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Desenvolvimento

União Europeia diz ter interesse em retomar conversas para o acordo com o Mercosul

O governador fez uma apresentação aos 10 embaixadores, sobre as pontencialidades econômicas do Estado.

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A Missão Diplomática da União Europeia que está no Estado para conhecer as pontecialidades de negócios entre os mercados europeu e sul-mato-grossense teve seu primeiro compromisso nesta quinta-feira (25) com o governador Eduardo Riedel e o vice-governador José Carlos Barbosa. No encontro, que aconteceu pela manhã no Bioparque Pantanal após recepção feito no Receptivo do Parque do Prosa, o embaixador da União Europeia, Ignacio Ybañez, reafirmou o interesse do bloco europeu em retomar as conversas para formalizar um acordo com o Mercosul.

O governador fez uma apresentação aos 10 embaixadores, que compõe a Missão Diplomática dos estados membros da UE (Malta, Bélgica, Suécia, Croácia, Dinamarca, Portugal, Chéquia, Lituânia, Chipre e Polônia) sobre as pontencialidades econômicas do Estado.

Em sua palestra com o tema “Encontro MS-EU: Potencialidades para o Desenvolvimento em Comum”, o governador Eduardo Riedel destacou como o Mato Grosso do Sul tem se preparado para receber novos investimentos sem descuidar da sustentabilidade ambiental.

“Toda a nossa estratégia está calçada nessas quatro diretrizes: próspero, digital, verde e inclusivo. Com uma taxa de desenvolvimento acima da média, não vamos deixar ninguém para trás, com políticas públicas e inserindo as pessoas dentro deste processo de prosperidade e desenvolvimento. Somos um Estado que se propõe a ter nas suas práticas a sustentabilidade. Temos três biomas, o Cerrado, o Pantanal e a Mata Atlântica. Do ponto de vista dos incentivos fiscais, isto é muito cobrado para a industrialização que vem para o Estado. A gestão do Estado é feita para que preservermos os biomas dentro da legalidade proposta. Um Estado que possa se modernizar do ponto de vista da tecnologia. Já estamos fazendo isso, mas também cobramos dos parceiros que venham para cá  esta mentalidade, com um novo modelo que a sociedade exige”.

Riedel lembrou que boa parte deste crescimento está vindo do capital privado sob formas de parcerias estratégicas. “Montamos um núcleo para identificar oportunidades de investimentos, como é o caso do saneamento. Daqui cinco anos, seremos o primeiro Estado do Brasil a atingir a universalização do saneamento básico nos seus 79 municípios”.

Aos embaixadores, o governador lembrou que o Estado passa por um crescimento vigoroso, ocupando a oitava posição entre os entes federados que mais gerou emprego. Na área de Educação, o chefe do Executivo estadual disse que o Mato Grosso do Sul se propõe a universalização do ensino público com 100% das escolas em tempo integral. “Hoje 60% das escolas estão funcionando neste regime e queremos concluir este mandato, oferecendo esta oportunidade para todos os alunos da Rede”.

Em seguida da palestra do governador, o secretário da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, falou sobre o projeto de Carbono Neutro, do Governo Estadual . “O nosso objetivo é gerar a base metodológica para uma economia de baixo carbono em Mato Grosso do Sul, desenvolvendo e adaptando tecnologia para a redução e mitigação das emissões de gases de efeito estufa”, completou.

Verruck ainda ressaltou que o Estado participa de vários fóruns internacionais como “Race to Zero, “Under 2º Coalition” e “Declaração de Edimburgo”, e que as ações de descarbonização incluem unidades de geração de energia utilizando placas fotovoltaicas, biomassa, biometano, biodiesel, etanol de milho e hidrogêncio verde.

“No próximo dia 30, vamos inaugurar na Serra do Amolar, o Redd+ Pantanal, que será o primeiro projeto a certificar créditos de carbono”, disse Verruck.

O embaixador da União Europeia, Ignacio Ybañez, destacou que com a Guerra na Ucrânia, houve uma preocupação maior da UE em buscar novas parcerias, que incluem o Brasil, e particularmente, o Mato Grosso do Sul.

