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Saúde

‘Junho Lilás’: Secretaria de Saúde apoia realização do Teste do Pezinho em recém-nascidos

Teste do Pezinho realizado no Estado contempla a detecção de sete doenças. 

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Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do Teste do Pezinho, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) apoia a campanha ‘Junho Lilás’ que destaca a relevância do exame por meio do diagnóstico precoce de doenças. Mato Grosso do Sul foi pioneiro no País na detecção da Toxoplasmose Congênita, preconizado pelo Ministério da Saúde na primeira etapa do PNTN (Programa Nacional de Triagem Neonatal) e, com isso,   Teste do Pezinho realizado no Estado contempla a detecção de sete doenças.

O Teste do Pezinho ou Triagem Neonatal é um exame laboratorial feito no recém-nascido que possibilita o diagnóstico de doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas, endocrinológicas e infecciosas, que se não tratadas adequadamente e em tempo oportuno podem levar a complicações futuras, como atraso psicomotor ou deficiência cognitiva.

Para o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões, a realização do teste é fundamental para a saúde do bebê a curto e longo prazo, pois o quanto antes essas doenças forem detectadas, melhores são as possibilidades de tratamento. “O Teste do Pezinho é um ato diagnóstico de extrema relevância e deve estar disponível a todos os recém-nascidos no nosso território”, afirma.

O processo do teste é seguro e quase indolor. É feito a partir de gotinhas de sangue coletadas do calcanhar do bebê e absorvidas por um papel filtro e o resultado deve ser apresentado ao pediatra da criança. O Teste do Pezinho é uma metodologia de rastreamento, específica para a população com idade de 0 a 28 dias de vida, sendo recomendado que o período ideal da coleta seja entre o 3º e o 5º dia de vida do recém-nascido, devido às especificidades das doenças diagnosticadas atualmente.

“Enfatizamos a importância de o teste ser coletado entre o 3º e 5º dia de vida do recém-nascido, devido às especificidades das doenças diagnosticadas. Então, quanto antes diagnosticar, o tratamento e acompanhamento da criança será iniciado, favorecendo uma melhoria na sua qualidade de vida”, explica a enfermeira, Larissa Lisboa Monti, responsável pela Triagem Neonatal da SES.

Conforme o Sinasc (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos), Mato Grosso do Sul registrou 40.101 nascimentos no ano de 2022. Dados do IPED/APAE (Instituto de Pesquisas, Ensino e Diagnósticos/ Associação de Pais e Amidos dos Excepcionais) de Campo Grande, habilitado pelo Ministério da Saúde como serviço de referência em Triagem Neonatal no Estado, apontam que 84,42% dos recém-nascidos realizaram o teste.

O Teste do Pezinho é considerado a maior iniciativa do SUS (Sistema Único de Saúde) na área da genética que, além de representar uma ação preventiva, é de extrema importância na redução da mortalidade infantil através do diagnóstico precoce das doenças específicas.

Em Mato Grosso do Sul o exame é realizado desde 2002 e corresponde a primeira fase do PNTN que realiza a triagem da Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Hiperplasia Adrenal Congênita, Fibrose Cística, Hemoglobinopatias e Deficiência da Biotinidase, mais a Toxoplasmose Congênita.

O Teste do Pezinho ofertado pelo SUS é gratuito, um direito da criança e deve ser realizado em todos os bebês nascidos no território nacional, independentemente do tipo de parto.

Dia D

Em comemoração ao Dia Nacional do Teste do Pezinho, o IPED/APAE promove nesta terça-feira (6), às 8h15, o Dia D. A ação tem como objetivo chamar a atenção da população sobre a importância da realização do exame, com informações a respeito do Teste do Pezinho, aferição de pressão e teste de glicemia.

