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Cidades

Menos de 1% do lixo doméstico é destinado a tratamento

Lixões recebem 47,8% dos resíduos sólidos

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Mais de um ano depois da criação do marco legal de saneamento, a gestão do lixo pouco avançou. Apenas nas cidades onde há a concessão da coleta e destinação do lixo houve algum avanço. Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), o lixo gerado por pessoa é menor nas cidades que cobram por serviços de coleta, tratamento e descarte de resíduos.

Em Mato Grosso do Sul, cerca de 80% das cidades (63 municípios) faz a destinação final do lixo de forma inadequada. Apesar do marco legal, que vem se renovando há mais de década, com novos prazos se estendendo, a Agência Nacional de Águas (ANA) reclama que os municípios precisam informar o cumprimento de metas. O Governo do Estado lançou em 2016 o Plano Estadual de Resíduos Sólidos, com metas para a gestão do lixo urbano. O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) gerencia o Plano, que estabelece nove programas compostos por 139 metas e ações. Foram definidos, também, os investimentos necessários para sua implementação, sendo que mais de 80% do total estão divididos nos três principais programas que visam o fortalecimento institucional, estruturação de equipe técnica estadual, revisão de inventários e implementação de um sistema de informações de gestão; gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos; e ações de inclusão social e emancipação econômica dos catadores de materiais recicláveis.

Em fevereiro deste ano a AGEMS (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos) passou a regular, fiscalizar e dar suporte aos municípios para o cumprimento de metas. A diretora de Saneamento Básico da AGEMS, Iara Marchioretto, considera fundamental para acelerar o cumprimento do marco legal a regulação da prestação e utilização dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, a extinção de lixões e adoção de aterros sanitários consorciados entre os municípios, o funcionamento efetivo do Sistema Estadual de Logística Reversa de Embalagens, a mudança cultural de cada cidadão e empresa sobre a separação e o descarte correto do lixo são desafios que podem ser superados em dois anos, mas será preciso um “trabalho árduo”.

Cada família gera, em média, um quilo de lixo por dia. Em Campo Grande a maior parte vai para o aterro sanitário, mas uma boa parte ainda tem destinação inadequada. Para avançar na destinação correta, em Campo Grande a Solurb, empresa que faz a coleta, tratamento e descarte do lixo, aposta nas campanhas educativas e soluções criativas, como o uso sustentável dos resíduos. Há uma tendência de redução dos aterros, em razão da emissão de gases que provocam o aquecimento global. O Plano Estadual de Resíduos Sólidos estabelece cinco metas:

Compartilhamento das responsabilidades entre o poder público e a iniciativa privada (neste caso para a logística reversa), planejamento das ações para melhoria do sistema de resíduos sólidos, implantação de infraestrutura adequada (coleta seletiva e disposição final), educação ambiental e cobrança pela prestação dos serviços públicos.

Bruno Velloso, gerente Operacional da CG SOLURB Soluções Ambientais, concessionária responsável pela gestão da limpeza urbana na Capital e o manejo de resíduos sólidos do município, explica qual é o estágio da destinação do lixo urbano de Campo Grande. Confira a entrevista:

Pergunta – Quais são as formas de destinação final de resíduos sólidos mais utilizadas? Qual é a destinação correta para o lixo doméstico (resíduos domiciliares) e como esse descarte é feito em Campo Grande?

Bruno Velloso – Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, 2019), dos locais de disposição final utilizados no Brasil, os lixões ainda representam 47,8% (1.114 unidades), os aterros controlados 24,9% (580 unidades), os aterros sanitários 26,6% (621 unidades) e as unidades de tratamento por incineração 0,7% (17 unidades). Dos citados, apenas os aterros sanitários e as unidades de tratamento por incineração são consideradas técnicas ambientalmente adequadas. Dito isso, o aterro sanitário se configura como o método mais utilizado no Brasil dentre aqueles que respeitam as legislações e normativas vigentes.

A destinação correta do lixo doméstico deve ser feita de modo a não contaminar o meio ambiente e tão pouco acarretar danos à saúde humana. Em Campo Grande a disposição final é feita no aterro sanitário Dom Antônio Barbosa II, devidamente licenciado, possuindo impermeabilização do terreno, drenagem e tratamento de percolados, captação e tratamento de gases e outras técnicas de controle.

P – Há uma classificação dos resíduos? Como é feita a separação do lixo reciclável? Há alguma cooperação entre a Solurb e catadores para a coleta seletiva. Para onde vai o lixo reciclável coletado pela empresa? O lixo reciclável é destinado a alguma cooperativa de usinagem e reaproveitamento?

