Cidades

Taxa de alfabetização em territórios quilombolas da região de Dourados é de quase 100%

Os dados abordam a temática de alfabetização e características do domicílio e é fruto da pergunta integrada pela primeira vez ao questionário do Censo: “Você se considera Quilombola?”. 

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Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (19), referentes ao Censo Demográfico 2022, mostram que a taxa de alfabetização das pessoas com 15 anos ou mais de idade, em territórios quilombolas da região de Dourados, é de quase 100%.

Os dados abordam a temática de alfabetização e características do domicílio e é fruto da pergunta integrada pela primeira vez ao questionário do Censo: “Você se considera Quilombola?”.

Dessa forma, foi possível analisar a população que se considera como quilombola, independente da forma como se identificava no critério cor ou raça.

Na região de Dourados, as comunidades se entrelaçam em termos de território, sendo divididas entre a maior e mais populosa cidade do interior do Estado e Itaporã; e identificadas como Dezideirio Felipe de Oliveira e Picadinha (MS); e Picadinha (MS).

O Censo aponta que há 128 pessoas residentes em territórios quilombolas na Dezideirio Felipe de Oliveira e Picadinha (MS); e três pessoas que se consideram quilombolas morando no espaço. Enquanto na Picadinha, há um total de 63 residentes e 32 quilombolas.

De acordo com o levantamento, a taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade residentes em territórios quilombolas é de 91,43% na Dezideirio Felipe de Oliveira e Picadinha; e 92,73% da Picadinha.

Já a taxa de alfabetização das pessoas que se consideram quilombolas, de 15 anos ou mais de idade, residentes em territórios quilombolas, é um pouco mais alta, sendo 100% na Dezideirio Felipe de Oliveira e Picadinha; e 93,1% na Picadinha.

A maioria dos moradores residem em casas, tanto no total do estado (92,41%), quanto no caso de domicílios onde havia pelo menos um morador quilombola. Neste caso, se os moradores estivessem em território quilombola (TQ), a porcentagem chegava a 99,42%. Já fora de um TQ, esse valor era de 94,71%.

Em relação a existência de ligação à rede geral de distribuição de água e principal forma de abastecimento de água, na região de Dourados 34 domicílios da Dezideirio Felipe de Oliveira e Picadinha não possuem ligação com a rede geral; enquanto na Picadinha é 27.

Mato Grosso do Sul

Em MS foram contabilizados 979.669 domicílios em 2022. Em 1.064 destes havia pelo menos um morador quilombola, sendo que 423 ficam em Território Quilombolas (TQ) e 641 ficavam fora de TQ.

Quando analisados os moradores, no estado foram registradas 2.737.054, destes, 3.139 moravam em um domicílio que tinha pelo menos um morador quilombola. Dentre estes, 1,210 moravam em territórios quilombolas e 1.929 moravam fora destes.

Com isso, tem-se que em MS, 44,52% das pessoas quilombolas moravam em território quilombola. Este é o segundo maior percentual entre as UFs, atrás apenas de SE (45,27). O maior percentual de pessoas quilombolas morando fora de TQ foi obtido no DF (100%), seguido de AL (98,17%).

(Fonte: DouradosNews. Foto: Divulgação)

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