O Novo Ensino Médio foi o tema debatido na primeira reunião ordinária do CONSED (Conselho Nacional de Secretários de Educação), que acontece até esta sexta-feira (17), em Brasília (DF). O secretário de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, Hélio Daher, que foi escolhido pelo CONSED para ser o coordenador do Grupo de Trabalho do Ensino Médio, participou dos dois dias do encontro.
“Construímos uma relação e entendimento do que devemos fazer com o Ensino Médio, as ferramentas de diálogos, nos posicionamos no que entendemos que os estados precisam melhorar. Da mesma maneira discutimos ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), ENCCEJA (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) e outras proposições que o Ministério da Educação tem que construir com os estados, criando ideias para o futuro da educação brasileira”, pontuou Daher.
Para discutir o assunto, os gestores estaduais receberam a secretária-executiva do Ministério da Educação, Izolda Cela. “Conversamos sobre o ensino médio, com o tempo integral, que é um compromisso já posto pelo MEC, mas especialmente aquilo que devemos fazer para aperfeiçoar o processo de melhoria e para que a escola responda cada vez mais às necessidades dos jovens. Também sobre como podemos incrementar a educação profissional para os que desejam, porque esse é um elemento importantíssimo para compor a educação”, destacou.
A secretária-executiva também falou sobre os desafios da implementação do Novo Ensino Médio e ainda que os gestores estaduais são essenciais na definição de soluções para enfrentá-los.
Também estavam presentes o presidente do CNE (Conselho Nacional de Educação) Luís Roberto Curi, o presidente do INPE (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) Manuel Palácios, e outras autoridades.
Mudanças
A partir de 2017, com a alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ficou estabelecida uma mudança na estrutura do ensino médio, ampliando o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas anuais (até 2022) e definindo uma nova organização curricular, mais flexível, contemplando uma BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e a oferta de diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes, os itinerários formativos, com foco nas áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional.
A mudança visa garantir a oferta de educação de qualidade à todos os jovens brasileiros e de aproximar as escolas à realidade dos estudantes de hoje, considerando as novas demandas e complexidades do mundo do trabalho e da vida em sociedade.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)