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Cidades

Ms pode se tornar autossuficiente em produção de fosfato, um fertilizante natural

O projeto possui 70 km de extensão inserido em região de grande expansão agrícola.

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Mato Grosso do Sul pode se tornar, nos próximos anos, autossuficiente na produção de fosfato, que é um fertilizante natural sem beneficiamento químico e tem grande importância na produtividade do setor agrícola. Um dos investimentos para elevar a oferta do fertilizante está sendo feito pela Edem Mineração que já tem uma mina, localizada no município de Bonito, que está em operação desde julho de 2018. O projeto possui 70 km de extensão inserido em região de grande expansão agrícola. As reservas calculadas são de 11,5 milhões de toneladas em dois depósitos.

A meta agora, segundo diretores da empresa, que estiveram reunidos na sexta-feira (18) com o secretário Jaime Verruck da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) é ampliar a produção passando de 135 mil toneladas por ano para 200 mil toneladas. A região da Serra da Bodoquena tem um potencial gigantesco de novas reservas com teores maiores de fósforo. “Com este empreendimento o Mato Grosso do Sul se tornará autossuficiente na produção de fosforo, já que as novas áreas em pesquisas são muito promissoras”, salientou Verruck, lembrando que a meta em breve é que o Estado deixe de importar o fertilizante, de suma importância para o agronegócio.

O secretário executivo da Cadeia Produtiva da Mineração da Semagro, Eduardo Pereira explica que o produto não tem incompatibilidade com outros fertilizantes; é farelado, de fácil manuseio e aplicação; tem pH alcalino, o que ajuda na correção de solos ácidos, como os do Brasil e não empedra. O teor médio de fosforo encontrado na região de 12% de P2O5.

Pereira lembra ainda que existe em Miranda uma outra empresa de mineração, a Hori que está com vários requerimentos na região de Miranda, um pedido de portaria de lavra pesquisando fósforo com teores que vão de 6% a 12%.

Aumento da produção

Segundo o diretor regional do projeto da Edem, Tiago Pereira, que é engenheiro de Minas a expectativa é de investimento de R$ 50 milhões nos próximos 5 anos. Atualmente a empresa comercializa o fosfato para usinas de álcool, sojicultores, pecuaristas (para reforma de pastagens), agricultura familiar (mandioca e hortaliças). “Fizemos o primeiro piloto de exportação para Bolívia (3 mil toneladas), estamos conversando com produtores do Paraguai e Argentina para futura exportações”, salientou. No ano passado a Edem arrecadou mais de R$ 600 mil em taxas de mineração no Estado.

Pereira salienta que Mato Grosso do Sul está produzindo fosfato natural reativo, de liberação gradual é muito adequado para a agricultura moderna. “É o plantio com menor pegada de carbono, maior atividade biológica no solo e maior fertilidade do solo a longo prazo. A ideia é investir no solo e o solo dar o retorno para planta, então esse é um fosfato muito adequado para isso”, explicou o engenheiro.

O geólogo Gustavo Guerra, um dos diretores da Edem Mineração, ressaltou a importância do apoio dos órgãos governamentais neste projeto, por meio da Semagro, as parcerias com as universidades Federais, Estaduais e particulares. “Destacamos aqui a USP, através do Prof. Dr. Paulo Cesar Boggiani, com Agraer, Embrapa e com associações de pequenos agricultores familiares. Mostramos aos alunos a importância da mineração de baixo impacto, com lavra a céu aberto, praticamente sem rejeito, ou seja, uma sala de aula na natureza em um lugar maravilhoso como a Serra da Bodoquena”, enfatizou.

A expectativa é de que a empresa gere mais empregos na região. Hoje ela emprega 40 colaboradores diretos e mais 50 indiretos. A produção mensal estimada é de 11,5 mil toneladas/mês, mas a reserva aprovada chega 11 milhões de toneladas com solubilidade média de 30%. “Estão em reservas em analise e pesquisas cerca de 70 mil hectares”, lembrou Eduardo Pereira.

Importância do fosfato

O fosfato que fornece o fósforo para a planta. E este é o nutriente essencial que faz a planta se desenvolver, sendo uma das principais funções permitir a captura e conversão da energia do sol em compostos úteis para as plantas. Os seres humanos, por sua vez, também precisam do fósforo – aliás, um dos elementos com maior diversidade de funções no organismo humano. Só como exemplo, ele tem função de propiciar a rigidez aos ossos e dentes ao se combinar com o cálcio. Ao comer uma planta agregamos fósforo ao corpo. As considerações são do geólogo Paulo Cesar Boggiani, mestre e doutor pela Universidade de São Paulo, onde é professor livre-docente. Ele foi o primeiro geólogo a descobrir e pesquisar fosfato na Serra da Bodoquena.