“O mapa dos investimentos europeus na América Latina indica que 50% do capital da Europa investido é aplicado no Brasil e queremos investir em particular aqui, e existem temas que para nossas empresas são importantes. Acreditamos também neste esforço da transformação da economia. É um desafio combater as mudanças climáticas e proteger esta biodiversidade que vocês têm. Nós não temos a matriz verde energética que o Brasil possui, em particular no Mato Grosso do Sul. Isso vai exigir sacrifícios para nossos cidadãos europeus ainda mais agora com a agressão da Rússia à Ucrânia, isso se multiplicou. Podem contar com as empresas europeias para acompanhar este esforço”, ressaltou.

Segundo o embaixador, a covid-19 reforçou o avanço também na Europa no âmbito digital. “Recentemente fizemos em conjunto com o Brasil, a interligação entre Portugal e o Brasil, com cabo submarino EllaLink. A inclusividade social é uma regra de ouro para nós: não deixar ninguém para trás. Esta visita é um caminho com um objetivo muito forte e que agora tem a possibilidade de se realizar neste Estado. Vai ter um sentido muito claro, o nosso acordo União Europeia e Mercosul. Nós acreditamos que este acordo vai ser uma agenda para o futuro. Em parceria, somos iguais com princípios e valores democráticos, direitos humanos, sustentabilidade, e que tem relação com comércio e desenvolvimento sustentável, seja no agro ou na indústria”, finalizou o embaixador”.

Além do secretário Verruck, estavam presentes no encontro o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Pedro Caravina, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Patrícia Cozzolino, o secretário-adjunto de Educação, Edio Resende, a procuradora-geral do Estado, Ana Carolina Ali Garcia, o controlador da CGE, Carlos Eduardo Girão de Arruda, o secretário da Setescc, Marcelo Miranda, a adjunta da pasta, Viviane Luiza, e o secretário de Infraestrutura, Hélio Pellufo.

Comitiva da UE

A embaixadora da Suécia, Karin Wallensteen, indagou o governador sobre as relações do Brasil com os vizinhos como parceiros e a economia do Estado como negócio sustentável. Riedel respondeu que a estratégia em pesquisa, ensino e inovação com instituições estaduais e federais instaladas em Mato Grosso do Sul oferecem um ambiente de aporte de recursos nas áreas prioritárias do Governo do Estado.

Com relação a integração regional, o governador argumentou que algumas iniciativas estruturais estão sendo feitas para tirar o Mercosul do papel.

“Vocês tiveram esses problemas lá atrás, existe ainda uma dificuldade prática e efetiva no relacionamento do Mercosul. O Mato Grosso do Sul, regionalmente, tem contribuído e feito a sua parte, como por exemplo, a Rota Bioceânica, que vai fomentar o comércio. Mas tem ainda a reforma tributária no país, que é essencial para retirar barreiras fiscais entre os estados. Tira a nossa competitividade e temos que criar condições para acabar com essas barreiras com tecnologia digital. Vamos inaugurar na semana que vem entre a divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul um posto fiscal 100% digital. São câmaras que registram placas e notas fiscais, e acaba com a fila de caminhões. A tecnologia está a serviço da desburocratização”, informou o governador.

O embaixador de Malta, John Aquilina, perguntou sobre a interlocução do Mato Grosso do Sul com o governo federal em relação a economia estadual.

“O Governo Federal é fundamental na estratégia do Estado, ainda mais um [Estado] fronteiriço. No dia a dia, a aproximação se dá pelo Estado com cidades irmãs, mas com uma ponte como a da Rota Bioceânica, todas as estruturas alfandegárias são vinculadas ao Governo Federal. A nossa relação junto ao Itamaraty é muito importante para que se dê o avanço das relações entre os países, e isso tem sido feito com um diálogo aberto e estreito, além de investimentos pesados em infraestrutura como em ferrovias, seja com recursos privados ou públicos federais”, disse Riedel.

