A Polícia Militar Ambiental de Bataguassu, a 313 km da capital, autuou o capataz e o dono de uma fazenda em R$ 10 mil por terem testemunhado o abate de onça em extinção. Nos vídeos e fotos publicados nas redes sociais nesta quinta-feira(8), os suspeitos mostram a onça-parda morta e brincam durante a prática do crime. Assim que recebeu o material, a PMA identificou a propriedade, que fica no município de Santa Rita do Pardo, as margens da rodovia MS 040, a 33 km da cidade.
Uma equipe foi ao local ontem à tarde e confirmou a denúncia. O capataz da fazenda confessou que o abate da onça ocorreu na propriedade, porém, afirmou que três homens que realizavam trabalho de diarista na fazenda, haviam abatido a onça em janeiro. Segundo a PMA, um dos homens jogou o animal morto dentro do rio Mimoso que corta a propriedade.
Quanto à arma utilizada no abate do animal, o capataz informou que os homens, os quais não conhece e nem sabia nomes, não a levaram e que estaria escondida em uma mata nas proximidades do rio.
A equipe realizou uma varredura no local e encontrou uma espingarda calibre 36, bem como frascos de pólvora, espoletas e chumbo para carga de cartuchos. O material foi aprendido. O capataz afirmou que informou o proprietário da fazenda sobre a caçada. Pela omissão, o proprietário da fazenda (49) e o capataz (66) foram autuados administrativamente e multados em R$ 5.000,00 cada um.
A arma, vídeos e fotos foram encaminhados à delegacia de Polícia Civil de Santa Rita do Pardo, que investigará e tentará identificar os autores do crime. A pena para a caça é de seis meses a um ano e meio de detenção, tendo em vista que o animal abatido está na lista de espécies em extinção. Pela posse de arma, a pena de um a três anos de detenção. (Com informações da Assessoria)