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Política

Eduardo Riedel assume compromisso de combate efetivo à extrema pobreza

O novo governador reafirmou que vai seguir à risca o programa de governo

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Décimo segundo governador da história de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel foi empossado neste domingo (1º), no plenário Deputado Júlio Maia, na Assembleia Legislativa, assumindo o compromisso de fazer uma gestão plural, pautada por ética, transparência, eficiência, respeito com o dinheiro público, justiça e, tendo como principal desafio o combate à pobreza por meio da inclusão e não apenas pela transferência de renda.

“É nosso dever assistir os mais vulneráveis, sem, no entanto, compactuar com a eternização da pobreza extrema. Nosso grande desafio sempre será incluir à vida produtiva, a cidadania plena, os que estão à margem da nossa sociedade organizada”, afirmou Eduardo Riedel.

“Os programas sociais se somarão a outras iniciativas na busca permanente pela plena cidadania a cada sul-mato-grossenses, esforço para ir além dos limites da tradicional transferência de renda, buscando a redução efetiva e consistente da extrema pobreza”, declarou.

O novo governador reafirmou que vai seguir à risca o programa de governo por meio de instrumentos modernos como os contratos de gestão. Uma das novidades – adiantou – será a instalação de conselhos de governança setoriais, com intensa participação da sociedade.

Reconciliação

Eduardo Riedel disse ainda que fará um governo democrático e plural, disposto ao diálogo com todos, inclusive com a oposição, e com uma postura institucional diante da Administração Federal. “Da mesma forma que recebemos o apoio de diversos segmentos políticos, sociais e econômicos que formam o Mato Grosso do Sul. Farei um governo aberto, democrático e plural, para atender com responsabilidade toda a diversidade da nossa população e de suas demandas”, disse.

“Sem restrições e preconceitos, vou governar para todos. Inclusive para aqueles que não votaram e escolheram o nosso projeto. A eleição acabou. É hora da grande reconciliação do nosso povo”.

Dedicação

Ele afirmou ainda que trabalhará com afinco e determinação em prol da população. “Este é o maior desafio de toda minha vida. A ele vou me entregar de corpo e alma, trabalhando, sem descanso, para honrar cada voto de confiança que recebi”, destacou.

Reconhecimento

Ainda em seu discurso, Riedel fez questão ainda de destacar a coragem do seu antecessor de enfrentar as pressões e fazer as reformas e mudanças necessárias para superar a maior recessão econômica dos últimos 100 anos. “Ao contrário de muitos estados, partiremos de um novo patamar. Isso só está sendo possível porque esteve à frente do Executivo um dos melhores governadores da nossa história: Reinaldo Azambuja”, enalteceu.

“Sob sua liderança determinada, instalou-se aqui uma administração com forte vocação reformadora. Uma gestão que não fugiu dos problemas, que não adiou decisões necessárias, mesmo as mais penosas e impopulares, por temor à crítica e ao desgaste. Não cedeu às pressões do corporativismo ou ao populismo desenfreado. Não permitiu extremismos e confrontos inúteis. Não aquiesceu ou foi conivente com o nefasto aparelhamento do estado e os seus desvios de finalidade. Não desanimou perante os ataques e injustiças, que aos poucos vão se esclarecendo e recolocando a verdade no seu devido lugar”, acrescentou.

Riedel, que foi presidente do Comitê Gestor do Prosseguir, também lembrou do desafio de combater a pandemia de Covid-19 e manter o crescimento econômico. Sob a liderança de Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel, Mato Grosso do Sul liderou a vacinação e foi o estado que mais cresceu.

Eleito com 808.210 votos, Eduardo Corrêa Riedel tomou posse para o mandato 2023-2026 junto com o vice José Carlos Barbosa, o Barbosinha. O evento contou com a presença dos presidentes dos outros poderes constituídos, como Paulo Corrêa, da Assembleia Legislativa; desembargador Carlos Eduardo Contar, do Tribunal de Justiça, e conselheiro Jerson Domingos, presidente em exercício do Tribunal de Contas, além de deputados estaduais, prefeitos, secretários, dirigentes de autarquias, vereadores, outras autoridades, familiares e apoiadores.

Confira o discurso do governador Eduardo Riedel na íntegra:

 

“Senhoras e senhores,

Cidadãos e cidadãs sul-mato-grossenses,

Inicio meu primeiro pronunciamento como governador empossado do Mato Grosso do Sul reafirmando cada um dos compromissos que assumi com princípios que professei durante toda a minha vida.

