Oficina de costura em presídio ocupa e profissionaliza detentas com a produção dos próprios uniformes
O trabalho é coordenado pela policial penal Michele Aparecida Fruhauf, responsável pela oficina de costura e artesanato do presídio, com a atuação de 10 reeducandas
No EPFIIZ (Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”), são as próprias reeducandas as responsáveis pela confecção e reparo dos uniformes utilizados por elas. Além de economia aos cofres públicos, a iniciativa garante ocupação produtiva e remição na pena para as internas, além de ser um meio de se capacitarem na área de costura.
O trabalho é coordenado pela policial penal Michele Aparecida Fruhauf, responsável pela oficina de costura e artesanato do presídio, com a atuação de 10 reeducandas. “Temos duas que já têm a experiência em corte e costura, que vão ensinando as demais que não conheciam o trabalho, é uma forma de multiplicar o conhecimento também”, informa, ressaltando que a oficina é permanente na realização de reparos.
M.R. de A. A., 46 anos, uma das detentas que atuam na oficina, conta que aprendeu a costurar na unidade prisional e pretende continuar nesta área. “O trabalho é muito bom, porque temos a opção de sair daqui com uma profissão, além de ser uma forma de voltarmos mais rápido para casa, já que temos a remição, e também de ocupar a mente”, agradece.
A cada três dias de serviços prestados na oficina de costura da unidade prisional, um é diminuído na pena a ser cumprida, conforme está estabelecido na Lei de Execução Penal.
No momento, estão sendo produzidas na oficina de costura do presídio 800 peças de uniformes, entre bermudas e camisetas. A produção tem o apoio da direção do Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho”, que doou materiais para a confecção.
Para a diretora do EPFIIZ, Mari Jane Boleti Carrilho, a uniformização na vestimenta promove igualdade e melhora a segurança no presídio, além de tornar o ambiente prisional mais salubre e limpo, já que evita o acúmulo de roupas nas celas.
A confecção própria de uniformes também ocorre em outras unidades prisionais do Estado, como as Penitenciárias da Gameleira I e II, em Campo Grande; Unidade Penal “Ricardo Brandão”, em Ponta Porã; a Penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí; e o Estabelecimento Penal de Bataguassu, entre outras.
O oferecimento de ocupação produtiva dentro das unidades penais e assistenciais de Mato Grosso do Sul é coordenado pela Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen, por meio da Divisão de Trabalho Prisional.