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Política

45 anos de MS: Riedel fala de seu sonho para um Estado mais desenvolvido e inclusivo

Eduardo Riedel (PSDB), é candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul pela Coligação Trabalhando por um Novo Futuro (Número 45),

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Mato Grosso do Sul completa, nesta terça-feira (11), 45 anos. É quase meio século de muita história e trabalho. Principal articulador das estratégias que levaram o Estado a um equilíbrio fiscal e econômico, que hoje se reflete em desenvolvimento, Eduardo Riedel (PSDB), candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul pela Coligação Trabalhando por um Novo Futuro (Número 45), fala, nesta entrevista, de seus sonhos para o Estado. Ele imagina um Mato Grosso do Sul mais desenvolvido e inclusivo daqui 10 anos, mas explica que, para isso, será preciso muita gestão, diálogo e competência administrativa para unir toda a sociedade em um objetivo comum: transformar o MS no coração da América do Sul.

Confira a entrevista na íntegra:

Mato Grosso do Sul completa 45 anos nesta terça-feira, dia 11 de outubro. Como o senhor sonha o Estado daqui 10 anos?

Vejo um Estado em franca prosperidade, uma prosperidade que tem que ser compartilhada com toda a sociedade. Um Estado inclusivo, onde a gente gere oportunidades para todas as camadas da população.

Se nós imaginarmos isso acontecendo ano após ano, num horizonte de dez anos, teremos um Estado com uma das menores taxas de pobreza do Brasil, e isso é fundamental para o bem-estar das pessoas. Um Estado com investimento maciço na infraestrutura, na conectividade, o que também gera bem-estar. Um Estado que vai ter saneamento básico na sua integralidade, asfalto em todas as ruas dos municípios, melhores estradas, ferrovia operando e hidrovia à pleno vapor.

Estas ações vão gerar mais atração de empresas e mais oportunidades de emprego para as pessoas. Então, quando trabalhamos hoje a educação, a prosperidade inclusiva, estamos projetando um Mato Grosso do Sul completamente diferente, que se encaixa dentro da lógica global do desenvolvimento sustentável.
É este o Estado que a gente sonha.

Quais são os caminhos a serem trilhados para transformar esse sonho em realidade?

O caminho é muito trabalho em cada uma das políticas públicas que a gente propõe para as pessoas, para o Mato Grosso do Sul.
Muito trabalho na educação, com a ampliação das Escolas em Tempo Integral, com uma educação moderna, que tenha conectividade nas salas de aula, que tenha inclusão digital.

Muito trabalho na regionalização da saúde, na saúde pública de forma geral, para minimizar o sofrimento de milhares de sul-mato-grossenses que hoje ainda ficam esperando num posto de saúde por atendimento.

Muito trabalho na segurança pública, para equacionar problemas sérios e estruturais que o Brasil tem neste setor.

Muito trabalho para zerar nosso déficit habitacional, com criatividade e parcerias. Muita ação para gerar mais emprego e mais renda para nossa gente.

Transformar este sonho em realidade passa por um trabalho diário, uma construção conjunta, onde perseguiremos os melhores resultados. Para isso, é preciso fazer gestão e encontrar o caminho adequado na direção de cada solução para estas grandes políticas públicas.

Será preciso muito planejamento, muita gestão. O senhor se sente preparado para esse processo?

Certamente. Tenho uma vida dedicada ao trabalho, à compreensão de demandas e necessidades, no intuito de prover resultados com os melhores recursos, sejam humanos, financeiros, ou provenientes dos ativos que o Estado tem à sua disposição. Gestão é, na verdade, a busca contínua por resolver as questões das pessoas, das corporações, dos governos e das empresas, pelos instrumentos que a gente tem. E é isso que a gente vai buscar fazer no Mato Grosso do Sul. Atrair capital privado, desenvolvimento, inclusão. Isso será transformador para a nossa sociedade.

Há quem diga que o Mato Grosso do Sul é o “estado do meio”, nem pouco desenvolvido, nem muito desenvolvido. É hora de darmos um grande salto de desenvolvimento?

