Há pouco mais de uma semana uma (nem tão) simples ligação mudou a vida de Matheus Henrique de Freitas Soar, estudante de apenas 15 anos. O telefonema recebido durante a tarde anunciava que naquele momento o rapaz receberia um rim. Apesar da pouca idade, por conta de complicações de saúde, ele precisava de um transplante renal.
Até que esse dia tão esperado chegasse, o adolescente ficou quatro meses em diálise peritoneal, e com isso acabou deixando de lado atividades comuns aos jovens de sua idade. “Esse ano, por conta do tratamento, eu deixei de fazer muitas coisas que eu gosto, como estudar, sair com a minha família, trabalhar e me divertir”, fala referindo-se ao projeto que tinha de iniciar como Menor Aprendiz.
Matheus estava em casa, quando a mãe, dona Rosângela, recebeu uma ligação dizendo que havia um doador compatível para o filho. No primeiro momento, para poupá-lo de fortes emoções, ela desconversou sobre do que se tratava a conversa com a pessoa do outro lado da linha. Mais tarde, quando o pai do garoto, senhor Francisco, chegou do trabalho, nessa noite, mais tarde que o normal, a notícia foi compartilhada entre a família.
“Foi uma surpresa muito agradável, muito gratificante chegar em casa e receber essa notícia, porque a gente acompanha o sofrimento dele e o sonho da gente é que isso acabasse o mais rápido possível”, falou o pai visivelmente emocionado.
Tímido, Matheus conta sua reação quando soube o que deixara a mãe tão feliz e ansiosa ao mesmo tempo. “No começo, quando a minha mãe falou que tinha um rim para mim fiquei sem reação, mas depois eu fiquei muito feliz em saber que eu ia conseguir passar pelo transplante”.
Já no dia seguinte à boa notícia, às 7 horas da manhã, Matheus e os pais já estavam na recepção de internação do Hospital Unimed Campo Grande, onde o transplante renal foi realizado. À medida que as horas iam passando e se aproximando do procedimento, a ansiedade também aumentava. “Hoje eu estou um pouco ansioso, com um pouco de medo, mas muito feliz também”, limitou-se a dizer o adolescente.
O pai do garoto, quem o acompanhou enquanto esteve internado, agradeceu a família do doador. “Só tenho a agradecer principalmente aos familiares que permitiram a doação desse rim para o meu filho mesmo nesse momento tão difícil para eles, que Deus abençoe eles todos. Nós estamos muito felizes porque agora é uma nova fase na vida do meu filho”.
Dr. Guilherme Salati Stangarlin, cirurgião que realizou o transplante renal, disse que o paciente se recupera muito bem e destacou que agora ele passará por um período de adaptação. “Ele está evoluindo bem no pós-operatório, com o rim transplantado funcionando bem. Em breve o Matheus terá uma vida quase normal, com mais liberdade e qualidade. Os dois primeiros meses são mais críticos, um período de adaptação à nova realidade, com restrição ao esforço físico e cuidados com o local da cirurgia. Depois fará acompanhamento com consultas periódicas com a equipe de transplante renal da Unimed Campo Grande”.
Já em casa, Matheus se recupera da cirurgia e ansioso novamente, mas dessa vez para voltar a fazer tudo o que o tratamento o privou. “Primeiro eu quero voltar a estudar, arrumar um emprego e depois quero sair e viajar”, finaliza.
Transplante Renal no Hospital Unimed Campo Grande
O Hospital Unimed Campo Grande é credenciado pelo Ministério da Saúde desde o início de 2020 para realização de transplantes renais, sem contar que é o único da rede privada de Mato Grosso do Sul a contar com o serviço. Além do transplante, a unidade hospitalar realiza a captação de órgãos.
Vale destacar que o serviço oferecido pelo Hospital Unimed Campo Grande beneficia toda a sociedade e não apenas beneficiários do plano, pois antes muitos órgãos captados aqui eram enviados para atender pacientes de outros estados do Brasil por falta de leitos.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)