Conforme a coordenadora técnica do IPED/APAE, Josaine Palmieri, a ação é para que a população entenda o quanto o teste do pezinho é importante e pode salvar a vida das crianças. “As pessoas precisam estar cientes que, quanto antes qualquer alteração for diagnosticada, menores serão as sequelas. Por isso, estaremos realizando esse Dia D, com informações sobre o exame, além de aferição de pressão arterial e teste de glicemia”, explica.

O Dia D acontece na unidade de coleta avançada do IPED/APAE, localizado a rua Marechal Rondon, 2599 – Centro, em Campo Grande.

Web aula

A SES, por meio da Plataforma Telessaúde e em parceria com o Ministério da Saúde e IPED/APAE, realiza nesta terça-feira (6) a capacitação “Teste do Pezinho: Um facilitador para promover a saúde das crianças do Mato Grosso do Sul”.

Voltada aos profissionais responsáveis pela Triagem Neonatal Biológica dos municípios e dos polos indígenas e aos profissionais da saúde que realizam a coleta nas unidades de saúde, hospitais, maternidade, entre outros, a transmissão tem início às 13 horas.

As palestras serão ministradas pela médica pediatra e coordenadora da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Joice Aragão de Jesus, e pelos representantes do IPED/APAE de Campo Grande, a técnica de gestão de qualidade, Marcela Zuza de Almeida, o analista de desenvolvimento de sistema, Alexandre Benes Nunes de Souza e a farmacêutica bioquímica, Michelly Zanchin Figueiredo.

O acesso à web aula pode ser feito através do link: https://telessaude.saude.ms.gov.br/forms/participe.

Capacitação

E em continuidade às capacitações, a SES por meio da gerência de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, em parceria com o IPED/APAE promoverá Capacitação da Triagem Neonatal Biológica – “Teste do Pezinho” para os municípios das microrregiões do Estado.

Segundo a enfermeira Larissa Lisboa Monti, as capacitações serão realizadas visando o aprimoramento técnico e científico dos profissionais da saúde que atuam na linha do cuidado materno infantil e, que estão diretamente ligados ao teste do pezinho. “A SES realizará capacitações aos profissionais de saúde dos municípios do Estado em relação as normas técnicas de coleta do exame, correto armazenamento e envio das amostras, além do treinamento de acesso aos laudos, com o intuito de atribuir melhorias a qualidade da assistência prestada as crianças”, pontua.

Para a microrregião de Campo Grande, a capacitação acontece presencialmente no dia 15 de junho, no IPED/APAE, localizado a rua Estevão Capriata, 285 – Vila Progresso, em Campo Grande. Participam os representantes dos municípios de: Bandeirantes, Camapuã, Campo Grande, Chapadão do Sul, Corguinho, Costa Rica, Figueirão, Jaraguari, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, Paraíso das Águas, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Rochedo, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia e Terenos.

Posteriormente, serão realizadas capacitações com os profissionais da saúde das demais microrregiões do Estado.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Saúde

Governo de MS avança na regionalização da saúde com entrega de UTI cardiológica no HR de Três Lagoas

A UCO conta 10 leitos de UTI e tem capacidade de atender cerca de 125 pacientes por mês

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O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), dá mais um passo significativo no compromisso de regionalização da saúde com a entrega da Unidade Cardiológica (UCO) do Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé em Três Lagoas. Inaugurada quinta-feira (21), a UCO representa um avanço no atendimento especializado à população da região leste do Estado.

Com investimento de R$ 1.050.000,00 a UCO conta 10 leitos de UTI e trabalha com a capacidade de atender cerca de 125 pacientes por mês.  A Unidade Coronariana é uma unidade de terapia intensiva que trata pacientes adultos com problemas cardíacos graves ou com risco de vida. A UCO dispõe de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, prontos para atender emergências e fornecer cuidados intensivos aos pacientes.

Com esta nova estrutura, espera-se reduzir o tempo de espera por atendimento especializado e aumentar as chances de recuperação dos pacientes da região leste do Estado.