Com certeza. Mas, nós já deixamos de ser o “estado do meio”, para iniciarmos um processo de liderança do desenvolvimento do Brasil. A Rota Bioceânica está aí. Nós estamos no meio da América do Sul. Seremos o centro logístico, o centro cultural, o centro para a atração de uma série de vertentes, somos o coração da América do Sul. Seremos a conexão com o Pacífico, trazendo e recebendo cultura, produtos e riquezas. Um centro que se conecta à diferentes estados brasileiros e os liga a novos mercados, seja por ferrovia, seja por estrada ou pelas nossas hidrovias. Mato Grosso do Sul é um estado que pulsa desenvolvimento. E, olhando os próximos 10 anos, fico muito otimista.

Será preciso envolver os municípios nesse processo, como fazer isso?

Com diálogo permanente. O exercício do municipalismo deve ser levado ao extremo, não só ouvindo os municípios por meio de suas lideranças, prefeitos, vereadores, entidades da sociedade civil organizada, no que eles demandam em infraestrutura, mas também através de uma conexão direta por meio de políticas públicas.

Quando a gente fala de educação, por exemplo, se não houver parceria entre Estado e município, não conseguimos resultados satisfatórios. O aluno é um só, seja ele da Rede Municipal ou Estadual. Ele nem mesmo deve sentir esta diferença, pois a educação deve ser uma continuidade de aprendizado, de foco no resultado, de melhor condição para que o jovem se torne um cidadão.

Isso vale também para a saúde. O cidadão não quer saber se a responsabilidade é do Estado ou do município, este tipo de questão não interessa. O cidadão deve sentir que tem a saúde pública à sua disposição.

E só um Estado que tem a capacidade de dialogar com os municípios pode ser beneficiado por estas parcerias e pela boa gestão que se reflete em qualidade de serviços para o cidadão.

Não se pode esquecer de ouvir a população neste processo, mas isso o senhor já tem feito, não é?

Isso é fundamental, ouvir a voz das ruas, a voz do povo. É isso que direciona a nossa ação. Quando a gente anda pelo Estado recebe esse retorno, muitas vezes de forma dura, crítica, e com razão. Temos que ter humildade de reconhecer os erros, os problemas e os desafios, através da voz da população.

É por isso que eu andei tanto pelo Estado, para ouvir as pessoas, para sentar e conversar, ouvir angústias e agonias, as lacunas que faltam ao poder público para prover soluções. Escutar as pessoas é fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado.

A capacidade de diálogo com toda a sociedade é fundamental, certo?

Sim. A sociedade é múltipla, é complexa e diversificada. Temos que respeitar os valores alheios e encontrar soluções dentro de uma linha onde o diálogo seja a premissa fundamental. Só assim podemos unir diferenças em prol de soluções que levem o progresso a todo o conjunto da sociedade. Esse é o desafio que nós temos que ter, como gestores e como governantes.

Nesse salto de dez anos que propomos nesse bate papo, jovens que hoje têm 16 anos e estão aptos a votar, serão adultos formados lá na frente, muitos com família constituída. Que mensagem o senhor pode passar para essas pessoas?

Que eles tenham muita fé e esperança em Mato Grosso do Sul. Que eles não se furtem de sua responsabilidade de encontrar uma formação, de ficar na escola, de estudar, de buscar dentro da condição de cada um o seu aprimoramento pessoal e profissional. Que eles tenham responsabilidade com o conjunto da sociedade. É assim que, daqui 10 anos, nós teremos uma sociedade completamente distinta. Esse jovem de hoje tem uma responsabilidade muito grande nesse processo. A juventude deve chamar para si a discussão e as responsabilidades de melhorar a sociedade, e deve cobrar quem tem a responsabilidade de gerir a sociedade para que lhes dê oportunidades de desenvolvimento.

Qual será o papel da mulher sul-mato-grossense no desenvolvimento do Estado no seu governo?

Dentro do nosso Governo teremos um grande número de mulheres líderes, mulheres que façam a diferença e que puxem as ações em cada uma das áreas de atuação. É fundamental que, não só no Governo, mas em qualquer ambiente, as mulheres e homens trabalhem com suas competências de maneira igual, colaborando para a melhoria dos resultados nestes ambientes de trabalho. Eu trabalho com mulheres extremamente profissionais, lideranças que sabem, que conhecem o que estão fazendo, com muita competência para liderar equipes e grupos em torno de um objetivo e de uma transformação.

Não tem como fazer tudo isso que o senhor se propõe sem olhar para as camadas menos favorecidas da população. Qual sua política sobre esse tema?