Bruno Velloso – Existem diversas formas de classificação dos resíduos, as quais podem se basear na sua origem, na sua periculosidade, nas suas características físicas ou químicas e no seu risco. Para a população em geral, a forma de classificação mais conhecida é referente a sua característica física: resíduos secos (recicláveis) e resíduos úmidos (orgânicos e rejeitos).

A separação do lixo reciclável deve ser feita na fonte geradora (residências) e acondicionado separadamente dos orgânicos e rejeitos, respeitando os dias e horários do serviço de coleta seletiva, que podem ser consultados através https://www.solurb.eco.br/servico/coletaseletiva/18  

Todo lixo reciclável recolhido pelo serviço de coleta seletiva vai para UTR Municipal, onde são separados e vendidos por cooperativas/associações.

– Que tipo de lixo tem coleta seletiva, além do papel e plástico, metais e vidros.

Bruno Velloso – Como o serviço depende diretamente da colaboração e engajamento da população na segregação adequada dos resíduos, acabam indo, além dos recicláveis, resíduos orgânicos, rejeitos e até perigosos para a UTR. Por isso, é de suma importância que a separação realizada pelos cooperados nas esteiras da usina seja feita com a utilização de EPIs.

Acessando https://www.solurb.eco.br/educacaoambientalver/cartilhaseducativas/9 é possível consultar uma gama de material educativo fornecido pela concessionária, onde pode ser observado os resíduos que são passiveis de reciclagem e devem ser disponibilizados para a coleta seletiva  e aqueles que  devem ser disponibilizados para a coleta convencional.

– Os aterros sanitários ainda são utilizados na destinação do lixo doméstico e industrial?

Bruno Velloso – De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2022), os aterros sanitários figuram como a principal forma de disposição final ambientalmente adequada no país.

P – O lixo pode ser processado para geração de energia? Como ele pode ser aproveitado para esse fim?

Bruno Velloso – Sim, principalmente através de unidades de tratamento por incineração. Entretanto é uma técnica ainda pouco utilizada no país, existe também a possibilidade de geração de energia através do reaproveitamento do biogás gerado nos aterros sanitários.

P – O que fazer com o lixo de componentes eletrônicos, como dispositivos móveis (telefones e tablets), carregadores, fiação, pilhas?

Bruno Velloso – Para o lixo de componentes eletrônicos, a C.G. SOLURB disponibiliza cinco locais que destinam adequadamente esses resíduos.

Já os resíduos de pilhas/baterias são enquadrados como resíduos de logística reversa obrigatória, isto é, devem ser aceitos e recolhidos pelo estabelecimento que os comercializou. 

– Como funcionam os ecopontos para a coleta de lixo eletrônico? A Solurb desenvolve algum tipo de campanha educativa orientando a população sobre essa necessidade?

Bruno Velloso – Os ecopontos funcionam como um empreendimento de entrega voluntária onde a população pode destinar até 1 m³/dia de lixo eletrônico e outros resíduos. A C.G. SOLURB desenvolve ações voltadas à divulgação dos ecopontos através das suas mídias sociais e campanhas de educação ambiental in loco, como visitas nas residências, palestras e demais eventos. Em 2021, as ações alcançaram mais de 185 mil pessoas apenas com as mídias digitais no 1º semestre e 285 mil pessoas no 2º.

P – Em algumas situações, assistimos também ao descarte de entulhos, móveis velhos e animais mortos em áreas públicas e terrenos baldios. Como a Solurb lida com esse problema?

Bruno Velloso – Da mesma forma que os ecopontos aceitam o descarte de componentes eletrônicos, essas estruturas estão aptas a receber entulhos, móveis inservíveis, materiais recicláveis e até resíduos de poda.

Em relação aos animais de pequeno porte mortos, a C.G. SOLURB disponibiliza o serviço de coleta e correta destinação para essas carcaças, em que a população pode fazer sua solicitação pelos canais de comunicação da empresa.

No entanto, a partir do momento que esses resíduos são destinados de forma irregular a concessionária não executa a coleta/ limpeza dos mesmos, sendo esse trabalho realizado pela a Prefeitura Municipal de Campo Grande ou o proprietário do terreno. Ressaltamos que o poder de fiscalização dessas demandas também fica a cargo da PMCG.

P – A Solurb desenvolve atividades de conscientização e educação ambiental em escolas públicas? Que benefícios são esperados com esse tipo de ação educativa?

Bruno Velloso – Sim. O intuito é ajudar a construir uma geração sensibilizada com as causas socioambientais e que saiba a importância do correto gerenciamento dos resíduos sólidos para a preservação do meio ambiente.