“Um atendimento excelente, tudo ótimo. As enfermeiras, fisioterapeutas, médicos todos super atenciosos e prestativos. Essa é a segunda vez que preciso vir aqui me tratar e considero muito importante um serviço desse aqui na região para nos atender já que eu moro em Aparecida do Taboado. Vou espalhar para todos lá na minha cidade o quanto sou bem atendida aqui”, conta dona Maria Martins, paciente da UCO.

Gresso Sanomiya, de Três Lagoas

Morador de Três Lagoas, o gesseiro Gresso Sanomiya está recebendo tratamento na Unidade Coronariana e compartilha o mesmo sentimento. “Estou sendo muito bem atendido aqui. É essencial para Três Lagoas e todas as cidades aqui da região ter a disposição serviços hospitalares de excelência como os que são oferecidos aqui no Magid Thomé”, ressalta.

Representando o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Correa, o assessor técnico da SES, Dr. João Ricardo Tognini, explica que a implantação da Unidade Coronariana se torna mais relevante com o aumento populacional diante do contexto da expansão econômica de Três Lagoas e região, surge a necessidade de um suporte médico adequado para atender as demandas decorrentes dessa transformação social e econômica.

Assessor técnico da SES, Dr. João Ricardo Tognini

“A UCO traz consigo uma gama de serviços que prioriza não apenas o tratamento, mas também a prevenção de doenças do coração. Por meio de equipamentos modernos e uma equipe multidisciplinar preparada para lidar com os mais diversos casos, a Unidade Coronariana se alinha ao compromisso do Hospital Regional em garantir a saúde e o bem-estar da comunidade. Isso significa que a população de Três Lagoas, e das cidades vizinhas, terão acesso a um atendimento rápido e eficaz, reduzindo assim a necessidade de transferências para outras localidades e os riscos associados a intervalos prolongados de espera por atendimento emergencial”, afirma o assessor técnico da SES.

O diretor-geral do Hospital Magid Thomé, Henrique Schultz, enfatizou que esta nova unidade simboliza uma resposta significativa às demandas crescentes da população, reafirmando o compromisso de melhorar continuamente os serviços hospitalares. “Pra gente é um prazer e uma oportunidade imensa podermos hoje concretizar a abertura de 10 leitos da Unidade Coronariana. Há um ano estamos no caminho da alta complexidade em cardiologia onde já fazemos mais de 1.300 procedimentos da parte da cardiologia. E hoje a gente consegue ampliar esse serviço com a retaguarda desses leitos unidade de coronariana em nosso Hospital. Isso é um Marco para Mato Grosso do Sul, mas principalmente para nossa macrorregião dos 10 municípios na qual nós fazemos parte dessa contratualização com o Estado, disse Schultz.

Presidente do Instituto Acqua, Samir Siviero

Para o presidente do Instituto Acqua, Organização Social que administra o Hospital Regional da Costa Leste, Samir Siviero, a concretização desse projeto só foi possível graças à união de esforços de todos os envolvidos no processo de implantação da UCO. “Desde que iniciamos o serviço de hemodinâmica, a remoção de pacientes para Campo Grande diminuiu cerca de 40%. O Hospital Magid Thomé é uma construção coletiva desde o seu início. Governo do Estado, SES e nossos profissionais trabalharam em conjunto no planejamento e na implantação da UCO”, destaca Samir Sivero.

Presidente da Câmara Municipal e prefeito eleito de Três Lagoas, Dr. Cassiano Maia

A inauguração da UCO contou com a presença do presidente da Câmara Municipal e prefeito eleito de Três Lagoas, Dr. Cassiano Maia e profissionais da saúde que puderam conferir as novas instalações e o impacto positivo que esta conquista trará para a saúde pública da região.