Já o embaixador de Portugal, Luís Felipe Melo, perguntou quais são as três propostas que o Governo Federal solicitou que os governadores apresentassem como prioritárias e se elas estão abertas a participação de outros países.

“As três obras que solicitamos no dia 9 de janeiro foi o acesso a ponte da Rota Bioceânica, uma obra de R$ 100 milhões de reais e mais R$ 30 milhões em infraestruturas alfandegárias, que está sendo financiada pela Itaipu Binacional e que não teríamos condições de fazer. Uma segunda obra são as ferrovias, e que seria uma concessão do Governo Federal ao capital privado. E ainda uma nova ferrovia saindo do Estado e chegando até o porto de Paranaguá e que pedimos o empenho do Governo Federal. Este projeto está sendo liderado pelos governos do Paraná e do Mato Grosso do Sul. E o terceiro pedido é na reestruturação de três rodovias federais: BR-163, BR-262 e BR-267”, completou.

Antes da reunião com o governador, a comitiva fez uma visita guiada ao complexo do Bioparque do Pantanal acompanhada da diretora do local, Maria Fernanda Balestieri.

Agenda

A delegação cumpriu ainda hoje agenda em um almoço com o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, seguindo para um encontro com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes.

Já à noite, os representantes se encontram com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, onde vão acompanhar uma apresentação sobre o “Panorama Geral do Agronegócio no Estado de Mato Grosso do Sul”.

Na sexta-feira (26), pela manhã, os chefes da Missão Diplomática seguem em Campo Grande para um encontro com o reitores de instituições de ensino do Estado, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

Na parte da tarde, a Missão Diplomática vai conhecer o projeto “Living Lab”, do Sebrae MS, e em seguida, participam de encontro com a sociedade civil na Aldeia Marçal de Souza. No sábado, os chefes da Missão, acompanhados dos cônjuges, vão a Aquidauana onde visitam o Pantanal.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Desenvolvimento

Encontro Estadual de Economia Criativa promove debates e avança no Plano Estadual

Luciana Azambuja, superintendente de Economia Criativa, ressaltou a relevância do encontro para fortalecer as ações do Plano Estadual.

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O Teatro Aracy Balabanian, no Centro Cultural José Octávio Guizzo, em Campo Grande, foi palco na terça-feira (19) do 2º Encontro Estadual de Economia Criativa – MS+CRIATIVO. O evento, organizado pela Superintendência Estadual de Economia Criativa e Políticas Integradas, vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), reuniu gestores e profissionais de diversos setores para discutir ideias e estratégias que fomentem a economia criativa no Estado.

Com o objetivo de fomentar a troca de experiências entre gestores e criativos de áreas como turismo, esporte, cultura, educação, meio ambiente, gastronomia, moda e tecnologia, o encontro se consolidou como um espaço de construção coletiva. Estiveram presentes secretários municipais, artistas, empreendedores, designers, professores, produtores culturais, entre outros profissionais que atuam nas áreas criativas de Mato Grosso do Sul.

Titular da Setesc, Marcelo Miranda destacou que a economia criativa é a grande saída para universalizar o acesso à renda e à produção.

“A gente parte de um momento em que houve a elaboração de um Plano, muito bem preparado, muito bem discutido de forma democrática, ampla, plural. Estabelecemos um Plano Estadual de Economia Criativa e agora este grande desafio que é a gente fazer entregas para a população. O governador Eduardo Riedel tem uma expectativa muito grande na Superintendência, nesse Estado em que grandes processos de desenvolvimento econômico e industrial estão acontecendo, a gente precisa gerar renda para a população”.

Luciana Azambuja, superintendente de Economia Criativa, ressaltou a relevância do encontro para fortalecer as ações do Plano Estadual.

