fbpx
Connect with us

Cultura

Campão Cultural homengeia cinco expoentes da cultura de Mato Grosso do Sul

Música, teatro, artesanato, fotografia e artes visuais: conheça a diversidade dos homenageados do festival em 2002

Publicado

on

As cinco personalidades culturais que serão homenageadas no Campão Cultural 2022 são um extrato da riqueza e da diversidade da cultura sul-mato-grossense. Entre os expoentes que terão seu trabalho reconhecido por sua relevância sociocultural, pela tradição histórica, ação transformadora e valorização da memória e costumes do povo de Mato Grosso do Sul estão a artesã Indiana Marques, o grupo de rap Falange da Rima, a atriz Laís Dória, o artista visual Humberto Espíndola e o fotógrafo Roberto Higa.

Lais Dória é atriz, artista social, professora, pesquisadora e diretora teatral. Há 26 anos dirige a OSCIP Casa de Ensaio, que proporciona a adolescentes e jovens de Campo Grande o aprendizado da música, teatro e literatura. “Penso que uma homenagem, principalmente depois de décadas de trabalho, seja um modo de legar aos nossos artistas o devido reconhecimento, demonstrando aos que chegam à cena, que muitos lutaram para construção desse espaço. Meu trabalho me deu condições de compreender a importância de ações como esta, pois ajudam a consolidar nossa história não só como artistas, ou como uma instituição, mas como uma comunidade, responsável por oferecer aos sul-mato-grossenses um olhar sobre a sua própria cultura, sobre as bases da sua identidade”, afirma.

Para a atriz, “um festival como o Campão cultural, deve prezar por lugares como estes, de reconhecimento e valorização dos nossos artistas, dando a eles e elas a possibilidade de serem vistos e ouvidos, de apresentarem seus trabalhos, de mostrar aos nossos o quanto somos criativos, o quanto pensamos e fazemos arte. Tais iniciativas devem estar no centro da discussão sobre arte e cultura em Mato Grosso do Sul, ressaltando sempre o dever do Estado de fomentar e gerir ações como estas”.

Representante do artesanato de Mato Grosso do Sul, Indiana Marques desenvolve um trabalho já reconhecido nacionalmente e premiado de arte popular, representando a cultura e história sul-mato-grossense há mais de 20 anos. Por meio de suas esculturas em cerâmica, ela retrata figuras regionais, principalmente da cultura indígena e negra, mostrando seus costumes e história,

Para a artesã Indiana Marques, “receber a homenagem do Campão Cultural, um movimento muito importante, muito bonito, é muito valoroso, pois quando você faz um trabalho, você quer que ele tenha importância, que ajude culturalmente a contar uma história, a mostrar a grandeza do seu povo. No meu caso, por meio do artesanato, trabalho com uma representação feminina dos nossos povos indígenas, contando a história de quem sofre, de quem trabalha e isso vai para todo o país, para todo o mundo, por isso é importante receber uma homenagem como essa. É uma resposta para o meu trabalho, é um reconhecimento desse meu trabalho, dessa minha busca”.

A homenagem ao Falange da Rima na música vem por meio da cultura de rua, já que os integrantes do grupo são ligados ao hip hop e foram se aproximando do universo do rap durante a trajetória da banda. O Falange da Rima surgiu oficialmente em 1998 em Campo Grande, mas seus integrantes já vinham participando da cena urbana da Capital desde o início dos anos 1990. A formação atual é composta por Flynt, John Geral, Mano Cley, que compõem e improvisam sobre o beat de DJ Magão. Eles são pioneiros do rap sul-mato-grossense, com letras que falam sobre a realidade das periferias, discutindo temas como o crime, a pobreza, preconceito social e racial, drogas e consciência política.

DJ Magão ressalta a importância do reconhecimento do trabalho do grupo de rap Falange da Rima. “Nós representamos a cultura de rua, a cultura hip-hop, que surgiu em Campo Grande nos anos 80, se estabeleceu e ganhou maior projeção a partir do lançamento do CD do Falange da Rima. Muita coisa mudou, mas está sendo uma honra receber essa homenagem, porque a gente não imaginava que um dia ia ser reconhecido por todo o trabalho que a gente fez através da nossa música. Nos dias de hoje, a gente ouve o relato de pessoas que têm família, que já são mais velhas, mas que sempre nos acompanharam e sempre estavam ouvindo nossas músicas. Isso já é muito importante e ser homenageado tem uma relevância tipo imensurável por tudo que a gente representa, não só o Falange, mas toda uma geração do hip hop de Mato Grosso do Sul que fez parte e que estava com a gente”, afirma DJ Magão.