Com dois anos de vida, o Hospital Regional poder contar com essa estrutura, eleva o nível de qualidade dos serviços de saúde pública de Três Lagoas. Disponibilizar um atendimento emergencial complexo, de serviço hemodinâmico, oferece uma segurança e tranquilidade para o município e toda região leste”, exalta Cassiano Maia, prefeito eleito de Três Lagoas.

O investimento na saúde é uma das prioridades do Governo que busca melhorar a infraestrutura e os serviços oferecidos nas unidades hospitalares em todo o Estado.

Estrutura

Inaugurado em junho de 2022, o Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé foi construído em uma área de 26,4 mil metros quadrados, em um prédio com blocos setorizados, que dispões de 116 leitos. Ele conta com 460 funcionários diretos e mais 600 indiretos, chegando 1.060 empregos gerados na cidade.

O hospital disponibiliza atendimento ambulatorial de média e alta complexidade, assim como consultas especializadas, pronto socorro, enfermaria, UTI adulto e pediátrica, clínica geral, serviços de Endoscopia Adulto e Infantil, Colonoscopia, Broncoscopia, Ultrassom/Dopler e Ressonância Magnética, entre outros procedimentos para atender a população de Três Lagoas e toda região. A capacidade do hospital é de 218 cirurgias por mês.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Saúde

Campo Grande recebe doses da vacina contra a Covid-19 para imunizar bebês e crianças

As doses estavam em falta há quase 4 meses, e novos lotes chegaram ao Brasil no fim de outubro com a compra feita pelo Ministério da Saúde.

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As 2.365 doses da vacina contra Covid-19 para bebês e crianças até os 5 anos de idade chegaram essa semana e já foram distribuídas às Unidades de Saúde da Família da capital. Neste sábado (23) haverá plantão de vacinação no Shopping Pátio Central e o imunizante será oferecido ao público.

As doses estavam em falta há quase 4 meses, e novos lotes chegaram ao Brasil no fim de outubro com a compra feita pelo Ministério da Saúde. Foram adquiridos 1,2 milhão de doses de vacinas. Recentemente, um novo pregão para a aquisição de mais 69 milhões de doses foi finalizado. Com a nova compra, a população terá a garantia de proteção contra as formas graves da doença pelos próximos 2 anos.

Desde maio, o Ministério da Saúde distribui a vacina com a variante XBB 1.5, que é uma versão atualizada e monovalente do imunizante. Até o momento, mais de 4,4 milhões de doses da vacina XBB 1.5 foram aplicadas em todo o Brasil. Segundo dados da cobertura vacinal contra a Covid-19, cerca de 82,25% da população em Campo Grande tem ao menos duas doses da vacina, no Brasil a cobertura é de 86%.

Sobre a vacina

A imunização atualmente está recomendada no calendário nacional de vacinação para crianças entre seis meses e menores de 5 anos de idade na rotina, o imunizante deve ser adotado com esquema de duas doses (aos 6 e 7 meses de idade), respeitando os intervalos mínimos recomendados (4 semanas entre a 1ª e 2ª dose). Caso não tenha iniciado e/ou completado o esquema primário até os 7 meses de idade, a vacina poderá ser administrada até 4 anos, 11 meses e 29 dias, conforme histórico vacinal. Para indivíduos imunocomprometidos, o esquema vacinal é de três doses (aos 6, 7 e 9 meses).

O imunizante também pode ser tomado por pessoas dos grupos prioritários a partir de 5 anos de idade e indicado também para a população geral a partir de 5 anos de idade, desde que não tenham nenhuma dose anterior de vacina da Covid-19.

Plantão neste sábado (23)

Horário: 9h às 16h

Local: Shopping Pátio Central

Endereço: Rua Marechal Rondon, 1.380

Durante a semana a vacina contra a Covid-19 pode ser encontrada nas USFs, encontre a sua no site: www.campogrande.ms.gov.br/sesau .

