fbpx
Connect with us

Cidades

Estudo apresenta cenários preocupantes para áreas úmidas do Corredor Azul Paraná-Paraguai

Estado estudam ações para mitigar risco do fogo

Publicado

on

São quatro os possíveis cenários projetados para o Pantanal e outras áreas úmidas existentes ao longo do percurso dos rios Paraná e Paraguai (Esteros des Iberá e o Delta do Paraná) num período de 10 a 30 anos, e apenas um aponta para a reversão do processo de degradação contínua que pode aprofundar os problemas ambientais já percebidos nessas regiões. O estudo conduzido pelo especialista prestigiado no assunto, dr. Gilberto Gallopín, foi encomendado pela Organização Não-Governamental Wetlands International LAC (Latino-America y Caribe) e apresentado durante evento híbrido realizado na manhã desta terça-feira (16), com transmissão a partir do Centro Cultural Kirchner, em Buenos Aires (Argentina), para o canal da ONG no Youtube.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, participou do evento e elencou as ações que estão sendo desenvolvidas pelo Estado para mitigar os problemas ambientais registrados no Pantanal e também na Bacia do Rio Paraná. “Fica muito evidente, no caso especificamente do Pantanal, que sem intervenções diretas nas regiões do Planalto não vamos conseguir fazer com que se mantenha os processos das áreas úmidas seculares que é o que garante a irrigação do Pantanal”, frisou Verruck.

Nesse caso em particular, o secretário destacou o início das atividades no rio Taquari, pontuando a necessidade de se buscar recursos internacionais para executar todas as ações que abarcam o Projeto Taquari, tanto no planalto quanto na planície pantaneira. O secretário enfatizou, ainda, a necessidade de se focar na manutenção da hidrovia Paraná-Paraguai, “que é outro ponto importante quando se fala em uso múltiplo das águas”. Um exemplo citado por ele foi que, nesse ano, fez-se a opção pela geração de energia ao invés de priorizar a vazão do rio, o que comprometeu a navegabilidade.

Cenários

O estudo apresentado por Gilberto Gallopín toma como base as diferentes forças que atuam nessas regiões e o que pode ocorrer dependendo de algumas variáveis. O primeiro cenário pressupõe que a situação continue como está, sem que nenhuma variável se altere significativamente. No segundo cenário, haveria prevalência das prioridades econômicas sobre outras questões e no terceiro, uma aposta em que soluções tecnológicas seriam capazes de reverter os impactos ambientais causados pela exploração desequilibrada do meio. Nesses três casos a prospecção é de aprofundamento da degradação, empobrecimento das populações tradicionais e graves consequências para todo o meio ambiente.

Só haverá esperança se o quarto cenário – Fim da Infância – for alcançado. Nesse caso, depende de ações urgentes e abrangentes das autoridades e de todos os demais atores presentes nessas regiões para reverter o processo de degradação e implantar uma política de exploração econômica que atenda ao equilíbrio socioambiental. “Esses cenários não são profecias, são explorações do futuro. Possíveis cursos de ação que se derivam da situação inicial e de supostas influências que podem direcionar as forças impulsoras”, afirmou Gallopín.

O secretário Jaime Verruck chama a atenção para alguns gargalos que precisam ser superados de imediato a fim de se conduzir uma política abrangente sobre o tema. “O que indagamos é: qual a governança que temos sobre esse corredor? Porque, na verdade, são governanças nacionais e subnacionais, o que cria uma dificuldade enorme para desenvolver alguma lógica de política pública integrada. Esse é um grande problema.”

Inventário

Outro ponto levantado no debate foi a necessidade de se fazer um inventário de todas as ações subnacionais que estão ocorrendo dentro do corredor. No caso de Mato Grosso do Sul, o secretário Jaime Verruck citou como principal medida o reconhecimento da Planície Pantaneira como Área de Uso Restrito desde 2015, o que impede a retirada da vegetação nativa, restringe a implantação de atividades poluidoras e garante a conservação de no mínimo 50% do bioma.

Citou também o início das ações no Rio Taquari e o acordo recente com a Itaipu Binacional que garantiu R$ 20 milhões para ações de conservação do solo nas áreas ao longo do rio Paraná, impedindo o surgimento de processos erosivos e garantindo a preservação das áreas úmidas e nascentes existentes ali. Por fim, Verruck lembrou do projeto Ilumina Pantanal que vai levar energia elétrica através de placas solares em ambientes isolados e “que é uma forma da gente proporcionar melhores condições de vida às populações indígenas, ribeirinhas e também aos produtores rurais, sendo que essa é uma das questões colocadas: como se gerar desenvolvimento sustentável, preservando as atividades econômicas tradicionais que existem nessas áreas”.

A apresentação do estudo de Gilberto Gallopín foi seguida por uma mesa de debates e intercâmbios com participação de autoridades nacionais e subnacionais, pesquisadores e representantes de organismos civis dos países banhados pelos rios Paraguai e Paraná.