São valores permanentes que sempre me acompanharam nesta já longa caminhada, como homem, pai de família, empresário, produtor, presidente de Sindicato Rural; presidente da nossa Federação de Agricultura e vice-presidente da CNA; presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae; e, na vida pública, secretário de Estado de Governo e titular da Infraestrutura.

Deles jamais me afastei um só instante sequer.

E tem sido assim, porque eles significam um inestimável legado daqueles que vieram antes de nós, repassados  de pai e mãe para os filhos, e assim perpetuados de geração a geração.

Trata-se da crença em uma condição primordial, inegociável – viver com honra, colocar a cabeça no travesseiro e dormir.

Da convicção consolidada, de que é possível fazer política com ética.

Do compromisso de governar com máxima transparência e de tratar com respeito e reverência cada centavo de dinheiro público arrecadado com o sacrifício das empresas e dos cidadãos;

Trabalhar, de forma obsessiva, para garantir eficiência e resolutividade ao gasto público, devolvendo à sociedade, em forma de investimentos transformadores da nossa realidade, o que ela contribui em forma de impostos.

Para tanto, o estado não pode ser um fardo penoso a ser carregado, um instrumento de punição a quem trabalha e produz ou barreira quase intransponível aos que querem crescer e melhorar de vida.

O estado tem que assumir integralmente e legitimamente suas responsabilidades e o seu dever: ser instrumento de desenvolvimento de seu cliente fundamental – a população, único motivo que justifica a sua existência.

Desse ponto de vista, é imprescindível avançar muito mais sem perder a empatia, implantando um regime de forte apreço à equidade, que nos transformará em um estado  mais moderno e desenvolvido, porque mais justo e solidário.

Para tanto, é nosso dever assistir os mais vulneráveis, sem, no entanto, compactuar com a eternização da pobreza extrema.

Nosso grande desafio sempre será incluir à vida produtiva, a cidadania plena, os que estão à margem da nossa sociedade organizada.

Estamos conscientes que é necessário continuar crescendo e prosperando em harmonia com nosso meio ambiente, com práticas que nos levem cada vez a descentralizar nossa economia e que isso se transforme num grande ativo para o Mato Grosso do Sul. Proteger nossa preciosa biodiversidade e a própria vida futura.

E tudo isso precisa funcionar, na prática, em cada um dos nossos 79 municípios, que é onde os problemas, os grandes potenciais e os desafios reais vicejam.

Este, em resumo, é o elenco fundamental da nossa agenda que começa efetivamente hoje.

Ao contrário de muitos outros estados, partiremos de um novo patamar.

Isso só está sendo possível porque esteve à frente do  Executivo um dos melhores governadores da nossa história – Reinaldo Azambuja.

Sob sua liderança determinada, instalou-se aqui uma administração com forte vocação reformadora.

Uma gestão que não fugiu dos problemas;

Que não adiou decisões necessárias, mesmo as mais penosas e impopulares, por temor à crítica e ao desgaste;

Não cedeu às pressões do corporativismo ou ao populismo desenfreado;

Não permitiu extremismos e confrontos inúteis.

Não aquiesceu ou foi conivente com o nefasto aparelhamento do estado e os seus desvios de finalidade.

Não desanimou perante os ataques e injustiças, que aos poucos vão se esclarecendo e recolocando a verdade no seu devido lugar.

Um governo que não tergiversou perante suas responsabilidades e teve coragem para fazer as reformas e mudanças necessárias, para superar as grandes crises contemporâneas.

É bom que se lembre:

Enfrentamos, nesses anos, a conjuntura  mais adversa e desafiadora da história recente do Brasil – a mais dramática, longa e perversa recessão econômica dos últimos 100 anos, seguida de uma pandemia mundial de coronavírus.

Dos oito anos de governo, Reinaldo Azambuja governou 5 sob o signo das grandes crises, navegando em mar revolto e tempestades enormes.

Hoje, olhando para o curso do tempo, talvez seja possível concluir que foi justamente esta condição que fez a diferença para gerar os resultados alcançados por Mato Grosso do Sul. Como diz o ditado: a crise faz oportunidade.

