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Cidades

Seminário de regulação aponta caminhos para MS no cenário de transição energética

Mudanças na geração, distribuição e na relação de consumo são desafios para melhorar regulamentação e impulsionar desenvolvimento sustentável

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A geração de energia elétrica de forma mais sustentável e a mudança na forma como o insumo é disponibilizado ao consumidor são caminhos sem volta e desafios que requerem esforço de governos, agências reguladoras, concessionárias, novos investidores e consumidores. A discussão do tema “Fontes Renováveis e a modernização do setor elétrico”, ocorrida nesta quinta-feira (9) em seminário promovido pela Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos), mostrou que é possível e necessário avançar no modelo existente no Estado e no País, com uma transição que garanta o abastecimento e que não eleve custos.

Em mais um dia de auditório cheio, o diretor-presidente da Agems, Carlos Alberto de Assis, celebrou o sucesso do Seminário, apontando o alto nível das exposições. “Os convidados trouxeram profundos conhecimentos. Foram dois dias de excelente conteúdo”, avaliou, ao término do painel sobre energia e sustentabilidade. “O nosso Estado está em desenvolvimento, tem várias matrizes de fontes renováveis, tem um governo que pensa o futuro e que oferece liberdade para a agência fazer suas entregas”, disse.

Transição energética

Com a mediação do diretor de Gás e Energia da Agems, Valter Silva, o painel técnico reuniu especialistas de diferentes segmentos.

Representando a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o superintendente de Fiscalização dos Serviços de Geração, Gentil de Sa Junior, mostrou que a transição já está em andamento. Apesar de o Brasil possuir cerca de 85% de sua geração proveniente de fontes renováveis, as novas opções geradoras se expandem e o modelo de relação entre fornecedor e consumidor também segue para um mercado cada vez mais aberto em relação ao que é hoje.

O crescimento da geração fotovoltaica e inovações como a proposta de geração híbrida – que une solar e eólica – são exemplos disso. E a regulação tem um papel importante. “A regulação acompanha o desenvolvimento dos negócios, como agora, em que a tendência é de cada vez mais ter geração descentralizada. A regulação atua no cenário existente, mas também se amolda ao que vem pela frente”, analisou.

O desafio é equilibrar a necessidade de energia e o real montante que as novas fontes geram, que ainda não supre o que deixa de ser gerado pela redução de investimentos nas fontes tradicionais. Nesse sentido, o aprimoramento das políticas públicas e dos regulamentos devem avançar.

Ações de Governo

Para o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Produção, Jaime Verruck, a regulamentação existente hoje não é suficiente para atender a totalidade desse novo mercado que se apresenta, e as agências reguladoras terão bastante trabalho. Além dos aspectos técnicos, ele lembra que é preciso olhar para a questão dos preços, já que quando se fala em abrir mercado, o consumidor espera a redução de custos.

No que cabe a decisões de Governo, Mato Grosso do Sul está avançando na política de energia sustentável, informou Verruck. O diagnóstico do potencial de biogás, os inventários de potencial para PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), já feito no Rio Pardo e que será feito nos rios Verde e Sucuriú; o apoio à expansão da energia solar; estudos recentes de geração eólica e diversos licenciamentos autorizados estão entre as principais ações. “As alternativas que temos de energia renovável existem, precisamos de flexibilização das regras de mercado, financiamento e regulamentação”, enumera o secretário.

Gás natural

Embora não renovável, o gás natural é uma importante fonte alternativa e está em crescimento, informou o presidente da MSGás, Rui Pires dos Santos. Entre os novos projetos está o de levar o gás a novas cidades além de Campo Grande, Três Lagoas e Corumbá, onde o serviço existe hoje.

“Tem uma possibilidade bem grande de ir para Ladário, com uma nova termelétrica, e Sidrolândia, como um primeiro passo na extensão da rede distribuidora até Dourados”, anunciou. Outro fator de otimismo é que o projeto da rota bioceânica considera Sidrolândia como ponto de abastecimento, o que abre perspectiva para massificar o fornecimento de GNV (Gás Natural Veicular) na localidade.

Distribuição e universalização

Paralelo aos projetos do Governo e da concessionária de gás, a principal distribuidora de energia elétrica de Mato Grosso do Sul também trabalha com os novos cenários que se abrem. Segundo o presidente da Energisa MS, Marcelo Vinhaes Monteiro, as mudanças que estão ocorrendo na regulação do setor não surpreendem, porque as distribuidoras já vêm se preparando para absorver e participar de mudanças como o crescimento da geração de energia solar e a abertura de mercado que deixa o consumidor mais livre. “Tem muita coisa que o cliente quer hoje e que não constava quando a regulação foi desenhada. Entendemos que é preciso uma revolução”, afirmou Vinhaes.

E o boom da energia solar serviu a um projeto social que acabou premiado internacionalmente, por levar energia elétrica a uma comunidade ribeirinha isolada à beira do Rio Paraguai, em Mato Grosso do Sul. Governos federal e estadual, agências reguladoras e concessionária se uniram para fazer chegar a luz elétrica a cerca de 200 famílias que nunca tiveram acesso ao serviço.