Estamos num país desigual e em desenvolvimento. Nas últimas décadas o Brasil falhou em criar condições para inclusão desse contingente grande de pessoas, que estão à margem de um bem estar, que têm dificuldade, as vezes, até de comprar comida. Temos que criar oportunidades para essas pessoas, por meio do crescimento, do desenvolvimento pela educação, pela qualificação profissional. Nos casos extremos, onde são necessárias medidas imediatas, vamos dar o mínimo de garantias de cidadania, para que estas pessoas tenham renda para garantir a comida em casa. Oferecer a mão para quem precisa, e ajudar estas pessoas a crescerem.

(Fonte: Portal do Ms. Foto: Reprodução)

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Política

Governo destinará mais recursos contra queimadas, diz Casa Civil

Governadores divergem sobre apoio no combate a incêndios

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O governo federal prometeu a liberação de mais recursos para o combate às queimadas e a compra de equipamentos para que os estados enfrentem uma das piores estiagens em décadas no país. A garantia foi do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, após reunião com governadores das Regiões Centro-Oeste e Norte, na tarde desta quinta-feira (19), no Palácio do Planalto.

O encontro foi uma iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que essa semana também se reuniu com os chefes de Poderes, para definir a ampliação de medidas contra o fogo. Segundo o ministro, além dos R$ 514 milhões de crédito extraordinário liberados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá uma linha de crédito para compra de viaturas e equipamentos de uso pelos bombeiros, e os estados vão receber novos recursos com base na apresentação das demandas específicas.

“Vamos recepcionar, nos próximos dias, todos os pedidos de ajuda, dois estados já enviaram, e estamos avaliando e autorizando de forma sumária. Como vocês já viram, foi publicado já o primeiro crédito, de outros que serão publicados, no valor de R$ 514 milhões, a assim como falou também, o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], já até semana que vem, está autorizado e liberando um pouco mais de R$ 400 milhões para apoio aos corpos de bombeiros desses estados da Amazônia Legal, para compra de materiais, equipamentos, viaturas, o que já soma os dois juntos perto de R$ 1 bilhão. E outros créditos serão publicados na medida que os governadores apresentem e materializem suas demandas”, disse o ministro.

Participaram do encontro os governadores Hélder Barbalho (Pará), Mauro Mendes (Mato Grosso), Ronaldo Caiado (Goiás), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Wilson Lima (Amazonas), Gladson Cameli (Acre), Wanderlei Barbosa (Tocantins) e Antonio Denarium (Roraima). Também compareceram os vice-governadores Sérgio Gonçalves da Silva (Rondônia) e Antônio Pinheiro Teles Júnior (Amapá).

Pelo governo, além de Rui Costa, estavam na reunião os ministros Marina Silva (Meio Ambiente), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Simone Tebet (Planejamento), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional). O presidente Lula cumpriu agenda no Maranhão, onde assinou termo de conciliação com as comunidades quilombolas do município de Alcântara.

Críticas

Ao comentar a ação federal, Caiado criticou o que classificou como demora na resposta da União. “O governo federal não estava preparado para o que aconteceu. De repente, foi procrastinando e agora vai chegando o final [da seca]. Quer dizer, meio de outubro, acredito eu que em novembro já estará chovendo. Algumas chuvas já caíram”, afirmou o governador, que de oposição ao governo Lula.

“O que nós esperamos é que o governo federal não nos chame na última hora para fazer um comunicar de 500 e poucos milhões de reais. Foi autorizado para Goiás agora R$ 13 milhões”, prosseguiu, dizendo que os prejuízos econômicos com as queimadas no estado foram estimados em cerca de R$ 1,5 bilhão.

O governador de Mato Grosso agradeceu pela liberação de novos recursos, mas pontuou que os efeitos devem ser sentidos na próxima seca, já que a estação chuvosa deve se firmar em cerca de um mês. “Seus efeitos concretos e mais objetivos vão acontecer para o ano de 2025. Todo mundo na administração pública sabe que se liberar hoje um recurso na ponta de qualquer estado, dificilmente você consegue comprar veículo, equipamento, aeronave, para que, em 15 dias, isso esteja funcionando, mesmo com regime de urgência e emergência, que acelera os processo de contratação, eles precisam ser feitos com algum nível de critério e transparência, seguindo o mínimo da burocracia pública”, disse Mauro Mendes.

