Cidades

Mulher se recusa a vacinar filha por pura homofobia

Ofensas foram dirigidas a cirurgião dentista que atua na vacinação aos fins de semana

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Mais um caso de homofobia foi registrado na tarde de sábado (21), quando o cirurgião dentista Gustavo Lima, de 27 anos, atuava como vacinador no drive-thru de vacinação contra a covid-19 do Albano Franco, em Campo Grande.

De acordo com relato postado por Gustavo no Instagram, enquanto terminava de orientar pessoas que tinha acabado de vacinar, percebeu uma confusão no carro de trás, mas continuou dando atenção a quem estava atendendo.

Ao se dirigir ao carro em questão, percebeu uma grande discussão entre uma colega e uma motorista que, bastante alterada, jogou os documentos no chão. Ao descer para recolhê-los, apontou para o cirurgião dentista e disse “eu não quero que minha filha seja vacinada por esse tipo de gente, um viado”, gritando. A outra atendente, com quem a mulher estava discutindo antes, disse que a atitude dela constituía crime.

O profissional ficou sem reação no momento. “Fiquei em um estado tão letárgico, continuei trabalhando, ainda sem ter caído a ficha de que havia passado por aquilo”, relata e afirma que só se deu conta do que havia acontecido algum tempo depois, quando a chefe imediata do Albano Franco o procurou para pedir desculpas pelo ocorrido e informar que havia policiais militares na unidade de vacinação, o que provavelmente faria com que a agressora saísse dali presa.

Ao se dar conta do que acabara de passar, o cirurgião dentista caiu em lágrimas e ficou abalado. Após o episódio, outros trabalhadores do drive-thru acolheram Gustavo com abraços e palavras de apoio.

Na manhã de ontem (22) a Secretaria de Saúde de Campo Grande (Sesau), emitiu uma nota de repúdio ao fato de ontem. “A Sesau lamenta esse tipo de situação e reforçar que dará todo o suporte necessário ao profissional”.

De acordo com a assessoria da Sesau, a coordenação deve entrar em contato com Gustavo para formalizar o suporte e ficará à disposição caso ele precise de apoio, inclusive jurídico.

A equipe do Albano Franco está trabalhando desde ontem para tentar identificar as placas do carro da mulher e, após a identificação, Gustavo Lima deve tomar providências legais por crime de homofobia.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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