Com objetivo de assegurar o fortalecimento das políticas públicas de direitos e culturais com transversalidade e transparência, a Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura (Secic) fecha o ano de 2022 com um balanço positivo, tendo por base as ações desenvolvidas pelas 8 Subsecretarias e a Fundação de Cultura do Estado do Mato Grosso do Sul, vinculadas à pasta.
“É importante lembrar que a Secic une dois temas bastante necessários e ao mesmo tempo complexos, que é a questão da cidadania e da cultura, temas transversais que precisam ter uma sintonia e uma definição em conjunto das políticas públicas para que de fato possam atingir objetivos. E neste ano de 2022 estivemos presentes nos 79 municípios sul-mato-grossenses, além de levar nossa arte e cultura para outros estados e países”, ressalta o secretário de Estado de Cidadania e Cultura, Eduardo Romero.
Cultura
2022 foi marcado pela retomada das ações culturais após o período pandêmico da Covid-19, com olhar para que pudesse contemplar a diversidade, as diferenças em todos os segmentos, fomentando o mercado cultural e democratizando o acesso a todas as expressões artísticas do Estado, visando a aproximação da população das diversas manifestações artísticas e culturais.
Dois editais do Fundo de Investimentos Culturais (FIC) foram divulgados este ano, cada uma com aporte de R$ 8 milhões, um já em execução e com os pagamentos já efetivados e os projetos já sendo realizados e uma outra edição que foi lançada agora nesse período de dezembro prevendo mais R$ 8 milhões de investimentos para o ano de 2023.
A Secic foi responsável também pela realização de 3 grandes festivais que são marcos culturais do Mato Grosso do Sul e referências no Brasil. O 16º Festival América do Sul Pantanal, em Corumbá; a 21º Festival de Inverno de Bonito – Um mergulho no Imaginário e a 2ª edição do Festival de Arte, Cultura, Diversidade e Cidadania – Campão Cultural e Contemporaneidade e urbanicidade nos 45 anos de Mato Grosso do Sul.
“No Campão Cultural foram mais de 8 dias de evento com mais de 220 atrações, encontros, formações, trocas de experiências em vários pontos de Campo Grande fazendo com que a cultura e arte pudessem se descentralizar e chegar a todas as pessoas”, destaca Eduardo Romero.
O Governo do Estado destinou o maior aporte de recursos investidos para reformas e restauros dos Bens Patrimoniais do Estado, tais como: Casa do Artesão, Centro Cultural, José Octávio Guizzo e Teatro Aracy Balabanian, Castelinho de Ponta Porã, Museu de Arte Contemporânea-MARCO, Candelária de Corumbá, Igrejinha da Tia Eva em Campo Grande, entre outros investimentos no aspecto da cultura, totalizando mais de 155 milhões de reais.
Cidadania
Uma série de ações foram desenvolvidas pelas Subsecretarias de Políticas Públicas vinculadas a Secic, sendo essas: Mulheres, Pessoas Idosas, Pessoas com Deficiência, Igualdade Racial, LGBT+, Juventude, Assuntos Comunitários e para a População Indígena.
Dentre as ações da Subsecretaria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, destaca-se as atividades desenvolvidas com as comunidades específicas, entre rodas de conversa, visitas e o projeto MS Quilombola, que realizou o mapeamento das comunidades remanescentes de quilombo do Estado. E também o 1º Seminário Quilombola do MS, com a presença das 22 comunidades quilombolas reunidas discutindo as suas realidades.
Já a Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas LGBT+, entre as suas inúmeras ações destaca-se o Pacto MS+Amor, que foi lançado com a proposta de ser um instrumento de formulação e implementação de políticas públicas para a população LGBT+, elaborado a partir do reconhecimento das demandas apresentadas por essa população que historicamente é alvo das mais diversas formas de violência, o que a coloca em condição de extrema vulnerabilidade e risco social.