Em resposta, Rui Costa disse os recursos mais recentes dão sequência a ações anteriores, e que o planejamento da parte do governo federal começou bem antes. “Nós estamos há três meses, três meses fazendo reunião com os estados. Alguns governadores não vieram nas reuniões anteriores, talvez por isso estejam estranhando, achando que é essa a primeira. Não. Nós já estamos há três meses com o comitê funcionando e reunindo”, rebateu.

Já a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima enumerou as contratações de brigadistas, por parte da pasta, para o combate a incêndios nos diferentes biomas afetados. “São mais de 3 mil pessoas que estão na linha de fogo em todo o território nacional, concentrados no Pantanal, na Amazônia e agora no Cerrado. Quando se soma o Corpo de Bombeiros, no caso da Amazônia, estão mais de 4 mil pessoas fazendo esses enfrentamentos e com a medida que foi tomada agora pelo Supremo, é possível contratar mais brigadistas porque não tem mais nenhuma interdito de contratação”, afirmou Marina Silva, fazendo menção à uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que autorizou a União a emitir créditos extraordinários fora dos limites fiscais para o combate às chamas.

O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, afirmou que o aporte de R$ 514 milhões do governo federal será importante para fazer frente a despesas imediatas com combustível e diárias de equipes que estão atuando em campo, mas que uma estruturação maior demandará novos recursos. “Evitamos seguramente mais de um milhão e meio de hectares queimados no Pantanal”, afirmou o governador, sobre a ação integrada entre o estado e a União.

Reestruturação

Durante a reunião com governadores, Rui Costa falou que, no médio prazo, o governo federal, em parceria com os governos estaduais, deve promover uma reestruturação das equipes da Defesa Civil Nacional, Defesas Civis dos estados e municípios, além dos bombeiros estaduais.

“Nós queremos fazer um novo arranjo, envolvendo estruturas regionais de resgate, de apoio de incêndio, não só de enchente, mas de incêndio, e de apoio regional com maior capilaridade e mais rapidez da ação”, afirmou o ministro, sem entrar em detalhes.

Outro ponto tratado na reunião foi a necessidade de punições mais severas contra quem prática incêndio criminoso no país, o que tem sido apontado como uma das causas da explosão de queimadas no país este ano.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Política

Fiems realiza sabatina com quatro candidatos à prefeitura de Campo Grande

O evento foi realizado no edifício Casa da Indústria, na Capital.

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A Fiems realizou, nesta terça-feira (17/09), o evento “Encontros com a Indústria”, sabatina que reuniu quatro candidatos à prefeitura de Campo Grande para apresentar as demandas do setor industrial, bem como ouvir as propostas dos postulantes para a indústria. O evento foi realizado no edifício Casa da Indústria, na Capital.

Na segunda-feira (16/09), o evento foi realizado com os candidatos do município de Dourados. De acordo com o presidente da Fiems, Sérgio Longen, tais cidades apresentam uma grande demanda, além de potencial de crescimento industrial. “Entendemos que, como porta-voz da indústria do Estado, precisamos levar esse debate para os municípios da região. Fomos a Dourados e entregamos as propostas para os candidatos. Fizemos agora em Campo Grande. É uma grande discussão a respeito do que envolve desenvolvimento da indústria na nossa Capital”, ressaltou.

Foram convidados os quatro candidatos mais bem colocados nas últimas pesquisas de intenção de voto: Adriane Lopes (PP), Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT) e Rose Modesto (União Brasil). A sequência das apresentações foi definida por ordem alfabética dos candidatos na urna.

A atual prefeita de Campo Grande e candidata à reeleição, Adriane Lopes, abriu a sabatina e parabenizou a Fiems por oferecer um espaço democrático de debate. “Foi uma oportunidade para esclarecer aos empresários sobre nosso trabalho e nossas propostas para Campo Grande. Nós estamos saindo daqui muito contentes com o resultado de todo trabalho realizado. Recebemos as propostas. Vou me debruçar e estudar cada indicativo e cada número para que possamos atuar em cima deles, trazendo resultados para nossa Capital”.

Deputado federal e candidato a prefeito pelo do PSDB, Beto Pereira destacou que a iniciativa é essencial para melhor embasar os candidatos e possíveis prefeitos.