Expoente da cultura sul-mato-grossense e já com reconhecimento nacional e internacional, o artista visual Humberto Espíndola e o fotógrafo Roberto Higa completam a lista de homenageados do Campão Cultural. “Humberto Espíndola muito bem nos representou com todo o seu trabalho e continua nos representando com sua atividade, com a sua participação desde a divisão do Estado e foi essa sua marca emblemática que projetou Mato Grosso do Sul para o Brasil e para o mundo. Já o Roberto Higa, através das suas lentes e da arte da fotografia, registrou e continua registrando os momentos mais importantes da história do nosso Estado em 45 anos de criação”, comenta o secretário de Cultura e Cidadania, Eduardo Romero

Orgulho de ser sul-mato-grossense

Romero lembra que o “Campão Cultural” se propõe a ser o maior festival de arte, cultura e cidadania do Mato Grosso do Sul. “E isso só reforça a importância dos nossos homenageados. São cinco expoentes de áreas diferentes, que representam e muito estimulam a cultura do Mato Grosso do Sul. É uma honra tê-los como homenageados e é uma honra poder fazer essa homenagem, ainda em vida, para esses representantes da nossa cultura. São pessoas que merecem todo o respeito, o reconhecimento e que nos engrandecem, nos inspiram e nos mantêm com orgulho de sermos sul-mato-grossenses”, afirma.

Para o secretário de Cultura e Cidadania, um festival do porte do “Campão Cultural” não é só um festival de palco, de atrações nos palcos. “O ‘Campão’ estimula as nossas identidades, as nossas culturas. As trocas de experiências, os saberes e, acima de tudo, essa ocupação desses espaços diversos nas praças, nos bairros, e ainda com uma programação com horários diferenciados para todas as idades e isso também se reflete em nossos homenageados”, finaliza Eduardo Romero.

O Campão Cultural é uma realização do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Cidadania e Cultura de MS (SECIC) e Fundação de Cultura de MS (FCMS), com apoio da Secretaria de Municipal de Cultura e Turismo (SECTUR).

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Continue Lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cultura

Na Colômbia, Expoartesanías exibe obras de artesãs de Mato Grosso do Sul

Com um pavilhão de 285 metros quadrados, a participação brasileira reunirá peças únicas de mais de 75 artesãs, combinando tradição e inovação

Publicado

on

Entre os dias 4 e 17 de dezembro, Bogotá receberá a Expoartesanías 2024, um dos maiores eventos de artesanato da América Latina. O Brasil será o país de honra desta edição, com um pavilhão exclusivo que destacará a diversidade e a riqueza do artesanato brasileiro. Quatro artesãs de Mato Grosso do Sul terão suas peças expostas no evento, que promete atrair a atenção de visitantes de várias partes do mundo. Elas contam com apoio do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da FCMS (Fundação de Cultura) e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura).

Com um pavilhão de 285 metros quadrados, a participação brasileira reunirá peças únicas de mais de 75 artesãs, combinando tradição e inovação. Sob o tema “Um passeio pelo Brasil e suas regiões, tipologias e expressões”, o espaço apresentará categorias como moda, cerâmica, joias e decoração. Além de valorizar o artesanato como expressão cultural, o evento visa fortalecer o impacto econômico da atividade, tanto no mercado interno quanto no internacional.

A iniciativa é promovida pela APEX Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), em parceria com o PAB (Programa do Artesanato Brasileiro), que integra o núcleo gestor da ação. Ao todo, foram selecionadas 79 artesãs de diferentes regiões do país, que levarão 240 peças para exposição e comercialização. A curadoria é assinada por Roberta Borsoi.

A Expoartesanías é uma feira que busca preservar e promover o artesanato tradicional da América Latina. O evento reúne criações de artesãos que refletem a diversidade cultural e as tradições de suas regiões de origem, tornando-se uma vitrine para a riqueza artística do continente.

De Mato Grosso do Sul, as artesãs participantes são Ana Paula Polidório, da etnia Terena, de Miranda; Elizângela Morais da Silva, da etnia Kadwéu, de Porto Murtinho; Fabiane Avalhaes Marçal de Brito, de Campo Grande; e Ramona Coimbra Pereira, da etnia Ofaié, de Brasilândia.

