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Cidades

Festival do Chamamé transcende ao ritmo argentino e destaca a polca e a guarânia

Os músicos levaram essa inclusão aos palcos e os estudiosos para os debates nos seminários.

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Realizado em Porto Murtinho para celebrar um ritmo que nasceu no norte argentino e se tornou um dos expoentes da cultura musical de Mato Grosso do Sul, o Festival do Chamamé tornou-se um encontro de discussão e celebração mais abrangente de outros gêneros que atravessaram fronteiras e fazem parte da identidade do Estado, como a polca e a guarânia. Os músicos levaram essa inclusão aos palcos e os estudiosos para os debates nos seminários.

“Historicamente, a presença dos paraguaios e da cultura paraguaia em nosso Estado é mais antiga do que a presença de um gênero musical como o chamamé. O chamamé é importante, mas não podemos esquecer que entre Mato Grosso do Sul e a Argentina temos o Paraguai. Não podemos ignorar isso, principalmente na cultura”, afirma Evandro Higa, doutor em música e professor da UFMS, um dos convidados a participar da agenda de seminários do festival.

Iniciado no dia 11 na cidade denominada de Portal da Rota Bioceânica (Brasil-Chile), o evento reúne artistas do Estado e do Paraguai e Argentina e as influências musicais destas fronteiras abstratas dominam os repertórios variados que predominam nos shows. Um dos primeiros músicos a falar da importância dos ritmos paraguaios no contexto desse festival foi o harpista Fábio Kaida, que se apresentou no primeiro dia e fez o público cantar e dançar muita polca.

Herança musical

“O festival é algo maravilhoso, fiquei muito feliz pelo convite, mas entendo que não podemos esquecer dos ritmos paraguaios que chegaram primeiro do que o chamamé em nosso Estado. Estão aqui do outro lado do rio (Paraguai), além de outras influências, como o tereré e a sopa paraguaia”, diz o instrumentista nascido em Campo Grande. “É nossa história e a harpa, que trouxe aqui e foi referenda por esse público, é um símbolo oficial do Paraguai.”

Fábio Kaida foi um dos artistas que mais destacou os três ritmos no palco, fazendo os fronteiriços dançarem com o som inconfundível da harpa. “A nossa música deve muito ao Paraguai”, observa, lembrando de clássicos como a polca Pé de Cedro (Zacarias Mourão) e as guarânias Tocando em Frente (Almir Sater-Renato Teixeira) e Trem do Pantanal (Paulo Simões-Geraldo Roca). “O festival é espetacular por isso, permite preservar essa herança que ganhamos.”

O instrumentista também sul-mato-grossense Marcelo Loureiro, que se apresentou na madrugada de domingo (13) se enveredou por esse caminho ao tocar viola, violão, charango andino e harpa e interpretar a música pantaneira (influenciada pela fronteira com o Paraguai) e sul-americana. Saindo do foco do festival, ele cantou Almir Sater, por exemplo, abrindo o show com “Corumbá”, “Comitiva Esperança” e “Luzeiro”, no ritmo das águas do rio fronteiriço.

Casa do chamamé

Da mesma forma, Corrientes, berço do chamamé, trouxe para o festival essa mistura de ritmos com o Paraguai e Brasil. Os artistas demonstram no variado repertório a irmandade na música sem fronteira, homenageando o Estado com interpretações como Chalana (Mário Zan e Arlindo Pinto), enquanto o acordeonista gaúcho Desidério Souza foi mais além: puxou no fole o vanerão (“Fundo da Grota”) e animou o baile na arena da praça de eventos.

A segunda noite de shows predominou a música e a dança argentinas e paraguaias, com a presença da Escuela de Danza Villa Guilhermina, Ballet Municipal de Valemi, Grupo Musical Raices Gaúchas (Santa Fé), Ballet David Sanches (Pedro Juan Caballero), Teresita Vellozo (Assunção), Alfredo Monzón e Grupo e Los Reales del Litoral. Um dos momentos marcantes foi a emoção dos jovens dançarinos de Villa Guilhermina ao serem ovacionados pelo público.

Uma das principais atrações da noite, o Fuelles Correntinos elevou o chamamé ao mais alto grau no dueto entre acordeons e vozes dos irmãos Pedro e Emiliano, na estrada desde os sete anos de idade. Considerada a nova sensação chamamezeira do norte argentinos, a dupla fez os murtinhense saírem das arquibancadas para bailar na arena e chamou os dançarinos correntinos ao palco. “Nos sentimos em casa, a casa do chamamé, foi emocionante”, disse Emiliano.

O Festival Internacional do Chamamé, promovido pela prefeitura de Porto Murtinho, encerra-se nesta segunda-feira (14). Considerado um dos maiores eventos do gênero, tem o apoio do Governo do Estado e Fundação de Cultura de MS. A produção é do Instituto Cultural Chamamé MS. Acompanhe a programação pelo instagram, site, twitter  Facebook e Youtube.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Dourados terá nova edição do Festival Paralímpico no fim de semana

A ação mobiliza as escolas municipais, estaduais e especializadas de Dourados e municípios vizinhos.