“É mais uma oportunidade para a gente discutir cultura, turismo, economia criativa, pra gente discutir como fazer mais e como fazer melhor. Como a gente vai implementar as mais de 500 ações que constam no nosso Plano Estadual de Economia Criativa. A gente precisa conversar sobre o Plano, sobre o planejamento estratégico da Superintendência de Economia Criativa, das nossas parcerias com a Fundação de Cultura, com o Turismo. Acredito que no âmbito da Setesc a gente trabalhar o Turismo, a Cultura e a Economia Criativa, a gente tem um tripé plural, super transformador, que vai mexer todo o ambiente de troca de ideias e conexões para transformar a vida de muitas pessoas.  Nosso Estado é muito rico, e a gente tem na economia criativa um potencial imenso para crescer ainda mais”.

A reitora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Camila Ítavo, reafirmou o compromisso da instituição com o setor.

“Estamos prontos para qualificar e apoiar os empreendedores por meio de iniciativas como o Mercado Escola e o autocine. Sem ciência, não conseguimos avançar. Nosso papel é ajudar a transformar talento em oportunidades”.

O secretário municipal de Cultura de Maracaju, Rafael Fernandes Jara, buscou inspiração no evento para inovar na gestão local. “Queremos levar o aprendizado para nossa classe cultural, sempre em parceria com a Setesc.”

Já Gonzaga Fernandes de Oliveira, servidor de Rio Verde de Mato Grosso, destacou a diversificação do artesanato local e o papel transformador da economia criativa. “Estamos vendo pequenos empreendedores se tornarem médios, o que é essencial para o município”.

Coordenadora administrativa na Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Rio Verde de Mato Grosso, Rillary Duarte da Silva, explicou que em seu município tem sido realizada uma série de implementações no setor da educação, nas escolas.

“A nossa secretaria é responsável pela Feira do Produtor e a gente tenta criar oportunidades para o pequeno produtor, para os artesãos, inclusive ano passado nós ganhamos o prêmio do Sebrae Prefeitura Empreendedora com o tema Empreendedorismo a partir da Cultura Pantaneira, a gente pega os artesãos, as crianças nas escolas para implementar esta parte criativa envolvendo o pantanal, a biodiversidade e o meio ambiente”.

Gestor de Cultura de Bonito, Lelo Marchi disse que a economia criativa é responsável por uma parcela significativa do PIB (Produto Interno Bruto) e acredita que a economia criativa, tanto no campo conceitual, quanto a gerar e circular o capital, de forma sustentável, é algo democrático porque todos podem fazer.

“Cada um com suas capacidades, com seus dotes, é algo que está ao alcance de todos. Eu estou acompanhando desde o começo a elaboração do projeto nosso do Estado, o nosso Plano de Economia Criativa do Estado, e eu quero acompanhar e aproveitar o que eu consigo ouvir aqui de bom e aplicar na minha cidade”.

Gerente de Competitividade e Inovação no Sebrae Mato Grosso do Sul, Isabela Montelo enfatizou que a economia criativa é capaz de gerar muitas oportunidades e trazer novos recursos muitas vezes onde a gente nem via chance de geração de renda.

“A partir da criatividade a gente consegue fazer conexões, integrações entre setores, gerando novas oportunidades de trabalho, de renda e de empreendedorismo, que é com o que o Sebrae trabalha. Foi feita uma grande mobilização no ano de 2023, o Sebrae foi um grande parceiro da Setesc. É importante a gente ter eventos como este para que a gente mantenha viva a discussão sobre a economia criativa, sobre esse Plano recém elaborado no ano passado, a gente tem muita coisa para fazer e construir para que o nosso Estado possa ser cada dia mais criativo”.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Desenvolvimento

Novo polo: MS aprimora defesa fitossanitária da citricultura diante do crescimento da produção

O evento aconteceu na Famasul, e contou com as  palestras do pesquisador da Fundecitrus, Rafael Silvestre, e da gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da Iagro, Glaucy Ortiz.

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Com a previsão de quase 30 mil hectares em projetos de citricultura para os próximos quatro anos, o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, tecnologia e Inovação) e em parceria com o Sistema Famasul, começa a realizar a capacitação da assistência técnica para aprimorar a sanidade vegetal na produção de citros.

Hoje (18) foi realizada a primeira reunião para técnicos agropecuários do Senar-MS, fiscais agropecuários da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e técnicos extensionistas da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário de Mato Grosso do Sul) para falar sobre a Prevenção e Controle Sanitário da Citricultura.