“Estar discutindo e apresentando propostas para que todos possam incorporar no seu plano de governo é algo inovador e que, com certeza, vai possibilitar que todos os candidatos possam enriquecer seus trabalhos. Eu não tenho dúvida que a expertise que a Fiems tem no dia a dia, a luta dos empresários, as dificuldades que enfrentam em Campo Grande, consolidaram esse documento para que possamos nortear nossas iniciativas a partir de primeiro de janeiro de 2025”.

Já a candidata do PT e deputada federal, Camila Jara, aproveitou a oportunidade para enfatizar os planos na área de sustentabilidade. “Dizer quais são os nossos planos de desenvolvimento econômico e industrial é fundamental para um setor que emprega grande parte da população de Campo Grande, que é fundamental para que consigamos ter uma economia sólida e que não fique sujeita às flutuações do mercado. Então, é compromisso nosso fazer com que Campo Grande seja uma capital carbono neutro até 2032 e precisamos do setor industrial junto para o cumprimento dessa meta. Campo Grande pode, sim, ser o novo vale do silício das indústrias de sustentabilidade”.

A candidata Rose Modesto, do União Brasil, destacou a importância do diálogo com o setor para traçar ações precisas para o desenvolvimento da Capital.

“É muito importante que a Fiems realize esse evento, primeiro, é a contribuição que ela pode dar, um setor fundamental e que representa as grandes oportunidades que Mato Grosso do Sul e, de forma especial, de Campo Grande, a nossa Capital. Tivemos a oportunidade de ouvir e de poder falar um pouco do nosso plano de governo. Sendo eleita, a nossa ideia é desburocratizar para que o empresário tenha mais facilidade de estar aqui, trabalhar com inventivos importantes e desenvolver a indústria local”.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Política

Candidaturas indígenas aumentam 14,13% nas eleições de outubro

Neste ano, os indígenas puderam declarar etnia a que pertencem

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Em 6 de outubro, mais de 461,7 mil candidatas e candidatos disputarão cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, em 5.569 municípios, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A partir de dados extraídos da corte eleitoral, neste ano, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) publicou o estudo Perfil do Poder – Eleições 2024, em parceria com o coletivo Common Data , com a análise das candidaturas registradas.

O levantamento aponta que, se consideradas as candidaturas para todos os três cargos por cor e raça, este ano, 207.467 (45,64%) candidatos se declararam brancos; 187.903 (41,34%) se autodeclararam pessoas pardas; 51.782 (11,39%) se declararam pretos; 2.479 (0,55%) são pessoas indígenas; 1.756 (0,39%) são pessoas amarelas; e 3.141 (0,69%) não informaram sua cor/raça.

Com base nesses números, o Inesc constatou que os candidatos declarados indígena são os únicos que tiveram a participação ampliada nas eleições deste ano. Os indígenas passaram de 2.172 registros, em 2020, para 2.479 registros, em 2024, o que representa uma alta de 14,13%. O crescimento foi notado em todas as regiões do Brasil.

Antes da resolução do TSE, a declaração de cor ou raça no registro de candidatas e candidatos era opcional.

Pela primeira vez, neste ano, os candidatos puderam também declarar, de forma opcional, o pertencimento étnico. Das 2.479 candidaturas indígenas registradas, 1.966 divulgaram sua etnia, o que somou 176 etnias, de acordo com o TSE. As três maiores são 168 candidaturas do povo Kaingang; 150, Tikúna, e 107 candidatos da etnia Makuxí.

“A possibilidade de declaração étnico-racial [indígena] e de pertencimento étnico-territorial [etnia] poderá sustentar a contenção de fraudes, na medida em que indica que o candidato ou a candidata está ligado(a) a um território indígena, a uma coletividade”, conclui o estudo Perfil do Poder – Eleições 2024, do Inesc.

Candidaturas indígenas

O maior número proporcional de candidaturas de indígenas está no estado de Roraima, onde 7,10% do total de candidatos se declararam indígenas. Em 2020, Roraima já era o estado com a maior concentração de indígenas (7,95%).

O Inesc considera que o aumento geral reflete um maior engajamento político dessas comunidades em todo o país.

Embora as candidaturas indígenas estejam em ascensão, a representatividade em cargos executivos ainda é limitada, registra o Inesc.

A assessora política do Inesc Carmela Zigoni avalia que a correlação de forças nesses espaços de poder eletivos, seja no poder Executivo ou nas casas legislativas, é ruim para os indígenas eleitos.

