Mato Grosso do Sul registrou o menor índice de umidade relativa do ar do Brasil no sábado (10) e as condições de tempo seco devem se manter pelos próximos dias, o que levou a Defesa Civil a emitir alerta.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o menor índice foi de 14%, registrado em Corumbá. Além disso, entre as 20 cidades mais secas do Brasil, oito são de Mato Grosso do Sul, incluindo a Capital.
Entraram no ranking Corumbá, Três Lagoas (15%), Água Clara (15%), Costa Rica (17%), Jardim (17%), Campo Grande (18%), Cassilândia (19%), Coxim (19%). Nessas condições, em que o índice de umidade relativa do ar fica abaixo de 20%, é considerado estado de alerta pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O tempo extramemente seco pode causar problemas de saúde, especialmente respiratórios.
Além da baixa umidade relativa do ar, Corumbá também ficou entre os municípios mais quentes, com 35°C.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um nível considerado aceitável deve estar acima de 30%, abaixo disso pode causar:
- complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressacamento de mucosas,
- sangramento pelo nariz,
- ressecamento da pele,
- irritação nos olhos,
- eletricidade estática nas pessoas e equipamentos eletrônicos,
- aumento potencial de incêndios em pastagens e florestas.
Além da Defesa Civil, o Inmet também emitiu alerta classificado como grau de severidade de perigo devido à baixa umidade.Conforme os avisos, os índices de umidade devem variar entre 12% e 20% em todos os municípios do Estado.
Órgãos orientam que a população beba bastante líquido, evite exposição ao sol, use hidratante para pele e umidifique ambientes através de vaporizantes, toalhas molhadas e recipientes com água. Também é recomendado evitar desgaste físico nas horas mais secas, especialmente no período da tarde, usar soro fisiológico nos olhos e narinas e evitar aglomerações em ambientes fechados.
De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec) uma grande massa de ar quente atua sobre o Estado, deixando o tempo seco e impedindo a formação de nuvens de chuva. Conforme o meteorologista Natálio Abrahão, o Estado não registra significativas há cerca de um mês.
Dados do Monitor de Secas da Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (ANA) apontam que Mato Grosso do Sul com maior número de áreas com seca. O Estado também figura em terceiro no ranking de maior severidade da seca no País.
(Com assessoria. Fotos: Divulgação)