O evento aconteceu na Famasul, e contou com as  palestras do pesquisador da Fundecitrus, Rafael Silvestre, e da gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da Iagro, Glaucy Ortiz. A reunião foi comandada pelo secretário-executivo de Desenvolvimento Sustentável, Rogério Beretta, e pelo diretor-presidente da Agraer, Washington Willeman, e contou com a participação da coordenadora de Citricultura, Karla de Nadai.

Segundo Beretta, o objetivo do encontro foi fazer um alinhamento de ações entre as assistências técnicas de órgãos governamentais do Estado como a Semadesc, Agraer e Iagro e dos parceiros como o Senar-MS.

“Hoje é um dia de alinhamento institucional e técnico. Vocês vão ver uma série de eventos, de cenários, Agraer atuando junto ao Iagro. É uma coisa que estamos construindo, porque os órgãos precisam estar alinhados para que a gente consiga potencializar o conhecimento e não sombrear. Então a nossa meta, que é uma vontade do governador Riedel e o secretário Jaime é potencializar a ação dessas instituições. Isso é importante para o Estado, e assim vai ser construído”, destacou.

Reunião técnica reuniu Agraer, Semadesc, Famasul e Iagro para debater prevenção da sanidade vegetal na Citricultura na Famasul

Beretta ressaltou que o Estado tem hoje cerca de 10 mil hectares de citricultura, mas pode chegar a aproximadamente 30 mil nos próximos quatro anos.

“Hoje nós temos uma oportunidade para virar realidade, mas para isso precisamos fazer as coisas bem feitas. Por isso, hoje estamos aqui fazendo um alinhamento para que as pessoas não olhem determinadas ações com um viés errado. Nós estamos fazendo isso para que a oportunidade vire realidade. Porque nós estamos trazendo para o Estado a citricultura, e Mato Grosso do Sul não é a única alternativa de citricultores importantes. Além de Mato Grosso do Sul eles têm oportunidade de ir para Minas Gerais ou Goiás. Então o conjunto de garantias que a gente puder dar para eles, para que essa doença, não entre ou que entre o mais tarde possível, que a gente consiga mantê-la sob controle, é que vai fazer com que determinados grupos que estão saindo de São Paulo, porque o índice de infestação do greening em São Paulo já é de 44%, e estão procurando novas áreas para fazerem os seus investimentos, investimentos que são altíssimos, venham para o MS”.

O diretor-presidente da Agraer, Washington Willeman reforçou a parceria da assistência técnica da Agraer neste trabalho de atuação e conscientização junto as comunidades e os pequenos produtores.

“Nós, como a empresa técnica pública de assistência técnica e extensão rural, estamos ouvindo as recomendações e vamos participar do manejo adequado na atividade. Então,  estamos aqui para colaborar, e sempre que formos demandados. Nós estamos nos 79 municípios do Estado e podemos contribuir com essa atividade e diversificar cada vez mais a base econômica do MS, que passa por um momento muito bom economicamente. Acredito que a citricultura vai ser uma atividade muito próspera aqui no Estado. E eu tenho certeza, como sempre, com o apoio da nossa empresa”, afirmou.

Palestras

O engenheiro do Fundecitrus Rafael Silvestre, abordou o tema Greening em sua palestra explicando o que é a doença e como ela afetou mais de 44% dos laranjais de SP. O greening, também conhecido como huanglongbing e HLB, ataca todos os tipos de citros e não há cura para as plantas doentes.

As árvores novas afetadas não chegam a produzir e as adultas em produção sofrem uma grande queda prematura de frutos e definham ao longo do tempo. A ocorrência no Estado é muito baixa, segundo o agrônomo, mas o objetivo da palestra foi justamente ajudar a prevenir a ocorrência, diante da chegada de grandes projetos de citricultura ao Estado.