Acredito que tempos desafiadores moldam sociedades fortes, maduras, mobilizadas, e conscientes dos seus direitos e deveres.

Não foi por mero acaso que, na hora mais difícil, o Mato Grosso do Sul liderou o combate à pandemia e, ao mesmo tempo, foi o estado que mais cresceu no Brasil.

Tive a responsabilidade de compartilhar as complexas decisões de governança  neste período, que, para mim, representaram um formidável tempo de aprendizado.

Sempre tivemos a convicção de que a opção consciente pelo complexo caminho das reformas seria, mais adiante, o mais recompensador. Como de fato está sendo.

Este grande esforço determinado nos entregou como obra mais importante a transição para um novo modelo de estado. Essa Casa teve uma participação fundamental nesse processo.

Passo a passo estamos vencendo o gigantismo, a leniência, o desperdício e as distorções de um modelo de governança antigo, incapaz de entregar os resultados esperados pelos cidadãos e cidadãs. A sociedade é cada vez mais dinâmica e temos que responder a isso. É nossa obrigação.

Hoje, com orgulho, vemos o Mato Grosso do Sul disputando as primeiras posições nos mais importantes rankings de desempenho dos governos no país.

Evidentemente, está não é, e jamais será, uma obra acabada, concluída.

Mas tenha a certeza de que o mais importante está feito: foram lançados os novos paradigmas da boa gestão pública no nosso estado, que se consolidam agora sob a égide de resultados exponenciais em todos os campos da administração.

E aqui, aproveito para render minhas sinceras homenagens, meu reconhecimento, meu respeito, minha amizade e meu agradecimento ao governador que, em 2014, propôs e entregou a Mudança de Verdade. Obrigado, governador Reinaldo.

Ela está aí, viva, na pujança do estado que mais cresce no país. No terceiro menor desemprego e nas taxas menores de pobreza extrema do Brasil.

É desse novo patamar que terei a honra de conduzir o nosso estado para o grande salto.

O salto definitivo em busca de um novo futuro para a nossa gente.

Estou absolutamente consciente das minhas enormes responsabilidades. O desafio é gigante.

Vamos trabalhar para  prover mais e mais crescimento, mas agora distribuindo os seus frutos com mais equilíbrio e justiça e alto grau de responsabilidade social e ambiental.

A educação pública terá papel crucial na formação da cidadania e inclusão de milhares de cidadãos ao processo produtivo, com a busca permanente de oportunidade a todos.

Uma saúde pública resolutiva que se aproximará cada vez mais da vida dos cidadãos em cada cidade, com a conclusão do processo de regionalização no atendimento de média complexidade e o incremento da atenção básica, sempre sob a luz do conhecimento e da ciência. Compromissos dos municípios e Estado serão um.

Um estado seguro, estável, que funciona sob o império das leis e da ordem é suporte fundamental ao ciclo de avanços que está por vir. Contaremos com nossas forças de segurança recompostas, reequipadas e com forte modernização tecnológica para combater o crime organizado, avançar no grande desafio das fronteiras e garantir a paz social.

Os programas sociais se somarão a outras iniciativas na busca permanente pela plena cidadania a cada Sul-mato-grossenses, esforço para ir além dos limites da tradicional transferência de renda, buscando a redução efetiva e consistente da extrema pobreza.

Vou governar com o nosso programa de governo na mesa, o tempo todo, para ser guiado pelos compromissos que assumi e que foram aprovados pela expressão do voto livre e direto da população. E os instrumentos de gestão, modernos ativos e resolutivos como os contratos de gestão a cada área de política pública, serão peças inegociáveis.

Ele define bem o tamanho do nosso desafio coletivo: vamos trabalhar juntos em busca de um Mato Grosso do Sul próspero, verde, digital e inclusivo.

Meus amigos e minhas amigas,

Vencemos uma das eleições mais difíceis de nossa história.

Nenhuma, nesses 45 anos de existência, reuniu tantas lideranças com extensa carreira e folha de serviços prestados ao estado.

Partimos, no começo de tudo, de uma condição de total desconhecimento – e porque não dizer até de dúvida e descrédito – para uma grande vitória.

Tenho total convicção de que o principal ativo que nos trouxe até aqui foi o compromisso expresso com as grandes causas do nosso povo e do nosso estado.

Fizemos uma campanha propositiva, aberta, alegre, transparente, baseada no grande e necessário debate político sobre o futuro e, principalmente, sobre o que as pessoas esperam.

