A Prefeitura de Campo Grande recebeu esta manhã a oitava de um total de dez ambulâncias alugadas por meio de um contrato para atender o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) . A nona pode ser entregue ainda hoje e a última nos próximos dias, encurtando o prazo limite previsto para setembro. O contrato foi formalizado com a empresa A & G Serviços Médicos Ltda., com valor de R$ 1,9 milhão por ano. Ampliada a frota, o desafio é encurtar o tempo de resposta.
Na semana passada, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou a chegada dos primeiros veículos. Segundo a titular da pasta, Rosana Leite de Melo, que foi à entrega do veículo esta manhã, serão 10 ambulâncias básicas e 4 de suporte avançado, que são as que vão ao socorro com médico, para atendimentos mais complexos. Houve aumento de um veículo para este tipo de atendimento.
Em março, durante audiência pública para debater o serviço, foi revelado o resultado de uma auditoria feita por técnicos do Ministério da Saúde, que revelou que na Capital havia ambulâncias paradas por mais de ano. Á época, a informação foi que dos 16 veículos, oito estavam parados.
Rosana explicou que o aluguel de veículos reduzirá à metade as despesas com consertos. Ela apontou gastos de R$ 300 mil, sem especificar o período, descrevendo a frota como antiga, apresentando problemas.
A prefeitura vinha suplementando o atendimento com uso de ambulâncias azuis, diferentes das utilizadas pelo Samu, que tem cor vermelha, atendendo padronização. Aquelas voltarão ao pátio e ficarão disponíveis para situações pontuais.
Tempo de resposta – Na auditoria do Ministério foi revelado que o tempo para a resposta nos socorros podia chegar a 28 minutos, com desafio de baixar para 12. Na audiência para debater o serviço, a informação revelada foi que o chamado “tempo de ouro”, para salvar uma vida, é de 8 minutos.
A médica coordenadora do Samu, Isabella Mendonça, aponta que a ampliação da frota possibilitará reduzir o tempo de resposta. Hoje, além do Samu, equipes dos bombeiros também atuam em socorros.
Ela informou que deve haver a ampliação do quadro de pessoal para atendimento no Samu, com demanda maior por técnicos de enfermagem. Trata-se de um profissional diferenciado, comentou, apontando que passam por processo seletivo, provas e teses práticos, uma vez que o socorro nas ruas exige preparo diverso do que ela chamou de “ambiente controlado”, o das unidades de saúde.
Dos médicos que atuam nas ambulâncias especiais do Samu, um fica na Sesau, um na UPA Coronel Antonino, um no Aero Racho e outro no Pioneiros. As demais ambulâncias, que partem para socorros menos graves, sem médicos, têm como ponto de partido a estrutura da Sesau na área central, na Rua Rio Grande do Sul perto da Afonso Pena.