Nesta semana se iniciou o Outono, e a estação “quebrou” ou ao menos dimiuiu bem a onda de calor que a população teve que enfrentar nos últimos dias do Verão. No dias mais quentes e com incidência de chuva a epidemia de dengue fez com que autoridades se mobilizassem para controlar a doença. Agora, o cuidado será outro: as doenças respiratórias recorrentes do período de outono que afetam, no geral, idosos e crianças.
Neste momento é importante reforçar a imunidade. Tosse, espirro, febres eventuais, mal-estar e coriza, esses são alguns dos principais sitomas que levam muitas pessoas a procurar prontos-socorros pediátricos.
Entre os principais “vilões” deste período, caracterizado pela queda da temperatura e mudanças abruptas no clima – já percebidas em Campo Grande, e nas regiões Sul e Sudeste do País, estão algumas bactérias e vários vírus como o rinovírus, vírus da influenza (causador de diferentes tipos de gripe), adenovírus (que causam doenças resfriado, conjuntivite, bronquite e pneumonia), metapneumovirus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), historicamente responsável pela maioria dos casos de bronquiolite, infecção do trato respiratório inferior (que chega aos pulmões) em crianças de até dois anos.
“Além da temperatura e tempo mais seco, temos ainda questões relacionadas como a sazonalidade natural desses agentes, em alta entre os meses de março a agosto, e ações humanas que favorecem a disseminação, como aglomeração em locais fechados e/ou com pouca ventilação, falta de cuidados ao tossir ou espirrar, e com a higiene das mãos”, destaca o médico Cid Pinheiro, coordenador da Pediatria do Hospital São Luiz Morumbi, de São Paulo.
Essas doenças são transmitidas principalmente por vias respiratórias e podem ser virais ou bacterianas. “Quando espirramos, por exemplo, lançamos milhares de gotículas, que se espalham por até quatro metros, atingindo outras pessoas e com esses agentes, disseminando a doença”, alerta o médico.
Entre os pequenos é preciso ter atenção especial com o VSR, que geralmente apresenta evolução rápida. Entre os sinais de alerta estão respiração acelerada, afundamento da fúrcula (área próxima ao esterno, entre as clavículas) e movimento das aletas nasais, que indicam insuficiência respiratória.
Além do desconforto respiratório, a febre persistente também é indício de uma evolução negativa desses quadros. “Estamos falando daquela febre que não abaixa, mesmo com o uso da medicação, persistente ou que se mantém por mais de três dias”, complementa Cid.
Outra doença que seguirá em evidência, ao menos no início da estação, é a dengue. “Como em outras doenças virais, o tratamento é sintomático e a hidratação muito importante. Os pais precisam ficar atentos à mudança no padrão dos sintomas e, caso isso aconteça, buscar novamente o pronto-socorro para reavaliação”, orienta o especialista do São Luiz Morumbi.
Veja como se prevenir contra as doenças respiratórias :
– Evitar locais fechados e com pouca ventilação
– Higienizar as mãos
– Seguir os protocolos de tosse e espirro, cobrindo nariz e boca
– Isolamento social em caso de sintomas
– Uso de máscara facial
– Manter a carteirinha de imunização sempre atualizada;
– Atenção com a hidratação
(Fonte: Portal do Ms. Foto: Reprodução)