Enquanto muitos perderam tempo com os tradicionais ataques da velha política, discutimos com os segmentos da sociedade organizada nossas propostas.

Participamos de todos, literalmente todos os debates.

Percorremos cada município.

Com leveza e maturidade, soubemos ouvir e guardamos com atenção as críticas e os descontentamentos, matéria-prima para corrigir, aperfeiçoar ou mudar o que não funciona bem e merece revisão.

Da mesma forma que recebemos o apoio de diversos segmentos políticos, sociais e econômicos que formam Mato Grosso do Sul. Farei um governo aberto, democrático e plural, para atender com responsabilidade toda a diversidade da nossa população e de suas demandas.

Sem restrições e preconceitos,  vou governar para todos. Inclusive para aqueles que não votaram e escolheram o nosso projeto.

A eleição acabou.

É hora da grande reconciliação da nossa gente.

Ela será o primeiro passo para que possamos, todos juntos, seguir em frente, trabalhando por tempos melhores.

Esta também é a minha expectativa sobre nossos adversários e a oposição.

Eles aqui sempre encontrarão um governador disposto ao diálogo construtivo, apesar das naturais divergências.

Esta também será a postura institucional deste governador, perante o Administração Federal que hoje também é empossada.

Se somos vocacionados ao diálogo institucional respeitoso e propositivo, também seremos intransigentes defensores dos interesses do povo de Mato Grosso do Sul.

Sul-mato-grossenses,

Não poderia encerrar este primeiro pronunciamento sem registrar o meu sincero agradecimento a todos os que contribuíram com o nosso projeto.

Partidos de diversos campos políticos, que levaram, através das suas militâncias, nossa mensagem a todos os cantos do nosso estado;

Candidatos aos Parlamentos estadual e federal, de diversas bancadas;

Prefeitos, vereadores e lideranças de cada um dos 79 municípios.

Companheiros de secretariado e servidores, com quem aprendi e compartilhei ideias para vencer nossos grandes desafios;

Especialistas e ativistas dos diversos campos do conhecimento e dos setores organizados da nossa sociedade civil, que deram uma generosa contribuição ao nosso programa.

A todos vocês, meu muito obrigado pela colaboração consistente e desprendida.

Ela foi de tal ordem relevante, que uma das principais inovações do nosso governo será a instalação de diferentes conselhos de governança setoriais, com intensa participação da representação da nossa sociedade.

É uma iniciativa que reflete o nosso desejo e nossa disposição de administrar conectados com a agenda das pessoas, da população, para jamais nos afastarmos da vida real, dos problemas cotidianos, demandas e sonhos da nossa gente.

Nesta direção, é meu desafio pessoal governar o tempo todo sem perder a condição básica de cidadão comum.

Cidadão que luta para vencer as dificuldades, pagar as contas e superar as distorções de um país ainda tão injusto e extremamente desigual;

Cidadão que se preocupa com a formação e o futuro dos filhos;

Cidadão que pena nas filas da saúde, em busca de um atendimento respeitoso.

Que enfrenta a burocracia para conseguir um documento simples, que poderia estar acessível a um simples toque nas ferramentas digitais.

Cidadão que não perde a capacidade de se indignar perante eventual má gestão dos recursos públicos.

Sei que não estarei sozinho nesta tarefa.

Contarei com a colaboração permanente das instituições sul-mato-grossenses e associações de representação das forças sociais e produtivas e da sociedade do novo estado, alavanca sempre propulsora do processo de modernização.

E com o apoio incondicional e amoroso de minha família, onde está o esteio enraizado dos nossos valores para nesta nova fase de vida.

E deles sei que também contarei com as advertências e alertas, como contei a vida toda – com a sensibilidade e o incentivo da Mônica, minha esposa, para causas coletivas e para com o outro. Você se superou, foi fundamental nessa campanha. Obrigado! O olhar crítico e atento dos meus filhos, participando, aprendendo e ensinando. As ponderações, união, confiança e compreensão dos meus irmãos, meus pais Nelson e Seila, por tudo que me proporcionaram, mas principalmente pelos sólidos valores construídos em mim. E, aos parceiros de primeira hora, que sempre estiveram ao meu lado no enfrentamento dos grandes desafios.

Quero que saibam, senhoras e senhores: este é o maior desafio de toda minha vida.

