Com foco na retomada da economia e no desenvolvimento sustentável, o governador Reinaldo Azambuja teve uma série de agendas e eventos importantes nesta semana, onde tratou avanço para Rota Bioceânica e para implantação da Nova Ferroeste, assim como apresentou projetos voltados ao meio ambiente, entre eles o que torna tornando área de preservação permanente os banhados das Nascentes do Rio da Prata e do Rio Formoso.
Nas agendas em Brasília, o governador se reuniu na quarta-feira (24) com a presidência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) para pedir a liberação da licença ambiental prévia da Nova Ferroeste, que vai seguir de Maracaju até Cascavel. A intenção é obter este documento para fazer a concessão do projeto à iniciativa privada, por meio de leilão na Bolsa de Valores.
Ele foi acompanhado pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior, que está frente deste projeto, em parceria com Mato Grosso do Sul. “O projeto da Nova Ferroeste é estratégico para nós sob o ponto de vista da logística e também da competitividade. No futuro, com a viabilização da ferrovia, o nosso Estado vai diminuir a exportação de commodities e ampliar a exportação”, explicou o governador.
Na Capital Federal, o governador também se reuniu com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, onde este o convidou para participar da ordem de serviço da principal obra da rota bioceânica, que é a ponte sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta. O evento vai ocorrer no dia 13 de dezembro.
“É uma alegria ver esse projeto de integração bioceânica se transformando em realidade. Era um sonho antigo dos brasileiros e também dos paraguaios. Essa ponte vai integrar o Centro Oeste brasileiro e interiorizar o desenvolvimento na região do Chaco paraguaio”, descreveu.
Projetos de lei
Na quinta-feira (26) o governador tomou novas medidas em defesa do meio ambiente e em favor do desenvolvimento sustentável. Entre eles a entrega de projeto que torna área de preservação permanente os banhados das Nascentes do Rio da Prata e do Rio Formoso, nas cidades de Jardim e Bonito, que se tratam de 13.659 hectares.
“Anos atrás algumas intervenções humanas nos banhados causaram o turvamento das águas cristalinas dos rios. Entendemos que tínhamos que fazer uma ação de proteção. Então, essa área vai ficar intocável. Os proprietários podem vender como cota de reserva legal, mas não vão poder fazer nenhum tipo de atividade”, ressaltou o governador.
Também reforçou seu compromisso com o Estado Carbono Neutro, ao participar do Seminário Negócios de Carbono e Sustentabilidade. “O Programa Estado Carbono Neutro tem desde 2015 delineado políticas públicas, exemplo Novilho Precoce, Carne Orgânica do Pantanal e Ilumina Pantanal, que ontem foi premiado como melhor programa de geração solar e sustentabilidade do mundo todo”, destacou.
Depois de ajustes, o governador enviou novamente na quinta-feira os projetos para restruturação das carreiras da Polícia Civil e Militar, assim como Corpo de Bombeiros. “Essas discussões são permanentes. Então, ajustamos discussões, conforme pedidos das categorias e estamos voltando à Assembleia os projetos consensuados com todos os representantes das categorias”, ponderou.
Conferência
O governador ainda participou da 24° Conferência da Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais), onde na abertura do evento defendeu o papel “pacificador” do Poder Legislativo e incentivou a discussão de pautas propositivas, que possam ter como foco a retomada da economia.
Convidado para participar do painel de debate sobre “Gestão de Inovação com Governadores”, Reinaldo Azambuja que busca tornar Mato Grosso do Sul um Estado “moderno e ágil”, por criou 87 plataformas digitais, que são usadas por 27 mil pessoas por dia.
“A inovação e modernização do Estado sempre foi prioridade, para reduzir a burocracia e facilitar o acesso das pessoas aos serviços públicos. Criamos 87 plataformas digitais, que atendem diferentes setores. Tínhamos Agenfas (Agências Fazendárias) em 79 cidades, depois reduzimos para 46, porque não havia mais necessidade”, destacou.
A requisição de pequeno valor (RPV), que é o pagamento que o ente público é condenado a pagar por meio de processo judicial, poderá ter como teto 40 salários mínimos em Mato Grosso do Sul. É o que estabelece o Projeto de Lei 276/2024, protocolado na Assembleia Legislativa (ALEMS) nesta terça-feira (26) pela deputada Gleice Jane (PT).
