Os cálculos de Puccinelli
O ex-governador de MS, André Puccinelli (MDB) tem intensificado as entrevistas nas últimas semanas. Em todas, o discurso é praticamente o mesmo: “Sou candidato sim ao Governo do Estado no ano que vem”. A entrada de Puccinelli no páreo muda substancialmente o cenário político. Mesmo fora do poder há alguns anos e com o nome envolvido em operações policiais, Puccinelli ainda tem o nome forte na política estadual. É respeitado pelos correligionários e até por adversários. O ex-governador sabe que em Campo Grande teria certa dificuldade numa eventual disputa com o atual prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), caso este seja realmente candidato. Nas contas de Puccinelli a “briga” na capital seria equilibrada, mas a vantagem de André estaria no interior, onde o ex-governador tem muito mais história que o prefeito da Capital.
Riedel x Marquinhos
Eduardo Riedel, atual secretário de infraestrutura, tem feito de tudo para ficar mais conhecido em Mato Grosso do Sul. Técnico, competente e com bom trânsito político, Riedel, apesar de tudo, ainda é considerado um desconhecido. Tem mais de um ano para ficar mais próximo da população, mas já há boatos nos bastidores de que Riedel poderia entrar num projeto político junto com o prefeito da Capital, Marquinhos Trad. Será mesmo? Para Marquinhos não deixar a prefeitura dois anos antes do prazo final correndo o risco de perder a disputa estadual, se fala numa composição entre o prefeito e Eduardo Riedel, tudo com as bençãos do governador Reinaldo Azambuja. Seria Marquinhos prefeito e Riedel vice. Difícil acreditar nisso agora, mas em política tudo é possível.
Análise na Câmara
Depois que a Câmara de Dourados decidiu acatar denúncia e abrir uma processante contra a vereadora Lia Nogueira (PP), o grupo de vereadores que votou “sim” está analisando o placar apertado na votação. Sete parlamentares votaram contra a abertura de investigação contra Lia, que foi denunciada pela ex-assessora por ameaça de morte. Na Câmara, o processo é político e revela um certo descontentamento dos vereadores com o comportamento “polêmico” e midiático da vereadora. Semana passada, a Mesa Diretora do Legislativo, da qual Lia Nogueira faz parte, já havia emitido um comunicado público repudiando as atitudes da parlamentar, que na visão da casa, não tem contribuído em nada para o desenvolvimento da cidade.
Proteção poderosa
Nos bastidores da sessão que aprovou a investigação contra a vereadora em Dourados, há a leitura de que houve forte articulação e até “imposição” política na defesa da parlamentar, com comandos diretos vindos da Assembleia Legislativa. Vereadores que tinham confidenciado entre os colegas que votariam a favor da processante, na “hora H” acabaram votando ao contrário. Entre os políticos envolvidos na questão e até em outras rodas de conversas aumenta a certeza de que gente poderosa está empenhada em defender a vereadora. Os motivos?
Voto Impresso
No dia do tão esperado desfile militar que mostraria a força de Bolsonaro nas forças armadas, o clima em Brasília foi de deboche total. O que pra ser intimidatório, virou piada nas redes. Muitos compararam a atuação do exercito a luta contra o mosquito da dengue, já que o maquinário velho só soltou fumaça. Além disso, o dia foi marcado por outra derrota aos planos de Bolsonaro. A PEC no voto impresso foi engavetada. Da bancada de MS, votaram a favor: Bia Cavassa (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PSL), Loester Trutis (PSL) e Rose Modesto (PSDB). Votaram contra: Beto Pereira (PSDB), Dagoberto Nogueira (PDT), Fábio Trad (PSD) e Vander Loubet (PT).
Quer mandar sua sugestão ou critica? Escreva pra gente: jornalismo@pauta67.com.br. (Foto: Divulgação)