A ele vou me entregar de corpo e alma, trabalhando, sem descanso, para honrar cada voto de confiança que recebi.

Estamos prontos para começar um novo ciclo.

Convido cada sul-mato-grossense a ser companheiro de jornada, aliado permanente e colaborador no processo de construção de um novo futuro e uma vida melhor para todos que aqui moram e residem.

 

Que Deus nos abençoe e nos ilumine no caminho certo, da justiça e do bem comum.

Muito obrigado! Que Deus nos Abençoe.”

 

Eduardo Corrêa Riedel

Governador do Estado de MS

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Política

Governo destinará mais recursos contra queimadas, diz Casa Civil

Governadores divergem sobre apoio no combate a incêndios

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O governo federal prometeu a liberação de mais recursos para o combate às queimadas e a compra de equipamentos para que os estados enfrentem uma das piores estiagens em décadas no país. A garantia foi do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, após reunião com governadores das Regiões Centro-Oeste e Norte, na tarde desta quinta-feira (19), no Palácio do Planalto.

O encontro foi uma iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que essa semana também se reuniu com os chefes de Poderes, para definir a ampliação de medidas contra o fogo. Segundo o ministro, além dos R$ 514 milhões de crédito extraordinário liberados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá uma linha de crédito para compra de viaturas e equipamentos de uso pelos bombeiros, e os estados vão receber novos recursos com base na apresentação das demandas específicas.

“Vamos recepcionar, nos próximos dias, todos os pedidos de ajuda, dois estados já enviaram, e estamos avaliando e autorizando de forma sumária. Como vocês já viram, foi publicado já o primeiro crédito, de outros que serão publicados, no valor de R$ 514 milhões, a assim como falou também, o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], já até semana que vem, está autorizado e liberando um pouco mais de R$ 400 milhões para apoio aos corpos de bombeiros desses estados da Amazônia Legal, para compra de materiais, equipamentos, viaturas, o que já soma os dois juntos perto de R$ 1 bilhão. E outros créditos serão publicados na medida que os governadores apresentem e materializem suas demandas”, disse o ministro.

Participaram do encontro os governadores Hélder Barbalho (Pará), Mauro Mendes (Mato Grosso), Ronaldo Caiado (Goiás), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Wilson Lima (Amazonas), Gladson Cameli (Acre), Wanderlei Barbosa (Tocantins) e Antonio Denarium (Roraima). Também compareceram os vice-governadores Sérgio Gonçalves da Silva (Rondônia) e Antônio Pinheiro Teles Júnior (Amapá).

Pelo governo, além de Rui Costa, estavam na reunião os ministros Marina Silva (Meio Ambiente), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Simone Tebet (Planejamento), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional). O presidente Lula cumpriu agenda no Maranhão, onde assinou termo de conciliação com as comunidades quilombolas do município de Alcântara.

Críticas

Ao comentar a ação federal, Caiado criticou o que classificou como demora na resposta da União. “O governo federal não estava preparado para o que aconteceu. De repente, foi procrastinando e agora vai chegando o final [da seca]. Quer dizer, meio de outubro, acredito eu que em novembro já estará chovendo. Algumas chuvas já caíram”, afirmou o governador, que de oposição ao governo Lula.

“O que nós esperamos é que o governo federal não nos chame na última hora para fazer um comunicar de 500 e poucos milhões de reais. Foi autorizado para Goiás agora R$ 13 milhões”, prosseguiu, dizendo que os prejuízos econômicos com as queimadas no estado foram estimados em cerca de R$ 1,5 bilhão.

O governador de Mato Grosso agradeceu pela liberação de novos recursos, mas pontuou que os efeitos devem ser sentidos na próxima seca, já que a estação chuvosa deve se firmar em cerca de um mês. “Seus efeitos concretos e mais objetivos vão acontecer para o ano de 2025. Todo mundo na administração pública sabe que se liberar hoje um recurso na ponta de qualquer estado, dificilmente você consegue comprar veículo, equipamento, aeronave, para que, em 15 dias, isso esteja funcionando, mesmo com regime de urgência e emergência, que acelera os processo de contratação, eles precisam ser feitos com algum nível de critério e transparência, seguindo o mínimo da burocracia pública”, disse Mauro Mendes.