P – Quais as principais recomendações para a população colaborar e contribuir com a limpeza pública, principalmente de parques e áreas comuns?

Bruno Velloso – Principalmente evitar o descarte de lixo nos locais inadequados, como áreas de passeio, gramados, ruas, bocas de lobo, etc. Buscando sempre fazê-lo em lixeiras ou outros dispositivos apropriados.

P – Qual é o volume/quantidade de lixo produzido nos domicílios, empresas, indústria e setor público em Campo Grande?

Bruno Velloso – Em 2021, o aterro sanitário Dom Antônio Barbosa II recebeu um total 279.895,83 toneladas de resíduos sólidos. Isso resulta em aproximadamente 897 toneladas por dia útil de operação.

P – Qual a destinação do lixo hospitalar?

Bruno Velloso – Apenas as unidades públicas de saúde municipais são atendidas pela C.G. SOLURB e têm seus resíduos perigosos recolhidos e tratados através da incineração ou autoclavagem, conforme as particularidades do material coletado.

P – A destinação ambientalmente correta dos resíduos sólidos é de extrema importância para as empresas tanto devido às obrigações legais e exigências normativas, quanto para o mercado que exige um comprometimento mais sustentável das organizações. Mas como realizar a destinação certa? O que as empresas precisam fazer? Todos os negócios são obrigados a destinar os resíduos gerados segundo a lei?

Bruno Velloso – A Lei Complementar nº 209/2012 determina que os estabelecimentos comerciais, as indústrias, as instituições, órgãos e entidades públicas sejam atendidos pelo serviço público de coleta regular para os resíduos sólidos equiparados aos domiciliares. Contudo, a lei ainda estipula que, ultrapassadas as quantidades diárias máximas (200 L ou 50 kg), os resíduos passam a ser considerados como provenientes de grandes geradores, devendo ser recolhidos por intermédio de coleta especial.

Portanto, as empresas caracterizadas como grandes geradoras de resíduos sólidos devem proceder com a contratação particular de prestadores de serviços licenciados que realizam a coleta e destinação final desses materiais.

Além dos grandes geradores de resíduos comuns, qualquer empreendimento gerador de resíduos perigosos, independentemente da quantidade gerada, é responsável por arcar com o destino ambientalmente adequado daquele material.

 

 

P – De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a destinação de lixo diz respeito à reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético. Quais são as etapas definidas pela Política de Resíduos Sólidos que Campo Grande ainda não estabeleceu metas?

Bruno Velloso – Quanto à reutilização, reciclagem e recuperação de resíduos sólidos, a C.G. SOLURB atua fortemente com a disponibilização da coleta seletiva porta a porta, coleta seletiva através dos mais de 200 locais de entrega voluntária (LEVs), recebimento de resíduos nos 05 ecopontos, bem como com suas ações de educação ambiental. Ainda, mantém-se permanentemente acessível a novas tecnologias e técnicas de recuperação de resíduos, sempre priorizando procedimentos sustentáveis, ou seja, que respeitem os aspectos sociais, ambientais e econômicos. 

P – A gestão de resíduos possui diversas etapas estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, entre elas a redução da geração de resíduos, visando a não geração. É possível reduzir a geração de lixo? Não sendo possível, como lidar com a demanda pelo acondicionamento e depois a disposição final?

Bruno Velloso – Apesar de historicamente haver registro de aumentos da geração per capita ano após ano, com a diminuição do consumo, influenciado pela pandemia de Covid-19, naturalmente ocorreu também uma redução na quantidade de lixo gerado nos últimos dois anos. Mesmo assim, há otimismo quanto à uma manutenção dessa diminuição na geração em condições normais, visto que – cada vez mais – esse tem se tornado um tema comum e conhecido pela população em geral.

De qualquer forma, ações de educação ambiental que visem o maior engajamento das pessoas com a coleta seletiva e um empreendimento, devidamente licenciado, que atenda as projeções de demandas, é fundamental para garantir a preservação do meio ambiente e garantia de uma disposição adequada.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Dourados terá nova edição do Festival Paralímpico no fim de semana

A ação mobiliza as escolas municipais, estaduais e especializadas de Dourados e municípios vizinhos.

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Dourados voltará a receber o Festival Paralímpico Loterias Caixa 2024.  O evento, promovido pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) e organizado pela Associação Esportiva Dourados Paralímpico, acontece no próximo sábado, dia 21 de setembro, no Clube Indaiá.