A proposta altera a Lei 2.586/2002, que define a obrigação de pequeno valor. O RPV vigente, conforme disposto nessa lei, tem o limite de 515 Unidades Fiscais de Referência de Mato Grosso do Sul (Uferms). Na redação proposta, o valor passa a ser igual ou inferior a 40 salários mínimos. A alteração, segundo justifica Gleice Jane, atende ao parágrafo terceiro do artigo 100 da Constituição Federal.
O projeto “visa garantir maior efetividade na prestação jurisdicional, ao assegurar que os créditos de menor valor, reconhecidos por decisão judicial transitada em julgado, sejam pagos de forma célere e eficaz”, afirma a parlamentar. A mudança também “é necessária para atualizar os valores à realidade econômica atual, corrigindo defasagens que prejudicam os credores de menor porte e, consequentemente, a própria eficácia da Justiça”, acrescenta.
A previsão é que a proposta seja apresentada na sessão ordinária desta quarta-feira (27). Depois, fica em período de pauta para recebimento de emendas e segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Se o parecer quanto à constitucionalidade for favorável, continua tramitando com votações nas comissões de mérito e no Plenário.
Nos últimos anos, a falta de água potável tem se tornado um problema cada vez mais grave nas aldeias indígenas de diversas regiões do Estado. O acesso à água, recurso essencial para a saúde, é uma luta para muitas dessas comunidades e tem sido constantemente debatida pelos parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Na sessão desta terça-feira (26), os parlamentares voltaram a cobrar uma solução do governo.
Pedro Kemp (PT) foi o primeiro a tratar sobre o tema, solicitando uma força-tarefa das autoridades federais e estaduais para sanar a crise hídrica nas aldeias Bororó e Jaguapiru, localizadas no município de Dourados. “Moradores têm relatado a falta de água para beber, cozinhar, lavar roupas e tomar banhos, condições que afetam o dia a dia dessas pessoas, fazendo, inclusive, com que as crianças percam aula por falta de roupa limpa.
Conforme Kemp, os reservatórios das aldeias estão vazios, as crianças estão coletando água em córregos, o que agrava ainda mais a situação diante da contaminação por agrotóxico. “Diante de toda a situação de calamidade, os índios estão bloqueando rodovias em forma de protesto. Em 2023, o Governo do Estado, através da Sanesul, elaborou um projeto para solucionar a crise hídrica nas aldeias de Dourados. Orçado em R$ 35 milhões, foi inserido no PAC [Programa de Aceleração e Crescimento], entretanto, até o presente momento ainda não há notícias de que tenha sido colocado em prática”, informou.
Lia Nogueira (PSDB) também cobrou uma ação rápida do governo. “Isso já se arrasta há mais de 20 anos. Existe projeto para que água seja levada às aldeias e outros municípios, como Paranhos e Amambai, mas não sai do papel. Não dá mais para esperar, chegou ao limite. O governo precisa intensificar os esforços para garantir o acesso à água nas comunidades indígenas”, disse a deputada.
As sessões plenárias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal foram encerradas na noite desta quarta-feira (13) após o registro de explosões perto do prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a Polícia Legislativa das duas casas está ajudando na apuração das circunstâncias do fato.
Ele também afirmou que a segurança nas duas casas está sendo reforçada. “É o momento de se aferir as circunstâncias e todos terem as cautela e as precauções devidas. É natural que, diante do acontecimento que foi noticiado, é óbvio que toda força de segurança tem que estar em alerta nesse instante”.
Pacheco lamentou o ocorrido e a morte de uma pessoa. “Lamento se tem uma pessoa morta, manifestamos toda a nossa solidariedade e lamentamos sem conhecer as circunstâncias”.
Ele também lembrou os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, quando centenas de pessoas invadiram e depredaram o prédios públicos de brasília. “Foi muito triste e relevante e mudou todos os padrões de segurança dos Três Poderes”.
O 2º vice-presidente da Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), suspendeu a sessão depois de receber as informações das explosões e da morte. “Estamos com seguranças em todos os acessos para garantir a nossa saída daqui a nossos lares”, afirmou.
Explosão
Policiais militares fazem uma varredura na Praça dos Três Poderes após duas explosões terem ocorrido na noite de hoje perto do prédio do STF. O Corpo de Bombeiros confirmou a morte de uma pessoa.
A perícia também está no local.
O acesso de pedestres e carros à Esplanada dos Ministérios foi fechado em decorrência das explosões, que ocorreram por volta das 19h30.
Em nota, o STF disse que foram “ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança”. “Os servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela”, acrescenta. O público que participava da sessão que analisava ação sobre letalidade policial em favelas foi retirado às pressas. As explosões foram ouvidas após o encerramento da sessão.