O Ilumina Pantanal usou o sistema fotovoltaico para essa universalização, dispensando a implantação de redes normais de distribuição, que seria caro e impactaria o meio ambiente.  O projeto foi destacado pelo secretário Jaime Verruck e o presidente da Energisa como um grande exemplo de sucesso, reconhecido na COP21 – a Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas – como o melhor projeto de energia solar do mundo.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Dourados terá nova edição do Festival Paralímpico no fim de semana

A ação mobiliza as escolas municipais, estaduais e especializadas de Dourados e municípios vizinhos.

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Dourados voltará a receber o Festival Paralímpico Loterias Caixa 2024.  O evento, promovido pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) e organizado pela Associação Esportiva Dourados Paralímpico, acontece no próximo sábado, dia 21 de setembro, no Clube Indaiá.

O objetivo é promover a inclusão social e a interação de alunos com deficiências física, intelectual, visual, surdo, autista, deficiências múltiplas e um percentual de alunos sem deficiências por meio do experimento nas modalidades esportivas adaptadas.

A ação mobiliza as escolas municipais, estaduais e especializadas de Dourados e municípios vizinhos.

Mais de 200 alunos na faixa etária de 8 a 17 anos da rede pública, privada e escolas especializadas estão inscritos para o evento.

Outras informações pelo telefone (67) 99881-3226.

(Fonte: DouradosNews. Foto: Divulgação)

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Encontros com a Indústria reúne quatro candidatos à prefeitura de Dourados

O atual prefeito e candidato à reeleição, Alan Guedes, valorizou a oportunidade de dialogar com representantes da indústria local.

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A Fiems promoveu nesta segunda-feira (16/09) uma sabatina com os candidatos à prefeitura de Dourados. O evento faz parte do projeto “Encontros com a Indústria”, que tem como objetivo apresentar as demandas das indústrias e ouvir as propostas dos candidatos para o segmento caso sejam eleitos. A sabatina foi realizada no auditório do Senai e contou com a presença de empresários do setor industrial e representantes de entidades de classe.

Representando no encontro o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o chefe de gabinete da presidência, Robson Del Casale, destacou a relevância da indústria de Dourados para a economia sul-mato-grossense e citou os desafios do próximo gestor municipal.

“A indústria em Dourados emprega mais de 16 mil trabalhadores e participa com US$ 400 milhões em receitas de exportação, mas tem potencial para muito mais. Não avança por conta de problemas como burocracia e falta de infraestrutura. Cabe ao poder público municipal oferecer facilidades aos empresários para gerar empregos e atrair novos investimentos”.

Foram convidados os quatro candidatos mais bem colocados nas últimas pesquisas de intenção de voto. A sequência das apresentações foi definida por ordem alfabética dos candidatos na urna.

O atual prefeito e candidato à reeleição, Alan Guedes, valorizou a oportunidade de dialogar com representantes da indústria local.

“A Fiems tem um histórico de participação muito efetiva na vida de Mato Grosso do Sul, e em Dourados não é diferente. Temos uma grande cidade, com número alto de indústrias e grande contingente de trabalhadores. Poder ouvir os industriais é uma oportunidade de aperfeiçoar as ações da nossa gestão. Fizemos um grande diálogo durante os três anos e meio da minha gestão, e agora, mais experientes e com a cidade organizada, temos convicção de que faremos uma segunda gestão ainda melhor, com o apoio do setor industrial”.

Ao elogiar a iniciativa, Bela Barros agradeceu pela chance de transmitir suas ideias ao eleitorado por meio da sabatina.

“Através dessa oportunidade, podemos levar ao nosso cidadão as nossas propostas. Que outros eventos dessa natureza possam também surgir, principalmente para mim, que não tenho horário político no rádio e na TV e só uso as redes sociais. Com eventos assim, podemos fazer nossas propostas chegarem a todos os cidadãos do município de Dourados”.

O candidato Marçal Filho fez uma avaliação positiva do encontro e ressaltou seu compromisso com o desenvolvimento da indústria em Dourados.

“Dourados precisa ter muito claro que é a capital da agroindústria, atraindo novas indústrias ou dando incentivo àquelas que já estão aqui para aumentar o número de empregos. Enquanto poder público, precisamos dar todas as condições para que essas indústrias se instalem aqui. A avaliação que faço deste encontro é muito positiva, porque permite o contato com as pessoas que representam esse segmento e investem no ramo em Dourados”.

Para o candidato Thiago Botelho, a sabatina representou a oportunidade de falar diretamente aos empresários que possuem negócios em Dourados.

“Quem é prefeito precisa se relacionar com o pequeno e o grande empresário, aqueles que geram emprego e renda ao município. Se o empresariado vai bem, a prefeitura também vai bem, porque arrecada mais. Estou muito animado porque tivemos oportunidade de apresentar nosso programa de governo, que tem programas para indústria e comércio. Tenho certeza de que vamos ganhar a eleição e voltaremos a colocar a Fiems como grande parceira da administração municipal”.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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No teatro Dom Bosco, peça “O Deus de Spinoza” chega a Campo Grande em outubro

Depois do sucesso em teatros de São Paulo, agora é a vez de Campo Grande receber o espetáculo no dia 5 de outubro.

