De acordo com a apuração da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o mês de novembro apresentou o melhor índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) desde maio de 2020, alcançando 93,2 pontos.
Os itens que alavancaram este indicador foram perspectiva profissional e compra a prazo (5,5% e 6,5%, ambos em relação ao mês anterior). Já o nível de consumo e a perspectiva de consumo estão negativos (-1,7% e -2%, também em relação a outubro).
Em maio do ano passado, para se ter uma ideia, o índice foi de 99,3 e, desde então, apresentou números inferiores aos deste mês. Em outubro passado, o indicador foi de 90,6.
“A proximidade das festas de final de ano e o aporte de um dinheiro extra, como liberação do 13º. Salário, recebimento de férias, abertura de vagas temporárias, maior flexibilidade do comércio e cobertura vacinal podem refletir nesse otimismo”, comenta o presidente do Sistema Comércio MS, Edison Araújo. E ele destaca: é importante frisar que essa tendência é característica de MS. “O indicador nacional registrou queda pela primeira vez desde junho. Ou seja: Mato Grosso do Sul está em um momento especial de retomada da economia graças à gestão interna que os próprios empresários adotaram para oferecer segurança aos clientes e também às políticas de imunização da população. Ainda estamos tentando reagir. É preciso que continuemos fazendo nossa parte para que tenhamos um 2022 melhor para nossos empresários”.
A economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio (IPF MS), Regiane Dedé de Oliveira, destaca a variação dos itens que foram avaliados em relação ao mês anterior: Compra a prazo, 6,5%; Perspectiva Profissional 5,5% e Momento para duráveis 4,6%. “A ocasião ainda é de cautela. A pesquisa destaca que 48,3% das famílias afirmam que a renda está igual a do ano passado, mas o momento é de uma perspectiva de melhoria baseada em indicadores conjunturais muito positivos: o Estado tem apresentado um histórico de saldo de empregos positivos ao longo desses meses, a matriz econômica é fortemente agro e tivemos suporte de políticas públicas dos governos federal, estadual e municipal voltadas para empresas e também para alguns setores profissionais. É um conjunto de fatores”, diz Regiane.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)