O principal rio do Pantanal, o Paraguai, passa por um momento crítico e não há sinais de melhora significativa nos níveis de água, em decorrência da crise hídrica.
A falta de chuvas expressivas há mais de 50 dias também tem influenciado no aumento de queimadas na região.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) constata uma “anomalia de precipitação” na região do Pantanal com déficit de chuva em torno de 40% desde outubro de 2020. Superintendente de operações e eventos críticos da Agência Nacional de Águas (ANA), Ana Fioreze mostrou os efeitos práticos dessa estiagem nos rios pantaneiros e fez um alerta sobre a crise hídrica na região. Segundo ela, a situação de 2021 é mais crítica do que foi no ano passado e tende a piorar nos próximos meses.
“A gente percebe os reflexos nas vazões: quase todas as estações de monitoramento estão próximas aos níveis mínimos históricos. Há um potencial risco para captações, principalmente para o abastecimento quando elas estão localizadas muito próximas às margens do rio e são captações fixas. Pode acontecer de haver necessidade de levar essas captações mais para dentro do rio”, explicou.
Entre os impactos sociais, já se notam a redução na oferta de peixes e o encalhe das “chalanas”, embarcações típicas do Pantanal. O coordenador de Ciências da Terra do Inpe, Gilvan de Oliveira, apresentou o histórico das secas cada vez mais intensas e frequentes no bioma.
(Com assessoria. Fotos: Divulgação)