O objetivo é promover a inclusão social e a interação de alunos com deficiências física, intelectual, visual, surdo, autista, deficiências múltiplas e um percentual de alunos sem deficiências por meio do experimento nas modalidades esportivas adaptadas.

A ação mobiliza as escolas municipais, estaduais e especializadas de Dourados e municípios vizinhos.

Mais de 200 alunos na faixa etária de 8 a 17 anos da rede pública, privada e escolas especializadas estão inscritos para o evento.

Outras informações pelo telefone (67) 99881-3226.

(Fonte: DouradosNews. Foto: Divulgação)

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Encontros com a Indústria reúne quatro candidatos à prefeitura de Dourados

O atual prefeito e candidato à reeleição, Alan Guedes, valorizou a oportunidade de dialogar com representantes da indústria local.

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A Fiems promoveu nesta segunda-feira (16/09) uma sabatina com os candidatos à prefeitura de Dourados. O evento faz parte do projeto “Encontros com a Indústria”, que tem como objetivo apresentar as demandas das indústrias e ouvir as propostas dos candidatos para o segmento caso sejam eleitos. A sabatina foi realizada no auditório do Senai e contou com a presença de empresários do setor industrial e representantes de entidades de classe.

Representando no encontro o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o chefe de gabinete da presidência, Robson Del Casale, destacou a relevância da indústria de Dourados para a economia sul-mato-grossense e citou os desafios do próximo gestor municipal.

“A indústria em Dourados emprega mais de 16 mil trabalhadores e participa com US$ 400 milhões em receitas de exportação, mas tem potencial para muito mais. Não avança por conta de problemas como burocracia e falta de infraestrutura. Cabe ao poder público municipal oferecer facilidades aos empresários para gerar empregos e atrair novos investimentos”.

Foram convidados os quatro candidatos mais bem colocados nas últimas pesquisas de intenção de voto. A sequência das apresentações foi definida por ordem alfabética dos candidatos na urna.

O atual prefeito e candidato à reeleição, Alan Guedes, valorizou a oportunidade de dialogar com representantes da indústria local.

“A Fiems tem um histórico de participação muito efetiva na vida de Mato Grosso do Sul, e em Dourados não é diferente. Temos uma grande cidade, com número alto de indústrias e grande contingente de trabalhadores. Poder ouvir os industriais é uma oportunidade de aperfeiçoar as ações da nossa gestão. Fizemos um grande diálogo durante os três anos e meio da minha gestão, e agora, mais experientes e com a cidade organizada, temos convicção de que faremos uma segunda gestão ainda melhor, com o apoio do setor industrial”.

Ao elogiar a iniciativa, Bela Barros agradeceu pela chance de transmitir suas ideias ao eleitorado por meio da sabatina.

“Através dessa oportunidade, podemos levar ao nosso cidadão as nossas propostas. Que outros eventos dessa natureza possam também surgir, principalmente para mim, que não tenho horário político no rádio e na TV e só uso as redes sociais. Com eventos assim, podemos fazer nossas propostas chegarem a todos os cidadãos do município de Dourados”.

O candidato Marçal Filho fez uma avaliação positiva do encontro e ressaltou seu compromisso com o desenvolvimento da indústria em Dourados.

“Dourados precisa ter muito claro que é a capital da agroindústria, atraindo novas indústrias ou dando incentivo àquelas que já estão aqui para aumentar o número de empregos. Enquanto poder público, precisamos dar todas as condições para que essas indústrias se instalem aqui. A avaliação que faço deste encontro é muito positiva, porque permite o contato com as pessoas que representam esse segmento e investem no ramo em Dourados”.

Para o candidato Thiago Botelho, a sabatina representou a oportunidade de falar diretamente aos empresários que possuem negócios em Dourados.

“Quem é prefeito precisa se relacionar com o pequeno e o grande empresário, aqueles que geram emprego e renda ao município. Se o empresariado vai bem, a prefeitura também vai bem, porque arrecada mais. Estou muito animado porque tivemos oportunidade de apresentar nosso programa de governo, que tem programas para indústria e comércio. Tenho certeza de que vamos ganhar a eleição e voltaremos a colocar a Fiems como grande parceira da administração municipal”.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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No teatro Dom Bosco, peça “O Deus de Spinoza” chega a Campo Grande em outubro

Depois do sucesso em teatros de São Paulo, agora é a vez de Campo Grande receber o espetáculo no dia 5 de outubro.

