camilo Santana. Com 4,3 milhões de inscritos, o exame superou em 10% os confirmados em 2023. O Enem será aplicado neste domingo (3) e no próximo (10).

“Nós tivemos um incentivo do Pé-de-Meia, que garante que quem fizer as duas provas do Enem recebe mais uma parcela mensal. Eu acho que isso deu esse estímulo, e eu espero que a gente possa ter um sucesso no Enem”, disse nesta quarta-feira (30).

O programa Pé-de-Meia funciona como uma poupança destinada a promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes no ensino médio. O programa, que é voltado para estudantes de famílias inscritas no CadÚnico e com renda por pessoa mensal de até meio salário mínimo, faz pagamentos mensais e anuais aos alunos que estão matriculados e frequentando as aulas.

Além desses incentivos, o estudante também recebe R$ 200 pela participação no Enem.

Recuperar as inscrições no Enem é preocupação do governo. Isso porque o total de pessoas inscritas para o Enem vinha caindo desde 2017. O recorde de inscritos foi em 2014, quando mais de 8,7 milhões de pessoas se candidataram para fazer as provas. Em 2017, mais de 6,1 milhões de pessoas se inscreveram.

Mas, em 2022, esse número caiu para quase a metade, com pouco mais de 3,3 milhões de candidatos. Agravado pela pandemia, o ano de 2021 foi o que apresentou o menor interesse pelo Enem desde 2005, com apenas 3,1 milhões de inscritos.

“Hoje você faz a prova do Enem onde você está e pode concorrer para qualquer universidade do Brasil inteiro. Então, isso democratizou, deu oportunidade para todos. Infelizmente, nos últimos anos, o Enem não estava sendo estimulado. A curva era descendente do número de inscritos. Nesses dois anos, a gente conseguiu recuperar”, avaliou Santana.

De acordo com o ministro, aumentou nesta edição a porcentagem de estudantes egressos do ensino médio que se inscreveram no exame. Para esses estudantes, nas escolas públicas, as provas são gratuitas. Os estudantes beneficiados pelo programa Pé-de-Meia estão entre esses estudantes. Ao todo, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 1,6 milhão de inscritos são concluintes do ensino médio. Em 2023, esses estudantes eram 1,4 milhão.

“Nós demos um salto importante para garantir que os alunos que estão regularmente matriculados no terceiro [ano do ensino médio], que vão concluir o ensino médio, se matriculassem. Vários estados se inscreveram, até porque é gratuito. E é a única porta de entrada para o jovem da universidade. Então, não há motivo para o jovem não se inscrever no Enem”, disse o ministro.

Os dados do Inep mostram que o Distrito Federal e 13 estados tiveram 100% dos estudantes concluintes das escolas públicas inscritos no Enem: todos os estados do Nordeste, com exceção do Maranhão, que teve 83,42% dos estudantes concluintes inscritos; Acre, Amapá, Pará, Goiás e Espírito Santo. Todos os demais tiveram inscrições desse público acima de 70%.

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil. É utilizado para o ingresso em instituições públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e para obtenção de bolsas de estudo em instituições privadas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). Também é usado, por exemplo, para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Educação

Prefeitura de Campo Grande empossa 448 novos professores para a Rede Municipal de Ensino

A nomeação está publicada no Diogrande n.º 7.691, em edição extra de 23 de outubro de 2024.

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Para reforçar o efetivo da Rede Municipal de Ensino – Reme, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Gestão (Seges), promove até o dia 1º de novembro, a posse de 448 novos professores aprovados no Concurso Semed/2023. A nomeação está publicada no Diogrande n.º 7.691, em edição extra de 23 de outubro de 2024.

Os novos servidores foram distribuídos conforme as necessidades educacionais, incluindo 200 professores para a Educação Infantil e 250 para os anos iniciais, além de profissionais para disciplinas específicas como Ciências, Geografia, História, Língua Inglesa, Língua Portuguesa, Matemática, Educação Física e Arte, totalizando 448 novos docentes para atuar nas escolas da Capital.

Entre os professores empossados, um momento especial chamou a atenção dos servidores da Gerência de Concurso (Gecon): Rafaela Beatriz da Silva Ribeiro, de 28 anos, foi surpreendida com um pedido de casamento enquanto assinava seu termo de posse. Natural de Dourados, Rafaela assume o cargo nos anos iniciais da Reme, realizando um sonho que, segundo ela, é fruto de muitos anos de esforço e dedicação. O pedido foi feito por seu namorado Elton Olinski Farias, que também é servidor público, após quatro anos de relacionamento.

Rafaela descreveu a surpresa como um dos momentos mais felizes de sua vida. “Foi uma surpresa, literalmente, além de ser um momento muito esperado. Tudo isso acontecendo junto. Foi um dos melhores dias da minha vida, dia de conquista, de crescimento, assinatura do termo de posse e oficialmente de professora concursada dos Anos Iniciais. É uma conquista que é fruto de muito estudo, dedicação e esforço! ”

Além de celebrar o novo passo em sua vida pessoal, Rafaela destacou a satisfação de contribuir para a educação pública, que ela tanto valoriza. “Agora, finalmente, poderei retribuir tudo aquilo que a educação pública fez por mim. Vou fazer pelos meus alunos, o que meus professores fizeram por mim. Estarei lá para mostrar, auxiliar e ensinar que, com dedicação e esforço, conquistamos aquilo que almejamos”, conta.

Com a posse desses novos professores, a Prefeitura de Campo Grande reafirma seu compromisso com a valorização da educação e com o aprimoramento constante das condições de ensino na rede municipal, promovendo o desenvolvimento integral dos estudantes e preparando-os para os desafios do futuro.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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