Em resposta, Rui Costa disse os recursos mais recentes dão sequência a ações anteriores, e que o planejamento da parte do governo federal começou bem antes. “Nós estamos há três meses, três meses fazendo reunião com os estados. Alguns governadores não vieram nas reuniões anteriores, talvez por isso estejam estranhando, achando que é essa a primeira. Não. Nós já estamos há três meses com o comitê funcionando e reunindo”, rebateu.

Já a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima enumerou as contratações de brigadistas, por parte da pasta, para o combate a incêndios nos diferentes biomas afetados. “São mais de 3 mil pessoas que estão na linha de fogo em todo o território nacional, concentrados no Pantanal, na Amazônia e agora no Cerrado. Quando se soma o Corpo de Bombeiros, no caso da Amazônia, estão mais de 4 mil pessoas fazendo esses enfrentamentos e com a medida que foi tomada agora pelo Supremo, é possível contratar mais brigadistas porque não tem mais nenhuma interdito de contratação”, afirmou Marina Silva, fazendo menção à uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que autorizou a União a emitir créditos extraordinários fora dos limites fiscais para o combate às chamas.

O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, afirmou que o aporte de R$ 514 milhões do governo federal será importante para fazer frente a despesas imediatas com combustível e diárias de equipes que estão atuando em campo, mas que uma estruturação maior demandará novos recursos. “Evitamos seguramente mais de um milhão e meio de hectares queimados no Pantanal”, afirmou o governador, sobre a ação integrada entre o estado e a União.

Reestruturação

Durante a reunião com governadores, Rui Costa falou que, no médio prazo, o governo federal, em parceria com os governos estaduais, deve promover uma reestruturação das equipes da Defesa Civil Nacional, Defesas Civis dos estados e municípios, além dos bombeiros estaduais.

“Nós queremos fazer um novo arranjo, envolvendo estruturas regionais de resgate, de apoio de incêndio, não só de enchente, mas de incêndio, e de apoio regional com maior capilaridade e mais rapidez da ação”, afirmou o ministro, sem entrar em detalhes.

Outro ponto tratado na reunião foi a necessidade de punições mais severas contra quem prática incêndio criminoso no país, o que tem sido apontado como uma das causas da explosão de queimadas no país este ano.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Política

Fiems realiza sabatina com quatro candidatos à prefeitura de Campo Grande

O evento foi realizado no edifício Casa da Indústria, na Capital.

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A Fiems realizou, nesta terça-feira (17/09), o evento “Encontros com a Indústria”, sabatina que reuniu quatro candidatos à prefeitura de Campo Grande para apresentar as demandas do setor industrial, bem como ouvir as propostas dos postulantes para a indústria. O evento foi realizado no edifício Casa da Indústria, na Capital.

Na segunda-feira (16/09), o evento foi realizado com os candidatos do município de Dourados. De acordo com o presidente da Fiems, Sérgio Longen, tais cidades apresentam uma grande demanda, além de potencial de crescimento industrial. “Entendemos que, como porta-voz da indústria do Estado, precisamos levar esse debate para os municípios da região. Fomos a Dourados e entregamos as propostas para os candidatos. Fizemos agora em Campo Grande. É uma grande discussão a respeito do que envolve desenvolvimento da indústria na nossa Capital”, ressaltou.

Foram convidados os quatro candidatos mais bem colocados nas últimas pesquisas de intenção de voto: Adriane Lopes (PP), Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT) e Rose Modesto (União Brasil). A sequência das apresentações foi definida por ordem alfabética dos candidatos na urna.

A atual prefeita de Campo Grande e candidata à reeleição, Adriane Lopes, abriu a sabatina e parabenizou a Fiems por oferecer um espaço democrático de debate. “Foi uma oportunidade para esclarecer aos empresários sobre nosso trabalho e nossas propostas para Campo Grande. Nós estamos saindo daqui muito contentes com o resultado de todo trabalho realizado. Recebemos as propostas. Vou me debruçar e estudar cada indicativo e cada número para que possamos atuar em cima deles, trazendo resultados para nossa Capital”.

Deputado federal e candidato a prefeito pelo do PSDB, Beto Pereira destacou que a iniciativa é essencial para melhor embasar os candidatos e possíveis prefeitos.

