Em um setor tradicionalmente dominado por homens, Isabella Straliotto, de 28 anos, destaca-se pela originalidade e determinação. Formada em Engenharia Civil há oito anos pela Universidade Católica Dom Bosco, Isabella nunca sonhou em seguir essa carreira, mas encontrou sua realização profissional ao desafiar expectativas e estereótipos de gênero.
Há quatro anos, Isabella começou a trabalhar de forma independente, compartilhando sua rotina como engenheira nas redes sociais. Sua presença online rapidamente captou a atenção do público, intrigado com sua combinação de feminilidade e competência técnica. “É comum eu chegar nos lugares e as pessoas acharem que eu não sou engenheira, sempre me consideram muito feminina e delicada para a profissão. E quando eu digo que sou, eles acham que é coisa de família, e não é”, relata Isabella.
Sua família é tradicionalmente do agronegócio e Isabella diz que nunca se interessou pelos negócios da família. Ela, que entrou na engenharia “por acidente”, diz que escolheu a profissão por se considerar habilidosa com a matemática. “Durante o ensino médio, desenvolvi mais habilidades na matemática e acabei me destacando. Foi daí que decidi cursar engenharia civil, e mesmo sem ter ideia do que ia acontecer, deu muito certo”, afirma.
Este ano, Isabella está quebrando ainda mais barreiras ao lançar seu próprio curso para profissionais da engenharia, onde pretende compartilhar sua experiência e desmistificará o seu sucesso na área de Execução de Obras.
Mostrando que mulheres podem não só ser engenheiras, mas também liderar e ensinar. “Criar esse curso para mim é uma realização muito grande. Eu conquistei todo o meu público mostrando o meu trabalho, e poder ensinar um pouco de tudo que eu sei com certeza é gratificante”, complementa.