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Dourados voltará a receber o Festival Paralímpico Loterias Caixa 2024.  O evento, promovido pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) e organizado pela Associação Esportiva Dourados Paralímpico, acontece no próximo sábado, dia 21 de setembro, no Clube Indaiá.

O objetivo é promover a inclusão social e a interação de alunos com deficiências física, intelectual, visual, surdo, autista, deficiências múltiplas e um percentual de alunos sem deficiências por meio do experimento nas modalidades esportivas adaptadas.

A ação mobiliza as escolas municipais, estaduais e especializadas de Dourados e municípios vizinhos.

Mais de 200 alunos na faixa etária de 8 a 17 anos da rede pública, privada e escolas especializadas estão inscritos para o evento.

Outras informações pelo telefone (67) 99881-3226.

(Fonte: DouradosNews. Foto: Divulgação)

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Cidades

Encontros com a Indústria reúne quatro candidatos à prefeitura de Dourados

O atual prefeito e candidato à reeleição, Alan Guedes, valorizou a oportunidade de dialogar com representantes da indústria local.

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A Fiems promoveu nesta segunda-feira (16/09) uma sabatina com os candidatos à prefeitura de Dourados. O evento faz parte do projeto “Encontros com a Indústria”, que tem como objetivo apresentar as demandas das indústrias e ouvir as propostas dos candidatos para o segmento caso sejam eleitos. A sabatina foi realizada no auditório do Senai e contou com a presença de empresários do setor industrial e representantes de entidades de classe.

Representando no encontro o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o chefe de gabinete da presidência, Robson Del Casale, destacou a relevância da indústria de Dourados para a economia sul-mato-grossense e citou os desafios do próximo gestor municipal.

“A indústria em Dourados emprega mais de 16 mil trabalhadores e participa com US$ 400 milhões em receitas de exportação, mas tem potencial para muito mais. Não avança por conta de problemas como burocracia e falta de infraestrutura. Cabe ao poder público municipal oferecer facilidades aos empresários para gerar empregos e atrair novos investimentos”.

Foram convidados os quatro candidatos mais bem colocados nas últimas pesquisas de intenção de voto. A sequência das apresentações foi definida por ordem alfabética dos candidatos na urna.

O atual prefeito e candidato à reeleição, Alan Guedes, valorizou a oportunidade de dialogar com representantes da indústria local.

“A Fiems tem um histórico de participação muito efetiva na vida de Mato Grosso do Sul, e em Dourados não é diferente. Temos uma grande cidade, com número alto de indústrias e grande contingente de trabalhadores. Poder ouvir os industriais é uma oportunidade de aperfeiçoar as ações da nossa gestão. Fizemos um grande diálogo durante os três anos e meio da minha gestão, e agora, mais experientes e com a cidade organizada, temos convicção de que faremos uma segunda gestão ainda melhor, com o apoio do setor industrial”.

Ao elogiar a iniciativa, Bela Barros agradeceu pela chance de transmitir suas ideias ao eleitorado por meio da sabatina.

“Através dessa oportunidade, podemos levar ao nosso cidadão as nossas propostas. Que outros eventos dessa natureza possam também surgir, principalmente para mim, que não tenho horário político no rádio e na TV e só uso as redes sociais. Com eventos assim, podemos fazer nossas propostas chegarem a todos os cidadãos do município de Dourados”.

O candidato Marçal Filho fez uma avaliação positiva do encontro e ressaltou seu compromisso com o desenvolvimento da indústria em Dourados.

“Dourados precisa ter muito claro que é a capital da agroindústria, atraindo novas indústrias ou dando incentivo àquelas que já estão aqui para aumentar o número de empregos. Enquanto poder público, precisamos dar todas as condições para que essas indústrias se instalem aqui. A avaliação que faço deste encontro é muito positiva, porque permite o contato com as pessoas que representam esse segmento e investem no ramo em Dourados”.

Para o candidato Thiago Botelho, a sabatina representou a oportunidade de falar diretamente aos empresários que possuem negócios em Dourados.

“Quem é prefeito precisa se relacionar com o pequeno e o grande empresário, aqueles que geram emprego e renda ao município. Se o empresariado vai bem, a prefeitura também vai bem, porque arrecada mais. Estou muito animado porque tivemos oportunidade de apresentar nosso programa de governo, que tem programas para indústria e comércio. Tenho certeza de que vamos ganhar a eleição e voltaremos a colocar a Fiems como grande parceira da administração municipal”.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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No teatro Dom Bosco, peça “O Deus de Spinoza” chega a Campo Grande em outubro

Depois do sucesso em teatros de São Paulo, agora é a vez de Campo Grande receber o espetáculo no dia 5 de outubro.