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O espetáculo “O Deus de Spinoza”, com texto de Régis de Oliveira e direção de Luiz Amorim, tem apresentação marcada para o dia 5 de outubro, sábado, em Campo Grande. Após quatro temporadas de sucesso em São Paulo, no Teatro Itália e Teatro UOL, a peça estará em cartaz às 19h30, na Capital, no Teatro Dom Bosco, localizado na Avenida Mato Grosso. Os ingressos estão disponíveis a partir de R$ 30 (meia) e R$ 60 (inteira), com vendas online. A classificação indicativa é de 12 anos.

 

Com um cenário imersivo, figurinos detalhados e música ao vivo, o espetáculo conduz o público a uma jornada instigante, discutindo temas como a existência de Deus, o papel da alma e a fragilidade humana. A obra retrata um encontro entre o filósofo Baruch de Spinoza, após sua condenação pelo Conselho de Rabinos de Amsterdã, e o editor de livros Ian Reuwertsz. As conversas levantam questões profundas sobre a natureza, as crenças, o cosmos e as emoções humanas, tudo amparado por diálogos intensos e confrontos de ideias.

 

“O público terá a oportunidade de ver um filósofo que viveu séculos atrás, mas que tem muito a dizer sobre os dilemas contemporâneos. Spinoza falava sobre a importância do livre pensamento, e outros temas que ainda são muito atuais”, afirma o diretor Luiz Amorim. “E a peça tem o mérito de trazer o pensamento de Spinoza de maneira acessível, simples e ao mesmo tempo envolvente, sem perder a profundidade de suas reflexões.”

 

O ator Bruno Perillo, que interpreta Baruch de Spinoza, destacou o desafio de dar vida a uma figura histórica tão complexa. “Tive que mergulhar profundamente nas ideias de Spinoza para entender sua filosofia e transformá-la em ação no palco. Além disso, trabalhamos muito a composição física do personagem, considerando suas características reais, como os problemas respiratórios que teve ao longo da vida”, conta o ator, que em determinado momento da trama toca guitarra, reforçando o caráter transgressor e atual do personagem.

 

A peça também conta com a atuação de Juliano Dip, jornalista da Band e ex-repórter do CQC, no papel de Ian Reuwertsz, amigo e editor de Spinoza. “Interpretar Ian foi uma experiência enriquecedora. Ele é quem publica as obras de Spinoza após sua morte, perpetuando o seu legado. Além disso, faço o narrador, que costura a história, dando contexto ao espetáculo”, comenta Dip, que afirma ter “fascinação por discussões filosóficas”. Trabalhei no Vaticano, então, a peça me pegou de imediato”.

 

Régis de Oliveira, autor da peça, destacou sua paixão pelo filósofo que inspirou o texto. “Estudo filosofia há quase 20 anos e Spinoza sempre me impressionou. Ele enfrentou o julgamento de sua própria comunidade com coragem e uma convicção absoluta em suas ideias. Sua concepção de Deus, do mundo e das emoções humanas continua sendo uma das mais marcantes na história do pensamento.”

 

E se o enredo já não fosse envolvente o suficiente, no palco, ainda há música ao vivo, executada por uma banda com músicas sefarditas (descendente de antigos judeus de Portugal ou Espanha), o que dá um toque especial à peça, enriquecendo a experiência sensorial do público. Trabalho esse que é executado pelos músicos Marcus Veríssimo, e Gabriel Ferrara, além de Laura Visconti (voz e teclado), indicada ao Prêmio Bibi Ferreira pela direção musical do espetáculo Beetlejuice.

 

 “As canções sefarditas, típicas do século XVII, são um elemento forte na dramaturgia. Elas nos transportam para a época de Spinoza, com arranjos que dialogam com o ambiente do espetáculo. Além dos músicos, os atores também participam da performance musical, contribuindo para o clima envolvente da peça”, explica Luiz Amorim..

 

Com reflexões filosóficas e momentos de leveza e humor, “O Deus de Spinoza” promete emocionar o público de Campo Grande. “É um espetáculo que tem de tudo: boa música, conflitos de pensamento e, acima de tudo, uma mensagem poderosa sobre liberdade”, conclui o diretor.

 

Não perca essa oportunidade única de assistir a um dos espetáculos mais elogiados do momento. O evento é promovido pela Maktub Produções e mais informações podem ser obtidas pelo Instagram @mktproducoeseventos ou pelo telefone (67) 98117-6000. Acompanhe a peça pelo Instagram (@odeusdespinoza).

 

Serviço

Peça “O Deus de Spinoza” em Campo Grande

Data: 5 de outubro (sábado)

Horário: às 19h30

Local: Teatro Dom Bosco – Av. Mato Grosso, 225 – Centro, Campo Grande

Ingressos: A partir de R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)

Vendas pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/o-deus-de-spinoza/2604803

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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