Como forma de prestigiar o Dia dos Povos Indígenas, a Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania) faz um levantamento dos principais projetos de inserção dos povos originários nas políticas públicas de turismo, esporte, cultura e cidadania do Mato Grosso do Sul.
A transversalidade nas políticas de governo é marca registrada da atual gestão e é de extrema importância para uma integração efetiva da população alvo desses ações adotadas.
No campo do turismo, por exemplo, a Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), com apoio do Sebrae e por meio do programa Trilhar MS, realiza o projeto “Pontes para o turismo de base comunitária no Mato Grosso do Sul”.
O turismo de base comunitária pode contribuir para o desenvolvimento econômico e social das comunidades, bem como para a proteção do meio ambiente, além de poder gerar o sentimento de autoestima nas comunidades e nos seus moradores ao oferecer oportunidades para os jovens, valorização dos saberes, entre outros benefícios.
O projeto visa fazer uma análise situacional, com mapeamento dos envolvidos nas localidades (comunidades, instituições parceiras, poder público), preparação, trabalho de campo, reconhecimento do território e da situação atual do turismo nessas comunidades.
Iniciado no ano passado, o projeto tem a expectativa de realizar um desdobramento, executando algumas ações ou apoiando a execução de outras necessárias para que os territórios consigam, de fato, receber turistas e gerar renda para suas comunidades.
Isso tudo tem como objetivo ajudá-los a estruturar produtos e realizar alguns famtours (viagens de familiarização) para que agências e operadoras de turismo possam conhecer os locais. O diretor-presidente da FundturMS, Bruno Wendling, fala de outras iniciativas além do projeto.
“Já existem iniciativas muito legais acontecendo especialmente em Corumbá. Recebi esses dias a Bela Oyá, primeira agência de afroturismo do Estado e que trabalha com as comunidades quilombolas de Corumbá. Um trabalho fantástico e que vamos potencializar ajudando na promoção e no apoio à comercialização”, destaca Wendling, que completa.
“Entendo que além dos territórios que fomos buscar para desenvolver, estamos abertos a apoiar aquelas iniciativas que já estão em desenvolvimento e que precisam de uma força da Fundação de Turismo, não só na promoção e na comercialização, mas também na estruturação dos produtos”, conclui.
O projeto para o turismo de base comunitária de MS inclui as aldeias Moreira, Boa Esperança, Cachoeirinha e Babaçu, ambas Terenas, localizadas a cerca de 40 km de Miranda – uma das maiores populações indígenas da etnia Terena do país. Além disso, também contempla a comunidade quilombola Furnas de Boa Sorte, a comunidade Paraguai Mirim e a comunidade APA Baía Negra.
Diante do contexto local, o objetivo é analisar qual o potencial ou a experiência turística da comunidade, fazer uma análise da infraestrutura básica, identificar quais as instituições parceiras, qual o trade turístico local e fazer as recomendações para os próximos passos.
Além deste projeto de turismo de base comunitária, existe a expectativa da Rota Gastronômica Comunidades, que deve ser implementada no próximo ano, juntamente com o chef de cozinha Paulo Machado para que ele possa ajudar a desenvolver a rota.
Com o objetivo de evidenciar a gastronomia dessas localidades, pois ela é parte integrante da cultura dos povos originários e também elemento de transformação social, de atração de fluxo turístico e de investimentos.
Esporte
Indígenas de MS mostram medalhas de ouro conquistadas
A Fundação do Desporto e Lazer (Fundesporte) em parceria com as prefeituras de Mato Grosso do Sul realiza desde 2015 o programa ‘Esporte, Lazer e Cidadania para os Povos Indígenas’, como uma forma de inclusão dos povos originários no acesso à prática de atividades físicas.
Com a finalidade de diminuir a vulnerabilidade, aumentar os indicadores de saúde e de educação. Além de atingir as esferas das questões de trabalho, sociais, ambientais, qualidade de vida e cidadania.
Realizado por 30 municípios, tem o objetivo de promover a prática de atividades físicas e esportivas e integrar os direitos humanos nas comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul. Para isso, foram disponibilizados 100 kits de material esportivo que foram distribuídos nas 97 aldeias.
O programa conta com o apoio de 24 profissionais de Educação Física que auxiliam na realização das atividades esportivas e de lazer nas comunidades indígenas. Além disso, 51 agentes indígenas de esporte e lazer foram capacitados para atuarem como multiplicadores das atividades propostas pelo programa.
O professor de atletismo, Miller Borvão Samorio, relata que o projeto é importante para conseguir comprar os materiais de atletismo que são caros e difíceis de encontrar. Além disso, a prática esportiva tem mudado a realidade dos atletas indígenas da aldeia Amambai.
“O Aumento da prática esportiva, traz benefícios à saúde da população, e aqueles que não tinham condições de ter material agora têm. Com esse investimento vai surgir mais talentos que representará o município e o estado nas competições. Agora temos materiais oficiais, então os resultados e níveis dos atletas vão avançar mais ainda”, comenta o professor.