Fabiane Avalhaes terá exposta sua peça Onça com filhote na boca, que foi selecionada para a feira. Ela celebra a oportunidade. “Para mim, é gratificante participar, porque sei que muitos se inscreveram, e ter uma peça minha escolhida é maravilhoso! Sou artesã há 27 anos, um legado deixado pela minha mãe. Hoje, colher os frutos desse trabalho e ter a chance de participar de uma feira internacional na Colômbia é motivo de grande alegria. Vivo da arte, e essa é uma oportunidade única para mim”.

Ramona Coimbra Pereira será representada com um jogo americano, um caminho de mesa e uma toalha de mesa. Embora não possa comparecer pessoalmente, ela destaca a importância da participação. “Para nós, do povo Ofaié, é uma imensa gratidão estar representados. Como vice-cacique e líder de um grupo de mulheres artesãs indígenas, fico feliz em ver nosso trabalho reconhecido. Espero que os organizadores representem bem nosso material, que é totalmente artesanal e único no mundo. É um orgulho enorme participar de uma feira internacional e mostrar nossa cultura ao mundo”.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Continue Lendo

Cultura

Artesãos sul-mato-grossenses levam cultura e diversidade para Feira Nacional de Artesanato em Belo Horizonte

A plataforma, traduzida para o inglês, ficará disponível até novembro de 2025, ampliando o alcance internacional e criando novas oportunidades de negócios para os artesãos brasileiros.

Publicado

on

A FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), por meio da Gerência de Desenvolvimento de Atividades Artesanais e em parceria com o PAB (Programa de Artesanato Brasileiro), marcará presença na 35ª Feira Nacional de Artesanato, que será realizada entre os dias 4 e 8 de dezembro no Expominas, em Belo Horizonte (MG).

O Estado contará com um estande de 60 metros quadrados, onde exibirá a riqueza e a diversidade de seu artesanato, representadas por tipologias e materiais variados, como cerâmica, madeira, fibras e sementes. Os produtos refletem a fauna, a flora e a cultura de Mato Grosso do Sul, com influências das tradições indígenas, fronteiriças, quilombolas e do homem pantaneiro.

Entre os participantes que representarão o estado estão a PROART (Associação de Produtores de Artesanato de MS), a UNEART/MS (União dos Artesãos de Mato Grosso do Sul) e os artesãos Carla Spadoni e André Ojeda, selecionados para expor suas obras na feira.

O Expominas, maior espaço para feiras e eventos de Minas Gerais, será o palco do encontro, que contará com 567 estandes e espera receber cerca de 130 mil visitantes ao longo dos cinco dias. O local oferece uma infraestrutura completa, com restaurantes, banheiros, ar-condicionado, sinalização, rampas de acesso e enfermaria, garantindo conforto e segurança tanto para os expositores quanto para o público.

A Feira Nacional de Artesanato também aposta no formato híbrido, oferecendo uma plataforma virtual que permitirá aos internautas, de qualquer lugar do mundo, explorar os estandes por meio de um tour em 360 graus. Além de visualizar os produtos, será possível entrar em contato diretamente com os artesãos e realizar pedidos.

A plataforma, traduzida para o inglês, ficará disponível até novembro de 2025, ampliando o alcance internacional e criando novas oportunidades de negócios para os artesãos brasileiros.

De acordo com Katienka Klain, gerente de Desenvolvimento de Atividades Artesanais da FCMS, a 35ª Feira Nacional de Artesanato marca o encerramento de um ciclo de participações do estado em feiras nacionais em 2024.

“Esta é uma feira renomada, na qual o nosso artesanato participa há anos, sempre trazendo bons resultados. Os artesãos de Mato Grosso do Sul costumam dizer que é como o décimo terceiro salário deles. Este ano, finalizamos a participação em seis feiras nacionais, com resultados muito expressivos para o Estado”, afirmou.

Mais informações sobre o evento estão disponíveis no site: www.feiranacionaldeartesanato.com.br.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Continue Lendo

Cultura

Governo de MS garante repasse de R$ 1,32 milhão para o carnaval de Corumbá 2025

O deputado federal Beto Pereira também destacou a importância do carnaval para a cultura local.

Publicado

on

O Governo de Mato Grosso do Sul oficializou, nesta sexta-feira (29), um importante avanço para a cultura e a economia do estado com a assinatura de termo de fomento destinado ao carnaval de Corumbá 2025. O acordo, celebrado por meio da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura) e da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), beneficia a Liesco (Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá) e a Liblocc (Liga Independente dos Blocos Carnavalescos de Corumbá).