“Mato Grosso do Sul é o primeiro Estado e único a ter uma Subsecretaria LGBT e um dos primeiros em referência de legislação, além de ter um site específico com pautas LGBT+, o www.cidadanialgbt.ms.gov.br ”, reforça o Secretário.
Nas políticas públicas para as pessoas com deficiência avançamos com a criação do programa MS Acessível, que fez o mapeamento regional das demandas de políticas públicas para essa parcela da população, uma parceria entre municípios e Estado.
O secretário Eduardo Romero explica que, “esses encontros nos possibilitaram levantar algumas demandas, dentre elas a efetivação e a criação do Fundo Estadual de Apoio aos Direitos das Pessoas com Deficiência do Estado de Mato Grosso do Sul (FEAD-PCD/MS). Um Fundo que já surge com um aporte de mais de R$ 46 milhões, para tratar da política especificamente voltada para as pessoas com deficiência”.
Já na pauta da juventude o tema principal foi a empregabilidade e o empreendedorismo jovem, atividades que levaram a equipe técnica da Subsecretaria para vários municípios, focando tanto na preparação, na formação, na troca de experiências e na aproximação com a iniciativa privada e pública para o encaminhamento destes jovens para o mercado de trabalho.
No que tange às políticas públicas para as mulheres, a pasta responsável por elaborar, coordenar, executar e monitorar esse tema em âmbito estadual, visando eliminar as discriminações de gênero, promovendo a visibilidade, a valorização e o desenvolvimento econômico e social das mulheres em todas as suas especificidades, desenvolveu ações que impactaram mais de 23 mil pessoas. Já o site www.naosecale.ms.gov.br contabilizou 480 mil acessos, tornando-se referência a nível nacional como uma ferramenta de divulgação das notícias, pesquisas e informações.
O Pacto Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa, foi o tema central das ações da Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas para as Pessoas Idosas, uma vez que o documento elaborado propõe uma política para fortalecimento dos direitos da pessoa idosa, já que visa formalizar o compromisso entre os governos federal, estadual e municipal, na implementação de ações à promoção e à defesa dos direitos das pessoas idosas, ações estas previstas no Estatuto da Pessoa Idosa.
“Com a mobilização dos gestores municipais nós conseguimos debater aquilo que chamamos de CPF das políticas públicas, que são os conselhos, os planos e os fundos, e dizendo da importância de ter essa definição no orçamento e no organograma político municipal”, explica o Secretário.
Na jovem Subsecretaria de Assuntos Comunitários a gestão fortaleceu as parcerias com associação de moradores e movimentos comunitários. Inclusive a celebração de um convênio com a União Municipal das Associações de Moradores (UMAM), está em fase de finalização.
Tendo em vista que a instituição reúne todas as associações de moradores de Campo Grande, que são mais de 400. A Secic está entrando com o aporte financeiro para reforma e ampliação do espaço que é referência para o movimento comunitário. Na Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas para a População Indígena diversas ações foram realizadas, como o fortalecimento do artesanato, visitas às comunidades indígenas, entre outras. E para fechar as atividades de 2022, a equipe da Subsecretaria realizou um grande encontro com jovens indígenas, de diversas etnias para falar sobre juventude e as suas perspectivas de cultura e de cidadania. Ressaltando ainda um programa executado em parceria com a Fundesporte, que integra esporte, cultura e lazer unindo as 8 etnias presentes no Estado nas mais de 100 comunidades.
Além das ações pontuais aqui citadas, a Secic executou 3 grandes movimentos que integraram as 8 Subsecretarias e a política cultural. Um deles foi a criação de programa voltado para jovens, o programa Cidadania Viva, que selecionou jovens de 16 a 29 anos, jovens indígenas, da comunidade negra, do contexto urbano e rural, que estão tendo a oportunidade de conhecer as políticas públicas na prática através da educomunicação.
“O Cidadania Viva está ganhando reconhecimento internacional, sendo destaque nas relações com a UNESCO, como um dos únicos programas do Brasil que trabalha a cidadania através da prática da educação e que tem uma correlação direta com a agenda 2030 da ONU e com os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável, chamados ODS”, explica Eduardo Romero.