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O espetáculo “O Deus de Spinoza”, com texto de Régis de Oliveira e direção de Luiz Amorim, tem apresentação marcada para o dia 5 de outubro, sábado, em Campo Grande. Após quatro temporadas de sucesso em São Paulo, no Teatro Itália e Teatro UOL, a peça estará em cartaz às 19h30, na Capital, no Teatro Dom Bosco, localizado na Avenida Mato Grosso. Os ingressos estão disponíveis a partir de R$ 30 (meia) e R$ 60 (inteira), com vendas online. A classificação indicativa é de 12 anos.

 

Com um cenário imersivo, figurinos detalhados e música ao vivo, o espetáculo conduz o público a uma jornada instigante, discutindo temas como a existência de Deus, o papel da alma e a fragilidade humana. A obra retrata um encontro entre o filósofo Baruch de Spinoza, após sua condenação pelo Conselho de Rabinos de Amsterdã, e o editor de livros Ian Reuwertsz. As conversas levantam questões profundas sobre a natureza, as crenças, o cosmos e as emoções humanas, tudo amparado por diálogos intensos e confrontos de ideias.

 

“O público terá a oportunidade de ver um filósofo que viveu séculos atrás, mas que tem muito a dizer sobre os dilemas contemporâneos. Spinoza falava sobre a importância do livre pensamento, e outros temas que ainda são muito atuais”, afirma o diretor Luiz Amorim. “E a peça tem o mérito de trazer o pensamento de Spinoza de maneira acessível, simples e ao mesmo tempo envolvente, sem perder a profundidade de suas reflexões.”

 

O ator Bruno Perillo, que interpreta Baruch de Spinoza, destacou o desafio de dar vida a uma figura histórica tão complexa. “Tive que mergulhar profundamente nas ideias de Spinoza para entender sua filosofia e transformá-la em ação no palco. Além disso, trabalhamos muito a composição física do personagem, considerando suas características reais, como os problemas respiratórios que teve ao longo da vida”, conta o ator, que em determinado momento da trama toca guitarra, reforçando o caráter transgressor e atual do personagem.

 

A peça também conta com a atuação de Juliano Dip, jornalista da Band e ex-repórter do CQC, no papel de Ian Reuwertsz, amigo e editor de Spinoza. “Interpretar Ian foi uma experiência enriquecedora. Ele é quem publica as obras de Spinoza após sua morte, perpetuando o seu legado. Além disso, faço o narrador, que costura a história, dando contexto ao espetáculo”, comenta Dip, que afirma ter “fascinação por discussões filosóficas”. Trabalhei no Vaticano, então, a peça me pegou de imediato”.

 

Régis de Oliveira, autor da peça, destacou sua paixão pelo filósofo que inspirou o texto. “Estudo filosofia há quase 20 anos e Spinoza sempre me impressionou. Ele enfrentou o julgamento de sua própria comunidade com coragem e uma convicção absoluta em suas ideias. Sua concepção de Deus, do mundo e das emoções humanas continua sendo uma das mais marcantes na história do pensamento.”

 

E se o enredo já não fosse envolvente o suficiente, no palco, ainda há música ao vivo, executada por uma banda com músicas sefarditas (descendente de antigos judeus de Portugal ou Espanha), o que dá um toque especial à peça, enriquecendo a experiência sensorial do público. Trabalho esse que é executado pelos músicos Marcus Veríssimo, e Gabriel Ferrara, além de Laura Visconti (voz e teclado), indicada ao Prêmio Bibi Ferreira pela direção musical do espetáculo Beetlejuice.

 

 “As canções sefarditas, típicas do século XVII, são um elemento forte na dramaturgia. Elas nos transportam para a época de Spinoza, com arranjos que dialogam com o ambiente do espetáculo. Além dos músicos, os atores também participam da performance musical, contribuindo para o clima envolvente da peça”, explica Luiz Amorim..

 

Com reflexões filosóficas e momentos de leveza e humor, “O Deus de Spinoza” promete emocionar o público de Campo Grande. “É um espetáculo que tem de tudo: boa música, conflitos de pensamento e, acima de tudo, uma mensagem poderosa sobre liberdade”, conclui o diretor.

 

Não perca essa oportunidade única de assistir a um dos espetáculos mais elogiados do momento. O evento é promovido pela Maktub Produções e mais informações podem ser obtidas pelo Instagram @mktproducoeseventos ou pelo telefone (67) 98117-6000. Acompanhe a peça pelo Instagram (@odeusdespinoza).

 

Serviço

Peça “O Deus de Spinoza” em Campo Grande

Data: 5 de outubro (sábado)

Horário: às 19h30

Local: Teatro Dom Bosco – Av. Mato Grosso, 225 – Centro, Campo Grande

Ingressos: A partir de R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)

Vendas pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/o-deus-de-spinoza/2604803

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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