Isto porque a participação dos povos originários em espaços de poder ainda é baixa e os indígenas enfrentam desafios para tentar propor políticas públicas e legislações de proteção a seus povos e territórios, em tempos de avanço de sistemas agropecuários predatórios e da mineração.

“Aqueles [indígenas] que são eleitos enfrentam o racismo e a violência política de gênero nos espaços institucionais. Mas é fundamental que estejam se colocando para essa missão, a fim de tentar barrar retrocessos e buscar garantir os seus direitos”, avalia.

Em relação ao gênero dos candidatos indígenas, 1.568 (63,25%) são homens e 911 (36,75%) são mulheres.

Partidos

Em relação ao alinhamento político, 41,87% dos candidatos indígenas estão afiliados a partidos de direita. Os partidos de esquerda têm 40,42% das candidaturas desse público e, o restante (17,71%), é de centro.

O Inesc interpreta que essa distribuição reflete a diversidade de perspectivas políticas dentro das comunidades indígenas. A assessora política explica que, entre os motivos para esse fenômeno, está a falta de diretrizes programáticas dos partidos políticos, o que impede a divulgação de agenda clara nos municípios sobre o que o partido defende. “As dinâmicas e disputas políticas locais se sobressaem, ao invés de sobressair a polarização política observada nas eleições nacionais”, explica.

Ela avalia ainda que os partidos mais à esquerda defendem os direitos ambientais, mas, na prática, a agenda é a do desenvolvimentismo, o que pode representar políticas negativas aos direitos indígenas. “Observamos um forte apego a políticas para apressar licenciamentos ambientais, grandes incentivos fiscais para empresas mineradoras e investimentos em infraestrutura para o agronegócio de exportação. Então, gera uma contradição para candidaturas e votos dessas populações”, disse

Cargos

Se considerados todos municípios, o número de indígenas que pleiteiam o poder Executivo nas prefeituras chega a 46, sendo seis mulheres e 40 homens.

Os postulantes ao cargo de vice-prefeito somam 63, sendo 26 mulheres e 37 homens.

Consideradas apenas as 26 capitais onde haverá eleições no próximo mês, o Instituto de Estudos Socioeconômicos identificou que há apenas um candidato indígena concorrendo ao cargo de prefeito. Trata-se de Lucínio Castelo de Assumção, da etnia Guarani, que disputa a Prefeitura de Vitória, pelo Partido Liberal (PL).

E para ocupar a vice-prefeitura de uma capital, somente uma indígena concorre ao posto: Amanda Brandão Paes Armelau, disputa a vaga no Rio de Janeiro, também filiada ao PL, e de etnia não informada.

Brasil

O Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que quase 1,7 milhão de indígenas vivem no Brasil, correspondendo a 0,83% da população total do país, que corresponde a 266 povos indígenas.

A maior parte dos indígenas (867,9 mil ou 51,2%) vive na Amazônia Legal, região formada pelos estados do Norte, Mato Grosso e parte do Maranhão.

O Censo 2022 revelou também que muitos dos indígenas são jovens, com mais da metade tendo menos de 30 anos de idade (56,10%).

Eleições municipais

Este ano, estão em disputa 69.602 cargos nos municípios, divididos em 5.569 para prefeitos e vice-prefeitos e 58.464 para vereadores.

De acordo com o TSE, dos 461.703 pedidos de registro de candidatas e candidatos nas eleições de outubro, são 15.478 candidatos ao cargo de prefeito; 15.703 candidatos a vice-prefeitos e 430.522 postulantes a vereador.

A justiça eleitoral informa que a eleição municipal deste ano é a maior de todos os tempos porque há mais de 155,91 milhões de eleitores e eleitoras, sendo que 140,03 milhões de eleitores não têm a informação de cor e raça no cadastro eleitoral. Entre o eleitorado que tem esse dado, 8,5 milhões (5,45%) são pessoas pardas; 5,29 milhões (3,39%) são brancas; 1,8 milhão (1,16%) são pessoas pretas; 155,6 mil (0,10%) são indígenas; 114,38 (0,07%) são pessoas amarelas.

O primeiro turno das eleições municipais está marcado para 6 de outubro. O segundo turno ocorrerá em 27 de outubro, em cidades com mais de 200 mil eleitores, se nenhum dos candidatos ao posto obtiver mais da metade dos votos válidos, excluídos os votos em branco e nulos, para ser eleito.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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