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Saúde

Leitos de UTI crescem 52% em 10 anos; distribuição é desigual

SUS oferece menos disponibilidade do que sistema privado

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O número de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) cresceu 52% no Brasil na última década, passando de 47.846 em 2014 para 73.160 em 2024. A alta mais expressiva se deu em 2021 e 2022, durante a pandemia de covid-19.

Os dados fazem parte do estudo A Medicina Intensiva no Brasil: perfil dos profissionais e dos serviços de saúde, divulgado nesta terça-feira (19) pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).

Em nota, a entidade avalia que, apesar do aumento considerado significativo, a distribuição permanece “gravemente desigual”, tanto pelo aspecto territorial, quanto pelo social.

“Uma análise crítica sobre as informações do estudo demonstra a necessidade de adoção de políticas públicas que promovam uma distribuição mais justa da infraestrutura hospitalar e de profissionais intensivistas pelo país”.

De acordo com a Amib, a disparidade começa pela comparação entre a oferta de leitos para a rede pública e para rede privada de saúde. Em 2024, do total de leitos de UTI existentes no Brasil, 51,7% ou 37.820 são operados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os demais 48,3% ou 35.340 estão no sistema suplementar.

“Apesar da proximidade dos números de leitos de cuidados intensivos disponíveis entre as redes pública e privada, a diferença entre a população atendida pelos dois universos evidencia o problema”, completou a associação.

Os números mostram que no SUS, sistema do qual dependem 152 milhões de pessoas, há 24,87 leitos por 100 mil habitantes. Já na rede privada, que tem 51 milhões de beneficiários de planos de saúde, a disponibilidade de leitos de UTI é de 69,28 por 100 mil beneficiários.

Outra disparidade é verificada entre as regiões brasileiras. Enquanto o Norte apresenta 27,52 leitos de UTI por 100 mil habitantes, o Sudeste registra 42,58 leitos. Em todo o país, a densidade de leitos por 100 mil habitantes é de 36,06. Entretanto, 19 dos 27 estados da federação estão abaixo desse patamar – os extremos vão de 20,95, no Piauí, a 76,68, no Distrito Federal.

Intensivistas

O estudo destaca ainda que, enquanto o número total de médicos, com ou sem especialidade, cresceu 51% entre 2011 e 2023 em todo o país, a quantidade de médicos especialistas em medicina intensiva cresceu 228% no mesmo período – foram contabilizados 8.091 intensivistas em 2023, e 2.464 em 2011.

De acordo com a Amib, a maior parte dos médicos intensivistas em atividade no Brasil se formou há mais de 10 anos, sendo que mais de 75% acumulam entre 10 e 39 anos de prática profissional.

Dentre os intensivistas, a maioria é do sexo masculino (60%) e a faixa etária predominante fica entre 35 e 64 anos, com uma idade média de 52 anos. As mulheres estão as médicas mais jovens, “sugerindo uma possível tendência de aumento da participação feminina na especialidade ao longo do tempo”.

Apesar do crescimento geral da especialidade, Norte e Nordeste registram uma média inferior de intensivistas por habitante quando comparadas às demais regiões, acompanhando a tendência apresentada pela presença menor de leitos de UTI. O Sudeste soma 6.239 registros profissionais, enquanto o Centro-Oeste tem 899 registros. Já o Norte conta com 348 registros.

O Distrito Federal responde pela maior densidade de médicos intensivistas no país, com 14,06 especialistas para cada 100 mil habitantes. O índice representa quase o dobro da densidade do Sudeste (7,35) e quase três vezes a densidade do Mato Grosso do Sul (4,9), que tem base populacional semelhante.

No outro extremo, o Amapá conta com cinco intensivistas, “o que gera uma densidade praticamente nula de especialistas para cada 100 mil habitantes”.

“Nas capitais, a probabilidade de encontrar esse profissional é significativamente maior. A densidade de intensivistas nas 27 capitais brasileiras (14,28) é cinco vezes maior do que a encontrada na soma de todos os outros municípios (2,84)”, concluiu a Amib.

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