Consumidores de energia elétrica em Mato Grosso do Sul vão pagar até 6,25% mais caro pelo kwh a partir de ontem (1º), devido o cenário de baixa dos reservatórios e acionamento intensivo de termelétricas.
A faixa de consumo mais afetada será a de mais de 50 kwh até 100 khw mensal, cujo valor do kwh passará de R$ 0,96 para R$ 1,02 já considerando o ICMS reduzido, base Cosip de Campo Grande e PIS e Cofins de agosto.
Para os que consomem 200 kwh, que é a média residencial do Estado, serão R$ 0,05 a mais a cada kwh consumido, cujo valor salta para R$ 1,14.
“Apelamos para que a população use a energia elétrica da forma mais racional possível. Sabemos que este é um grande esforço porque a energia elétrica está presente em tudo na rotina das famílias, mas é o único meio de evitar um grande impacto no orçamento. Da mesma forma alertamos os consumidores comerciais, rurais e os industriais que não estão no mercado livre”, diz a presidente do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa de Mato Grosso do Sul (Concen/MS), Rosimeire Costa.
Entenda – A gravidade da crise hídrica levou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a criar uma nova bandeira tarifária, chamada bandeira tarifária ‘escassez hídrica’. O novo valor da taxa extra é de R$ 14,20 pelo consumo de 100 kWh, segundo anúncio desta terça-feira (31), com vigência a partir de 1º de setembro de 2021 a 30 de abril de 2022. Até agora, o valor cobrado era de R$ 9,492.
“Tendo em vista o déficit de arrecadação já existente, superior a R$ 5 bilhões, e os altos custos verificados, destacadamente de geração termelétrica, foi aprovada determinação para que a Aneel implemente o patamar específico da Bandeira Tarifária, intitulado ‘Escassez Hídrica’, no valor de R$ 14,20 / kWh”, anunciou André Pepitone, diretor-geral da Aneel, em coletiva.