Continue Lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cidades

Dourados terá nova edição do Festival Paralímpico no fim de semana

A ação mobiliza as escolas municipais, estaduais e especializadas de Dourados e municípios vizinhos.

Publicado

on

Dourados voltará a receber o Festival Paralímpico Loterias Caixa 2024.  O evento, promovido pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) e organizado pela Associação Esportiva Dourados Paralímpico, acontece no próximo sábado, dia 21 de setembro, no Clube Indaiá.

O objetivo é promover a inclusão social e a interação de alunos com deficiências física, intelectual, visual, surdo, autista, deficiências múltiplas e um percentual de alunos sem deficiências por meio do experimento nas modalidades esportivas adaptadas.

A ação mobiliza as escolas municipais, estaduais e especializadas de Dourados e municípios vizinhos.

Mais de 200 alunos na faixa etária de 8 a 17 anos da rede pública, privada e escolas especializadas estão inscritos para o evento.

Outras informações pelo telefone (67) 99881-3226.

(Fonte: DouradosNews. Foto: Divulgação)

Continue Lendo

Cidades

Encontros com a Indústria reúne quatro candidatos à prefeitura de Dourados

O atual prefeito e candidato à reeleição, Alan Guedes, valorizou a oportunidade de dialogar com representantes da indústria local.

Publicado

on

A Fiems promoveu nesta segunda-feira (16/09) uma sabatina com os candidatos à prefeitura de Dourados. O evento faz parte do projeto “Encontros com a Indústria”, que tem como objetivo apresentar as demandas das indústrias e ouvir as propostas dos candidatos para o segmento caso sejam eleitos. A sabatina foi realizada no auditório do Senai e contou com a presença de empresários do setor industrial e representantes de entidades de classe.

Representando no encontro o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o chefe de gabinete da presidência, Robson Del Casale, destacou a relevância da indústria de Dourados para a economia sul-mato-grossense e citou os desafios do próximo gestor municipal.

“A indústria em Dourados emprega mais de 16 mil trabalhadores e participa com US$ 400 milhões em receitas de exportação, mas tem potencial para muito mais. Não avança por conta de problemas como burocracia e falta de infraestrutura. Cabe ao poder público municipal oferecer facilidades aos empresários para gerar empregos e atrair novos investimentos”.

Foram convidados os quatro candidatos mais bem colocados nas últimas pesquisas de intenção de voto. A sequência das apresentações foi definida por ordem alfabética dos candidatos na urna.

O atual prefeito e candidato à reeleição, Alan Guedes, valorizou a oportunidade de dialogar com representantes da indústria local.

“A Fiems tem um histórico de participação muito efetiva na vida de Mato Grosso do Sul, e em Dourados não é diferente. Temos uma grande cidade, com número alto de indústrias e grande contingente de trabalhadores. Poder ouvir os industriais é uma oportunidade de aperfeiçoar as ações da nossa gestão. Fizemos um grande diálogo durante os três anos e meio da minha gestão, e agora, mais experientes e com a cidade organizada, temos convicção de que faremos uma segunda gestão ainda melhor, com o apoio do setor industrial”.

Ao elogiar a iniciativa, Bela Barros agradeceu pela chance de transmitir suas ideias ao eleitorado por meio da sabatina.

“Através dessa oportunidade, podemos levar ao nosso cidadão as nossas propostas. Que outros eventos dessa natureza possam também surgir, principalmente para mim, que não tenho horário político no rádio e na TV e só uso as redes sociais. Com eventos assim, podemos fazer nossas propostas chegarem a todos os cidadãos do município de Dourados”.

O candidato Marçal Filho fez uma avaliação positiva do encontro e ressaltou seu compromisso com o desenvolvimento da indústria em Dourados.

“Dourados precisa ter muito claro que é a capital da agroindústria, atraindo novas indústrias ou dando incentivo àquelas que já estão aqui para aumentar o número de empregos. Enquanto poder público, precisamos dar todas as condições para que essas indústrias se instalem aqui. A avaliação que faço deste encontro é muito positiva, porque permite o contato com as pessoas que representam esse segmento e investem no ramo em Dourados”.

Para o candidato Thiago Botelho, a sabatina representou a oportunidade de falar diretamente aos empresários que possuem negócios em Dourados.

“Quem é prefeito precisa se relacionar com o pequeno e o grande empresário, aqueles que geram emprego e renda ao município. Se o empresariado vai bem, a prefeitura também vai bem, porque arrecada mais. Estou muito animado porque tivemos oportunidade de apresentar nosso programa de governo, que tem programas para indústria e comércio. Tenho certeza de que vamos ganhar a eleição e voltaremos a colocar a Fiems como grande parceira da administração municipal”.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Continue Lendo

Cidades

No teatro Dom Bosco, peça “O Deus de Spinoza” chega a Campo Grande em outubro

Depois do sucesso em teatros de São Paulo, agora é a vez de Campo Grande receber o espetáculo no dia 5 de outubro.

