Direitos Humanos

Prefeitura da Capital levou atendimento de Direitos Humanos para 320 famílias da Aldeia Água Bonita

A Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec), também foi parceira da ação dando todo o suporte técnico dos sistemas operacionais e disponibilização da internet móvel (wi-fi).

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A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos (SDHU) e em parceria com mais de 30 instituições públicas e privadas, marcou a manhã deste sábado (23) com atendimentos gratuitos para cerca de 320 famílias da Aldeia Urbana Água Bonita, Bairro Tarsila do Amaral, com o evento “Direitos Humanos em Ação”.

O objetivo da ação foi de garantir a oferta de serviços gratuitos à população indígena e contemplar de maneira efetiva este público com a oferta da prestação de diversos atendimentos sociais e a garantia de direitos, além de atrações culturais e brincadeiras para as crianças.

“Esta é uma ação organizada pela Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos, que agora queremos levar para as 24 aldeias urbanas de Campo Grande, um trabalho com o apoio de todas as secretarias municipais, Governo do Estado e várias outras instituições públicas e privadas para trazer as políticas públicas para essas comunidades. Nós também viemos com o intuito de buscar respostas, pois quando nos aproximamos das pessoas, elas também trazem as demandas da comunidade e assim buscamos resolver todas as pautas que são de interesse desse coletivo para melhor atender a toda população indígena da nossa Capital”, apontou a prefeita Adriane Lopes.

O Direitos Humanos em Ação na Aldeia Água Bonita, que pela primeira vez foi realizado em uma comunidade indígena, foi planejado a partir da reivindicação da cacique Aliscinda Tibério, que manifestou o interesse em ter uma ação específica para atender as necessidades da aldeia urbana.

“Essa ação veio para fortalecer a nossa comunidade e toda a população indígena de Campo Grande. Nós estamos sendo os primeiros a receber essa ação e daqui é um pontapé inicial para atender as outras comunidades da nossa cidade. É um trabalho que veio para fortalecer a presença das famílias indígenas no contexto urbano. Estamos muito gratos pela atenção dos Direitos Humanos e de todas essas instituições que vieram como parceiras nos dar toda essa atenção”, frisou a cacique.

A comunidade pode renegociar dívidas como contas de água e luz, fazer inscrição na tarifa social, ter informações jurídicas sobre casos particulares de pequenas causas, solicitação de documentos como Registro Geral (RG), além de assistência na área da saúde como atendimento ontológica e vacinação.

Lucília Lemes, de 56 anos, foi uma das atendidas com o serviço de saúde. “Vim para tomar as vacinas que estavam atrasadas e trazer meus netos para uma consulta com o dentista. Essa ação é muito importante, nem sempre temos dinheiro para buscar esses atendimentos. Estou muito contente. Aproveitei para fazer minha sobrancelha e cortar o cabelo dos meninos”.

Alexandre Arevalos, de 86 anos, aponta que a ação inédita é um marco para a comunidade indígena. “Pela primeira vez temos esse atendimento aqui, isso é muito importante porque nem todos tem condições de ir até o centro, além de trazer orientações sobre nossos direitos, que muitas vezes não conhecemos. É um apoio muito importante” disse o indígena.

O evento Direitos Humanos em Ação gerou um ambiente de possibilidades, oportunidades e a promoção da garantia de direitos para a melhoria da qualidade de vida da população indígena da Aldeia Urbana Água Bonita.

“Vim trazer meus netos para pedir a emissão do RG e já aproveitei para pedir para colocar a minha conta de luz na tarifa social. Saio daqui satisfeita, nunca tivemos um atendimento como esse aqui em nossa aldeia, está sendo um privilégio”, disse Vanda Mota, indígena de 50 anos.

Catiane de Souza, aproveitou o dia para cuidar da beleza dela e dos filhos. “Vim para aproveitar a confraternização com minhas amigas, fizemos a sobrancelha e ainda cortamos os cabelos da gurizada”, contou.

De acordo com o último Censo a população indígena de Campo Grande é estimada em 18.439 indígenas, na Aldeia Água Bonita, são 320 famílias indígenas das etnias Kadiwéu, Guarani-Kaiowá e Terena.

Para o público infantil teve muitas brincadeiras lúdicas, oficinas de brinquedos e quitutes como pipoca. A comunidade ainda contou com um brechó de roupas que foram doadas por empresas privadas.

“Nosso primeiro objetivo é de aproximar esses serviços dessa comunidade que mora distante do centro, ou até mesmo que não tenha condições de pagarem por alguns atendimentos de saúde, como odontológico, por exemplo. O cidadão aqui hoje presente, ainda teve oportunidades de ter um atendimento jurídico, renegociar dívidas básicas. Ações como essa são importantes para dar a essas pessoas, oportunidades básicas de acessos a apoios que muitas vezes é complicado de buscar até mesmo pela internet”, apontou Thais Helena, subsecretária da SDHU.

A ação contou com parceria de diversas entidades e Secretarias entre elas; SAS, Sesau, Sidagro, Funsat, DSEI, Aguas Guariroba, Insted, oferecendo diversos serviços como: vacinação, atualização da caderneta de vacinação das crianças, classificação nutricional; doação de composto orgânico e curso de artesanato em couro; carteira de trabalho digital, intermediação de emprego, inserção de PCD no mercado de trabalho, captação de vagas; tarifa social de água e negociação de débitos; orientação e serviços prestados a pessoa idosa; atendimento e orientação sobre garantia de direitos das crianças; atendimento odontológico; atendimento, orientação e encaminhamento de direitos violados; corte de cabelo, brincadeiras e diversão para as crianças.

A Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec), também foi parceira da ação dando todo o suporte técnico dos sistemas operacionais e disponibilização da internet móvel (wi-fi).

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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