Boggiani ainda ressalta que o fosfato presente na região é de alto teor, se comparado com as demais ocorrências no Brasil, e pode ser aplicado direto no solo, sem tratamentos químicos prévios. “Pode ser usado na agricultura orgânica e outros meios alternativos, como a permacultura, o que coloca mais ainda a região de Bonito na vanguarda das questões ambientais”, concluiu.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Reunião com Beneficiários do Bolsa Família Reafirma Compromisso com a Comunidade

Coordenada pela Secretaria Municipal de Assistência Social, representada pela secretária Maria Lúcia Barbosa Ribeiro, a reunião contou com a participação das equipes de saúde e educação

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A Prefeitura de Porto Murtinho, sob a liderança do prefeito Nelson Cintra, realizou hoje uma reunião com os beneficiários do Programa Bolsa Família dos bairros Matadouro, Salim Cafure e Km 6.

Coordenada pela Secretaria Municipal de Assistência Social, representada pela secretária Maria Lúcia Barbosa Ribeiro, a reunião contou com a participação das equipes de saúde e educação. Durante o encontro, foram abordadas as condicionalidades do programa, esclarecidas dúvidas e reforçada a importância do acompanhamento em áreas como saúde e educação.

Com essa iniciativa, a gestão municipal encerra o ciclo de reuniões de 2024, reafirmando o compromisso com o fortalecimento das políticas públicas e a promoção do bem-estar das famílias.

Esta foi a primeira das quatro reuniões de acompanhamento programadas para o bimestre, evidenciando o trabalho conjunto entre a Prefeitura, liderada por Nelson Cintra, e a comunidade. Agradecemos a todos os envolvidos nessa importante ação.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Horário especial do comércio para fim de ano começa no domingo em Dourados

O funcionamento para o mês de dezembro é resultado de acordo em convenção coletiva entre representantes da classe patronal  e de empregados.

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O comércio de Dourados passa a funcionar em horário especial de fim de ano a partir de domingo, 1º de dezembro, quando as lojas estarão abertas até 18 horas. O funcionamento para o mês de dezembro é resultado de acordo em convenção coletiva entre representantes da classe patronal  e de empregados.

Entre segunda-feira, 2 de dezembro, e 7 de dezembro, o comércio funcionará das 8h às 20h. Já no dia 8,   domingo, feriado municipal da padroeira da cidade, Imaculada Conceição, o comércio poderá abrir das 8h às 16h.

Já a partir do dia 9 e prosseguindo até o dia 23, as lojas poderão funcionar das 8h às 22h, com exceção dos sábados, que serão das 8h às 20h e dos domingos, das 9h às 18h.

Na véspera de Natal o comércio funciona das 8h às 18h, fecha no dia 25 e reabre dia 26 em horário normal, das 8h às 18h. No dia 31 o funcionamento será das 8h às 17h.

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Cerca de 50 indígenas precisaram de atendimento médico após confronto

Equipe do Hospital Universitário foi ao local e passou a tarde dando assistência aos feridos

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Aproximadamente 50 indígenas precisaram de atendimento médico após o confronto com policiais do Batalhão de Choque, nessa quarta-feira (27), em Dourados, a 251 km de Campo Grande. Além das duas mulheres encaminhadas para o Hospital da Vida com ferimentos mais graves, uma equipe do Hospital Universitário da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) realizou atendimento no local durante toda a tarde.

Os atendimentos foram, em maioria, de indígenas que relataram dores e ferimentos causados por balas de borracha. Foram realizados aproximadamente 20 curativos em ferimentos desse tipo, administradas 20 medicações para dor e mal-estar, além de oito aferições de pressão arterial em pessoas hipertensas.

Entre os integrantes da equipe estavam um médico, dois enfermeiros, cinco residentes de saúde indígena e duas acadêmicas de medicina.

Conflito – A Polícia Militar usou balas de borracha e bombas de gás para desbloquear a MS-156, ocupadas por indígenas. Moradores das Aldeias Bororó e Jaguapiru relatam falta de diálogo e alegam que a ação policial foi motivada pela falta de água potável na região, apesar de iniciativas governamentais para solucionar o problema, incluindo o fornecimento de água por caminhões-pipa e a perfuração de novos poços.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública afirma que a ação policial ocorreu após esgotadas as negociações, para garantir direitos constitucionais. O incidente também resultou em ferimentos em 12 policiais e danos a viaturas.

(Fonte: CampoGrandeNews. Foto: Divulgação)

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