Considerada uma referência para todo o país, pelo seu pioneirismo, a Ambiental MS Pantanal – empresa criada a partir da Parceria Público-Privada (PPP) entre a Sanesul e o Grupo Aegea – completou um ano de operação no Estado.
Desde maio de 2021, com o início da chamada “operação plena” da PPP, mais de 15 mil sul-mato-grossenses já foram conectados à rede coletora de esgoto. A companhia está presente nos 68 municípios onde a Sanesul já atua e tem a meta de universalizar o saneamento básico no estado, ao lado da estatal, até 2031.
Para isso, a MS Pantanal conta com um time de mais de 270 colaboradores espalhados nos quatro cantos do Estado. A empresa investiu também em uma frota de 160 veículos leves e pesados, distribuídos a todas as regiões do Estado.
No primeiro ano de operação, a MS Pantanal ligou mais de 4,7 mil moradias à rede de esgoto. No mesmo período, foram realizados 12,8 mil serviços de desobstrução, para que o esgoto possa fluir com segurança até as estações de tratamento. Além disso, foram feitos mais de 5 mil serviços preventivos na rede e 22,7 mil serviços preventivos nas estações elevatórias que fazem parte da estrutura.
Universalização
A PPP surgiu com a meta de acelerar os investimentos para que o estado atinja a universalização do saneamento básico dentro da próxima década. A assinatura do contrato entre a Sanesul se deu em 5 de fevereiro do ano passado, na esteira da vitória da Aegea em um leilão promovido em outubro de 2020, logo após a sanção do Marco Legal do Saneamento.
O evento de assinatura do contrato contou a presença do governador do estado, Reinaldo Azambuja, do presidente da Sanesul, Walter Carneiro Jr., e de outros executivos da Aegea Saneamento. À época, Azambuja disse que “o grande legado desta parceria é a possibilidade de abreviar o tempo, podendo entregar mais ao estado em um curto espaço de tempo”. “Quem olha o projeto de saneamento verá que é voltado à qualidade de vida”, afirmou.
Com o cumprimento da meta estabelecida pela PPP, mais 1,7 milhão de pessoas terão acesso ao saneamento básico ao final de 2031, posicionando o MS como o primeiro estado do país a atingir a universalização. Para isso, estima-se um investimento de cerca de R$ 1 bilhão em obras por parte da iniciativa privada.
Sustentabilidade
Em linha com os pilares de sustentabilidade do Grupo Aegea, a MS Pantanal também já realizou o plantio de mais de 5 mil mudas de espécies nativas do Cerrado e do Pantanal para recuperação de áreas desmatadas em municípios como Bonito, Miranda, Ladário e Nova Andradina.
As árvores, plantadas com a ajuda de ONGs parceiras, foram cultivadas no recém-inaugurado Viveiro Isaac de Oliveira, que a AMSP mantém em parceria com a Águas Guariroba, em Campo Grande. O viveiro tem capacidade para produzir cerca de 50 mil mudas por ano, e a empresa pretende aumentar consideravelmente a produção.
Além disso, a MS Pantanal investiu em fontes renováveis de energia para suas unidades e está em curso a obra de uma usina solar em Cassilândia que atenderá a concessionária.
A usina terá capacidade de produção de 292 MWh/mês, o que equivale a energia média consumida por cerca de 1,8 mil residências. Estima-se que a unidade comece a operar em agosto deste ano.
Novos Equipamentos
Entre as melhorias trazidas pela PPP, estão os caminhões customizados da MS Pantanal, distribuídos em vários municípios do estado. O modelo foi desenhado com o objetivo de minimizar possíveis transtornos em serviços como manutenção, troca de tubulação e ligação na rede de esgoto.
Isso será possível porque esse tipo de caminhão reúne em um só veículo equipamentos como caçamba, retroescavadeira, baús para acondicionamento de ferramentas, guindaste e engate rápido para instrumentos hidráulicos.
Desde maio, a MS Pantanal já distribuiu 14 modelos da retro saneamento em cidades como Três Lagoas, Dourados, Ponta Porã, Nova Andradina, Naviraí, Aquidauana, Sidrolândia, Chapadão do Sul e Jardim.
Além disso, foram distribuídos 22 mini hidro jatos, usados na desobstrução da rede de esgoto e 6 caminhões hidro vácuo, utilizados para o mesmo fim.
Modernização
O sistema de monitoramento da rede coletora de esgoto também foi modernizado com a chegada da PPP, com a instalação de novas centrais digitais, que vieram substituir discadoras analógicas antigas e permitirão a coleta de dados operacionais mais detalhados nas estações elevatórias e de tratamento do esgoto (ETEs) do Estado.
No novo sistema, o quadro de comando de cada unidade envia dados sobre o funcionamento dos equipamentos da planta para um sistema informatizado.
A iniciativa incorpora inteligência de dados e tecnologia à gestão, permitindo a coleta e cruzamento de informações importantes e úteis para o desenvolvimento de estratégias de atuação e investimento.
Na prática, isso significa que o funcionamento de 192 estações elevatórias de esgoto (EEEs) está sendo monitorado pelo Centro de Controle Operacional (CCO) da empresa, em Campo Grande, em tempo real, 24 horas por dia, todos os dias.
A AMSP ainda instalou geradores de energia em estações elevatórias de esgoto (EEEs) de Três Lagoas, que darão apoio ao funcionamento em caso de queda de energia. A instalação desses equipamentos deve trazer mais segurança e eficiência às operações, uma vez que quedas prolongadas de energia podem resultar no extravasamento de esgoto.
Infra Inteligente
Antes de assumir as operações de afastamento, coleta e tratamento de esgoto, a AMSP conduziu o programa “Infra Inteligente”, num período de três meses a fim de mapear todos os ativos repassados pela Sanesul.
No período, foram percorridas cerca de 68 estações de tratamento de esgoto (ETEs) e 200 EEEs. Para isso, a empresa lançou mão de equipamentos de última geração, como drones capazes de reproduzir modelos tridimensionais das plantas.
Hoje, o mapeamento inteligente da estrutura de esgotamento sanitário do MS possibilita monitorar a saúde dos ativos como se fosse um exame médico, tornando o planejamento de manutenção da estrutura de saneamento mais assertiva.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)