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Secretaria Estadual de Saúde promove Seminário Estadual sobre Sífilis

Cerca de 257 profissionais de saúde participam do seminário, tanto de forma presencial como online

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A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, em parceria com o LAIS (Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte), realiza nesta quinta-feira (10) e sexta-feira (11), no auditório do IAGRO e Escola de Saúde Pública Dr. Jorge David Nasser, Seminário Estadual com o tema “Traçando estratégias para eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis com vista a 2023”.

Presente no evento, a secretária-adjunta da SES/MS, Crhistinne Maymone, compôs a mesa de autoridades e destacou que mesmo com alguns séculos da descoberta da sífilis o quanto ainda se ‘reiniciam’ os processos para um diagnóstico precoce e uma prevenção efetiva da doença.

“Precisamos avançar e nós temos feito uma prática aqui no estado de Mato Grosso do Sul que é a política pública baseada em evidência científica e, para isso, a universidade faz parte do nosso cotidiano. Sem as universidades, a pesquisa e a extensão é impossível se ter políticas de estado que mantenham a sua sustentabilidade”, enfatiza Maymone.

Conforme a Gerente Técnica de IST/Aids e Hepatites Virais da SES/MS, Alessandra Salvatori, a proposta do encontro é ouvir as potencialidades e fragilidades dos municípios do estado. “A partir dos dados apresentados, vamos fomentar a discussão de estratégias que fortaleçam as ações da vigilância epidemiológica, atenção primária e atenção hospitalar para a eliminação da transmissão vertical da sífilis em nosso território”, afirma Salvatori.

 Seminário

Cerca de 257 profissionais de saúde participam do seminário, tanto de forma presencial como online. No evento serão apresentados painéis sobre a situação atual da vigilância em saúde e notificação da sífilis; e sobre a Vigilância em Saúde e notificação da Sífilis em Mato Grosso do Sul – Vigilância em Saúde da SES/MS, Atenção Primária a Saúde da SES/MS e Representação da Rede Hospitalar; apresentação do relatório de pesquisa sobre “Inconsistências nas notificações de sífilis congênita” e trabalhos de grupos. 

 Sífilis

A sífilis é uma doença infecciosa transmitida por contato sexual ou de mãe para filho. É considerada um grave problema de saúde pública com impacto direto sobre a saúde reprodutiva e infantil, acarretando infertilidade e complicações na gravidez, parto e agravos à saúde.

A sífilis em gestantes, se não tratada, pode se transformar em sífilis congênita, que acomete os fetos. Isso acontece quando o tratamento realizado, na paciente gestante ou parceiro com sífilis adquirida, não apresenta resultados aceitáveis ou não foi feito corretamente. A sífilis congênita é quando ocorre a transmissão vertical, ou seja, de mãe para filho. É fundamental a garantia de um pré-natal adequado para a detecção e tratamento não só da sífilis, mas de outros agravos de transmissão vertical como o HIV e hepatites virais.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Mato Grosso do Sul apresentou queda nos índices de infestações da sífilis congênita e em gestantes desde o ano de 2020.  Em 2021, foram notificados 194 casos de sífilis congênita (em menores de um ano de idade e taxa de incidência – por 1.000 nascidos vivos – por ano de diagnóstico) e 1.337 casos em gestantes (taxa de detecção – por 1.000 nascidos vivos – de gestantes com sífilis por ano de diagnóstico) e, até 30 de junho deste ano, são 43 e 277 casos, respectivamente.

Na opinião de Alessandra Salvatori, essa diminuição se deve ao reflexo da pandemia de COVID-19. “O acesso aos serviços de saúde e ao pré-natal foi diminuído e dificultado, diminuiu o diagnóstico. Mas, em oposto a isso, as políticas públicas têm sido fortalecidas, com protocolo de diagnóstico, tratamento e manejo dos casos sendo muito robustos”, esclarece Salvatori.

O tratamento correto da sífilis é essencial para que a doença não evolua e exista a possibilidade de cura.  Se não tratada, a sífilis pode levar ao óbito.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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