Prefeitura da Capital faz mutirão de combate à Dengue em bairro com alto índice de infestação
O bairro está entre os que apresentam maior índice de infestação predial, conforme levantamento divulgado neste mês pela Coordenadoria de Vetores (CCEV).
A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), deu início nesta semana a um mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – no Bairro Maria Aparecida Pedrossian. O bairro está entre os que apresentam maior índice de infestação predial, conforme levantamento divulgado neste mês pela Coordenadoria de Vetores (CCEV).
Os agentes estão vistoriando casas e comércios do bairro, orientando os moradores sobre as medidas de prevenção e combate ao Aedes e realizando o chamado trabalho de manejo, que consiste no recolhimento de materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito, identificação e eliminação de focos.
Na sexta-feira, dia 26, será realizada uma blitz educativa na entrada do bairro, a fim de sensibilizar a população sobre a importância dos cuidados para evitar o aumento das doenças transmitidas pelo mosquito.
Os agentes estarão posicionados, a partir de 8h, na Rua Manoel de Oliveira Gomes, 41, em frente ao posto de combustíveis. A mobilização conta com o apoio da Associação de Moradores do Bairro Maria Aparecida Pedrossian e da Unidade de Saúde da Família (USF) MAPE.
Ações permanentes
Desde novembro do ano passado, as equipes da secretaria vêm intensificando as medidas de prevenção e controle do vetor da dengue previstas no Plano de Contingência Municipal, que estabelece metas para conter uma possível epidemia de arboviroses, além de estabelecer diretrizes quanto à assistência e organização de fluxo. As diretrizes foram publicadas no último mês, prevendo estratégias a serem executadas até 2025 para evitar o aumento no número de casos.
Paralelamente ao chamado trabalho de manejo, que consiste na vistoria de imóveis, recolhimento de materiais inservíveis e eliminação de focos, a Sesau também tem reforçado as ações educativas e de mobilização social nas sete regiões urbanas, distritos e assentamentos (Zona Rural) de Campo Grande, para orientar a população sobre as medidas para a prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Tais iniciativas também são reforçadas na Atenção Primária, por meio das unidades básicas e de saúde da família, e nas escolas em período letivo.
Casos
Do dia 01 a 23 de janeiro deste ano, foram notificados 375 casos de dengue em Campo Grande. Até o momento, não houve a notificação de nenhum caso de zika ou chikungunya. Em todo o ano passado a Capital registrou 17.033 notificações de dengue e seis óbitos provocados pela doença. Foram notificados, de janeiro a dezembro de 2023, 92 casos de zika e 176 de chikungunya.
A Capital fechou o segundo semestre apresentando redução significativa nos casos de dengue, se comparado com o período anterior. O pico da doença foi registrado em abril, com mais de 3 mil casos notificados. A partir de junho, houve redução expressiva com estabilização nos meses seguintes.
LiRaa
Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) realizado neste mês de janeiro detectou três bairros com risco de infestação do mosquito, incluindo o MAPE, e outros 41 em situação de alerta e 28 a situação é considerada satisfatória. O levantamento completo está disponível para download no link: https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/sec-downloads/liraa-janeiro-2024/
A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, reforça a importância da conscientização e engajamento ainda maior da população, uma vez que 80% dos focos são encontrados dentro das residências.
“A maioria dos focos do mosquito está dentro do nosso lar, diferente do que muita gente pensa. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal. Portanto é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha”, destaca.
O maior número de focos são encontrados em pequenos depósitos de água, como garrafas, vasos de plantas, embalagens plásticas, entre outros.