A Sugepe (Subsecretaria de Gestão e Projetos Estratégicos) apresentou na manhã desta segunda-feira (18), em audiência pública, o projeto de revitalização da Avenida Bom Pastor, que prevê transformar o corredor gastronômico em um “shopping a céu aberto”. As obras de revitalização devem começar no primeiro semestre de 2024, com investimento inicial de R$ 23 milhões. Uma das transformações previstas é tirar os postes e implantar fiação subterrânea.
O projeto prevê a revitalização de 1,4 km da avenida, no trecho entre a Avenida Eduardo Elias Zahran e a Rua Domingos Jorge Velho, além da construção de uma praça pública de multiúso com estacionamento.
A revitalização é discutida em reuniões entre o município e os comerciantes da Bom Pastor desde 2019. Segundo a subsecretaria de projetos estratégicos Catiana Sabadin, o projeto leva em consideração alguns pedidos feitos pelos comerciantes, como manter a via em mão dupla, delimitar a acessibilidade e melhorar a questão da iluminação.
Conforme discutido com os comerciantes durante a audiência, a proposta da obra é transformar a avenida em um “shopping a céu aberto” e potencializar o corredor gastronômico, considerado ponto turístico da cidade. “O objetivo é fortalecer o turismo e preservar a identidade cultural”, explica a subsecretária.
Projeto – Conforme dito na audiência, a avenida terá um novo mobiliário urbano, novos pontos de ônibus, luminárias e paisagismo, padronização da calçada para delimitar os espaços de uso comum, de passagem e acessibilidade para os espaços dos restaurantes.
“Vamos trabalhar em bancos, áreas de descanso, enfim, um conceito de um calçadão que atenda o corredor gastronômico e que dê mais conforto para toda a população que vai lá”, completa a subsecretaria.
Está incluso no projeto a construção de uma nova praça pública na Avenida Bom Pastor. O espaço de convívio terá playground, pista de skate e área multiuso. Atrelado à nova praça, será feito um estacionamento com capacidade para 250 veículos.
O projeto também prevê a expansão da Avenida Bom Pastor para 11,5 m de largura. Atualmente, a via possui largura de apenas 8,5 m. Também serão feitos 170 estacionamentos ao longo da avenida, área para embarque e desembarque de passageiros de carros de aplicativo e a instalação de parklets, lixeiras de coleta seletiva e bicicletários.
Execução – Conforme detalhou o secretário de Obras, Marcelo Miglioli, a obra será dividida em partes. A ideia é revitalizar duas quadras por vez, e iniciar as seguintes apenas quando a anterior estiver pronta.
“É uma obra complexa, uma obra difícil, é uma obra de engenharia, mas é um desafio que a gente vai tocar com muita vontade, porque não tenho dúvida, será um dos grandes pontos turísticos de Campo Grande.”
Conforme revelado pelo secretário, o projeto vai custar mais de R$ 40 milhões. O município já tem garantidos, por meio de recurso da Bancada Federal, R$ 23 milhões para o início da obra.
A licitação da obra deve ser publicada no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) em janeiro de 2024, e a contratação e início das obras devem ocorrer entre março e abril do mesmo ano. A execução está prevista para acontecer nos meses de abril a outubro, período em que não há incidência alta de chuva.