O investimento total é de R$ 1,32 milhão, sendo parte do recurso oriundo de emenda parlamentar destinada pelo deputado federal Beto Pereira. Reconhecido como o maior e mais organizado carnaval da região Centro-Oeste, o evento na Cidade Branca destaca a riqueza cultural do Estado e também movimenta a economia local, fomentando o turismo e gerando empregos diretos e indiretos.

Secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda reafirmou o compromisso do Governo de Mato Grosso do Sul com o fortalecimento de eventos culturais que valorizam as tradições regionais e impulsionam o desenvolvimento econômico. “Investir no carnaval de Corumbá é investir na identidade cultural de Mato Grosso do Sul, promovendo inclusão, empregabilidade e turismo. É um ciclo virtuoso que beneficia toda a população”.

O deputado federal Beto Pereira também destacou a importância do carnaval para a cultura local. “O carnaval já está no sangue dos corumbaenses, é uma tradição da população. Se não tem carnaval em Corumbá, deve ser uma espécie de velório. É impossível pensar Corumbá sem o seu carnaval. Então, é dever do poder público contribuir para melhorar cada vez mais a organização desse espetáculo”.

Para Victor Raphael Almeida, presidente da Liesco, o repasse é crucial para a organização do espetáculo. “As pessoas começam a pensar no carnaval só após a virada do ano, mas a preparação acontece durante todo o ano. Esse recurso possibilita um planejamento antecipado, o que melhora a qualidade da festa e permite às escolas de samba investir em materiais, contratar profissionais e criar desfiles de luxo”, afirmou.

Segundo ele, o maior desafio das escolas é manter suas atividades funcionando o ano inteiro com qualidade e capacitação. “Ainda enfrentamos dificuldades para criar projetos que mobilizem e sustentem as escolas ao longo do ano, mas estamos avançando gradualmente”, completou.

Rashid Ahmad, presidente da Liblocc, destacou que o aumento no repasse representa mais do que uma melhoria na organização do carnaval: ele impulsiona a economia local. “Corumbá vive o carnaval de forma intensa. Esse recurso eleva a beleza e a qualidade da festa, gera empregos e fomenta o turismo. Pequenos comerciantes relatam que o lucro obtido no carnaval é suficiente para sustentar suas famílias por até seis meses”, pontuou.

Ahmad ainda reforçou o papel transformador do evento na cidade. “O carnaval movimenta todos os setores da economia local, desde ambulantes até o comércio formal. É uma festa que impacta diretamente a cultura e a vida das pessoas”.

O deputado estadual Paulo Duarte, presente na solenidade, ressaltou a relevância do carnaval para a cidade de Corumbá e para Mato Grosso do Sul como um todo. Ele destacou o impacto positivo do evento na economia local e na preservação das tradições culturais. “O carnaval de Corumbá é mais que um evento cultural, é uma manifestação que movimenta a economia, gera empregos e reafirma a identidade do nosso povo. É fundamental que o poder público continue apoiando e valorizando essa tradição, que coloca nossa cidade em destaque no cenário nacional”.

O prefeito eleito de Corumbá, Gabriel Alves de Oliveira, que assumirá o cargo em 2025, também esteve presente na solenidade, ao lado da vice-prefeita Bia Cavassa, e enfatizou a relevância do apoio antecipado para a organização do carnaval. “Com esse repasse garantido, as escolas de samba e os blocos oficiais terão a tranquilidade necessária para se prepararem com antecedência, assegurando que os desfiles do próximo ano sejam ainda mais grandiosos e representativos da nossa cultura”.

Preparativos

A Liesco já deu o “pontapé” inicial para o carnaval 2025. Em setembro, um sorteio definiu a ordem de apresentações das agremiações, e os desfiles estão marcados para os dias 2 e 3 de março, domingo e segunda-feira, dentro do período oficial do carnaval no Brasil, que acontecerá entre os dias 1 e 5 de março.

Dez escolas vão à passarela do samba: Império do Morro, Unidos da Vila Mamona, A Pesada, Acadêmicos do Pantanal, Estação Primeira do Pantanal, Mocidade Independente da Nova Corumbá, Imperatriz Corumbaense, Unidos da Major Gama, Caprichosos de Corumbá e Marquês de Sapucaí. A Império do Morro, atual campeã, busca defender o título.

Além das escolas de samba, a folia corumbaense também conta com a participação de diversos blocos carnavalescos, incluindo oficiais, independentes e de sujos. Em 2024, 11 blocos oficiais desfilaram na avenida General Rondon.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Continue Lendo

Mais Lidas

Copyright © 2021 Pauta 67