Engenheiro da Fundecitrus Rafael Silvestre detalhou cenário do greenning em SP e País e as ameaças da doença

Silvestre passou diversas orientações aos participantes, discorrendo sobre o cenário do greening no estado de SP e no País. O agrônomo também falou sobre os psilídeos (inseto vetor da doença) que se prolifera em mudas de citrus e também murta; apresentou ferramentas da Fundecitrus como o Alerta Psilídeo, Avalia Psilídeo e Avalia Greening, além de mostrar o levantamento anual de greening.

Defesa vegetal

As ações de defesa fitossanitárias da Iagro no setor de citricultura foram destacadas na palestra da gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Glaucy Ortiz, que falou sobre a nova legislação estadual que visa garantir a segurança sanitária dos pomares do Estado.

Em agosto, o Governo do Estado sancionou a Lei nº 6.293, que altera a legislação de Defesa Sanitária Vegetal, originalmente instituída pela Lei nº 4.225 de 2012. A nova legislação introduz mudanças e reforça o combate a pragas que ameaçam a agricultura, com destaque para a proibição do cultivo, comércio, transporte e produção da planta exótica murta (Murraya paniculata).

Gerente de Deefesa Sanitária Vegetal da Iagro, Glaucy Ortiz falou sobre as ações da defesa fitossanitária na citricultura e a nova legislação

A murta foi identificada como hospedeira da bactéria Candidatus liberibacter, transmitida pelo inseto vetor Diaphorina citri, responsável pela doença huanglongbing (HLB), conhecida como greening, uma das mais devastadoras para a citricultura. A doença causa a queda precoce de frutos e a morte das árvores, comprometendo seriamente a produtividade das plantações.

Além das medidas específicas contra a murta, a lei estabelece novas diretrizes para a fiscalização agropecuária em Mato Grosso do Sul. Entre as principais mudanças estão a ampliação das competências da Iagro, que poderá interditar, apreender e destruir produtos vegetais e insumos que não atendam às normas de sanidade. A legislação também introduz a possibilidade de conversão de multas em bens e serviços, como alternativa para infrações leves.

Glaucy ainda reforçou sobre o perigo da compra de mudas irregulares, que podem trazer graves problemas aos pomares do Estado, principalmente os urbanos e domésticos em função do greening. Por esta razão a recomendação da Iagro é para que sejam feitas as aquisições de mudas de qualidade e seja combatido a comercialização irregular, como é feita por ambulantes, que podem trazer riscos iminentes para os pomares do Estado.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Desenvolvimento

Jucems registra abertura de 912 empresas em outubro, recorde para o mês na série histórica

Campo Grande responde por 412 (45,18%), seguido de Dourados (102), Três Lagoas (43), Maracaju (26), Ponta Porã (24) e Chapadão do Sul (22).

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A Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul) registrou a abertura de 912 empresas no mês de outubro. O número é recorde para o mês na série histórica que se iniciou no ano 2000 e supera em 8,44% o total apurado em outubro do ano passado. O setor de Serviços continua liderando as estatísticas com 631 novas empresas, seguido pelo Comércio (246) e pela Indústria (35).

No ano já foram abertas 9.526 empresas em Mato Grosso do Sul, indicando que novo recorde será quebrado em 2024. Faltando ainda dois meses, a soma já se aproxima do total apurado em 2023 – 10.117 registros, quando pela primeira vez o Estado superou a marca de 10 mil firmas abertas em um ano.

A distribuição regional mostra uma concentração dos negócios nas maiores cidades. Do total de 912 novas empresas abertas em outubro, Campo Grande responde por 412 (45,18%), seguido de Dourados (102), Três Lagoas (43), Maracaju (26), Ponta Porã (24) e Chapadão do Sul (22).

Na avaliação do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o ritmo crescente da abertura de empresas no Estado acompanha outros indicadores que refletem o vigor da economia.

“O índice de desocupação em Mato Grosso do Sul caiu novamente no segundo trimestre para 3,8%, o que evidencia pleno emprego. O esforço do Governo do Estado tem sido qualificar os trabalhadores que ainda não estão empregados para ocupar as vagas existentes e dar condições para que outros estratos da população, como as mulheres, possam sair para trabalhar”, pontuou.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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