Publicado

on

O espetáculo “O Deus de Spinoza”, com texto de Régis de Oliveira e direção de Luiz Amorim, tem apresentação marcada para o dia 5 de outubro, sábado, em Campo Grande. Após quatro temporadas de sucesso em São Paulo, no Teatro Itália e Teatro UOL, a peça estará em cartaz às 19h30, na Capital, no Teatro Dom Bosco, localizado na Avenida Mato Grosso. Os ingressos estão disponíveis a partir de R$ 30 (meia) e R$ 60 (inteira), com vendas online. A classificação indicativa é de 12 anos.

 

Com um cenário imersivo, figurinos detalhados e música ao vivo, o espetáculo conduz o público a uma jornada instigante, discutindo temas como a existência de Deus, o papel da alma e a fragilidade humana. A obra retrata um encontro entre o filósofo Baruch de Spinoza, após sua condenação pelo Conselho de Rabinos de Amsterdã, e o editor de livros Ian Reuwertsz. As conversas levantam questões profundas sobre a natureza, as crenças, o cosmos e as emoções humanas, tudo amparado por diálogos intensos e confrontos de ideias.

 

“O público terá a oportunidade de ver um filósofo que viveu séculos atrás, mas que tem muito a dizer sobre os dilemas contemporâneos. Spinoza falava sobre a importância do livre pensamento, e outros temas que ainda são muito atuais”, afirma o diretor Luiz Amorim. “E a peça tem o mérito de trazer o pensamento de Spinoza de maneira acessível, simples e ao mesmo tempo envolvente, sem perder a profundidade de suas reflexões.”

 

O ator Bruno Perillo, que interpreta Baruch de Spinoza, destacou o desafio de dar vida a uma figura histórica tão complexa. “Tive que mergulhar profundamente nas ideias de Spinoza para entender sua filosofia e transformá-la em ação no palco. Além disso, trabalhamos muito a composição física do personagem, considerando suas características reais, como os problemas respiratórios que teve ao longo da vida”, conta o ator, que em determinado momento da trama toca guitarra, reforçando o caráter transgressor e atual do personagem.

 

A peça também conta com a atuação de Juliano Dip, jornalista da Band e ex-repórter do CQC, no papel de Ian Reuwertsz, amigo e editor de Spinoza. “Interpretar Ian foi uma experiência enriquecedora. Ele é quem publica as obras de Spinoza após sua morte, perpetuando o seu legado. Além disso, faço o narrador, que costura a história, dando contexto ao espetáculo”, comenta Dip, que afirma ter “fascinação por discussões filosóficas”. Trabalhei no Vaticano, então, a peça me pegou de imediato”.

 

Régis de Oliveira, autor da peça, destacou sua paixão pelo filósofo que inspirou o texto. “Estudo filosofia há quase 20 anos e Spinoza sempre me impressionou. Ele enfrentou o julgamento de sua própria comunidade com coragem e uma convicção absoluta em suas ideias. Sua concepção de Deus, do mundo e das emoções humanas continua sendo uma das mais marcantes na história do pensamento.”

 

E se o enredo já não fosse envolvente o suficiente, no palco, ainda há música ao vivo, executada por uma banda com músicas sefarditas (descendente de antigos judeus de Portugal ou Espanha), o que dá um toque especial à peça, enriquecendo a experiência sensorial do público. Trabalho esse que é executado pelos músicos Marcus Veríssimo, e Gabriel Ferrara, além de Laura Visconti (voz e teclado), indicada ao Prêmio Bibi Ferreira pela direção musical do espetáculo Beetlejuice.

 

 “As canções sefarditas, típicas do século XVII, são um elemento forte na dramaturgia. Elas nos transportam para a época de Spinoza, com arranjos que dialogam com o ambiente do espetáculo. Além dos músicos, os atores também participam da performance musical, contribuindo para o clima envolvente da peça”, explica Luiz Amorim..

 

Com reflexões filosóficas e momentos de leveza e humor, “O Deus de Spinoza” promete emocionar o público de Campo Grande. “É um espetáculo que tem de tudo: boa música, conflitos de pensamento e, acima de tudo, uma mensagem poderosa sobre liberdade”, conclui o diretor.

 

Não perca essa oportunidade única de assistir a um dos espetáculos mais elogiados do momento. O evento é promovido pela Maktub Produções e mais informações podem ser obtidas pelo Instagram @mktproducoeseventos ou pelo telefone (67) 98117-6000. Acompanhe a peça pelo Instagram (@odeusdespinoza).

 

Serviço

Peça “O Deus de Spinoza” em Campo Grande

Data: 5 de outubro (sábado)

Horário: às 19h30

Local: Teatro Dom Bosco – Av. Mato Grosso, 225 – Centro, Campo Grande

Ingressos: A partir de R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)

Vendas pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/o-deus-de-spinoza/2604803

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Continue Lendo

Mais Lidas

Copyright © 2021 Pauta 67