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O espetáculo “O Deus de Spinoza”, com texto de Régis de Oliveira e direção de Luiz Amorim, tem apresentação marcada para o dia 5 de outubro, sábado, em Campo Grande. Após quatro temporadas de sucesso em São Paulo, no Teatro Itália e Teatro UOL, a peça estará em cartaz às 19h30, na Capital, no Teatro Dom Bosco, localizado na Avenida Mato Grosso. Os ingressos estão disponíveis a partir de R$ 30 (meia) e R$ 60 (inteira), com vendas online. A classificação indicativa é de 12 anos.

 

Com um cenário imersivo, figurinos detalhados e música ao vivo, o espetáculo conduz o público a uma jornada instigante, discutindo temas como a existência de Deus, o papel da alma e a fragilidade humana. A obra retrata um encontro entre o filósofo Baruch de Spinoza, após sua condenação pelo Conselho de Rabinos de Amsterdã, e o editor de livros Ian Reuwertsz. As conversas levantam questões profundas sobre a natureza, as crenças, o cosmos e as emoções humanas, tudo amparado por diálogos intensos e confrontos de ideias.

 

“O público terá a oportunidade de ver um filósofo que viveu séculos atrás, mas que tem muito a dizer sobre os dilemas contemporâneos. Spinoza falava sobre a importância do livre pensamento, e outros temas que ainda são muito atuais”, afirma o diretor Luiz Amorim. “E a peça tem o mérito de trazer o pensamento de Spinoza de maneira acessível, simples e ao mesmo tempo envolvente, sem perder a profundidade de suas reflexões.”

 

O ator Bruno Perillo, que interpreta Baruch de Spinoza, destacou o desafio de dar vida a uma figura histórica tão complexa. “Tive que mergulhar profundamente nas ideias de Spinoza para entender sua filosofia e transformá-la em ação no palco. Além disso, trabalhamos muito a composição física do personagem, considerando suas características reais, como os problemas respiratórios que teve ao longo da vida”, conta o ator, que em determinado momento da trama toca guitarra, reforçando o caráter transgressor e atual do personagem.

 

A peça também conta com a atuação de Juliano Dip, jornalista da Band e ex-repórter do CQC, no papel de Ian Reuwertsz, amigo e editor de Spinoza. “Interpretar Ian foi uma experiência enriquecedora. Ele é quem publica as obras de Spinoza após sua morte, perpetuando o seu legado. Além disso, faço o narrador, que costura a história, dando contexto ao espetáculo”, comenta Dip, que afirma ter “fascinação por discussões filosóficas”. Trabalhei no Vaticano, então, a peça me pegou de imediato”.

 

Régis de Oliveira, autor da peça, destacou sua paixão pelo filósofo que inspirou o texto. “Estudo filosofia há quase 20 anos e Spinoza sempre me impressionou. Ele enfrentou o julgamento de sua própria comunidade com coragem e uma convicção absoluta em suas ideias. Sua concepção de Deus, do mundo e das emoções humanas continua sendo uma das mais marcantes na história do pensamento.”

 

E se o enredo já não fosse envolvente o suficiente, no palco, ainda há música ao vivo, executada por uma banda com músicas sefarditas (descendente de antigos judeus de Portugal ou Espanha), o que dá um toque especial à peça, enriquecendo a experiência sensorial do público. Trabalho esse que é executado pelos músicos Marcus Veríssimo, e Gabriel Ferrara, além de Laura Visconti (voz e teclado), indicada ao Prêmio Bibi Ferreira pela direção musical do espetáculo Beetlejuice.

 

 “As canções sefarditas, típicas do século XVII, são um elemento forte na dramaturgia. Elas nos transportam para a época de Spinoza, com arranjos que dialogam com o ambiente do espetáculo. Além dos músicos, os atores também participam da performance musical, contribuindo para o clima envolvente da peça”, explica Luiz Amorim..

 

Com reflexões filosóficas e momentos de leveza e humor, “O Deus de Spinoza” promete emocionar o público de Campo Grande. “É um espetáculo que tem de tudo: boa música, conflitos de pensamento e, acima de tudo, uma mensagem poderosa sobre liberdade”, conclui o diretor.

 

Não perca essa oportunidade única de assistir a um dos espetáculos mais elogiados do momento. O evento é promovido pela Maktub Produções e mais informações podem ser obtidas pelo Instagram @mktproducoeseventos ou pelo telefone (67) 98117-6000. Acompanhe a peça pelo Instagram (@odeusdespinoza).

 

Serviço

Peça “O Deus de Spinoza” em Campo Grande

Data: 5 de outubro (sábado)

Horário: às 19h30

Local: Teatro Dom Bosco – Av. Mato Grosso, 225 – Centro, Campo Grande

Ingressos: A partir de R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)

Vendas pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/o-deus-de-spinoza/2604803

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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