O secretário destaca ainda a criação do Prêmio Cidadania Sul-mato-grossense. “Nós tivemos a oportunidade de premiar 29 instituições da sociedade civil da capital e interior, totalizando 580 mil reais em prêmios, sendo 20 mil para cada organização que desenvolve projetos sociais e que foram fundamentais e prioritárias no período da pandemia da Covid-19 em suas comunidades”.
E fechando a transversalidade desta imensa pasta que é a Secretaria de Cidadania e Cultura. O Festival Sarau Cidadania e Cultura no Parque, que realizou 25 edições de julho a dezembro, sempre aos domingos nos parques e praças de Campo Grande, reunindo uma grande diversidade de linguagem artística cultural, dando oportunidade para a economia criativa, para as pessoas que têm os seus talentos e queriam compartilhar, ocupando esses espaços e ressignificando o próprio espaço público e oportunizando o compartilhamento de cidadania cultural a partir desta experiência.
Foram mais de 500 atrações contratadas, mais de 2 mil expositores que participaram e venderam os seus produtos, sendo da moda, do artesanato e da gastronomia e mais de 30 mil pessoas que frequentaram as edições do próprio sarau.
“Meu trabalho enquanto gestor teve como foco de fazer com que essa transversalidade saísse do discurso e fosse para a prática, que a ideia de cidadania e cultura não fosse distanciada, mas integrada e que as pessoas pudessem perceber que a gente precisa ter essas opções nos espaços públicos das políticas de direito, nas políticas culturais para poder fazer com que a integralidade do ser possa ser preservada e estimulada”, finaliza o secretário.
“Viver com dignidade é direito humano”, esse é o tema da 14ª Mostra Cinema e Direitos Humanos, que acontece em 27 cidades, até 30 de novembro. A ideia é promover o diálogo sobre temas como igualdade, justiça social e respeito à diversidade. E é de graça. Cada uma das produções locais vai ser conduzida por professores-produtores de instituições federais de ensino.
A mostra traz em sua programação mais de 20 filmes, entre curtas e longas-metragens, além de sessões infantis e debates mediados com convidados. A promoção é do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Entre os filmes selecionados, o destaque é para produções que abordam temas como identidade, justiça social, inclusão e direitos humanos.
Em Brasília, o festival vai ser aberto nesta quarta-feira (20), no Cine Brasília, às sete horas da noite, com apresentação cultural e a presença de representantes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, e da homenageada desta edição, a montadora Cristina Amaral. A mostra vai ser exibida até próximo sábado, dia 23,na capital federal.
Mato Grosso do Sul é rico em cultura e, durante dezembro, uma das principais festas folclóricas é realizada em Porto Murtinho. Então já fica a dica aqui para se programar para um bate e volta prolongado com Toro Candil e a chance de conhecer os atrativos da cidade.
Maracada para os dias 7 e 8 de dezembro, a festa reúne a comunidade pelas ruas. Confira abaixo todos os detalhes.
O que é a festa de Toro Candil?
Patrimônio imaterial e cultural, a festa de Toro Candil é um evento de rua que resgata o folclore, sincretismo e a união entre Brasil e Paraguai. Na prática, há o duelo entre dois touros, uma herança espanhola baseada em uma antiga lenda. Há uma mistura entre dança e teatro.
Além disso, com o cunho religioso, Nossa Senhora de Caacupê é homenageada. Com o preparo começando dias antes, a comunidade se envolve na produção do figurino, com máscaras, e o desenvolvimento dos bois.
No dia da festa, há uma procissão da santa que chega pelo Rio Paraguai. Na caminhada, as devotas da virgem e os personagens mascarados (representando a alegria e a festividade) seguem o trajeto.
E não dá para esquecer da “pelota tatá”, uma brincadeira com bola de fogo.
Como ir até Porto Murtinho?