Cultura
A Fundação de Cultura realiza por meio da Gerência de Desenvolvimento de Atividades Artesanais a fabricação da Carteira Nacional do Artesão, mais conhecida como carteirinha do artesão, uma identificação nacional que junta o artesão ao Sistema de Informações Cadastrais (Sicab), ligado ao Ministério da Economia.
Com a carteirinha o trabalhador consegue participar de feiras de artesanato, tem acesso a incentivos fiscais, como a emissão de Notas Fiscais na Agenfa/MS e isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na comercialização dos produtos no Estado.
Além disso, existe a facilidade de acesso ao microcrédito disponibilizado em parceria com a Funtrab e a possibilidade de ser contribuinte autônomo para fins da Previdência Social e abertura de MEI, caso necessário. A carteirinha dá legalidade a todo profissional dentro do Brasil.
A emissão da carteirinha do artesão é gratuita, mas o profissional passa por uma prova de habilidades técnicas, cuja aprovação é da Gerência de Desenvolvimento de Atividades Artesanais da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
A ceramista da Aldeia Cachoeirinha, Rosenir Batista, conta que produzir os artesanatos é uma boa distração, é como uma terapia para ela. “A carteira é importante para sermos reconhecidas como artesãs em qualquer lugar. Nos fortalece saber que os nossos clientes ficam satisfeitos com o nosso trabalho”, explica Rosenir.
Atualmente, a Casa do Artesão conta com 600 peças para comercialização, fabricadas pelos povos originários. São 438 artesãos indígenas cadastrados em Mato Grosso do Sul e na Casa do Artesão. O artesanato é uma forma de levar a cultura ancestral para as pessoas, por meio dos grafismos, cerâmicas e cestaria/trançado.
A Fundação de Cultura também oferece oficinas a artesãos, por meio do projeto Artesania MS, que promove oficinas de artesanato, design e gestão para bairros da capital e para os municípios do interior de Mato Grosso do Sul.
Cidadania
A Subsecretaria de Políticas Públicas para Povos Originários realiza diversas atividades de fomento à prática cidadã por meio de articulações junto às comunidades indígenas na implementação e implantação das políticas sociais, assegurando os direitos sociais básicos aos cidadãos indígenas.
Ela promove escuta ativa visando avaliar as políticas e ações desenvolvidas pelo Governo de Mato Grosso do Sul, no interior das terras indígenas e levanta dados e demandas de cada comunidade indígena. Para o Subsecretário de Políticas Públicas para Povos Originários, Fernando Souza, a subsecretaria oportuniza o diálogo do governo com as populações.
“Toda a estrutura de governo e a transversalidade com as secretarias e subsecretarias, é importante para realizar ações e políticas voltadas para a população indígena. Essa é uma forma de respeitar, garantir e exercer a cidadania dos povos”, conta.
Uma dessas atividades são oficinas de artesanatos, com objetivo de possibilitar aos jovens e outros interessados conhecer e aprender as técnicas básicas da confecção de artesanatos e o grafismo indígena. Já os cursos básicos de capacitação são em informática, confeitaria, remédios caseiro e tradicionais, cestaria e padaria.
Além disso, a promoção de diversos seminários e palestras, como por exemplo os seminários sobre violência contra mulheres indígenas, que tem a finalidade de sensibilizar a comunidade em geral sobre a necessidade de combater a violência contra mulheres e o preconceito.
No sábado, a programação se volta à comunidade com a ação ECOmunitário, com plantio de árvores no bosque da feira – Foto: Assecom
Começa nesta quinta-feira (5) e segue até sábado (7) o Programa Perifeirarte, evento que transforma Dourados em palco de formação técnica gratuita, arte, cultura e empreendedorismo comunitário. A iniciativa, com inscrições gratuitas ainda abertas, visa fortalecer lideranças, promover capacitação e valorizar manifestações culturais entre diferentes públicos da cidade.
Realizado pela Subsecretaria de Políticas Públicas para Assuntos Comunitários, vinculada à Secretaria de Estado da Cidadania, em parceria com a Secretaria de Agricultura Familiar da Prefeitura de Dourados, o evento terá programação técnica no Anfiteatro da Prefeitura, nas noites desta quinta-feira (5) e sexta-feira (6), e atividades culturais e comunitárias no sábado (7), na Feira Central João Totó Câmara, localizada na Rua Cafelândia, jardim São Pedro.
A abertura oficial acontece nesta quinta (5), às 18h30, com a presença do subsecretário Jairo Luiz da Silva, do secretário municipal Antônio Freire e do prefeito Marçal Filho. Em seguida, palestras abordam temas como regularização de entidades, agricultura urbana, vigilância sanitária, cooperativismo e estratégias de marketing comunitário.
Já no sábado, a programação se volta à comunidade com a ação ECOmunitário, às 8h30, com plantio de árvores no bosque da feira, além de oficinas durante o dia e atrações culturais a partir das 18h, incluindo apresentações do Grupo Voz Pantaneira e outras manifestações artísticas locais.
