Dez pessoas ficaram responsáveis pelas refeições para a produção e artistas que participaram do Festival.Uma cozinha com dez pessoas foi contratada e serviu duas mil refeições à produção e artistas. Os postos de combustíveis também lucraram, atendendo 17 carretas e caminhões com as estruturas de palco, e 15 veículos e seis vans para locomoção dos artistas e atender ao evento.
“A ideia de adiar o festival para novembro foi um dos pontos positivos, proporcionando um grande ganho para a nossa economia, além da geração de empregos e renda”, avaliou Isabel Froes, secretária municipal de Turismo, Indústria, Comércio e Desenvolvimento.
No aspecto cultural e massificação de uma das essências da música tradicionalista de Mato Grosso do Sul, a abrangência do encontro histórico transpôs fronteiras e se consagrou já na primeira edição como um dos maiores festivais do gênero na América do Sul. “A proposta que se materializa é transformar Porto Murtinho na capital do chamamé latino-americano. É preciso também investimentos, mas avançamos”, disse Orivaldo Mengual, produtor.
Também presidente do Instituto Cultural Chamamé MS e divulgador do chamamé nos meios radiofônicos há 25 anos, Mengual ressaltou que o evento na fronteira deu maior visibilidade aos artistas e o objetivo de elevar o nome de Porto Murtinho como portal da Rota Bioceânica foi alcançado. “Foi um grande desafio organizar um evento dessa magnitude, mas deu tudo certo e o resultado é esse, um sucesso de público, e o sentimento de quero mais”, concluiu.
A diretora artística do evento, Andrea Freire, destacou o critério na composição do festival e a compreensão e visão do poder público na sua concepção. Num segundo ponto, cita a programação, que trouxe a força da cultura fronteiriça com muita qualidade; a expansão do conhecimento e debate da raiz chamamezeira; e o significado da Rota Bioceânica para a região, aliada à cultura, para um público muito especial – moradores, jovens e agentes públicos.
“O festival ganhou uma divulgação ampla, inclusive fora do Estado, com a repercussão por meio da imprensa”, reforça Freire. Para ela, o encontro estabelece um marco legal para a cidade e envolver a população e mais de 40 pessoais moradoras na sua execução. “Um legado importante para a sua continuidade, o pertencimento da cidade, que foi envolvida e depois envolveu o festival, numa via de duas mãos. E quem esteve lá certamente não vai esquecer.”
Para a integrante da organização, o festival nasceu forte e com potencial para crescer e ser uma mola propulsora para o desenvolvimento local (cultura, turismo e economia criativa). “Foi uma ousaria realizar em Porto Murtinho e deixou uma impressão excelente para os visitantes e artistas, criando uma sinergia fundamental para um evento como esse. É um evento exitoso e a gente pode se orgulhar de ter contribuído para que ele se firme e continue”, assinalou