Saindo de Campo Grande, a empresa Cruzeiro do Sul possui ônibus no terminal rodoviário às 11h30min e às 23h. Em média, são 8 horas de viagem.
Com essa empresa, o valor da passagem custa a partir de R$ 190. Já quem quiser ir com veículo próprio, a viagem leva em torno de 5h20min para cruzar os 440 km entre a Capital e Porto Murtinho.
É claro que tudo depende do movimento do trânsito, então não esqueça de checar as condições das vias e se planejar bem.
O que mais fazer na cidade?
Nas indicações da Prefeitura de Porto Murtinho sobre atrativos, se destaca a natureza. Então, quando estiver na cidade, aproveite para conhecer também:
Morro Pão de Açúcar:
O morro tem cerca de 550 metros de altura e conta com uma trilha para chegar ao topo. Segundo o município, é um dos pontos mais altos da região, sendo um bom mirante para para ver o Pantanal do Nabileque, do Chaco e as áreas que limitam Brasil e Paraguai.
Fecho dos Morros:
Atraindo quem gosta de água, esse é um dos pontos mais altos do Rio Paraguai. Por ali, é possível ter uma vista panorâmica para observar animais silvestres e contemplar a fauna e a flora.
Cachoeira do APA
Localizado no Parque Municipal Cachoeira do Apa, na divisa entre os países. Mas as cachoeiras ficam a 80 quilômetros de Porto Murtinho, então é necessário ter veículo próprio. Além das cachoeiras, há área para camping e trilhas ecológicas.
Cachoeiras do Rio Aquidaban
Mais distante ainda, a 300 km, fica a Fazenda Baía das Garças e é uma das mais antigas do município. Ao todo, são onze cachoeiras e possui visão panorâmica da Serra. O passeio tem um percurso de 800 metros.
Começa nesta terça-feira (19), em Campo Grande, o 25º Encontro do Proler (Programa Nacional de Incentivo à Leitura), que neste ano traz como tema “Literatura, leitura e escrita em tempos de inteligência artificial”. O evento se estende até 30 de novembro, com uma programação repleta de palestras, oficinas e rodas de conversa gratuitas. As atividades serão realizadas na Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaías Paim e no MIS (Museu da Imagem e do Som).
Organizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da FCMS (Fundação de Cultura) e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), em parceria com o Sistema Estadual de Bibliotecas, o Proler atrai profissionais de diversas áreas, como professores, acadêmicos, bibliotecários, escritores e gestores públicos, além de todos os interessados em literatura.
A abertura oficial será nesta terça-feira (19), às 19h, no auditório do MIS, com palestras que discutem as transformações tecnológicas no universo literário. Amanda Justino apresenta “Página virada: Livros físicos vs digitais – Quem conquista seu coração?”, uma análise sobre as diferenças e impactos dos dois formatos. Em seguida, Fernanda B. Riveros Oliveira abordará em “Inteligência Artificial: Será que sabemos menos com ela?” as mudanças no aprendizado e no conhecimento individual causadas pela IA. Fechando a noite, Pablo S. Cavalcante explora a ferramenta ResearchRabbit, destacando como a inteligência artificial pode otimizar pesquisas acadêmicas.
Nos dias seguintes, o Proler contará com atividades como o lançamento do livro “A literatura nas políticas públicas de estado do Brasil e de Mato Grosso do Sul”, de Vanderlei José dos Santos, oficinas práticas de audiodescrição e escrita criativa, e vivência voltada à contação de histórias para a primeira infância.
Para o público interessado em literatura negra, a roda de conversa Escrevivências – a literatura negra e a construção identitária reunirá autores como Maria Carol, Rafael Belo e Alessandra Coelho para discutir a relação entre literatura e identidade. A programação também inclui o Clube de Leitura – Página 60, mediado por Carmem Lúcia, e a oficina de Aldravias, que introduz participantes a essa forma minimalista de poesia brasileira.
Confira aqui a programação completa do 25º Proler. As inscrições para todas as oficinas e palestras podem ser feitas pelo link.