Desde o mês de março deste ano a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), vem apresentando queda em Campo Grande. Neste mês de maio, o índice alcançou os 94,6 pontos, uma redução de -1,9% em relação ao mês de abril, que registrou 96,1 pontos. É a terceira queda consecutiva da ICF na Capital.
Para as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o índice de confiança é maior (109,4 pontos), ante àquelas com renda menor (91,3 pontos). Dos sete indicadores apurados, apenas a perspectiva de consumo apresentou índice positivo (4,5%). Entre as maiores variações estão o momento para duráveis (-5,5%), seguido pelo nível de perspectiva profissional (- 4,5%), renda atual (-2,5%) e emprego atual (-1,6%).
Apesar dos índices negativos, a pesquisa aponta que 55,7% dos consumidores ouvidos estão mais seguros em relação à situação atual do emprego, em comparação ao ano passado, e a maioria (59,2%) tem uma perspectiva profissional positiva para os próximos seis meses. Já em relação à renda atual, 55,2% afirmam que está igual ao ano passado e 47,1% dos entrevistados estão comprando menos, em relação ao mesmo período de 2021.
“O medo do desemprego, da redução na renda familiar, deixam as famílias mais cautelosas, com medo de gastar. E é natural essa redução na intenção de consumo, devido à inflação que ainda é maior em relação ao ano anterior”, explica a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF/MS), Regiane Dedé de Oliveira.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)