19h – Palestra: Regularização documental de entidades
19h30 – Palestra: Registro em cartório de associações
20h – Palestra: Agricultura urbana e periurbana
Sexta-feira (6) – Anfiteatro da Prefeitura
18h30 – Palestra: Vigilância sanitária e postura profissional
19h30 – Palestra: Cooperativismo, associativismo e marketing comunitário
Sábado (7) – Feira Central João Totó Câmara
8h30 – Plantio de árvores (ação ECOmunitário)
Durante o dia – Oficinas de podologia, nutrição, orientação ao empreendedor e serviços à comunidade
18h – Arena Comunitária com apresentações culturais e show do Grupo Voz Pantaneira
O Perifeirarte é uma oportunidade única de engajamento, aprendizado e celebração da cultura popular, promovendo cidadania e inclusão por meio do fortalecimento comunitário.
O Governo Municipal de Rio Brilhante, por meio da Secretaria da Casa Civil e Relações Institucionais, esteve reunido na tarde desta terça-feira, 14 de maio, com a nova Magistrada da Vara Criminal do município, Dra. Lídia Geanne Ferreira e Cândido.
O encontro marcou o início de um diálogo promissor entre o Executivo e o Judiciário local, com foco na articulação de políticas públicas voltadas à promoção da cidadania, dos direitos humanos e da justiça social, evidenciando a disposição da administração municipal em estreitar laços entre os poderes e fomentar parcerias estratégicas que contribuam para a construção de um município mais justo, seguro e igualitário para todos.
Entre os temas centrais discutidos na reunião, destacou-se a urgente necessidade de ampliar e fortalecer o atendimento às mulheres em situação de violência no município. A gerente do NUIAM – Núcleo de Atendimento à Mulher, Francis Jaqueline, trouxe à tona as principais demandas enfrentadas no atendimento cotidiano, ressaltando a importância da atuação conjunta entre o Judiciário, o Executivo e demais instituições da rede de proteção, no atendimento multidisciplinar a mulheres em situação de vulnerabilidade, promovendo acolhimento psicológico, orientação jurídica e ações preventivas.
Seguimos firmes na luta por uma Rio Brilhante mais igualitária, com justiça social e respeito à dignidade de todas as pessoas!
Com Prêmio Zumbi, Prefeitura de Corumbá homenageia personalidades da luta pela igualdade racial
Criado pelo prefeito Marcelo Iunes por meio da Lei 2.789, de 22 de outubro de 2021, a premiação tem o objetivo de valorizar e destacar as pessoas que trabalham pela igualdade racial.
A Prefeitura de Corumbá, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, homenageou nesta segunda-feira, 25 de novembro, sete personalidades com o Prêmio Zumbi dos Palmares 2024. Criado pelo prefeito Marcelo Iunes por meio da Lei 2.789, de 22 de outubro de 2021, a premiação tem o objetivo de valorizar e destacar as pessoas que trabalham pela igualdade racial.
“Quero parabenizar todas as pessoas que tiveram o nome lembrado para esse importante prêmio, que está em sua terceira edição, e também toda equipe da Superintendência de Políticas Públicas, que organizou e viabilizou esse momento”, afirmou o prefeito de Corumbá. Ele também destacou trabalho desempenhado pelos homenageados e pediu para que eles continuem empenhados nessa missão mundial.
A primeira-dama e secretária de Assistência Social e Cidadania, Amanda Balancieri Iunes, reforçou a importância da premiação e também pediu que os militantes sigam focados em seus objetivos. “Avançamos muito nos últimos anos, mas podemos avançar ainda mais nesse tema da igualdade racial, não só em Corumbá, mas todo o Mato Grosso do Sul e no Brasil”, pontuou.
Na categoria Cultura, a premiada foi a empreendedora social e cultural Thayná Cambará Beraldo, diretora da Bela Oyá Pantanal, primeira agência de Afroturismo de Mato Grosso do Sul. Na categoria Esporte, o homenageado foi João Carlos de Carvalho, o Kakalo, ex-jogador de futebol e responsável pelo projeto Bom de Bola, Bom de Nota, desempenhado na região do bairro Popular Nova e que atende 85 crianças e adolescentes.
Na categoria Cidadania, o prêmio foi para Alexsandre Pereira de Souza, ativista social no movimento negro, líder comunitário, instrutor de música, mestre de bateria e que atuou por vários anos na Gerência de Políticas Públicas para a Igualdade Racial. Na categoria Saúde, o homenageado foi o psicólogo Rigoberto Borges de Abreu, especialista em neuropsicologia e que atua na Rede Feminina de Combate ao Câncer.
Na categoria Personalidade, o troféu foi para a Guarda Civil Municipal Dircilene Amorim, que além de ser intérprete de Libras, atua há 5 anos na Patrulha Maria da Penha. Na categoria Educação, a premiada foi a professora Maria Benedita Pedrosa de Arruda, mais conhecida como Tia Bené. Ela foi representada pela filha Rayane Andrade.