“Estar discutindo e apresentando propostas para que todos possam incorporar no seu plano de governo é algo inovador e que, com certeza, vai possibilitar que todos os candidatos possam enriquecer seus trabalhos. Eu não tenho dúvida que a expertise que a Fiems tem no dia a dia, a luta dos empresários, as dificuldades que enfrentam em Campo Grande, consolidaram esse documento para que possamos nortear nossas iniciativas a partir de primeiro de janeiro de 2025”.

Já a candidata do PT e deputada federal, Camila Jara, aproveitou a oportunidade para enfatizar os planos na área de sustentabilidade. “Dizer quais são os nossos planos de desenvolvimento econômico e industrial é fundamental para um setor que emprega grande parte da população de Campo Grande, que é fundamental para que consigamos ter uma economia sólida e que não fique sujeita às flutuações do mercado. Então, é compromisso nosso fazer com que Campo Grande seja uma capital carbono neutro até 2032 e precisamos do setor industrial junto para o cumprimento dessa meta. Campo Grande pode, sim, ser o novo vale do silício das indústrias de sustentabilidade”.

A candidata Rose Modesto, do União Brasil, destacou a importância do diálogo com o setor para traçar ações precisas para o desenvolvimento da Capital.

“É muito importante que a Fiems realize esse evento, primeiro, é a contribuição que ela pode dar, um setor fundamental e que representa as grandes oportunidades que Mato Grosso do Sul e, de forma especial, de Campo Grande, a nossa Capital. Tivemos a oportunidade de ouvir e de poder falar um pouco do nosso plano de governo. Sendo eleita, a nossa ideia é desburocratizar para que o empresário tenha mais facilidade de estar aqui, trabalhar com inventivos importantes e desenvolver a indústria local”.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Política

Candidaturas indígenas aumentam 14,13% nas eleições de outubro

Neste ano, os indígenas puderam declarar etnia a que pertencem

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Em 6 de outubro, mais de 461,7 mil candidatas e candidatos disputarão cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, em 5.569 municípios, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A partir de dados extraídos da corte eleitoral, neste ano, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) publicou o estudo Perfil do Poder – Eleições 2024, em parceria com o coletivo Common Data , com a análise das candidaturas registradas.

O levantamento aponta que, se consideradas as candidaturas para todos os três cargos por cor e raça, este ano, 207.467 (45,64%) candidatos se declararam brancos; 187.903 (41,34%) se autodeclararam pessoas pardas; 51.782 (11,39%) se declararam pretos; 2.479 (0,55%) são pessoas indígenas; 1.756 (0,39%) são pessoas amarelas; e 3.141 (0,69%) não informaram sua cor/raça.

Com base nesses números, o Inesc constatou que os candidatos declarados indígena são os únicos que tiveram a participação ampliada nas eleições deste ano. Os indígenas passaram de 2.172 registros, em 2020, para 2.479 registros, em 2024, o que representa uma alta de 14,13%. O crescimento foi notado em todas as regiões do Brasil.

Antes da resolução do TSE, a declaração de cor ou raça no registro de candidatas e candidatos era opcional.

Pela primeira vez, neste ano, os candidatos puderam também declarar, de forma opcional, o pertencimento étnico. Das 2.479 candidaturas indígenas registradas, 1.966 divulgaram sua etnia, o que somou 176 etnias, de acordo com o TSE. As três maiores são 168 candidaturas do povo Kaingang; 150, Tikúna, e 107 candidatos da etnia Makuxí.

“A possibilidade de declaração étnico-racial [indígena] e de pertencimento étnico-territorial [etnia] poderá sustentar a contenção de fraudes, na medida em que indica que o candidato ou a candidata está ligado(a) a um território indígena, a uma coletividade”, conclui o estudo Perfil do Poder – Eleições 2024, do Inesc.

Candidaturas indígenas

O maior número proporcional de candidaturas de indígenas está no estado de Roraima, onde 7,10% do total de candidatos se declararam indígenas. Em 2020, Roraima já era o estado com a maior concentração de indígenas (7,95%).

O Inesc considera que o aumento geral reflete um maior engajamento político dessas comunidades em todo o país.

Embora as candidaturas indígenas estejam em ascensão, a representatividade em cargos executivos ainda é limitada, registra o Inesc.

A assessora política do Inesc Carmela Zigoni avalia que a correlação de forças nesses espaços de poder eletivos, seja no poder Executivo ou nas casas legislativas, é ruim para os indígenas eleitos.

Isto porque a participação dos povos originários em espaços de poder ainda é baixa e os indígenas enfrentam desafios para tentar propor políticas públicas e legislações de proteção a seus povos e territórios, em tempos de avanço de sistemas agropecuários predatórios e da mineração.

“Aqueles [indígenas] que são eleitos enfrentam o racismo e a violência política de gênero nos espaços institucionais. Mas é fundamental que estejam se colocando para essa missão, a fim de tentar barrar retrocessos e buscar garantir os seus direitos”, avalia.

Em relação ao gênero dos candidatos indígenas, 1.568 (63,25%) são homens e 911 (36,75%) são mulheres.

Partidos

Em relação ao alinhamento político, 41,87% dos candidatos indígenas estão afiliados a partidos de direita. Os partidos de esquerda têm 40,42% das candidaturas desse público e, o restante (17,71%), é de centro.

O Inesc interpreta que essa distribuição reflete a diversidade de perspectivas políticas dentro das comunidades indígenas. A assessora política explica que, entre os motivos para esse fenômeno, está a falta de diretrizes programáticas dos partidos políticos, o que impede a divulgação de agenda clara nos municípios sobre o que o partido defende. “As dinâmicas e disputas políticas locais se sobressaem, ao invés de sobressair a polarização política observada nas eleições nacionais”, explica.

Ela avalia ainda que os partidos mais à esquerda defendem os direitos ambientais, mas, na prática, a agenda é a do desenvolvimentismo, o que pode representar políticas negativas aos direitos indígenas. “Observamos um forte apego a políticas para apressar licenciamentos ambientais, grandes incentivos fiscais para empresas mineradoras e investimentos em infraestrutura para o agronegócio de exportação. Então, gera uma contradição para candidaturas e votos dessas populações”, disse

Cargos

Se considerados todos municípios, o número de indígenas que pleiteiam o poder Executivo nas prefeituras chega a 46, sendo seis mulheres e 40 homens.

Os postulantes ao cargo de vice-prefeito somam 63, sendo 26 mulheres e 37 homens.

Consideradas apenas as 26 capitais onde haverá eleições no próximo mês, o Instituto de Estudos Socioeconômicos identificou que há apenas um candidato indígena concorrendo ao cargo de prefeito. Trata-se de Lucínio Castelo de Assumção, da etnia Guarani, que disputa a Prefeitura de Vitória, pelo Partido Liberal (PL).

E para ocupar a vice-prefeitura de uma capital, somente uma indígena concorre ao posto: Amanda Brandão Paes Armelau, disputa a vaga no Rio de Janeiro, também filiada ao PL, e de etnia não informada.

Brasil

O Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que quase 1,7 milhão de indígenas vivem no Brasil, correspondendo a 0,83% da população total do país, que corresponde a 266 povos indígenas.

A maior parte dos indígenas (867,9 mil ou 51,2%) vive na Amazônia Legal, região formada pelos estados do Norte, Mato Grosso e parte do Maranhão.

O Censo 2022 revelou também que muitos dos indígenas são jovens, com mais da metade tendo menos de 30 anos de idade (56,10%).

Eleições municipais

Este ano, estão em disputa 69.602 cargos nos municípios, divididos em 5.569 para prefeitos e vice-prefeitos e 58.464 para vereadores.

De acordo com o TSE, dos 461.703 pedidos de registro de candidatas e candidatos nas eleições de outubro, são 15.478 candidatos ao cargo de prefeito; 15.703 candidatos a vice-prefeitos e 430.522 postulantes a vereador.

A justiça eleitoral informa que a eleição municipal deste ano é a maior de todos os tempos porque há mais de 155,91 milhões de eleitores e eleitoras, sendo que 140,03 milhões de eleitores não têm a informação de cor e raça no cadastro eleitoral. Entre o eleitorado que tem esse dado, 8,5 milhões (5,45%) são pessoas pardas; 5,29 milhões (3,39%) são brancas; 1,8 milhão (1,16%) são pessoas pretas; 155,6 mil (0,10%) são indígenas; 114,38 (0,07%) são pessoas amarelas.

O primeiro turno das eleições municipais está marcado para 6 de outubro. O segundo turno ocorrerá em 27 de outubro, em cidades com mais de 200 mil eleitores, se nenhum dos candidatos ao posto obtiver mais da metade dos votos válidos, excluídos os votos em branco e nulos, para ser eleito.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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